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O Mercosulino 19/05/2010 -www.camara.gov.br/representacaomercosul

19.05.2010 Jornal "Correio Braziliense" Caderno: Mundo Acordo é chance de destravar Doha Presidente Lula aposta que retomada de negociações entre blocos pode ajudar na OMC Viviane Vaz A reunião de cúpula entre os líderes da União Europeia (UE) e da América Latina e Caribe (ALC), realizada ontem em Madri, não teve resultados concretos para os dois grandes grupos regionais. Mas o encontro serviu de pano de fundo para que o Mercosul reabrisse as negociações com a UE e para que a ALC e países sul-americanos — como Colômbia e Peru — fechassem acordos de livre comércio com os europeus. Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a decisão da UE e do Mercosul de retomarem as negociações "pode ser um estímulo" para reabilitar a Rodada de Doha na Organização Mundial do Comércio (OMC). "Ali, o desafio é ainda maior e mais importante. Com um acordo bem sucedido e equilibrado, teremos uma ferramenta importante para combater a desigualdade", disse Lula. O brasileiro celebrou a retomada das negociações com a UE. "Espero que prevaleça o interesse maior e compartilhado de construir riqueza e prosperidade, de gerar mais comércio e investimentos, mais trabalho para os europeus e para cidadãos do Mercosul", declarou. As negociações para um acordo de livre comércio entre os blocos começaram há 10 anos e estavam paradas há seis. Franklin Trein, coordenador do Programa de Estudos Europeus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), crê que a reunião UE-ALC foi importante, "uma vez que Lula estava voltando de uma iniciativa de altíssimo risco político e da qual, mesmo não tendo colhido todos os frutos esperados, saiu-se bem". "A oportunidade do encontro com líderes europeus e com nossos vizinhos permitiu-lhe transmitir detalhes do encontro em Teerã e passar o sentimento de que houve um avanço", comentou Trein, em entrevista ao Correio, por e-mail. "O Brasil marcou pontos importantes com sua política de diálogo, de não intervenção, de respeito à soberania." Assinatura Os centro-americanos assinaram com os europeus o primeiro acordo de livre comércio extra-regional da UE. No entanto, a próxima rodada de negociações com o Mercosul ficou para julho. "A dificuldade de se chegar a um acordo com o Mercosul se deve ao fato de que há conflitos de interesse muito maiores entre a UE e os países da parte sul das Américas. Nós concorremos com os europeus na produção agrícola, uma vez que nossos preços são inferiores e nossa capacidade de produção já chegou a volumes consideráveis", destaca Trein. Rodrigo Lima, gerente do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), concorda. "O acordo do Mercosul é mais denso. Envolve propriedade intelectual e preocupação com o meio ambiente." Para ele, europeus e sul-americanos devem convencer os setores nacionais relutantes. "É uma relação que pode se tornar ganha-ganha, mas precisa ser debatida a fundo." Em defesa dos direitos dos imigrantes Um dos pontos mais difíceis da reunião UE-ALC foi o pedido dos presidentes latino-americanos aos colegas europeus para reconhecer os direitos dos imigrantes. "Vemos com muita preocupação o tratamento discriminatório aos imigrantes nos países desenvolvidos", disse a presidenta argentina, Cristina Kirchner, que pediu ao bloco europeu para evitar "as leis discriminatórias" em relação à imigração. A líder argentina ressaltou a tentação de culpar os trabalhadores estrangeiros pela crise econômica e lembrou que a maioria dos imigrantes ocupa postos de trabalho rejeitados pelos nacionais. Por sua vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também pediu aos países da União Europeia (UE) que "deem um exemplo" na gestão da migração, com soluções justas e solidárias. "Como sociedades de imigrantes e emigrantes, muitos países que estão aqui precisam dar exemplo, encontrar soluções que atendam aos requisitos de justiça e solidariedade", disse Lula, ao receber em Madri o prêmio Nova Economia Forum, em reconhecimento ao desenvolvimento econômico e à coesão social. O brasileiro destacou que a imigração é "um teste para a construção de nossas sociedades" e "um desafio para todos aqueles que acreditam no conceito da coesão social". Por sua vez, o premiê espanhol e presidente rotativo da UE, José Luis Rodríguez Zapatero, respondeu que "leva em conta" o impacto da crise sobre os imigrantes latino-americanos na Europa e disse que se "responsabiliza". A Espanha conta com 12% de população estrangeira e um quarto dela é formada por latino-americanos. O desemprego atinge 20% dos habitantes e 30% dos imigrantes. Jornal do Brasil Caderno: Economia Blocos contra o protecionismo FRANCE-PRESSE Os chefes de Estado e de Governo de 60 países da União Europeia (UE), América Latina e Caribe se comprometeram ontem na Cúpula de Madri, a "evitar o protecionismo", depois de concluir um Tratado de Livre Comércio euro-centroamericano e reiniciar uma negociação comercial entre os 27 e o Mercosul. "Nós nos comprometemos a evitar o protecionismo em todas suas formas", afirma a declaração adotada ao término da cúpula. Os negociadores europeus e centro-americanos anunciaram o fim dos trabalhos de um TLC entre ambas as regiões, enquanto a União Europeia e o Mercosul oficializaram na véspera a retomada de suas negociações comerciais, que começam há 10 anos e estavam estancadas há seis. Os líderes europeus e latinoamericanos asseguraram na declaração que querem "favorecer um sistema comercial multilateral aberto e não discriminatório, baseado em normas que promovam a recuperação das crises econômicas e o crescimento e o desenvolvimento". Sobre a Rodada de Doha para a libertação do comércio do comércio mundial, atualmente em ponto morto, reiteraram seu compromisso para uma conclusão rápida, ambiciosa e equilibrada, segundo o texto. Sócios globais A América Latina e a União Europeia também proclamaramse como "sócios globais", reforçando seus laços diante da crise. – Nessa cúpula, nos reconhecemos ainda mais como sócios globais – disse o presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, em seu discurso de fechamento. Zapatero citou como outras conquistas desta VI Cúpula Birregional a aprovação do mecanismo de facilitação de investimentos na América Latina, que mobilizará "até 3 bilhões de euros para a infraestrutura necessária na região". Jornal "Valor Econômico" Caderno: Brasil Acordo UE-América Central elimina imposto sobre veículos em dez anos Assis Moreira, de Madri Em dez anos, a indústria automobilística da União Europeia (UE) poderá exportar veículos para a América Central sem pagamento de tarifa. A medida faz parte do acordo de livre comércio acertado entre as duas regiões, ontem em Madri. Essa negociação colocará mais pressão para o Mercosul aumentar significativamente as concessões, se quiser um acordo com os europeus, mesmo se não é possível comparar as economias do bloco do Cone Sul e da América Central (Nicaragua, Costa Rica, Panamá, Honduras, El Salvador e Guatemala). A indústria europeia diz que suas demandas evoluíram a partir dos recentes acordos estabelecidos Coreia do Sul, Peru, Colômbia, e agora com a América Central, que preveem liberalização total para produtos industriais e um prazo "razoável" para os carros produzidos na Europa. Recentemente, o Mercosul te melhorou de 18 anos para 15 anos o prazo para abrir seu mercado automotivo para a Europa. Mas o ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Miguel Jorge, admitiu ao Valor que a discussão em torno de um prazo de dez anos já começou. Depois de ter embolsado vantagens enormes na área industrial, na qual vai competir com os Estados Unidos e a China, a União Europeia teve que reduzir suas demandas em outras áreas. Conseguiu apenas uma cota de 1.900 toneladas anuais para exportar leite em pó sem tarifa, quando exigia 4.500 toneladas. Para queijo, a cota é de 3 mil toneladas. Por sua vez, Bruxelas aceitou liberar cota de apenas 10 mil toneladas de carne bovina para a América Central, que queria vender 150 mil toneladas para a Europa sem tarifa. O valor da cota para os produtores da regiao é estimado em € 42 milhoes pelo preço de mercado. A UE baixará a tarifa para a entrada de sua "banana dólar", de € 176 para € 75 por tonelada ao longo de dez anos, resultando em economia de € 50 milhões Significa que os produtores brasileiros, que também querem exportar para a Europa, vão enfrentar concorrência ainda mais dura, enquanto não houver acordo birregional. A América Central obteve cota de exportação de 20 mil toneladas de arroz, que crescerá 5% ao ano. O valor da cota é estimado em € 8 milhoes. Esse produto tambem é do interesse do Mercosul. Direita causa a crise e a esquerda tem de limpar a sala, diz Lula a grego De Madri O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, ao abordar a crise econômica e financeira global com o primeiro-ministro socialista da Grécia, George Papandreou, país à beira da falência, à margem da Cúpula União Europeia-América Latina e Caribe, que a direita causa a crise e a esquerda tem de limpar a sala. Lula comparou a pior crise econômica dos últimos tempos ao vulcão islandês Eyjafjallajokull, que paralisou o tráfego aéreo na Europa durante dias. Disse que, quando todo mundo pensa que o vulcão se acalmou, ele irrompe de novo, causando mais problemas. Lula insistiu que a crise não acabou e que "muitos estão pagando pelos excessos de poucos" e a crise exige "medidas difíceis e corajosas". Ele conclamou os países ricos a realmente agirem na reforma financeira internacional, em vez de só fazer discursos. "Que conselho o senhor me dá (para superar a crise)", indagou Papandreau a Lula, quando discutiam a tragédia econômica da Grécia, sob tutela hoje do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos grandes países europeus, enquanto a população protesta na rua contra o arrocho econômico. Lula saiu pela tangente, dizendo que não conhecia a realidade grega. Mas logo listou medidas que adotou, como estimular o mercado interno, ampliar o crédito, que teria passado de R$ 380 bilhões a R$ 1,5 trilhão em sete anos etc. E acrescentou para o líder socialista: "Essa crise não é sua. Sabe o que me deixa constrangido? É que a direita fez a crise e depois obriga a esquerda a fazer os cortes nos salários que eles não fizeram." Para Lula, "há um debate político e não puramente econômico" na crise. E completou: "Temos de mudar o mundo, senão ele muda a gente." E reiterou que a América Latina passa por um "momento histórico de implantação de novo modelo de desenvolvimento, num caminho sem retorno". A conversa de 30 minutos entre os dois, à margem da Cúpula UE-América Latina e Caribe, ilustrou a que ponto a situação econômica global mudou. No passado, o Brasil é que estava no centro do furacão, com sua dívida externa e inflação enorme. Grécia, Portugal e Espanha, no centro da crise do endividamento na Europa, são governados atualmente por socialistas. Mas as situações são diferentes. Na Espanha, o gigantesco déficit público atual veio no rastro de medidas justamente para combater a crise global. Pesquisas apontam uma degringolada na popularidade do Partido Socialista depois dos anúncios de corte de salários do setor público e congelamento das aposentadorias. Sem surpresa, foi a crise global que se impôs na cúpula, que até por causa dos problemas econômicos fez muitos dirigentes sequer aparecerem em Madri, a começar pela chefe de governo alemão, Angela Merkel, pelo italiano Silvio Berlusconi e pelo novo chefe do governo britânico, David Cameron, todos de direita, mas também enfrentando o impacto da crise. Lula conclamou os outros líderes a tomarem medidas para combatê-la. Reclamou que o G-20, o grupo que reúne os líderes das principais nações e espécie de diretório econômico do planeta, não conseguiu até agora decidir efetivamente sobre o que tinha prometido, como o desmonte dos paraísos fiscais, a regulação do sistema financeiro e o corte nos "polpudos" bônus aos executivos das instituições financeiras. (AM) Argentina cria barreira a fio de poliéster chinês Reuters, de Buenos Aires A Argentina anunciou ontem medidas antidumping sobre as importações de fios de poliéster da China, Indonésia e Taiwan, de acordo com o jornal oficial do governo. A medida foi definida após a constatação de danos à indústria local devido às importações desses produtos. Foi definido pagamento de taxas adicionais de 14,2% para a China, 6,1% para Taiwan e 7,5% para a Indonésia para a entrada dos produtos no mercado local, segundo o "Boletín Oficial". As autoridades argentinas vêm implementando regras semelhantes para vários produtos nos últimos meses, especialmente os procedentes da China, com o objetivo de atenuar o impacto da crise global na indústria local. As medidas levaram Buenos Aires e Pequim a uma disputa comercial que está afetando as vendas de óleo de soja argentina para o mercado chinês. No mês passado, a China recomendou a importadores de óleo de soja que não comprassem o produto da Argentina, maior exportador do mundo, dizendo que ele não atendia aos padrões de qualidade exigidos pelo gigante asiático. Desde então os países negociam para encontrar uma solução para o problema, mas a China quer que a Argentina não limite a entrada de seus produtos industriais, como ocorreu nos últimos meses. O Ministério da Indústria disse que a produção nacional de fios de poliéster texturizados emprega 700 pessoas na Argentina, "que estariam em risco de perder seu emprego, caso a medida não fosse empregada". A investigação também concluiu que os preços dos produtos importados dos três países estavam abaixo do preço médio da produção nacional e até 25% abaixo do custo de produção local. Jornal "O Globo" Caderno: Economia UE e América Central fecham acordo Mercosul só voltará a negociar com europeus em julho e enfrenta resistência da França Fernando Duarte Enviado especial MADRI. Enquanto o Mercosul terá de esperar até julho para voltar à mesa de negociações, ainda assim desde já enfrentando oposição da França, os países da América Central fecharam ontem um acordo de livre comércio com a União Europeia (UE) no encerramento da cúpula de chefes de Estado europeus e latino-americanos. Os termos preveem uma abertura total de mercado para produtos industriais. Porém, no quesito de produtos alimentícios, continuarão as cotas especiais, sobretudo para bananas, arroz e carne bovina da América Central e ao leite em pó e queijo vindos da UE. Mas com cortes substanciais de taxas, como no caso das bananas, que terão tarifa de US$ 75 por tonelada, em vez dos US$ 114 atuais. Também serão reduzidas barreiras alfandegárias para a indústria automobilística e de serviços da UE em dez anos. No ano passado, o comércio entre a UE e os países da América Central foi de US$ 12,3 bilhões. Já as negociações com o Mercosul foram retomadas oficialmente na abertura da cúpula, segunda-feira, após seis anos de interrupção. Mas as primeiras reuniões só ocorrerão em julho. A recusa da França em aceitar maior acesso de produtos agrícolas do Mercosul à UE desde já promete ser um nó nas conversas. Lula, porém, foi mais otimista: Temos grandes notícias. O Mercosul e a UE decidiram, enfim, retomar as negociações. Um acordo traria mais comércio, investimento e trabalho. Jornais dos Países Membros do Mercosul Argentina "Clarín" Sección: El Mundo La UE y América latina se asocian para hacer frente a la crisis mundial Acordaron un mecanismo para facilitar inversiones por 3 mil millones de euros. Más de sesenta representantes de América Latina, el Caribe y la Unión Europea se proclamaron "socios globales" y se comprometieron ayer en la reunión cumbre de Madrid a cooperar para enfrentar la crisis mundial. "En esta cumbre nos hemos reconocido aún más como socios globales", proclamó el presidente del gobierno español, José Luis Rodríguez Zapatero y destacó que se había aprobado un mecanismo para facilitar inversiones que movilizará 3.000 millones de euros para obras de infraestructuras. Zapatero también destacó las ayudas que se continuarán canalizando hacia Haití, y también a Chile, ambas naciones víctimas de devastadores terremotos. Puso de relieve la importancia del Tratado que se firmará hoy entre la UE y América Central, el primer acuerdo regional que suscriben los europeos. Además, destacó la importancia de los acuerdos de libre comercio con Perú y Colombia así como el relanzamiento de las negociaciones con el Mercosur. Otro consenso que resaltó Zapatero fue el de "la necesidad imprescindible" de "cambiar el sistema financiero mundial". También explicó que la Unión Europea "toma nota y se responsabiliza del impacto de la crisis en los inmigrantes latinoamericanos en Europa". La declaración habla de crear una "nueva arquitectura financiera con reformas profundas en las principales instituciones". También destaca la necesidad de crear un "marco de supervisión" para las principales entidades y una reglamentación que permita una mayor transparencia y control. Se trata, indica el documento, "de fomentar un crecimiento económico mundial, equilibrado y sostenido para restablecer la confianza y estabilizar los mercados internacionales". Los representantes latinoamericanos y europeos también se comprometieron a eludir el proteccionismo "en todas sus formas y favorecer un sistema comercial multilateral abierto y no discriminatorio". Varios líderes de América Latina expresaron su preocupación porque la severa crisis que castiga a las economías europeas pueda perjudicar las exportaciones latinoamericanas. Sin embargo, hubo ausencias europeas que empañaron la proclamada voluntad de compromiso con los "socios globales" como la de David Cameron, el nuevo premier británico; el italiano Silvio Berlusconi; la canciller alemana Angela Merkel, que sólo estuvo presente en la formal cena de gala, y el presidente francés Nicolás Sarkozy, que llegó tarde y a las apuradas al debate de ayer y se perdió la foto de familia. También tuvieron una representación de menor nivel Austria, Luxemburgo, Suecia y Holanda y de muchos de los países del este Europa, como Polonia, Hungría, Rumania, Eslovaquia, Eslovenia y Lituania. El presidente de Chile, Santiago Piñera, se manifestó "insatisfecho" con los resultados de la cumbre a los que describió como "insuficientes". Algunos comentaristas han coincidido señalando, por ejemplo, que en cuanto a los proyectos de ayuda solo se aprobaron unos raquíticos fondos de cinco millones de euros para el Mercosur y 3.000 millones para América Latina. La explicación es que los gobiernos europeos están poniendo en práctica severos planes de austeridad fiscal y uno de los gastos que disminuyen son los de la ayuda internacional. Lula da Silvia comentó al premier griego, Yorgos Papandreu, que "la derecha hace las crisis y después obliga a la "izquierda a hacer un recorte en los salarios que ellos no hicieron". Juan Carlos Algañaraz Uruguay "El Pais" Sección: Política Nacional Preocupación por trabas que Cristina desmiente. Al menos dos empresas afectadas; se hace estudio oficial Al finalizar ayer el gabinete productivo, el ministro de Trabajo, Eduardo Brenta, dijo que pese al desmentido de la presidenta argentina Cristina Fernández de que no hay trabas comerciales en su país, el gobierno realiza una evaluación "de los sectores más afectados". Considero que "están ocurriendo dificultades que deberán ser analizadas" lo que preocupa al gobierno ante "la importancia que el tema tiene para un grupo de empresas que hoy colocan productos en Argentina por un monto de US$ 70 millones". Dijo que se elaborará un informe y plan de acción de los ministerios de Economía y Relaciones Exteriores para que el Presidente José Mujica tome la decisión que "considere correspondiente". Aclaró que no hay en Argentina "una norma dictada" al respecto. Las informaciones provenientes de Buenos Aires señalan que el director de Comercio Interior Guillermo Moreno está generando estas trabas planteando verbalmente a las empresas y grandes supermercados que no compren productos extranjeros que tengan su equivalente local. "Vida agria". En tanto, una de las empresas locales más afectadas -Montecudine-, no había recibido ayer el llamado de los supermercados de ese país retomando las compras suspendidas. En la Cámara de Industrias dijeron a El País que la panificadora Bimbo es otra de las empresas afectadas. Elbio Fuscaldo, presidente de la Comisión de Comercio Exterior de la Cámara de Industrias, dijo a El País que a las trabas de alimentos se suman las "trancas" que tienen en la exportación de vestimenta. "Ahora, hay que etiquetar las prendas con el número del artículo que figura en la licencia de exportación por una interpretación antojadiza de una reglamentación argentina", relató el empresario. "No tiene sentido entrar en el ojo por ojo. Sí tenemos que gritar fuerte porque Argentina tiene un proteccionismo tal que hace la vida agria a cualquiera que quiera importar. Se trata de una guerra con un objetivo finito a tal negocio, lo que liquida empresa por empresa", agregó Fuscaldo. "La Republica" Sección: Mundo Fernández reclama en la UE las islas Malvinas. Cumbre. 'En nombre de mi país y de los países de América Latina' La presidenta Cristina Fernández llevó ayer a la cumbre eurolatinoamericana de Madrid el reclamo argentino por la soberanía de las Malvinas, criticando con dureza a Gran Bretaña. Negarse a discutir de soberanía "es una equivocación, porque si hay algo a lo que estamos apelando en todos los foros es precisamente al multilateralismo" y al cumplimiento de las resoluciones de Naciones Unidas, dijo Kirchner en la rueda de prensa de clausura. Al abrir la cumbre, Kirchner había llamado al nuevo gobierno británico a sentarse a discutir la espinosa cuestión. "Quería pedir, en nombre de mi país y de los países de América Latina también, al Reino Unida, especialmente saludando a su nuevo primer ministro: por favor reanudemos nuestras negociaciones en relación a la soberanía de las Islas Malvinas", declaró. La mandataria sustentó su pedido en la "la resolución que se dictó en 1965 en Naciones- Unidas y que aún sigue incumplida". El nuevo primer ministro conservador británico David Carne-ron no asistió a la cumbre (en su lugar estuvo el jefe de la diplomacia, William Hague). Pero eso no impidió que Londres reiterara de inmediato su postura de subordinar eventuales negociaciones a la voluntad de los habitantes del archipiélago, por cuya posesión los dos países libraron una guerra en 1982. "No tenemos dudas acerca de nuestra soberanía sobre las islas Falkland (denominación británica de las Malvinas)", declaró el secretario de Estado para Latinoamérica, Jeremy Browne, en un comunicado difundido en Londres. "El principio de autodeterminación expuesto en la Carta de las Naciones Unidas se impone. No puede haber negociación sobre soberanía al menos y hasta que lo deseen los habitantes de la isla", agregó. Browne recordó también que el Tratado europeo de Lisboa "reafirma claramente" la posición de la Unión Europea de que las Malvinas "son un territorio de ultramar de Gran Bretaña". Fernández afirmó en la rueda de prensa del final de la cumbre que el unilateralismo "ha creado un mundo mucho más inseguro (...) y también mucho más incierto en materia económica y por cierto con mayor incertidumbre política". Argentina reivindica la soberanía de las Malvinas, tomadas por la fuerza por el Reino Unido en 1833 y teatro de una guerra que se saldó con la victoria de las tropas británicas. Kirchner aseguró que no se puede "cargar en la cuenta" de Argentina "lo sucedido en dictaduras militares", en referencia a la guerra de 1982, lanzada por el gobierno de facto liderado en ese momento por el general Leopoldo Galtieri. "Somos un país de paz, no se nos puede cargar en nuestra cuenta lo sucedido en dictaduras militares que nada han tenido que ver con la idiosincrasia de nuestro países", afirmó. La presidenta de Argentina había enviado la semana pasada a David Cameron una carta para pedirle que detenga la exploración de hidrocarburos en el área de Malvinas. La exploración petrolera, que comenzó a finales de febrero en las inmediaciones del archipiélago, exacerbó el clima de tensión entre Buenos Aires y Londres, en especial luego de que la empresa Rockhopper anunció el 7 de mayo el primer descubrimiento en la cuenca norte de Malvinas. "Sostener soberanía a 14.000 km de distancia resulta hasta geográficamente bastante difícil. Y si además esto significa el apoderamiento de recursos naturales no renovables, es un mal ejemplo en un mundo que dice (...) qué se necesita diálogo, cooperación y aceptación de las normas de derecho internacional", concluyó. "El Observador" Sección: Economia Mujica negociará en persona trabas argentinas al comercio. EL GOBIERNO DE CRISTINA FERNÁNDEZ COMUNICÓ A LOS SUPERMERCADOS QUE DEJEN DE IMPORTAR ALIMENTOS El mandatario recibió informe de ministerios y decidirá cómo actuar ante frente al problema El presidente José Mujica recibió un informe elaborado por la Cancillería y el Ministerio de Economía sobre la nueva traba comercial impuesta por Argentina, ahora a productos alimenticios. Luego de analizar ese documento, el mandatario decidirá el camino a seguir con la administración de Cristina Fernández que, lejos de emitir señales de acercamiento, complica la relación. En la víspera Mujica informó a sus ministros que abordará "personalmente" ese tema frente a la presidenta argentina, ya que entiende que las ventas de alimentos de Uruguay a Argentina son marginales en el comercio bilateral, pero tienen un impacto relevante para los productores locales. Ante el nuevo escenario, los exportadores uruguayos reclaman al Poder Ejecutivo una actitud "enérgica" y "medidas espejos", es decir responderle de la misma forma a Argentina, cuyas exportaciones a Uruguay en el rubro alimenticio son mayores que sus importaciones. La Unión de Exportadores del Uruguay estimó que unas 70 empresas del rubro alimentos pueden verse afectadas por la decisión, ya comunicada a supermercadistas e importadores de Argentina para que no importen productos alimenticios cuando exista producción local. De hecho ya hubo contactos desde grandes supermercados a proveedores uruguayos anunciándoles la disposición de comprarle toda la producción pero hasta el 1º de junio. A partir de junio el gobierno de Cristina Fernández restringirá la importación de los alimentos que se produzcan en el país. Sin embargo, la empresa uruguaya Monte Cudine anunció que ya sufrió la suspensión de exportaciones a ese mercado. Teresa Aishemberg, secretaria ejecutiva de la cámara de exportadores, dijo a El Observador que se reclama al gobierno una actitud firme para enfrentar el problema. El tema fue analizado ayer por el presidente José Mujica y los ministros del Gabinete Productivo. El ministro Eduardo Brenta, vocero de la reunión, señaló que el gobierno sigue el tema "con máxima atención" y adelantó que se definirá "un plan de acción" y será el presidente Mujica quien decidirá en última instancia los pasos a seguir. Por su parte, el canciller interino, Roberto Conde, dijo en la reunión que ya hay camiones con productos alimenticios brasileños parados en la frontera con Argentina y que Brasil no tomará medidas por este asunto por el momento, o al menos hasta que finalice la cumbre de la Unión Europea con el Mercosur que se lleva adelante en Madrid. Conflicto. La nueva traba comercial será incluida en la lista de diferencias que tiene Uruguay con Argentina y que le presentará Mujica a su colega Cristina Fernández el próximo 4 de junio cuando se reúnan en la estancia de Anchorena en Colonia. Al corte al puente general San Martín, se agregó además la prohibición a barcos argentinos que van rumbo a Brasil de hacer escala en el puerto Montevideo, lo que complica el desarrollo de esa terminal. Venezuela "El universal" Sección: Internacional Comercio dominó gran parte del encuentro Madrid.- La Unión Europea y América Latina concluyeron una cumbre en la que concretaron acuerdos comerciales y reforzaron su compromiso a cooperar como socios para solventar los efectos de la crisis económica mundial. Líderes de ambos bloques discutieron en la Cumbre UE-Latinoamérica la necesidad de profundizar sus lazos y concretaron la reapertura de negociaciones entre Europa y el bloque aduanero suramericano Mercosur, un acuerdo comercial con América Central y la creación de un fondo promotor de inversiones en América Latina, informó Reuters. Los países centroamericanos mostraron su satisfacción con el Acuerdo de Asociación logrado en Madrid con la Unión Europea, que abre puertas a los productos de la región en un selecto mercado de 500 millones de consumidores, agregó AFP. Desde Guatemala a Panamá, pasando por Costa Rica, El Salvador, Honduras o Nicaragua, en un mercado de unos 40 millones de consumidores, tanto gobiernos como sectores productivos han mostrado su satisfacción por la conclusión de este Acuerdo, que marca un hito histórico, ya que es el primero entre dos regiones. Mientras que el relanzamiento del acuerdo UE-Mercosur beneficiaría a una población combinada de 700 millones de habitantes que realizan intercambios comerciales birregionales de cerca de 100.000 millones de euros al año. Además, para hoy se concretará el cierre del acuerdo comercial entre la UE, Colombia y Perú alcanzado hace meses. Tensiones marcan cumbre de Madrid El tema migratorio ocupó una sorpresiva importancia dentro del encuentro Madrid. - América Latina y Europa proclamaron en Madrid su carácter de "socios globales", en una cumbre en la que reforzaron sus lazos comerciales y su unidad ante la crisis, pero en la que también afloraron tensiones entre las dos regiones, así como entre los países latinoamericanos. "En esta cumbre nos hemos reconocido aún más como socios globales", dijo el presidente de Gobierno español, José Luis Rodríguez Zapatero, en su discurso de clausura en el que destacó como "decisión más importante" la "reafirmación del compromiso de solidaridad" con Haití, apuntó AFP. Convocados por España, que ejerce la presidencia de turno de la Unión Europea, jefes de estado y de gobierno y cancilleres de 60 países a uno y otro lado del Atlántico aprobaron en Madrid un comunicado conjunto en el que se plasma la voluntad de colaboración en materias como cambio climático, nueva arquitectura financiera y reforma de foros multilaterales, informó AP. Más allá de alguna referencia a la inmigración y la creación de un novedoso instrumento de inversión europea en América Latina, la sensación es que, políticamente, muchos asuntos relevantes quedaron por fuera. En un encuentro en que la palabra más repetida fue "crisis'', quizá los problemas de solvencia que enfrenta el euro pudieron más que la presencia de la mayoría de presidentes latinoamericanos. Salvo el presidente francés Nicolas Sarkozy, casi ninguno de los grandes líderes europeos (Alemania, Italia o Reino Unido) se presentó en Madrid. "Todos sabemos que vamos demasiado lentos'', resumió en su intervención el presidente de Chile, Sebastián Piñera. "Los problemas van más rápido que las soluciones. Nos estamos quedando atrás'', dijo. Inmigración El comunicado final no incluyó referencias concretas a Cuba o a Honduras. Sin embargo, sí se plasmó un compromiso expreso con la reconstrucción de Haití tras el devastador terremoto de enero y se habló de inmigración, uno de los temas predominantes de la cumbre contra todo pronóstico. Antes del plenario, la presidenta argentina Cristina Fernández de Kirchner, reprochó a Bruselas su política migratoria y pidió un trato digno a los inmigrantes latinoamericanos que llegan a Europa en busca de oportunidades. "Los países europeos más desarrollados colocan al inmigrante como un adversario, un enemigo, a quien separar de la sociedad, aunque todos sabemos que realizan un trabajo que los ciudadanos de esos países no están dispuestos a desempeñar'', dijo Fernández. Las dos partes acordaron en el texto pedir respeto a los derechos humanos de los inmigrantes a uno y otro lado del Atlántico y la persecución de las organizaciones criminales dedicadas al tráfico de seres humanos y la trata de blancas. Conflicto y acuerdos Asi mismo Fernández, quien copresidió la cumbre junto a Zapatero, hizo hincapié en "el multilateralismo como método adecuado para resolver todos los problemas" y en la necesidad de que América Latina vea reflejado su creciente papel en el escenario mundial en organismos internacionales como la Organización de Naciones Unidas (ONU). Kirchner volvió a invocar el multilateralismo en la rueda de prensa final para criticar la decisión de Reino Unido de rechazar cualquier negociación sobre la soberanía de las Islas Malvinas, por las que los dos países libraron una guerra en 1982. Reino Unido había descartado esa negociación luego que Argentina instara al diálogo. Otras tensiones afloraron entre los presidentes de Ecuador, Rafael Correa, y de Colombia, Álvaro Uribe, por la decisión de la justicia ecuatoriana de investigar el bombardeo de Colombia contra las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC) en su país vecino en marzo de 2008. Finalmente, se aprobó un plan de acción en temas económicos, políticos y de inmigración que guiarán los trabajos de cara a la próxima cumbre entre ambas regiones, tendrá lugar en Chile en 2012.

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