23.08.2010
Jornal ‘Folha de S. Paulo"
Opinião
Latinos e chineses
Como primeiro elo de integração internacional, a América Latina sempre desempenha papel relevante nas relações econômicas do Brasil. Historicamente, o comércio regional absorve parcela importante das exportações do país, oscilando em torno de 20%, com forte concentração em produtos manufaturados.
Entre 2005 e meados deste ano, considerando-se apenas manufaturas, as vendas brasileiras para a região cresceram, em termos absolutos, 35%, atingindo US$ 34 bilhões (cerca de R$ 60 bilhões). Como o Brasil, as economias latino-americanas enriqueceram com o crescimento asiático e o aumento da demanda por commodities -o que tem reflexos positivos no próprio comércio regional.
A prosperidade latino-americana poderia no entanto ser mais dinâmica. E a presença brasileira também. Ajudariam nesse sentido relações diplomáticas menos suscetíveis a questões ideológicas e mais concentradas na exploração dos aspectos complementares das diversas economias. O Brasil precisa ser mais ambicioso e agressivo na disputa pelos mercados.
No caso do Mercosul houve nos últimos anos evidente retrocesso, com a proliferação de distorções comerciais e barreiras unilaterais. É claro, para quem quiser ver, que a assimetria entre os membros impede o funcionamento do atual status de união aduaneira. Cumpre enfrentar indefinições e ambiguidades para que o bloco possa de fato impulsionar as trocas, em vez de embaraçá-las num emaranhado de cláusulas e exceções.
Há, além disso, um novo fator a considerar -a ameaça chinesa. A presença do país asiático cresce exponencialmente na América Latina. No mesmo período de 2005 a meados deste ano, em que as vendas brasileiras de manufaturados subiram 35%, as chinesas triplicaram, passando de US$ 19 bilhões para US$ 54 bilhões.
É preciso portanto não se acomodar diante de resultados positivos. O Brasil, que tem dificuldades para vender manufaturados a outros países, está perdendo espaço para os chineses num mercado vizinho e tradicional.
Jornal "O Estado de S. Paulo"
Caderno: Internacional
Cristina ameaça fábrica de papel para atingir jornais
'Clarín' e 'La Nación' acusam governo de tentar anular compra da Papel Prensa para [br]controlar a imprensa
EFE
BUENOS AIRES - Os dois principais jornais argentinos, Clarín e La Nación, denunciaram ontem uma ofensiva da presidente Cristina Kirchner contra a imprensa local. O novo alvo do governo seria a Papel Prensa, maior produtora de papel para jornal da Argentina. O governo apresentará amanhã um relatório de 400 páginas que mostrará supostas ligações entre os dois jornais e a ditadura, nos anos 70.
A Papel Prensa, que abastece cerca de 170 jornais de todo o país, foi fundada em 1972. Hoje, ela é controlada pelo Grupo Clarín, pelo La Nación e pelo Estado argentino. O controle acionário foi determinado após uma operação de venda realizada durante a ditadura militar. De acordo com a Casa Rosada, os dois maiores jornais do país compraram as ações depois que os antigos proprietários da empresa foram torturados, por isso a venda seria ilegal.
Os antigos donos da Papel Prensa, na época, foram de fato torturados, mas depois da operação de venda, alegam o Clarín e o La Nación. "O governo pretende tomar posse dos ativos e controlar a empresa, conduzir a produção de papel para impressão de jornais e submeter, assim, o jornalismo independente até levá-lo a uma convivência dócil com o poder", disse ontem o Clarín, em editorial.
Em sua maior parte, por questão de custo, os maiores jornais argentinos têm optado por utilizar papel importado. Mas, para muitas organizações de defesa da liberdade de expressão, o ataque à Papel Prensa pode ser o passo prévio de uma ação do Estado para intervir nas operações de importação do produto.
De acordo com muitos analistas do setor, a Casa Rosada poderia impor uma tarifa na importação de papel e, ao mesmo tempo, controlar a maior fornecedora do produto no país, deixando os jornais argentinos nas mãos do governo.
Jornal "O Globo"
Caderno: Economia
Mercosul cresce 7% e tenta acelerar união
Miguel Jorge diz que bom momento econômico dos países fará bloco andar mais rápido agora do que em 20 anos
Eliane Oliveira
BRASÍLIA. Os quatro sócios do Mercosul vivem uma fase ímpar desde o início da década, caracterizada pela redução das brigas comerciais e pela recuperação de suas economias.
O Produto Interno Bruto (PIB) de cada um dos sócios plenos Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai vai crescer em torno de 7% este ano, segundo estimativa da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), apresentando as maiores taxas da região. O desempenho seria ainda mais significativo se a Venezuela que está a um passo de entrar no bloco nas condições dos outros quatro não estivesse mergulhada em uma grave recessão.
O bloco passou por momentos difíceis nos últimos anos, mas agora o momento econômico é tão bom que o Mercosul vai andar mais rápido do que em 20 anos passados prevê o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge.
Na visão de especialistas do setor privado e alguns integrantes do governo, porém, esta fase de bonança deve ser aproveitada para se dar uma nova roupagem à união aduaneira, não importa quem sair vencedor das eleições deste ano. Divergências são bem-vindas, destacou um embaixador brasileiro, desde que aproveitadas para o bem, como a integração produtiva e a formação de polos exportadores com a união das empresas dos países associados.
Usamos o tempo que perdíamos brigando para discutir como melhorar a integração produtiva resumiu o secretário de Comércio argentino, Eduardo Bianchi.
Receita de mais comércio e menos amarras diplomáticas A receita, de forma geral, consiste em mais comércio e investimentos e menos amarras, como a que obriga os países do bloco a só negociarem acordos de livre comércio em conjunto, e não separados. O diplomata Rubens Barbosa não se conforma com esse dispositivo.
Ele destacou que, em 2004, o Brasil não fechou um acordo de livre comércio com a União Europeia (UE) porque a Argentina impôs restrições: Poderíamos ter concluído sozinhos essa rodada.
Miguel Jorge não concorda.
Acredita que o acordo só não foi fechado até agora porque os europeus não se entendem.
Países como França e Irlanda são fontes de resistência, especialmente quando se põe sobre a mesa a redução dos subsídios agrícolas.
Acabamos de fechar acordos com Israel e Egito. Até o fim do ano concluiremos as negociações com a Jordânia. Se não fechamos ainda com a UE, não foi por um problema nosso, mas deles afirmou o ministro.
Brasil e Argentina avançam na integração produtiva, e os argentinos são, desde julho, nossos segundos principais clientes, passando os Estados Unidos e só ficando atrás da China.
Argentina e Uruguai selaram a paz no conflito gerado pela instalação de uma fábrica de celulose, em solo uruguaio, na fronteira com a Argentina. Paraguai e Brasil já não brigam mais por causa da usina de Itaipu. Constroem, juntos, estradas e linhas de transmissão.
Venezuela só vai pegar carona, diz diretor da Fiesp Em meio a tudo isso, lamentou o diretor da Área Internacional da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Giannetti da Fonseca, chegam os venezuelanos, sem indústrias, com inflação nas alturas e alto endividamento.
O país ainda peca por não ter um parque industrial desenvolvido e por ser muito dependente do petróleo: A Venezuela só vai se aproveitar da situação, pegando carona em acordos comerciais com outros parceiros internacionais, sem pagar pedágio.
Para Rubens Barbosa, o Mercosul é importante mas precisa sofrer ajustes, com ou sem venezuelanos.
As mudanças devem ocorrer mediante a adoção de uma nova linha diplomática: O Mercosul precisa voltar às origens, seguir os cronogramas de redução tarifária.
O economista e diretor da Fractal Instituto de Pesquisa, Celso Grisi, lembrou que o Brasil, ao contrário dos demais sócios, tem uma indústria forte e diversificada, da qual poderia tirar vantagem: Brasil e a Argentina têm melhores condições de industrialização e devem aproveitar a fase para expandir o bloco.
Jornais dos Países Membros do Mercosul
Argentina "Clarín"
Sección:Política
Por un olvido, se define de apuro cómo votar los delegados al Parlasur
Desde el Congreso Las comisiones de Asuntos Constitucionales y Relaciones Exteriores del Senado comenzaron a discutir la semana pasada dos proyectos para decidir cómo se eligirán los representantes del país ante el Parlamento del Mercosur. Salvo Paraguay, que ya lo definió, los otros socios del bloque --Argentina, Brasil y Urugay-- vienen con atraso.
Pero en el caso nacional, la decisión fue víctima de un olvido del oficialismo, a raíz de su apuro por aprobar la Ley de Reforma Política a fines de 2009, cuando estaba por dejar de ser mayoría en el Congreso. La omisión es casi un papelón pero pasó inadvertida entre los ruidos de la pelea por el proyecto que impuso internas abiertas y simultáneas. Es que si bien la reforma política estableció que se elijan por voto directo y con el mismo formato que los legisladores nacionales a partir de 2011 --en lugar de ser designados entre los miembros del Congreso, como ahora--, nada se dijo sobre el modo de conformar las listas. Ahora deben hacerlo de contrareloj, porque en junio deben presentarse los candidatos para la interna de agosto.
Ello implicaría agregarle un capítulo al Código Electoral, explicó Oscar Casal, de Espacio para la integración y la Convergencia (EPICA). Un proyecto en debate es del oficialista José Pampuro, presidente provisional del Senado, que propone votar por distrito único. El de Adolfo Rodríguez Saá (PJ disidente) consiste en que las provincias y la Capital elijan sus representantes, para "evitar" desequilibrios entre grandes y chicos.
Hay otros dos proyectos en diputados, aún sin tratamiento. Son de Fernando Iglesias (Coalición Cívica) y Claudio Lozano (Proyecto Sur), quienes fueron los primeros en incorporarse al Parlasur desde el recambio de diciembre --la ceremonia fue hace dos semanas, en la sede de Montevideo-- y contribuyeron a que la oposición pase a tener mayoría en la delegación, que de todos modos sigue presidida por el diputado K Mariano West.
Iglesias está de acuerdo en el distrito único. Lozano quiere un sistema mixto, para buscar equilibrios provinciales. Pero según pudo constatar este diario, todos quieren un acuerdo que permita asegurar la elección directa para los comicios del año próximo.
Hay otro tema. El protocolo de creación del Parlasur, de 2005, estipuló en principio que cada país enviara 18 legisladores del Congreso, hasta que sean elegidos en forma directa, lo que debería suceder a partir de 2011. Por un acuerdo entre los países miembros del Mercosur sobre una proporcionalidad que equilibre la cuestión demográfica, se estableció que Brasil cuente con 75 miembros, Argentina 43, Paraguay 18 y Uruguay otros 18. Aunque el aumento de las representaciones será gradual. Casal aseguró que por retrasos de Cancillería, el Gobierno aún no resolvió esta cuestión. Y ello dificulta que el Ejecutivo del bloque regional, el Consejo del Mercado Común, lo apruebe, algo que Brasil se propone resolver ahora que está a cargo de la presidencia pro témpore del organismo.
Paraguay "ABC"
Sección: Política
Nuevo canciller argentino prepara visita a Paraguay
Para presentar los saludos protocolares de estilo, y en el marco de un periplo por los países del Mercosur, el nuevo canciller argentino, Héctor Timerman, estará este fin de mes en Asunción, según pudo saberse en fuentes bien informadas. Se reunirá con su colega paraguayo, Héctor Lacognata.
Héctor Timerman vendrá para un encuentro con su par paraguayo, después de haber asumido la titularidad de la Cancillería argentina, hace aproximadamente dos meses.
El secretario de Estado tiene prevista una reunión con su colega paraguayo, Lacognata, ocasión en que a más de los saludos correspondientes, aprovechará para actualizarse acerca de las acciones encaminadas entre los dos países, en el marco de las relaciones bilaterales.
Estará además en el orden del día, lo atinente a los planes y proyectos encarados entre los dos gobiernos, las iniciativas en curso, así como el compromiso de seguir profundizando la cooperación y el entendimiento entre las partes.
Mercosur
Igualmente, las conversaciones servirán a fin de aunar criterios en torno a temas que hacen al desenvolvimiento del Mercosur, sus vinculaciones con otros bloques, y proyecciones.
No se descarta incluso, una audiencia con el presidente Fernando Lugo, para presentarle los saludos de la mandataria de la vecina nación, Cristina Fernández de Kirchner.
Confirma visita
A propósito, consultamos con el embajador de la República Argentina en Paraguay, Rafael Romá, y confirmó plenamente la visita de su canciller. Explicó, sin embargo, que el diplomático, que aún se está ajustando la agenda a ser desarrollada por Timerman en nuestra capital, por lo que dijo no estar en condiciones de proporcionar mayores detalles.
Cabe consignar que Timerman, quien venía desempeñándose como embajador en Washington D.C. (EE.UU.), reemplazó en el cargo a Jorge Taiana. Este dimitió repentinamente a mediados de junio último, supuestamente por "diferencias" con la presidenta Cristina de Kirchner, según se informó en aquella ocasión desde la capital de la vecina nación.
Periodista y diplomático
Timerman, de 56 años, tiene una extensa carrera como periodista y diplomático, y vivió en Estados Unidos de América durante parte de la dictadura como exiliado tras el secuestro de su padre. Al tiempo de ser nombrado ministro de Relaciones Exteriores, estaba en la representación diplomática argentina ante el gobierno de Barack Obama.
Uruguay "El Pais"
Sección: Internacional
El gobierno argentino lanza una nueva ofensiva mediática.
Informe. Presentará denuncias contra 'Clarín' y 'La Nación'
BUENOS AIRES | LA NACIÓN / GDA
El gobierno argentino presentará un informe sobre la proveedora del papel donde se imprimen "Clarín" y "La Nación". Los denunciará por competencia desleal, irregularidades financieras, apremios ilegales, coacción y delitos de lesa humanidad.
Mañana a las siete de la tarde el gobierno de Cristina Fernández de Kirchner presentará en la Casa Rosada un informe titulado "Papel Prensa, la verdad". Con ese texto de 400 páginas lanzará una nueva ofensiva contra los diarios "Clarín" y "La Nación", después de revocar al Grupo Clarín la licencia por la que provee de Internet a sus clientes con la red Fibertel.
Gobernadores, empresarios y legisladores están invitados al evento donde la presidenta propondrá disponer la nulidad de la operación de compra de las acciones de la empresa fabricante de papel de los diarios, Papel Prensa. Esta compra fue efectuada el 2 de noviembre de 1976 por "Clarín", "La Nación" y "La Razón" y la nueva propuesta oficial podría desatar una larga disputa judicial.
Fernández se dispone a avalar las acusaciones del secretario de Comercio, Guillermo Moreno, sobre la supuesta comisión de delitos por parte de autoridades de las empresas periodísticas, "a las que Néstor Kirchner quiere ver en prisión", según dejaron trascender desde la Casa Rosada.
El informe fue elaborado por Guillermo Moreno en medio de un gran hermetismo. Sólo él, la presidenta Cristina Kirchner, su esposo y jefe del Partido Justicialista Néstor Kirchner, y el secretario legal y técnico Carlos Zannini, conocen el detalle de su contenido.
Estos actores y sus allegados dan por descontado que se abrirá un largo proceso judicial que terminaría probablemente en la Corte y del cual nadie en Olivos puede garantizar su resultado. "Durará tres o cuatro años. La intención es generar una pelea judicial y producir un daño mayor en la porción accionaria de "Clarín", blanco de Kirchner. No se sabe cuánto retendrá cada uno. Final abierto", trascendió en la Casa Rosada.
El cuerpo del informe que la presidenta presentará mañana, tendrá tres ejes.
Por una parte, una denuncia contra directivos de los diarios por supuestos apremios ilegales, delitos de lesa humanidad y coacción por la venta de Papel Prensa. Incluiría un testimonio de Lidia Papaleo -quien era dueña de Papel Prensa y viuda del banquero David Graiver- que asegura haber sido forzada en 1976 a vender sus acciones bajo torturas y supuestas amenazas de muerte del titular de "Clarín", Héctor Magnetto, y de la dictadura militar.
El informe exhibiría el relato oficial de aquella compra, versión que los dos diarios desestiman en forma categórica: los Graiver declararon en varias causas judiciales y en ninguna de ellas vincularon su detención y la tortura a la venta de las acciones de Papel Prensa porque estaban libres al momento de la venta y porque hasta esa fecha no habían sido objeto de torturas y amenazas por parte del gobierno militar.
El siguiente eje del documento oficial es el de la acusación de supuestas irregularidades de la empresa en el manejo financiero a lo largo de varios años de gestión.
En tercer lugar, el gobierno acusará a "Clarín" y "La Nación" por competencia desleal en el suministro de papel a los demás clientes de Papel Prensa.
La empresa abastece a unos 170 diarios de todo el país. "Clarín" tiene 49% de las acciones; "La Nación" 22,5%; y el Estado 27,5%.
En los últimos días creció la preocupación empresarial por el avance de la administración sobre empresas en general y sobre los medios periodísticos en particular.
En el ámbito político, los bloques de la oposición anunciaron que presentarán en el Congreso un proyecto de ley para dejar sin efecto la medida que declara la caducidad de la licencia de Cablevisión Fibertel, del Grupo Clarín.
Los políticos también advirtieron que ampliarán la denuncia que hicieron en abril de este año ante la Organización de Estados Americanos (OEA) y ante la Sociedad Interamericana de Prensa (SIP).
El 27 de abril 24 diputados denunciaron que, en su avance contra Papel Prensa, el gobierno busca limitar la libertad de los medios. Ahora también invitarán a la relatoría de prensa de Naciones Unidas a visitar el país "para interiorizarse de la situación", explicó la legisladora de la Unión Cívica Radical Silvana Giúdici a "Clarín".
El diputado de la Coalición Cívica, Alfonso Prat-Gay, condenó la situación y opinó que "el próximo paso es presionar a los diarios para tener el control absoluto de lo que se informa".
"El Observador"
Sección: Actualidad
Mutualistas de la frontera con Brasil reclaman médicos.
LA ESCASEZ DE PROFESIONALES EN ESA ZONA DEL PAÍS SE AGUDIZÓ CON EL NUEVO SISTEMA DE SALUD
Para tentar a los especialistas deben ofrecer sueldos muy superiores a lo normal
La falta de especialistas médicos en el interior del país es un mal crónico que se ha agudizado en los últimos dos años, a consecuencia de la instalación del nuevo Sistema Nacional Integrado de Salud y el ingreso de miles de nuevos usuarios al sistema. El personal médico que ofrecen las instituciones privadas fuera de la capital a sus usuarios no es suficiente para cubrir la demanda, incluso existen mutualistas que ni siquiera cuentan con algunas especialidades en sus planillas.
Las mutualistas instaladas en los departamentos fronterizos con Brasil tienen una alternativa para suplir sus carencias: contratar médicos brasileños. La mutualista Casmer, en Rivera, carecía de un médico urólogo y tras conseguir uno brasileño, lo estimuló para que obtuviera la reválida de su título ante la Facultad de Medicina de la Universidad de la República. "Pero le pusieron trabas", dijo al ser consultado por El Observador el presidente de la institución, Néstor Belzarena.
Y es que recurrir a médicos extranjeros radicados a pocos kilómetros del departamento resulta una buena alternativa cuando no se tiene a quién contratar dentro del país (ver recuadro). Belzarena contó que la mutualista publicó recientemente un aviso en los clasificados pidiendo un traumatólogo, "y no se recibió ningún currículum, ni siquiera llamaron para saber cuáles eran las condiciones del trabajo".
En la Cooperativa Médica de Cerro Largo (Comcel), donde se asisten 7.000 personas, no tienen urólogo ni tampoco anestesista propio. La falta de este último especialista ha llevado a que la institución pese a tener un block quirúrgico no lo haya habilitado, ya que no pueden operar, según indicó a El Observador el presidente de la institución, Antonio Da Silva.
En algunas instituciones en departamentos fronterizos con Brasil han realizado acciones "demenciales" para conseguir especialistas, según relatan los directores. En la Gremial Médica de Artigas (Gremeda) existía un único oftalmólogo el cual, luego de cumplir 65 años, debió retirarse porque así lo establecen los reglamentos de la institución. "Se jubiló, pero como continúa en la Caja de Profesionales lo contratamos como empresa (por fuera) para que siga trabajando de manera privada", indicó el presidente de Gremeda, Enrique Dieste.
Mecanismos de retención. Lograr que un médico montevideano abandone la capital y se radique en un departamento del interior no es tarea fácil. La institución Casmer, por ejemplo, debió apelar a ofrecer salarios por encima de los $ 100 mil a algunos especialistas para que se fueran a instalar a Rivera.
En el caso de Gremeda, la empresa precisaba un ginecólogo para su filial en Bella Unión. Según contó Dieste, consiguieron un profesional pero con la contratación del especialista vino la contratación de la esposa de este (médica de profesión) porque si no el matrimonio no se instalaba. "Y eso es un gasto extra", señaló el presidente de la institución.
En la Cooperativa Médica de Rocha (Comero) se realiza una apuesta a futuro. Según indicó a El Observador el presidente de la institución, Carlos Tarabochia, Comero reunió a los médicos jóvenes rochenses que estudian en Montevideo "y se les planteó la necesidad de la institución". Con el fin de retenerlos en el departamento, a los egresados de Medicina "se les brinda trabajo los fines de semana y se les financia el traslado a Montevideo para que hagan sus posgrados y residencias".
También hay instituciones que apelan a los "lazos familiares" de los propios médicos para acercar a las nuevas generaciones de médicos, según contó el presidente del Centro Asistencial de la Asociación Médica de Cerro Largo (Camcel), Víctor Paggiola Antúnez.
En Artigas ocurre lo mismo. "Cuando (los médicos) tenemos un familiar le decimos: "estudia esto, que acá seguro tenés trabajo´", contó Dieste. Pero no siempre se tiene suerte. "(El médico) Se casa con un montevideano, gana un platal y le rinde económicamente… y acá trabaja y se va a tomar mate a la casa", señaló.
Acuerdo Mujica-Lula pretende unir los servicios de asistencia
El presidente José Mujica y su par brasileño, Luiz Inácio Lula da Silva, se reunieron el pasado julio en el departamento de Rivera y firmaron varios acuerdos de cooperación.
Uno de ellos habilitó a que los ciudadanos de la frontera Rivera-Livramento se asistan en los centros médicos de uno y otro lado. La cooperación entre servicios de salud instalados se lleva adelante en varios departamentos fronterizos. En Artigas, por ejemplo, hay médicos de la institución Gremeda que viajan hasta la localidad de Quaraí para asistir a pacientes brasileños. En el caso de Rocha, la mutualista Comero le realiza estudios clínicos a los pacientes brasileños que viven en el Chuy.
Jornal “Folha de São Paulo” Caderno: Mundo Crise reduz fluxo de imigrantes ilegais para EUA Entrada de indocumentados caiu quase dois terços em 2007-2009 em comparação ao período entre 2000-2005 É a primeira inversão no crescimento da população ilegal nos EUA em duas décadas, aponta instituto Pew A crise econômica que estourou nos EUA em 2008 teve como consequência uma redução na entrada de imigrantes ilegais no país. Segundo estudo do Pew Hispanic Center, braço do renomado Pew Research Center, o fluxo anual de indocumentados foi quase dois terços menor de março de 2007 a março de 2009, na comparação com a primeira metade da década. O declínio contribuiu para a queda total da população de ilegais vivendo nos EUA -8% menos em 2009, em relação a 2007. "Essa diminuição representa a primeira inversão significativa no crescimento dessa população nas últimas duas décadas", afirma o estudo, baseado em dados do governo americano. Além da crise, da qual o país ainda não se recuperou,
Comentários
Postar um comentário