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Clipping Mercosul -13/04/10 www.camara.gov.br/mercosul

Jornal do Brasil


Caderno: Economia


Argentina faz oferta para moratória
Governo vai anunciar esta semana o percentual a ser trocado de um total de US$ 29 bi

FRANCE-PRESSE A Argentina tentará nesta semana conquistar seus credores com uma generosa oferta para a troca de sua dívida em moratória e enterrar no passado seu default. Posteriormente, o país deverá acertar as contas pendentes com o Clube de Paris, afirmaram economistas em Buenos Aires.

O governo da presidente Cristina Kirchner divulgará qual percentual está disposto a reconhecer do total da dívida, que soma US$ 20 bilhões de capital e outros US$ 9 bilhões em juros vencidos desde 2005.

Naquele ano, o antecessor e marido da presidente, o líder peronista Néstor Kirchner (2003-2007) conseguiu a adesão de 76,15% dos credores para uma troca de títulos que pretendia consertar o cataclisma provocado em 2001 pela maior declaração de moratória da história contemporânea, de quase US$ 100 bilhões.

Mas o restante dos credores, os chamados holdouts, rejeitaram o plano e envolveram o país em uma feroz batalha judicial em tribunais e fóruns internacionais, conflito que a atual presidente tenta deixar para trás.

Eduardo Blasco, da consultoria Maxinver, disse à AFP esperar uma oferta razoável, ao pagar US$ 50 para cada US$ 100 (50% da dívida), ainda que outros consultores calculam uma taxa melhor na troca de títulos.

Temos que ter em conta que há títulos em default que não faz muito tempo estavam cotados a US$ 30 para cada US$ 100. Com uma adesão de 70% ou mais, ficarão de fora apenas aqueles (credores) que continuarem litigando disse Blasco.

Dante Sica, da consultoria Abeceb.com, disse que a operação é um avanço para melhorar a credibilidade, diminuir o risco do país e conseguir financiamento taxas razoáveis, mas falta a negociação da dívida com o Clube de Paris, das potências credoras, em torno de US$ 6,5 bilhões.

Daniel Marx, ex-negociador da dívida e diretor da AGM Finanças, disse que a troca por si só não será suficiente para melhorar a situação da Argentina, ao afirmar que faltam ações fiscais e credibilidade com as estatísticas, questionadas por suspeitas de manipulação.

Aldo Pignanelli, ex-presidente do banco central argentino, afirmou que a oferta aos credores era um passo que tinha que ser dado e que terá êxito porque não resta outra alternativa aos detentores dos títulos a não se aceitar.

Temos que levar em conta que existem US$ 5 bilhões nas mãos dos fundos abutres que rejeitarão a troca. O restante vai aceitar porque vai trocar um título quase sem valor por outro cujo preço de mercado estará perto dos 50% endossou Pignanelli.

Marcelo Lascano, ex-consultor externo do Fundo Monetário Internacional (FMI), lembrou que a dívida com o FMI (de US$ 9,5 bilhões) foi cancelada há cinco anos e depois a presidente anunciou o pagamento ao Clube de Paris, mas o plano foi frustrado quando a crise mundial das hipotecas de alto risco estourou.

Ramiro Castiñeira, da consultoria Econométrica, disse que a troca aproxima o país dos mercados financeiros e leva confiança na capacidade de pagamento da dívida, mas declarou que ainda faltam sinais para recuperar o superávit fiscal, controlar a inflação e afrouxar o ritmo do gasto público.

A Argentina pagará este ano US$ 15 bilhões em compromissos de dívida externa, sobre uma dívida global de US$ 147 bilhões, que representa 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Um desses pagamentos, de US$ 203,6 milhões, acaba de ser feito por Kirchner com o uso das reservas do Banco Central, apesar da resistência da oposição à medida.


Jornal “Valor Econômico”


Caderno: Brasil


Brasil e EUA estão ampliando o diálogo, diz embaixador
Sergio Leo, de Brasília

Brasil e Estados Unidos assinaram ontem um acordo de cooperação na área de defesa que ajudará os aviões Super Tucano da Embraer a concorrerem para fornecimento às Forças Armadas dos Estados Unidos, informou ontem o embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon. O acordo facilita troca de informações e ações conjuntas dos dois países, o que também facilita uma melhoria na oferta da Boeing para fornecer caças à Força Aérea Brasileira (FAB). Mas o propósito do novo entendimento não é comercial. Vai muito além disso, ressaltou Shannon.

"O propósito é ampliar e avançar as relações entre Brasil e EUA e modernizar a capacidade das Forças Armadas no Brasil, com cooperação dos Estados Unidos", explicou. Para o embaixador americano, a assinatura do acordo, o sexto instrumento de cooperação assinado entre os dois países nos últimos dois meses, "mostra o interesse e capacidade do Brasil de avançar relações bilaterais". Ele lembrou que, nos últimos meses, nas visitas de altos funcionários, entre eles a secretária de Defesa, Hillary Clinton, foram assinados memorandos de entendimento também em áreas como educação, igualdade racial, mudança climática e trabalho conjunto em outros países.

"Há mais pontos de entendimento que pontos de desentendimento", enfatizou Shannon, esforçando-se para minimizar os atritos recentes entre os dois governos, em áreas como as possíveis sanções ao Irã ou a reação ao golpe de Estado em Honduras. "Estamos construindo ferramentas de diálogo que não são pontuais, mas amplas, vão ter um impacto em áreas grandes e importantes na relação bilateral."

Com o novo acordo, por exemplo, seria facilitada a coordenação entre as Forças Armadas dos dois países e não teria ocorrido o mal-estar entre os dois governos quando tropas americanas desembarcaram para ajudar vítimas do terremoto no Haiti, país onde a segurança está a cargo de forças de paz das Nações Unidas coordenadas pelo Brasil. Shannon lembrou que, no acordo, há, além de trocas de materiais e trocas de experiências, tecnologias e programas de treinamento, intercâmbio de conhecimento sobre operações das missões de paz.

"O Brasil mostra claramente no Haiti ter capacidade de não somente manter ordem pública, mas usar a segurança para promover o desenvolvimento", elogiou o embaixador. "Há poucos países que mostram esse entendimento."

O acordo assinado pelos dois países estava em negociação há sete anos e praticamente pronto há pelo menos um e meio. O momento da assinatura foi decidido pelo ministro da Justiça, Nelson Jobim, que firmou o documento, com o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, ontem em Washington . Diferentemente de outros acordos do gênero, não prevê manutenção de tropas americanas no território brasileiro nem dá imunidade a militares de nenhum dos dois países.

Shannon aproveitou para esclarecer a notícia de que EUA e Brasil montariam no Rio de Janeiro uma base binacional de combate ao terrorismo e tráfico de drogas. Os EUA fornecem informações e apoio para que a Polícia federal monte, no Rio, um "centro de inteligência" coordenando todos os órgãos envolvidos nessas operações, a exemplo da que os americanos têm em Key West, na Flórida. Esse centro terá ações coordenadas com agências dos EUA e de outros países.


Jornal “O Estado de S. Paulo”


Caderno: Economia


UE usa crise para justificar subsídios
Jamil Chade, correspondente em Genebra - O Estado de S.Paulo

A crise na Europa contamina a reforma dos subsídios agrícolas e é usada como pretexto por França e outros governos para manter o sistema de apoio de mais de 40 anos. Ontem, os países europeus iniciaram o debate sobre a reforma de sua política de subsídios, no mesmo dia em que o Brasil enviou mais uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) alertando que a UE está violando regras internacionais ao subsidiar as exportações de açúcar, alegando que seriam medidas apenas temporárias diante da crise.

Para defensores do apoio estatal, a situação mundial é a desculpa que esperavam para anunciar que não há como reduzir os subsídios nesse momento ao setor agrícola, com o risco de gerar um desemprego ainda maior. A Europa atingiu uma taxa de 10% de desemprego, o maior desde a criação do euro. Além disso, a recuperação econômica não ocorreu por enquanto.

O cenário acaba sendo perfeito para os governos que querem manter os subsídios. A reforma entraria em vigor em 2014, mas precisa começar a ser desenhada agora. Um projeto de lei precisa estar concluído já em inícios de 2011. Por ano, a UE destina mais de 55 bilhões de euros em subsídios, 40% do orçamento do bloco. O valor é equivalente a 100 euros por cada cidadão europeu.

O governo francês tem sido o mais vocal na defesa dos subsídios. O ministro da Agricultura, Bruno Le Maire, indicou na semana passada que seria contra qualquer reforma que reduza apoio aos fazendeiros. A França é o país que mais recebe subsídios e deixou claro que vai continuar defendendo a manutenção do sistema. Seu presidente, Nicolas Sarkozy, alertou que estava disposto a provocar uma crise na relação entre os países europeus, mas não abriria mão dos subsídios.

O comissário agrícola da UE, Dacian Ciolos, também indicou que a crise irá pautar sua reforma. Segundo ele, a lenta recuperação da economia justifica a necessidade de manter um apoio forte aos agricultores, mesmo diante das críticas dos países emergentes.
Para ele, a crise mostrou que a política agrícola comum da UE é "mais importante que nunca". "A falta de uma intervenção pode custar muito mais no médio prazo", alertou. Sua avaliação é de que, em tempos de crise, intervenções devam ser autorizadas, enquanto o mercado deve predominar no restante do tempo. Ele ainda negou que o impacto para os países emergentes seja pesado, alegando que a Europa já reduziu seus subsídios mais distorcidos.

Diplomatas brasileiros alertam que criar um mecanismo que permita subsídios todas as vezes que haja uma crise seria perigoso, já que a própria declaração dependeria dos europeus, o que abriria a oportunidade para que inundem o mercado de subsídios.

Já outros estão fartos de destinar recursos para um segmento da economia que emprega apenas 4% da população. O partido liberal holandês já indicou que pode cortar sua contribuição anual à UE pela metade se os subsídios não forem reformados. Reino Unido e a Suécia também defendem corte dos subsídios.

Para lembrar:Brasil derrotou subsídios da UE na OMC

O Brasil venceu, há cinco anos, uma disputa contra a União Europeia em torno das vendas do açúcar. A OMC condenou as exportações europeias e a UE foi obrigada a limitar suas vendas no mercado internacional. Qualquer volume de açúcar que ultrapassasse a marca estabelecida pela OMC seria considerado como exportação ilegal. A queixa é apenas uma forma de pressionar os europeus e não se trata de uma disputa legal nos tribunais da OMC. Agora, em Bruxelas, a Comissão Europeia admite que pelo menos alguns ajustes terão de ser feitos nos subsídios, como inclui uma limitação dos subsídios a grandes fazendeiros.


Opinião pública nos EUA reage contra fundo do algodão
Raquel Landim - O Estado de S.Paulo

A opinião pública americana começou a reagir ao fundo de US$ 147 milhões prometido pelo governo dos Estados Unidos aos produtores brasileiros de algodão. Editoriais e blogs de jornais de prestígio questionam porque o contribuinte americano vai ter que subsidiar os produtores de algodão dos EUA e do Brasil.

"Ao invés de privar os produtores nacionais de subsídios, Washington vai pedir aos americanos para gastar ainda mais dinheiro, dessa vez para subsidiar os agricultores brasileiros", escreveu o Wall Street Journal.

A revista Time também disparou: "O que poderia ser mais ultrajante que os pesados subsídios que o governo dos EUA desperdiça com os ricos fazendeiros americanos de algodão? Que tal os pesados subsídios que o governo pode começar a desperdiçar com os ricos produtores de algodão brasileiros?"

Uma blogueira do San Francisco Chronicle resumiu a irritação está por trás da crítica dos jornais americanos: "Aparentemente não passou pela cabeça da administração Obama ou do Congresso acabar com os subsídios".

O fundo de US$ 147 milhões faz parte de um pacote de compensações oferecido pelos EUA ao Brasil na semana passada para evitar a retaliação contra produtos americanos, após processo vencido pelo Brasil na Organização Mundial de Comércio.

Nos textos, os jornais americanos reconhecem como justa a vitória brasileira e não criticam nem a ameaça de retaliação. O problema da opinião pública americana é a maneira como a administração Obama está lidando com isso.

Para o especialista em comércio e mentor do painel do algodão, Pedro de Camargo Neto, a reação é positiva para a batalha brasileira pelo fim dos subsídios americanos. "A criação desse fundo trouxe o assunto dos subsídios agrícolas novamente para o debate nos EUA", disse.

Camargo Neto acredita que o fundo vai manter o "holofote" sobre o algodão na reforma Farm Bill (Lei agrícola) dos EUA em 2012. Como as restrições fiscais americanas aumentaram após a crise, a pressão para reduzir os subsídios deve crescer.

Aftosa. Também irritou os americanos Obama ter prometido considerar Santa Catarina como área livre de febre aftosa. "Os EUA também balançaram sua varinha de condão e declararam o Estado brasileiro de Santa Catarina como área livre de doenças. E nós aqui que pensávamos que o boicote à carne bovina tinha realmente a ver com questões sanitárias", disse o WSJ.


Jornal “O Globo”


Caderno: O Pais


Brasil e EUA assinam acordo de parceria militar
Compromisso abre caminho para a Embraer vender até 200 aviões que serão usados pela Marinha americana
Marília Martins
Enviada especial

WASHINGTON. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, assinaram ontem um acordo de cooperação militar no Pentágono, que servirá de pré-requisito para que a Embraer possa participar de uma concorrência internacional para a venda de até 200 aviões Supertucanos P-29 que serão usados pela Marinha americana.

Jobim disse que a empresa brasileira poderá concorrer contra um fabricante suíço. A primeira parte do contrato prevê a entrega de cem aviões. Se for renovado, outros cem serão fornecidos aos americanos.

Estamos assinando o acordo militar como uma exigência preliminar para concorrer a um contrato de fornecimento de cem aviões. O acordo militar assinado hoje foi um passo que viabilizou a entrada do Brasil na concorrência, mas são dois assuntos diferentes. Uma coisa é termos assinado o acordo, nos mesmos termos que fizemos com vários países, e outra é a venda dos tucanos. Não misturamos os dois temas, assim como não misturamos o tema da compra de aviões americanos.

Os assuntos são separados disse Jobim.

O ministro não disse o valor do contrato nem falou em prazos, mas acrescentou que, embora exista pressão dos EUA para que o Brasil compre caças americanos, o tema da venda de aviões brasileiros está sendo tratado de forma separada. A americana Boeing é uma das empresas que disputam a concorrência para o fornecimento de caças ao Brasil, ao lado da francesa Dussault e da sueca Grippen.

A assinatura do acordo de cooperação militar aconteceu dias antes da viagem de Gates para a América Latina. Ele visitará a Colômbia e Peru, e participará de uma conferência de segurança em Barbados, no Caribe.

No ano passado, a assinatura de um acordo de ampliação do uso de bases militares colombianas por forças americanas causou preocupação nos países latino-americanos. Jobim disse que o acordo assinado com Gates foi comunicado aos governos dos países da Unasul para que houvesse total transparência. Gates comentou a assinatura do acordo: Este acordo leva a um aprofundamento das relações entre Brasil e EUA quanto à cooperação no plano da defesa. E demonstra o quão efetivamente podemos enfrentar desafios comuns quando trabalhamos em parceria. O acordo vai também expandir áreas de mútuo interesse, incluindo pesquisa e desenvolvimento, logística, segurança tecnológica e aquisição mutual de produtos e serviços de defesa. Vai fortalecer a capacidade militar dos dois países e prover oportunidades de desenvolvimento industrial.


Jornais dos Países Membros do Mercosul


Paraguay “ABC”


Opinón


Soberanía en Itaipú
Dr. Emilio Camacho (*)

Cuando la Alianza Patriótica para el Cambio asumió el gobierno, en agosto del 2008, de inmediato se presentaron los grandes requerimientos sobre las binacionales y las importantes decisiones a tomar. Pregunté si la Cancillería paraguaya, la Itaipú Binacional y la EBY tenían en su equipo de asesores jurídicos expertos en Derecho de los Tratados y en Derecho Energético, y la respuesta fue negativa. Pregunté sobre investigaciones rigurosas realizadas en defensa del interés general (Art. 128 CN) en dichos organismos en el marco de la defensa de la soberanía nacional; nada, nada. No existían altos cargos en Itaipú o Yacyretá que se hayan especializado en la materia, tampoco se auspiciaron publicaciones o investigaciones de defensa de los derechos del Paraguay. Los altos salarios pagados en las binacionales no se utilizaron para formar expertos en derecho energético, becarlos a países desarrollados en centros académicos de alta formación, etc.

El estado de postración en que gobiernos depredadores dejaron al país en las relaciones bilaterales resultaba dramático, pero explicaba perfectamente cómo el Paraguay, en plenos siglos XX y XXI, había aceptado formas de relacionamiento que beneficiaban enormemente a una de las partes en detrimento de la otra, violando todo principio de reciprocidad, igualdad jurídica entre los Estados, solidaridad y cooperación (Art. 143 CN); tampoco se respetó el principio de la cooperación y desarrollo (Art. 145 CN). Es decir, tanto los Tratados de Itaipú y Yacyretá como el desarrollo de los mismos tuvieron a una diplomacia paraguaya genuflexa y entreguista, que no tuvo la fuerza moral y política de intentar siquiera mejorar las condiciones de los tratados. En treinta años de tratados binacionales, los gobernantes paraguayos no tuvieron la decencia y la dignidad de formar a expertos para defender la soberanía jurídica del Estado paraguayo, y esta afirmación la hago con la prueba irrefutable de la inexistencia de documentos oficiales en este sentido, salvo honrosos esfuerzos individuales.

Tanto en Itaipú como en Yacyretá, la iniciativa la tuvieron siempre nuestros vecinos; ni siquiera por afanes hegemónicos, sino simplemente por la completa inacción paraguaya, que había renunciado a una renegociación firme y sostenida en el tiempo; muchos, con mentalidad entreguista o fatalista, otros, argumentando “ellos son fuertes, nosotros no podemos enojarlos, sería peor”.

Es parte de esa mentalidad entreguista la que hoy brama con santa indignación porque el Gobierno decidió incorporar al canciller como representante ante el Consejo de Itaipú Binacional, exactamente como lo hace el Brasil. El Tratado de Itaipú, la Nota Reversal Nº 6, firmada hace 37 años, el 26 de abril de 1973, prevé expresa y categóricamente que “el Ministerio de Relaciones Exteriores del Paraguay designará un representante para que, con el que el Ministerio de Relaciones Exteriores del Brasil designe para el mismo efecto, encamine los asuntos concernientes a los artículos arriba citados...”. Pues bien, el Art. XXII del Tratado se refiere específicamente a los casos de divergencia que surjan entre las Altas Partes, lo que deben resolverlo “por los medios diplomáticos usuales”. Mayor claridad, imposible. La Constitución Nacional, en su Art. 238.7, señala que corresponde al Presidente “...el manejo de las relaciones exteriores de la República..”, potestad que la ejecuta también a través del Ministerio de Relaciones Exteriores (Art. 240 CN), y en entera concordancia con las normas citadas, el Art. 4.b de la Ley 1635, Orgánica del Ministerio de Relaciones Exteriores, dice “…El M. de R. E. tiene como funciones: ...ejercer la representación del Estado ante otros Estados, en los organismos internacionales y en los sistemas de integración”. El canciller de la Nación se halla facultado para representar al país en los organismos internacionales, por ende, ante las entidades binacionales, como lo interpreta claramente el mismo Tratado y la Nota Reversal 6, menos algunos paraguayos. Y no se trata de interés antiparaguayo, sino simplemente de una mentalidad que durante cincuenta años renunció a defender la igualdad entre los Estados, generó una política exterior genuflexa y entreguista y que causó tanto daño que tardará décadas en ser reparado.

Los brasileños comprueban que emerge una política exterior paraguaya que defiende firmemente la soberanía nacional y la igualdad entre las partes, pero que tiende puentes para el diálogo con Brasil, hoy gobernado por un Presidente progresista que tuvo el coraje de firmar la Nota Reversal de abril del 2009, inaugurándose una etapa de fraternidad que para el Paraguay significa pretender superar la lógica entreguista heredada de los dictadores paraguayos.

¡Increíble, hoy, en pleno 2010, hay gente que pretende renunciar a la aplicación de un logro que tiene treinta y siete años de vida! Algunos lo hacen de buena fe, con un criterio de legalidad estrictísimo que puede paralizar toda capacidad negociadora del Paraguay. Pero otros no; otros tienen nombre y apellido, son los cachorros de la dictadura que cuando tuvieron el poder en sus manos, hace apenas unos años, no fueron capaces de escribir una sola línea en defensa de la soberanía nacional (al menos no consta en los archivos oficiales), ni fueron capaces de plantear formal y legalmente la renegociación del Tratado, salvo la concesión de migajas.

El Paraguay da un paso cualitativo e histórico al instalar al canciller en el mismo corazón de Itaipú; si por resistencia interna de sectores conservadores que apañaron el statu quo del Tratado durante cuarenta años, hoy no es posible, no importa; más temprano que tarde, se logrará ese objetivo: sentar de igual a igual a los cancilleres de Paraguay y de Brasil ante el Consejo de Itaipú.

* Asesor jurídico de la Presidencia de la República


Sección: Política


Parlamentarios del Mercosur tratan en Brasil aplazado dictamen sobre Itaipú
En la página web de la Cámara de Diputados del Brasil se informó ayer las presentaciones brasileña y paraguaya en el Parlamento del Mercosur, así como las comisiones de Finanzas y Tributación y de Minas y Energía se reúnen hoy para discutir la modificación propuesta en el Tratado de Itaipú que aumentan los importes pagados al Paraguay por el excedente de energía que les transfiere nuestro país.

En el mismo material informativo de los diputados de Brasil se lee que la votación sobre el dictamen favorable del relator, diputado Dr. Rosinha (PT-PR), programada para la semana pasada, fue aplazada ante la demanda del senador Geraldo Mesquita Jr. (PMDB - AC) para ver (el dictamen de Rosiha). “Las modificaciones aumentan tres veces el pago por la energía cedida por el Paraguay. Los pagos anuales pasarán de US$ 120 millones (210 millones de reales) a cerca de US$ 360 millones (630 millones de reales), a valores de 2008”, añade.

Agrega que el Dr. Rosinha prevé que su parecer será votado por la representación (brasileña) este año. “Según él, el consumidor brasileño no será afectado y que Brasil obtendrá contrapartidas de Paraguay en la regularización de las actividades de los llamados ‘brasiguayos’”, agrega.

Detalla la página informativa de la Cámara de Diputados del Brasil que las reuniones entre los parlamentarios de ambas representaciones está marcada para las 16 horas, en la sala de la representación brasileña en el Parlasur, en el anexo 2 de la Cámara.

El primer aplazo

El viernes último, siempre en la web de los diputados brasileños, aparecía una noticia firmada por Idhelene Macedo, bajo el título “Votación del informe sobre la energía de Itaipú fue retrasada después del pedido de vista”, era el primer aplazo legislativo que sufrió la Nota Reversal del 1 de setiembre de 2009 y, por ende, de uno de los principales logros del acuerdo Lugo / Lula del 25 de julio de ese año.

La solicitud “de un pedido de vista aplazó la votación del relatorio del diputado Dr. Rosinha ... que reajusta los valores pagados al Paraguay...”, añade Macedo. “La votación, en opiniones brasileñas de la representación del Parlamento del Mercosur, no tiene fecha”, añade.

Apunta que el senador Geraldo Mesquita Jr. está de acuerdo con el contenido del informe (de Rosinha), pero debido a la posición adoptada por Paraguay pidió el documento y, por ende, la postergación su votación.

La actitud paraguaya a la cual alude Mezquita es con relación a la representación proporcional en el Parlasur, a la que Paraguay, según él, pone obstáculos. La nota reversal del 1 de septiembre de 2009, basada en el acuerdo presidencial de ese año, triplica el factor multiplicador que se utiliza para el cálculo de la compensación paraguaya.

Recordemos que esta nota reversal no tiene la fecha de entrada en vigencia, por consiguiente, los logros del 2009, debido a la actitud parlamentaria, corren el riesgo de quedarse en lo es hoy: una simple declaración.


Uruguay “El Observador”


Sección: Economía


Brasil cumplió y destrabó las exportaciones uruguayas.
Las ventas al exterior vienen con buen ritmo aunque el dato de marzo no refleja la tendencia real
NELSON FERNÁNDEZ

Las exportaciones uruguayas vienen creciendo a buen ritmo y el resultado no sólo es superior al del año pasado, que había acusado el impacto de la crisis internacional con retracción de demanda y rebaja de precios, sino también al de 2008, un año que había sido récord de ventas al exterior.

El dato de marzo había sorprendido; mientras que el año pasado en ese mes se había exportado por US$ 393 millones, este año las ventas fueron por US$ 600 millones, o sea 52,7% más. Eso no es una tendencia, porque fuertes exportaciones de soja que el año pasado se habían dado a partir de abril, esta vez se concretaron antes, en marzo.

Pero también hay que considerar que el dato de marzo podía haber sido mayor si no fuera por las trabas burocráticas que puso Brasil al ingreso de productos uruguayos. "Lamentablemente el caso del pescado para Viernes Santo se perdió, pero el acuerdo bilateral con Brasil permitió destrabar el flujo comercial", comentó una fuente directamente vinculada a esta operativa.

"Todo ha quedado liberado, Brasil cumplió", afirmó en relación al acuerdo entre José Mujica y Lula Da Silva. Ese país tenía más que demorado, bloqueado, el ingreso de lácteos y carnes uruguayas, pero ya levantaron la barrera.

Ahora sigue el efecto adverso de trabas argentinas que demoran dos meses las exportaciones uruguayas.

Lo concreto es que las ventas a Brasil corren sin obstáculos y eso se notará en los próximos datos de comercio exterior. Sin estimaciones precisas en números, es posible que las exportaciones de 2010 superen el récord de 2008.

Una comparación interesante está en la medición del total de ventas sin considerar el efecto de pasta de celulosa y de soja, que empujan mucho, para ver si la corriente exportadora general logra esa tendencia alcista. Habrá que esperar para ver esos datos, pero la percepción que da el inicio del segundo trimestre es de un saludable crecimiento; de un nuevo récord.


Sección: Agro


Región analizó lucha contra fiebre aftosa.
EL COMITÉ VETERINARIO PERMANENTE SE REUNIÓ AYER EN MONTEVIDEO
Hay interés en continuar acción hemisférica para erradicación del mal

La Comisión de Salud Animal del Comité Veterinario Permanente (CVP), que se reunió ayer en Montevideo, consideró con particular interés la continuidad del Programa Hemisférico de Lucha contra la Fiebre Aftosa en los próximos dos años, lo que deberá definirse en la próxima reunión de la Comisión Sudamericana para la Lucha contra la Fiebre Aftosa (Cosalfa) a cumplirse el 11 y 12 mayo próximo en Guyana.

El director general de los Servicios Ganaderos de Uruguay, Francisco Muzio, quien presidió el encuentro, remarcó a El Observador que habrá una propuesta de fortalecimiento de la cooperación técnica de ese organismo.

La iniciativa es "revelante para regiones prioritarias" en la lucha contra la enfermedad, como Ecuador, Colombia, Bolivia y Venezuela, donde subsiste el mal.

En la cooperación técnica estarían participando los recursos profesionales de países con alta experiencia en la materia, como son los del Cono Sur, entre ellos Uruguay, así como también recursos financieros que aportarían organismos internacionales.

El 85% de la ganadería bovina de América del Sur está en zonas libres con y sin vacunación, por lo que la cooperación se debería priorizar en los países del continente antes mencionados.

Muzio recordó que el plan hemisférico de lucha contra esta enfermedad fue el que lanzó el conocido Programa de Erradicación de la Fiebre Aftosa (PEFA) en 1998, que fue el plan maestro de todos los logros sanitarios contra la fiebre aftosa que hubo en América.

La comisión de Salud Animal del CVP consideró también ayer el estudio de prefactibilidad que realizó una consultora contratada para encarar un programa regional de lucha contra el gusano barrenador del ganado. En este punto es muy importante también la participación del sector privado. Este tema será elevado oportunamente al Consejo Agropecuario del Sur (CAS), que integran los ministros de Agricultura de la región.


Sección: Internacionales


Brasil firmó acuerdo militar con EEUU.
NO CONTEMPLA LAS BASES MILITARES

El ministro de Defensa brasileño, Nelson Jobim, y su homólogo de Estados Unidos, Robert Gates, firmaron ayer un acuerdo militar entre ambos países para facilitar la compra de equipamientos y los contactos entre sus Fuerzas Armadas.
El gobierno brasileño ha enfatizado que el pacto no contempla el uso por parte las Fuerzas Armadas estadounidenses de ninguna base militar en Brasil, como habían dicho algunos medios de prensa latinoamericanos, que lo habían comparado al acuerdo suscrito el año pasado entre Washington y Bogotá.

La ceremonia tuvo lugar en el Pentágono, donde Jobim sostuvo una reunión privada con Gates.

El pacto firmado crea un marco de cooperación para organizar visitas mutuas de delegaciones militares de Estados Unidos y Brasil, colaborar en asuntos técnicos y realizar encuentros entre instituciones de defensa, intercambios de estudiantes e instructores y entrenamientos castrenses conjuntos.

También facilita la compra de armamento y la colaboración en proyectos de tecnología militar, de acuerdo con el gobierno del país sudamericano. (EFE)

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