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Clipping Mercosul 09/04/10 www.camara.gov.br/mercosul

Jornal “Folha de S. Paulo”


Caderno: Dinheiro


Bric avalia nova moeda para o comércio entre os países
Grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China se reunirá na próxima semana, em Brasília
Criticado por reconhecer a China como "economia de mercado", Brasil tenta parceria com os chineses em áreas que vão de saúde à energia
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

Os governos do Brasil, da Rússia, da Índia e da China, reunidos sob a sigla Bric, vão aproveitar a reunião do grupo, na próxima sexta-feira, em Brasília, para fazer avançar o debate sobre a criação de uma nova moeda que tenha validade internamente entre os quatro e possa ser usada internacionalmente como opção ao dólar.

A informação foi dada ontem pelo embaixador Roberto Jaguaribe, subsecretário-geral de Política do Itamaraty, mas cercada de ressalvas e cautelas, para, segundo ele, "não criar marolas nem ondas desnecessárias" no ambiente internacional. Ou seja: não criar tensões com os Estados Unidos.

"Haverá discussões em nível técnico, sem expectativas de fazer [a moeda comum] de uma forma abrupta que balance os mercados", disse Jaguaribe, lembrando que a China levantou a ideia há um ano e meio, até porque tem condição muito diversa da brasileira, com reservas de mais de US$ 2,5 trilhões em diferentes moedas.

A discussão sobre uma moeda comum tem sido embalada pelo novo equilíbrio mundial a partir da crise exportada pelos EUA e do peso dos emergentes no crescimento global.

Citando dados do FMI, o embaixador disse que os emergentes foram responsáveis por 46,3% do crescimento mundial entre 2000 e 2008, e o percentual deve ultrapassar os 50% quando consolidados os dados até 2009. A projeção de 2008 a 2014 é que chegue a 61,3%.
No caso brasileiro, o reflexo recai diretamente sobre as relações comerciais: as trocas do Brasil com os demais emergentes passaram de 32% para 58%.

Como parte dos debates, técnicos brasileiros irão explicar aos demais como funciona, ainda que precariamente, o uso de moedas locais nas relações entre o Brasil e a Argentina.

Haverá ainda duas reuniões paralelas do sistema financeiro: os bancos de desenvolvimento terão debates na sede do BNDES, no Rio, na quarta, e estão previstas também trocas de experiências de bancos comerciais dos países emergentes, provavelmente em São Paulo.

O embaixador disse também que os países do Bric vão insistir em avanços na chamada nova governança global, com a reforma de organismos como o próprio FMI e o Banco Mundial, para buscar maior equilíbrio entre as nações.

Os presidentes dos quatro países terão reunião no Itamaraty na sexta-feira, um dia depois do encontro de um outro grupo emergente, o Ibas (Índia, Brasil e África do Sul).

Segundo Jaguaribe, a questão do Irã também será tratada, "para que cada país conheça melhor a posição do outro".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também terá visitas oficiais, de governo a governo, do presidente da China, Hu Jintao, e do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, além de encontros em separado com os presidentes da Rússia, Dimitri Medvedev, e da África do Sul, Jacob Zuma.

O Brasil, criticado por reconhecer a China como "economia de mercado", prepara o que vem sendo apelidado de "PAC 3" com o país -um Programa de Ação Conjunta em áreas que vão de saúde à energia.


Jornal do Brasil


Colunas


Coisas da Política - Um tratado indesejável
COM TODAS AS EXPLICAÇÕES,

incluídas as do Itamaraty, em nota oficial, é inconveniente o Acordo Militar que o Brasil está pronto a assinar com os Estados Unidos. Podemos firmar acordos semelhantes com países que podem comparar-se ao nosso, mas não com aquela república. É lamentável que esse tratado seja negociado pelo atual governo.

Segundo a imprensa internacional, prevê-se a instalação de uma base norte-americana no Brasil. A última base americana em nosso chão se limitava ao acompanhamento dos primeiros satélites artificiais, em Fernando Noronha. Ela foi discretamente fechada em 1961, por iniciativa de Tancredo que, como primeiro-ministro, negou-se a prorrogar o convênio, sob o argumento de que ainda não obtivera a opinião das Forças Armadas. Geisel, em 1977, em pleno regime ditatorial, denunciou o Tratado Militar que tínhamos com Washington, e fora renovado em 1952, por iniciativa de João Neves da Fontoura, contra a opinião do ministro da Guerra de então, o general Estillac Leal – que se demitiu como protesto. É da restauração paulatina desse antigo Tratado que se trata.

Antes houve a base de Natal, no esforço comum da guerra contra a Alemanha nazista. Terminado o conflito, em 1945, Getúlio agradeceu muito a contribuição norte-americana e, mesmo com as pressões ianques a fim de manter o enclave militar, dispensou-os desse cuidado. Não havia necessidade de tanto dispêndio para a nossa hipotética proteção.

O fato é que as negociações para a instalação de uma base norte-americana no Brasil, para o combate às drogas, foram anunciadas, em Quito, pelo subsecretário de Estado para o Hemisfério Ocidental, Arturo Valenzuela, e repercutiram no exterior, em que pesem os desmentidos do Brasil. Apesar de sua cuidadosa linguagem diplomática, a nota oficial do Itamaraty não é suficiente para afastar as dúvidas: trata, em termos vagos e genéricos da “cooperação em assuntos da defesa” e intercâmbio no treinamento militar. Nós conhecemos essa antiga canção, que nos remete ao centro de doutrinamento ideológico do Panamá. Ali muitos de nossos oficiais foram moldados para a submissão aos interesses norte-americanos, em nome da divisão do mundo entre os bons (os ianques) e os maus (quaisquer outros que contestassem a sua hegemonia). Foram alguns deles, com Castello Branco, Lincoln Gordon, Vernon Walters, a Quarta Frota e a CIA, que fizeram o golpe de 1964.

Os vizinhos sul-americanos – e os parceiros do Bric – se inquietam, e com razão. Eles têm contado com a firmeza do Brasil em defender a soberania de nossos países contra qualquer presença militar estrangeira no continente, como ocorreu no caso da Colômbia. A mesma firmeza deveremos ter se, amanhã, a Venezuela aceitar bases russas em seu território, ainda que a pretexto de se defender de ameaça na fronteira.

Acordos dessa natureza devem ser discutidos, previamente, com a sociedade e com o Congresso. Doutor Rosinha, deputado do PT do Paraná, membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, estranha que seu órgão não tenha sido informado do andamento do processo de negociações, cuja iniciativa é debitada ao Ministério da Defesa.

Conviria ao ministro Nelson Jobim poupar-se de outro escolho biográfico – ele que deles anda bem servido – e explicar sua posição no episódio. A reação, no Congresso, é de perplexidade.

É quase certo que o Poder Legislativo negue ratificação ao Tratado. Quando se estabelecem acordos de cooperação de defesa militar, pressupõe-se que haja inimigos comuns, a serem eventualmente combatidos. Não sabemos de que inimigos se trata. Certamente não serão a China, a Índia, nem a Rússia, nossos aliados estratégicos no Bric, e tampouco a Bolívia ou a Venezuela, bons vizinhos. É inadmissível pensar que venha a ser o distante Irã. Provavelmente, um dos interesses seja sabotar os nossos entendimentos com os parceiros do Bric, e da Unasul, que nos fortalecem no mundo.

Esse Tratado compromete o futuro do país e tem um motivo estratégico maior por parte de Washington, ainda que bem dissimulado e a prazo mais longo: o controle da Amazônia e a reconquista do poder colonial sobre o continente.

Este acordo tem motivo estratégico dissimulado, por parte dos EUA


Jornal “Valor Econômico”


Caderno: Brasil


Países africanos querem parte da compensação dos EUA ao Brasil
Assis Moreira, de Genebra

O cheque dos Estados Unidos de US$ 147,3 milhões para compensar produtores brasileiros, na disputa do algodão, ainda nem está confirmado formalmente e sem data para ser enviado ao Brasil, mas já causa confusão sobre quem recebe e como. Os quatro grandes países africanos produtores de algodão - Burkina Faso, Benin, Chade e Mali - têm expectativas de que também vão embolsar uma parte da compensação financeira. Isso é formalmente rejeitado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), enquanto a diplomacia acena com desenvolvimento de projetos comuns com parte do dinheiro.

Os africanos, fragilizados, não puderam sequer entrar na disputa do Brasil contra os EUA, na Organização Mundial do Comércio (OMC). Preferiram apostar na Rodada Doha, com uma proposta para os países ricos eliminarem os subsídios à commodity e pagarem compensação aos quatro, enquanto as subvenções fossem mantidas. Doha não avança e os africanos estão de mãos vazias. Já na disputa diante dos juízes, o Brasil obteve o direito de retaliar os EUA. E uma compensação faz parte do acordo proposto por Washington para evitar a sanção contra seus produtos. Os EUA pagarão os US$ 147,3 milhões por ano aos brasileiros, enquanto não reduzirem os subsídios ilegais ao setor. A promessa é de que a redução na ajuda aos agricultores americanos será discutido na reforma da lei agrícola (Farm Bill) em 2012 no Congresso.

E os africanos querem uma fatia. "Os brasileiros assinalaram que vamos receber uma parte (do dinheiro), mas o montante precisa ser esclarecido", afirmou ontem um diplomata de Burkina Faso, Ambroise Balima, depois de declarar seu país um "aliado" do Brasil na briga contra os subsídios americanos.

Nicolas Imbodem, diretor da organização Ideias Centre, em Genebra, que prepara estratégias para os africanos na área do algodão na Rodada Doha, confirmou que os africanos estão falando todos a mesma coisa, de que o Brasil prometeu uma parte do fundo. Julga ser "uma maneira de o Brasil comprar os africanos".

No entanto, o embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo, falou ontem numa reunião com os quatro países africanos que parte da compensação será usada para projetos comuns que beneficiem também os produtores africanos. A expectativa dos africanos, porém, é de receber dinheiro vivo e parece se apoiar nos discursos do governo Lula de opção preferencial pelos pobres e pela África.

A Abrapa, que gastou US$ 3 milhões com advogados na disputa, foi informada de que o memorando de entendimento entre o Brasil e os EUA, para Brasília não retaliar produtores americanos, deve mencionar o uso de parte da compensação em projetos de assistência com os africanos. "Mas é cooperação técnica, transferência de tecnologia, nem entra em discussão entregar parte do dinheiro", disse o presidente da Abrapa, Haroldo Cunha.

A Abrapa, na verdade, está mais focada em evitar outro problema: que o cheque americano vá para os cofres do governo e se perca na burocracia estatal. Por isso, a entidade vai criar o Instituto Brasileiro do Algodão para receber os recursos e e administrar o fundo, elaborar e executar projetos de combate a pragas etc, inclusive em cooperação com os países africanos.

Ficando fora da disputa jurídica na OMC, os africanos até agora não conseguiram nada dos EUA. Em 2005, quando uma ministra africana quase chorou ao fazer um discurso na conferência ministerial de Hong Kong, os americanos prometeram US$ 5 milhões. Foi só, desde então.

Roberto Azevedo adiantou que o Brasil, como os EUA, quer também os quatro africanos nas negociações mais tarde para solução definitiva do conflito do algodão e que poderá desenhar resultados para a Rodada Doha. O algodão é parte forte de várias economias da África Central e Ocidental, com 15 milhões de pessoas envolvidas em sua produção, que representa hoje 10% do PIB desses países. Os africanos fazem quase 15% da exportação mundial de algodão. Podia ser muito mais se não fosse a concorrência desleal dos subsídios americanos.


Reunião do Bric discutirá ajuda aos mais pobres
Sergio Leo, de Brasília

Grupo heterogêneo e com interesses bem distantes em terrenos como o Conselho de Segurança das Nações Unidas ou o comércio internacional, o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) pretende destinar à crise financeira internacional e à ajuda a países pobres boa parte da reunião de chefes de Estado que fará no fim da próxima semana, em Brasília. A reunião coincidirá, em parte, com a do Ibas, que reúne Brasil, Índia e África do Sul.

A reunião do Bric servirá, ainda, para um encontro de técnicos dos países para discutir e apresentar a experiência brasileira com comércio em moeda local, usado hoje como referência principal. "De modo algum vamos discutir a substituição do dólar. Ninguém tem interesse em fazer marola, que gere especulação", garantiu o subsecretário-geral de Política do Itamaraty, Roberto Jaguaribe, lembrando que houve forte e injustificado movimento especulativo contra o dólar na última reunião do Bric que discutiu, de forma genérica, o uso de moeda local em transações comerciais, em 2009.

A experiência do Brasil não autoriza otimismo sobre uma futura adoção de moeda local para transação com países de peso e estrutura comercial tão distinta. Mesmo na vizinhança, o Brasil adota as transações em moeda local para uma parte irrisória de seus negócios. O Bric aproveitará a reunião para troca de informações e experiências nas áreas financeira, bancária e de financiamento ao desenvolvimento.

Membros do G-20, os países do Bric também divergem sobre o tratamento da crise financeira. A Rússia, com mais votos no Fundo Monetário Internacional (FMI) do que corresponderia sua importância nas finanças mundiais, não se entusiasma com a forte pressão do Brasil por uma reforma no FMI que dê mais poder aos emergentes. A China, acusada por muitos de agravar o desequilíbrio mundial com sua moeda desvalorizada, dá as costas a algumas propostas de maior coordenação macroeconômica internacional.

Os quatro países querem, porém, ter maior influência no modelo para o mercado financeiro global que surgirá após a crise e pretendem usar a reunião para buscar pontos em comum e um papel conjunto a cumprir nas negociações do G-20, encarregado de elaborar as propostas para evitar a repetição de colapso de bancos, empresas e economias.

O encontro do Bric e do Ibas será acompanhado de visitas do presidente chinês, Hu Jintao, e do primeiro-ministro indiano, Mahomann Singh. Há expectativa sobre os chineses, que anunciarão um Plano de Ação Conjunta (PAC) com os brasileiros, que deve trazer metas de comércio, investimento e cooperação entre os países para 2010 a 2014.


Caderno: Internacional


Argentina tem recursos bloqueados nos EUA
Juiz de NY congela US$ 105 milhões do BC argentino para pagamento de fundos credores
Daniel Rittner, de Buenos Aires

A pedido de dois fundos "abutres", que detêm títulos da dívida argentina ainda em situação de moratória, a Justiça de Nova York bloqueou US$ 105 milhões depositados em uma conta do Banco Central da Argentina nos Estados Unidos. O embargo ocorre após o primeiro pagamento do governo a credores privados, no valor de US$ 200 milhões, feito na segunda-feira, com o uso de reservas internacionais administradas pelo BC.

O Ministério da Economia informou ontem que recorrerá nos tribunais americanos e garantiu que os fundos NML-Elliott e EM-Dart não poderão sacar os recursos da conta, contrariando versão que circulou amplamente a partir da decisão do juiz de primeira instância Thomas Griesa.

Em um primeiro momento, a informação divulgada pelo BC era de que os fundos poderiam finalmente colocar a mão no dinheiro, bloqueado pelo próprio Griesa desde 2006. Depois, o governo assegurou que o juiz havia apenas confirmado o embargo, mas sem liberar os recursos aos credores.

O certo é que Griesa aceitou a tese de que o BC da Argentina funciona como "alter ego" do governo, e não como instituição independente. Portanto, suas contas também poderão servir como pagamento aos credores que levaram calote do governo, no fim de 2001. Em 2005, a Argentina renegociou cerca de 75% da dívida em moratória, mas uma série de investidores preferiu não aderir à troca desses papéis por novos títulos públicos.

Estima-se que ficaram de fora da reestruturação detentores de títulos no valor de US$ 20 bilhões, conhecidos como "holdouts". Fundos como o NML e o EM compraram papéis de pequenos investidores para reclamar na Justiça o pagamento integral da dívida. Por isso, são chamados de abutres. Só o NML teria US$ 1,5 bilhão em papéis, considerando o valor de face.

Para justificar a tese do BC como "alter ego", Griesa citou a insistência do governo argentino em usar as reservas internacionais para pagar dívidas com vencimento em 2010. A novela sobre a utilização das reservas se arrasta desde dezembro, quando saiu o primeiro decreto determinando sua transferência ao Tesouro. Martín Redrado, o então presidente do BC, se opôs à medida e alegou justamente o risco de embargos nos tribunais americanos. Apesar da lei que reconhece a independência da autoridade monetária, Redrado foi demitido e só se manteve no cargo graças a uma liminar judicial. Pressionado pelo governo e impedido pela polícia de entrar na sede do BC, ele acabou renunciando no fim de janeiro.

Desde então, a crise política diminuiu e melhoraram os indicadores financeiros, mas a novela não acabou. Para driblar liminares desfavoráveis da Justiça e a resistência do Congresso, a presidente Cristina Kirchner aproveitou o discurso de abertura do ano legislativo para anunciar a revogação do decreto publicado em dezembro. Para surpresa geral, no entanto, anunciou outro decreto de conteúdo semelhante, criando o Fundo do Desendividamento. Enquanto ela discursava, a nova presidente do BC, Mercedes Marcó del Pont, comandou uma reunião-relâmpago para transferir US$ 4,382 bilhões das reservas ao Tesouro.

Os pagamentos serão feitos ao longo de 2010 e ainda despertam a ira da oposição - mais pela forma do que pelo conteúdo. Apesar disso, o mercado desviou sua atenção para a segunda etapa da reestruturação da dívida em moratória. Na próxima semana, o governo lançará oficialmente a proposta de renegociação dos títulos com credores privados - os "holdouts". O ministro da Economia, Amado Boudou, esforçou-se ontem em convencer os investidores de que a decisão do juiz de Nova York não atrapalha a operação.

A expectativa do governo é que mais de 60% dos credores com títulos ainda em moratória aceitem trocar seus papéis por novos títulos públicos. Dessa forma, a Argentina praticamente sairia da moratória decretada em 2001 e tentaria captar dinheiro novo nos mercados internacionais. Nos últimos anos, somente a Venezuela aceitou financiar o governo argentino, ainda assim a uma taxa anual de 15%.


Caderno: Agronegócios


Doha com etanol

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, visitará uma usina de etanol em São Paulo, na semana que vem, quando estará no Brasil para discutir a Rodada Doha de comércio com autoridades brasileiras. Lamy atenderá a convite do setor sucroalcooleiro. O etanol é um das questões problemáticas na combalida Rodada Doha. Os Estados Unidos e a União Europeia sempre tentaram emplacar uma lista de produtos ambientalmente sustentáveis, que teriam as tarifas de importação eliminadas rapidamente. Mas excluíam o etanol da lista e incluiam até iate, o que o Brasil considera uma "aberração". Recentemente, a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) reconheceu o etanol como um biocombustível ecologicamente eficiente.


Jornal “O Estado de S.Paulo”


Caderno: Internacional


Comércio entre Seul e América Latina quadruplica em 15 anos
O Brasil é o maior parcerio comercial da Coreia do Sul dentre os países latino-americanos
Efe

O comércio entre Coreia do Sul e América Latina quadruplicou nos últimos 15 anos, graças à crescente cooperação econômica entre o país e a região, com destaque para o Brasil, segundo dados publicados nesta sexta-feira, 9, pelo Governo de Seul.

Os intercâmbios comerciais entre sul-coreanos e latino-americanos chegaram a US$ 38,4 bilhões em 2009, contra US$ 9,7 bilhões de 1994, segundo relatório do serviço de Alfândegas do país asiático.

O maior parceiro comercial da Coreia do Sul na América Latina é Brasil. Nos últimos 15 anos, os fluxos comerciais quase quintuplicaram, até US$ 9 bilhões no ano passado.

Nesse mesmo período, o valor total das exportações sul-coreanas passou de US$ 198,3 bilhões de em 1994 a US$ 686,6 bilhões no ano passado.

As vendas da Coreia do Sul à América Central e à América do Sul passaram nesse período de US$ 6,37 bilhões a US$ 26,76 bilhões, enquanto as importações aumentaram de US$ 3,3 bilhões a US$ 11,6 bilhões.

O superávit comercial sul-coreano com a América Latina, porém, desceu em 2009 a US$ 15,1 bilhões, contra US$ 19,5 bilhões do ano anterior, por conta da recessão global, segundo o relatório, publicado pela agência "Yonhap".

No caso do Chile, país com o qual a Coreia do Sul tem um Tratado de Livre-Comércio desde 2004, o comércio alcançou um valor de US$ 5,3 bilhões em 2009, quase cinco vezes mais que em 1994.


Jornais dos Países Membros do Mercosul


Argentina “La Nación”


Sección: Política


Gestos y acuerdos entre Piñera y Cristina Kirchner
Chile apoyará la postulación de Néstor Kirchner en la Unasur
Lucas Colonna
LA NACION

Los guiños de sintonía comenzaron desde temprano. Apenas ingresó en la Casa Rosada, Sebastián Piñera le dijo a Cristina Kirchner lo que ésta necesitaba escuchar: Chile respaldará la candidatura de Néstor Kirchner para la Unasur. La Presidenta replicó la gentileza y de inmediato firmó el plácet de aceptación del embajador chileno en Buenos Aires, Miguel Otero Lathrop, un dirigente político que tuvo un pasado pinochetista.

Ese fue apenas el primer intercambio que exhibieron ambos mandatarios. El mensaje que dejó la visita relámpago que ayer realizó el nuevo presidente chileno fue claro y contundente: Piñera y Kirchner acordaron profundizar los vínculos entre Santiago y Buenos Aires sin reparar en diferencias ideológicas.

Y acompañaron los gestos con anuncios y compromisos: el mandatario chileno anticipó que la Argentina será convocada a participar en las licitaciones de obra pública para el programa de reconstrucción nacional luego del terremoto, que demandará una inversión directa de US$ 10.000 millones. Y pidió avanzar en la unificación de políticas migratorias y aduaneras.

La presidenta Kirchner no se quedó atrás: comprometió una misión comercial en mayo para que el empresariado argentino pueda aprovechar las oportunidades de negocios que presentará el programa para reedificar el país tras la catástrofe de febrero y aseguró que "en absoluto" cambiará la relación con Chile por ser el nuevo gobierno de "otro signo" político.

Audiencia a solas

Los mandatarios escenificaron el acercamiento bilateral en una audiencia a solas en la Casa Rosada y luego en un almuerzo en el Palacio San Martín. "Tal vez hubo algunos temores o aprensiones por el hecho de que un gobierno de un signo político no similar al de la Argentina podría afectar las relaciones. Quiero garantizarles a todos que en absoluto puede suceder una cosa así", afirmó la presidenta Kirchner.


Paraguay “ABC”


Sección: Política


Lugo pide una integración real y sin doble moral

El presidente Fernando Lugo se declaró crítico de las cumbres de jefes de Estado donde solo posan para las fotos; sin embargo, no faltó a ninguna de ellas desde que asumió. El Mandatario abogó ayer en Cartagena, Colombia, por una integración real y sin doble moral para América Latina.

CARTAGENA, Colombia (EFE). El presidente de Paraguay, Fernando Lugo, dijo que su país y la vecina Bolivia son los países latinoamericanos que presentan las mayores desventajas de cara a la integración regional por carecer de una salida al mar.

En busca de integrarse en el subcontinente, ”Paraguay apostó por Mercosur, por la OEA (Organización de Estados Americanos)”, ya que ”tradicionalmente nos dimos cuenta de que sin integración no se podía ir hacia adelante”, señaló en el marco del Foro Económico Mundial Latinoamérica 2010, que concluyó en la ciudad caribeña de Cartagena de Indias.

Pero el Mandatario dejó claro que ”los pequeños países y sin litoral, como Bolivia y Paraguay, tienen desventajas”. Aun así, defendió ”una integración real para Latinoamérica”, sin doble moral. ”Yo soy crítico de los encuentros de jefes de Estado, donde nos preparamos para la foto, pero en el día a día, cuando la papa o la piña de Paraguay tiene que cruzar fronteras tiene dificultades”, remarcó. ”Aun sin mar, con todo eso, con las dificultades, con todos los errores, Paraguay apuesta por la integración real (...). Es posible la integración, es posible pensar en plural, una integración económica, comercial, cultural, política. Todos estamos de acuerdo en fortalecer las instituciones democráticas”, agregó.

Sostuvo también que se debe cambiar el paradigma de Latinoamérica sobre el desafío que supone ”la brecha escandalosa entre la clase pudiente y la clase pobre”.

En este sentido, dijo que ”la educación es una clave para construir una sociedad más equitativa”, pero también se preguntó: ”¿Educación para qué?, ¿para qué tipo de sociedad?”.

Lugo afirmó que ”hay muchos licenciados (universitarios) que son vendedores ambulantes entrando a la economía informal”, motivo por el que abogó por ”una profunda reforma educativa”.


Uruguay “El Pais”


Sección: Internacional


Piñera visita Brasil, Argentina y EE.UU.. Gira.
Reafirmó vínculo con Cristina Kirchner
BUENOS AIRES | AP Y AFP

Sebastián Piñera inició ayer su primera gira internacional, con visitas a Argentina, Brasil y EE.UU. Tras reunirse con Cristina Kirchner, ambos reafirmaron su voluntad de profundizar los vínculos bilaterales, sin importar las diferencias ideológicas.

En una conferencia de prensa compartida en la Casa de Gobierno, la presidenta argentina reafirmó ante su par chileno, la "voluntad política e histórica" de su gobierno de "seguir profundizando el proceso de integración" con el país vecino.

Sebastián Piñera llegó a Argentina en el marco de una gira oficial que también incluirá Brasil y Estados Unidos. Este es el primer viaje al exterior como presidente del derechista Piñera, quien asumió el poder el 11 de marzo, poniendo fin a 20 años de gobiernos consecutivos de centro izquierda.

"Algunos pensaron (...) que un gobierno de un signo político no similar al de la Argentina podría afectar las relaciones", dijo Cristina Kirchner, quien consideró eso como "absurdo".

Chile y Argentina comparten una estratégica relación que fue consolidada en octubre de 2009 con el Tratado de Integración y Cooperación de Maipú, suscrito por Cristina Kirchner y la entonces mandataria chilena, Michelle Bachelet.

La mandataria argentina explicó que había ratificado a su par chileno el apoyo de su gobierno por el terremoto sufrido por Chile el 27 de febrero pasado y que ambos habían conversado sobre "obras físicas y a los pasos de frontera".

Piñera sostuvo, en tanto, que es necesario profundizar las relaciones comerciales, económicas, científicas y culturales entre ambos países. Agregó que es importante unir esfuerzos para "lograr puntos de encuentro". El presidente también abogó por flexibilizar los controles aduaneros entre ambos países.

Analistas chilenos comentaron que más allá de las diferencias políticas del mandatario chileno con Kirchner y el presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, con esta gira está expresando "su prioridad por América Latina y particularmente con los países vecinos".

Ayer mismo Piñera viajó rumbo a San Pablo, con una comitiva que incluye a ministros y también parlamentarios opositores, donde hoy se reunirá con Luiz Inácio Lula da Silva.

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