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O Mercosulino 26/10/2010 -www.camara.gov.br/representacaomercosul

Jornal “Folha de S. Paulo”


Caderno: Brasil


Campanha diplomática
Dilma quer manter política de diversificação de parcerias ; Serra quer mudar comércio

DO RIONo comando da política externa, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) adotariam posições diferentes sobre os vizinhos sul-americanos, os direitos humanos e as relações Sul-Sul, segundo declarações na campanha e a avaliação de diplomatas.

Dilma, em entrevista à revista "Política Externa", defendeu a continuidade da busca da "diversificação de parceiros" e do "redesenho da geopolítica internacional" -mas enfrentará divergências entre as próprias potências emergentes sobre a chamada "democratização" da governança global.

Serra tem defendido "mais agressividade" no comércio e critica Lula por não ter buscado acordos bilaterais na área -mas esbarrará no protecionismo, sobretudo dos países ricos, que cresceu depois da crise financeira.

O tucano diverge do atual governo -e do de FHC- ao propor a "flexibilização" do Mercosul, que abandonaria a pretensão de firmar-se como união aduaneira, com uma Tarifa Externa Comum, para ser apenas área de livre comércio -posição também de assessores da Fiesp.

Seu argumento é o de que a TEC -furada por duplas cobranças e exceções- foi "irrealista" e que sua suspensão permitiria ao Brasil, que responde por 80% da economia do bloco, negociar sozinho acordos comerciais.

"A questão é que muitos pensam, possivelmente com razão, que vamos ser menos ambiciosos e um pouco mais realistas", diz o embaixador Sérgio Amaral, ex-ministro do Desenvolvimento de FHC.

Os petistas querem "aprofundar" o Mercosul e alegam que, se a TEC acabar, o Brasil perderia a "reserva de mercado" que tem nos parceiros, tornando mais difícil enfrentar a concorrência de fora, em especial da China.

As divergências se estendem ao resto da América do Sul, apesar de os dois lados coincidirem na importância da região -compradora de bens industriais brasileiros e foco de investimentos de empresas nacionais.

Amaral diz que o governo Lula foi "complacente" com a quebra de contratos -cita a nacionalização da refinaria da Petrobras na Bolívia.

Segundo ele, o Brasil deve promover a "prosperidade compartilhada", com obras de infraestutura e integração produtiva -no que coincide com os petistas. Mas é preciso "contrapartida" dos vizinhos, "segurança jurídica e previsibilidade das regras".

À "Política Externa" Dilma minimizou os atritos econômicos e defendeu o "respeito" às diferenças políticas na região: "Temos de aceitar o pluralismo. Cada país tem sua realidade, e os governos são eleitos a partir de uma agenda doméstica própria".

Nos direitos humanos, Serra criticou o silêncio do governo sobre violações em Cuba e no Irã, que chamou de ditadura fascista. Há dúvidas se ele manteria esse tipo de ataque público, se eleito.

Amaral defende que o Brasil reveja sua posição "defensiva" e reafirme seus "valores e princípios", deixando de se abster nos fóruns multilaterais-onde não costuma apoiar sanções contra países acusados de violações.

Dilma reafirma o que diz Celso Amorim: que o país "não é uma ONG" para "distribuir certificados de bom comportamento" e que "procedimentos discretos" são "mais eficientes", como na libertação pelo Irã de uma francesa e de uma americana após gestões brasileiras.

A petista destaca a participação do país nos G20 financeiro e comercial e "o forte movimento" em direção ao Sul geopolítico, com fóruns como Ibas (Índia, Brasil e África do Sul) e Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), "que expressam a nova configuração multipolar". Há consenso de que, com ela ou Serra, o Brasil não poderá recuar desses fóruns, mas pode relativizar sua importância.

Amaral cita a predominância das "geometrias variáveis", coalizões para temas específicos: "No séc. 21 não existem mais relações sempre alinhadas". Mas diz que a cooperação Sul-Sul "tem limites": "Houve boas razões para rejeitar a Alca, mas há alternativas. É equívoco condicionar a política comercial a preferências ideológicas".


Jornal “Valor Econômico”


Caderno: Brasil


UE acusa Brasil de aumentar as barreiras protecionistas
Assis Moreira | De Genebra

A União Europeia (UE) acusa o Brasil de elevar barreiras às importações e aumentar subsídios para as exportações que, junto com medidas de outros parceiros, estariam contribuindo para atrasar a recuperação econômica europeia. Bruxelas se queixa sobretudo de financiamentos abaixo da taxa do mercado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as exportações e da preferência "enorme" que passou a ser dada a produtos nacionais no lucrativo mercado de compras governamentais.

A UE sinaliza aos parceiros que vai reagir contra as medidas que afetariam principalmente suas exportações automotivas, de têxteis e vestuário, agrícolas e de serviços, representando 1,7% do comércio do bloco. Bruxelas vai revelar em novembro planos para ação legal e "armas políticas" para lutar contra restrições a seus produtos nos principais mercados. "Com a recuperação econômica ainda frágil, as maiores economias devem remover restrições comerciais que freiam o crescimento, temos que tirar essas barreiras", afirmou o comissário europeu de Comércio, Karel de Gucht, em Bruxelas.

Sem surpresa, os europeus não mencionam suas próprias medidas com potencial de afetar o comércio, com efeito bem mais devastador em razão de seu impacto nas trocas globais. A mais recente foi a decisão de estender por um ano o relaxamento da política de concorrência, permitindo aos Estados-membros continuar dando subsídios bilionários a suas empresas para sair da crise, sem o risco de questionamentos por Bruxelas. O que a UE faz agora é copiar os EUA, que têm tradição de produzir relatórios para acusar todos de impor barreiras ao seu comércio.

Segundo a UE, 332 novas medidas restritivas ao comércio foram impostas ou planejadas pelos parceiros desde o começo da crise financeira e econômica global em 2008, e somente 10% foram suspensas desde então.

A Argentina é o país campeão das medidas mais restritivas, com 62 barreiras, seguido de perto pela Rússia. O Brasil, no cálculo europeu, teria imposto 12 medidas entre outubro de 2008 e o mês passado.

Bruxelas coloca suspeitas sobretudo nos financiamentos com taxas abaixo das praticadas no mercado pelo BNDES, destacando que o orçamento do banco chega a R$ 180 bilhões este ano. Para os europeus, ao mesmo tempo em que o Brasil estimula as exportações com juros abaixo dos praticados no mercado, também procura desacelerar as importações.

Os europeus apontam a medida mais recente, de setembro, pela qual o governo aumentou os fundos alocados para o BNDES financiar exportações de pequenas e médias empresas de maneira mais direta. Diz que os fundos passados pelo governo dobraram de RS 45 bilhões para RS 90 bilhões. E que o BNDES assim financia direta ou indiretamente exportações com taxas abaixo do mercado, em certas circunstâncias concedendo recursos que não são reembolsáveis.

De outro lado, em novembro, o país aumentará de 9% a 11% para 14% a 18% a tarifa de importação de autopeças usadas para produzir carros no país, retirando a vantagem que os europeus puderam ter nos últimos dez anos.

A UE aponta também empréstimos subsidiados para até 90% dos custos de produção de navios no país e a redução de juros no financiamento à exportação de bens de capital. Igualmente, eles vêem com desconfiança planos do Brasil de reforçar as exportações com a criação do Eximbank e de uma nova agência de crédito, a Empresa Brasileira de Seguros, com capital inicial de R$ 17 bilhões. Para a UE, esse valor vai acelerar a restituição de crédito fiscal para companhias exportadoras. Eles também acusam o Brasil de adotar novas medidas para dar preferência ao produto local, "elevando o já considerável número de medidas existentes".

Para a UE, uma lei adotada no Brasil em julho deu uma das maiores vantagens no mundo para as empresas locais, de 25% nas licitações de compras governamentais para projetos de infraestrutura, hospitais etc. Do ponto de vista europeu, embora as medidas visem a indústria farmacêutica e o setor têxtil, isso parece ter mais a ver com uma ampla política industrial.

O Brasil tem direito de dar preferência nacional, pois não tem nenhum compromisso internacional sobre compras governamentais. Além disso, as exportações agrícolas brasileiras são submetidas a crescentes barreiras fitossanitárias e sanitárias. Atualmente, até a exportação de níquel está duramente afetada por causa de padrões adotados por Bruxelas que são incompatíveis com o resto da comunidade internacional.

A atenção europeia dada ao Brasil, China, Rússia e Índia tem sua explicação no tamanho e no dinamismo do mercado. Fica claro que na situação atual de fragilidade econômica da Europa e de guerra de moedas, a escalada protecionista é uma ameaça séria, monitorada por todo mundo.


Aberto leilão para transmissão de Itaipu
Agência Brasil, de Brasília

A primeira licitação para as obras de construção da linha de transmissão para transportar energia da hidrelétrica de Itaipu para Assunção, no Paraguai, foi aberta ontem. O custo das obras é estimado entre US$ 350 milhões e US$ 400 milhões. Na semana passada, os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, e do Paraguai, Héctor Lacagnata, anunciaram que está mantida a previsão de que sistema começará a funcionar em 2012.

Há cerca de três meses, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Lugo, do Paraguai, inauguraram o símbolo da construção da linha de transmissão de energia elétrica e da subestação conversora a serem conectadas à Itaipu Binacional. Na ocasião, foi reiterada a declaração conjunta "Construindo uma Nova Etapa no Relacionamento Bilateral".

Paralelamente, está em tramitação na Câmara dos Deputados o texto do acordo firmado entre o Brasil e o Paraguai sobre a revisão do Tratado de Itaipu. A revisão determina o reajuste de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões na taxa anual de cessão paga ao Paraguai pela energia não usada da Usina de Itaipu Binacional.

Atualmente, o Brasil paga US$ 43,8 pelo megawatt/hora de Itaipu, somados a US$ 3,17 pela cessão da energia que o Paraguai não utiliza. O valor da taxa de cessão será de US$ 9,51 tão logo o acordo seja aprovado pelos parlamentos dos dois países.

Uma vez aprovado na Câmara, o acordo segue para o Senado onde será o repetido o trâmite - análise nas comissões específicas e depois envio para discussão e votação no plenário.


Jornal “O Estado de S.Paulo”


Espaço Aberto


Notas sobre uma nova política externa
Rubens Barbosa

No próximo domingo, para definir os rumos de nosso país nos próximos quatro anos, novamente 135 milhões de brasileiros irão às urnas. E a política externa, pelas grandes controvérsias que despertou nos últimos oito anos, foi talvez o grande tema esquecido nos debates entre os candidatos.

A maior projeção externa do Brasil e alguns avanços importantes na política externa são indiscutíveis. É também inegável que, caso seja feita uma análise das principais prioridades do governo Lula, as políticas seguidas para assegurar um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, para conseguir o acordo comercial da Rodada Doha e para exercer a liderança na América do Sul e no Mercosul tiveram um custo mais alto do que os seus resultados.

O futuro presidente deverá concentrar suas atenções na herança recebida. A candidata Dilma Rousseff já declarou que vai dar-lhe continuidade e aprofundar a política externa do governo Lula e o candidato José Serra mencionou que a política externa deverá ser atualizada, com menos partidarização e mais consenso.

A política externa tem um componente de continuidade e outro de renovação. Como na economia, ajustes terão de ser feitos. Relevante, porém, é recuperar a ideia de que o mais importante é a preservação e a defesa do interesse nacional. O Itamaraty deve executar uma política de Estado, e não de um partido ou de um governo.

Sem sobressaltos ou protagonismos, a política externa deveria voltar ao seu leito normal, com o Ministério das Relações Exteriores concentrando-se exclusivamente na sua formulação e execução. A crescente projeção do Brasil no mundo exigirá uma atuação cada vez mais ativa do Itamaraty para enfrentar e superar os desafios que vêm surgindo no cenário internacional.

Os temas globais, como mudança de clima, energia, democracia, direitos humanos, comércio exterior, em cujas discussões o Brasil desempenha um papel relevante nos diferentes organismos internacionais, terão de ser revistos para refletirem os valores e interesses que defendemos internamente.

A prioridade do relacionamento Sul-Sul deveria ser equiparada à atenção que caberia atribuir aos países mais desenvolvidos. Superada a crise financeira, eles voltarão a ser um mercado importante para nossos produtos, os manufaturados em especial. Nesse particular, as relações econômicas, comerciais e políticas com a China e os EUA deveriam ser revistas para, sem preconceitos ideológicos, atenderem aos reais interesses de um país que nos próximos cinco anos se pode transformar na quinta economia global. Deveriam ser buscadas formas de ampliar a atuação comum com o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) e com o Ibas (Índia, Brasil e África do Sul).

O processo de integração regional, em especial o Mercosul, e o relacionamento bilateral com os países sul-americanos foram aspectos da política externa em que a retórica oficial foi mais efetiva do que os avanços concretos. A ação do Itamaraty deveria ser despolitizada, com a redefinição de nossas estratégias. As mudanças políticas na região e as transformações no comércio internacional, que fizeram a China tornar-se o principal parceiro da maioria dos países sul-americanos, exigem uma atitude mais realista em relação à integração, diferente daquela seguida nos últimos 50 anos. As obras de infraestrutura deveriam ser aceleradas para abrir corredores de exportação para os nossos produtos a partir dos portos do Peru e do Chile para o mercado asiático. O Mercosul deveria ser flexibilizado para facilitar as negociações comerciais.

Um dos aspectos mais salientes e mais negativos para os interesses comerciais do Brasil nos últimos anos foi a excessiva influência da política externa na escolha de nossos parceiros e de países com os quais entabulamos negociações sobre comércio. Acordos com Israel e Egito e as negociações com os palestinos, a Jordânia, o Marrocos são exemplos que comprovam essa afirmação.

Estamos numa situação semelhante à dos EUA no início da década de 60. Em 1962, depois da Rodada Tóquio, o Departamento de Estado, então responsável pela negociação externa, ofereceu à Europa concessões tarifárias inaceitáveis para o setor privado e para o Congresso. Houve forte reação e o resultado foi a criação do USTR, o representante comercial dos EUA, independente do Ministério do Exterior norte-americano.

O futuro governo terá de enfrentar a questão do papel do Itamaraty na ação comercial externa. Talvez tenha chegado o momento de promover uma profunda modificação do processo decisório na negociação comercial externa. Impõe-se o fortalecimento da Camex, colegiado integrado pelos principais Ministérios que têm influência no comércio exterior, com a criação do cargo de presidente diretamente subordinado ao presidente da República. Sem criar nenhuma nova estrutura, mas retirando o colegiado da atual posição burocrática inferior e colocando-o em nível político adequado, o setor ganharia a importância que merece no contexto da política econômica e facilitaria o contato empresarial com um único interlocutor no governo. A nova estratégia de negociação comercial deveria ser definida pela Camex. A promoção comercial, por outro lado, deveria ser concentrada no Itamaraty, eliminando-se assim a descoordenação e a competição burocrática existente hoje. O comando efetivo da política de comércio exterior e das negociações externas passaria a ser exercido pela Camex, sem prejuízo das competências de todos os Ministérios e agências interessadas.

Nos próximos anos, o setor externo será cada vez mais relevante e o novo governo terá de assumir responsabilidades adicionais e um papel de liderança cada vez mais efetivo.

Rubens Barbosa - EX-EMBAIXADOR EM WASHINGTON (1999-2004), É PRESIDENTE DO CONSELHO DE COMERCIO EXTERIOR DA FIESP


Jornal “O Globo”


Colunas


Panorama Político - O Brasil no Parlamento do Mercosul

Passada a eleição, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara vai fixar os critérios para a distribuição das 37 vagas do Brasil no Parlamento do Mercosul. O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) é o relator. Como não houve tempo para incluir esses candidatos nas eleições deste ano, os partidos vão encaminhar, em março, ao presidente do Congresso, suas indicações. A função é privativa de deputados e senadores que estejam no exercício do mandato.


Jornais dos Países Membros do Mercosul


Paraguay “ABC”


Sección: Economía


Apertura de sobres para línea de 500 kilovoltios será en diciembre
El 7 de diciembre, hasta las 8:45 -hora paraguaya-, las empresas y consorcios de los países integrantes del Mercosur, interesados en la construcción de la subestación Villa Hayes y la ampliación de la subestación de Itaipú, podrán presentar sus ofertas económicas a la entidad.

La entidad binacional Itaipú convoca desde ayer a todas las empresas y/o consorcios de empresas, interesados en construir la subestación Villa Hayes para la línea 500 kV (kilovoltios) y la ampliación de la subestación margen derecha (SEMD) de la central a presentar sus ofertas económicas. La fecha límite es el próximo 7 de diciembre.

Los postulantes deben ser originarios de los países miembros del Mercado Común del Sur (Mercosur).

El pliego de bases y condiciones está disponible en la página en internet de la entidad (www.itaipu.gov.py), por valor de G. 1.500.000 o en la misma sede gratuitamente en CD.

Las ofertas deberán ser presentadas el día 7 de diciembre, desde las 8:30 hasta las 8:45, en las oficinas de la binacional, en Hernandarias (Alto Paraná).

Recordemos que la participación en exclusividad de las empresas del Mercosur es una exigencia del Fondo de Convergencia Estructural del Mercosur (Focem), que otorga los US$ 555 millones para la financiación.

Según el cronograma de trabajo, todo el sistema de la línea de transmisión de 500 kV debe estar operativo a fines de 2012.

Subestación Villa Hayes y de Itaipú

La licitación pública se divide en dos lotes. El primero corresponde a la elaboración del proyecto, la fabricación, provisión de equipos y sistemas; las obras civiles, el montaje electromecánico, entre otros, para la construcción de la subestación Villa Hayes.

El lote dos comprende la ampliación de la subestación margen derecha (SEMD) de Itaipú, que contempla, además del proyecto ejecutivo, la adquisición y montaje de sistemas.

El presupuesto que maneja la entidad para esta convocatoria ronda los US$ 206 millones.

La línea propiamente

La siguiente licitación a ser convocada por la entidad hidroeléctrica es la construcción del tendido de la línea de 500 kV y de las torres que le servirán de soporte.

Los costos estimados rondan los US$ 160 millones, 20 millones más al proyecto elaborado por la empresa de electricidad estatal, un año atrás.

De acuerdo el plan, esta última convocatoria está prevista para el siguiente año.

Se habla de un presupuesto inflado

Los recursos del Focem aprobados para la financiación de la obra de US$ 555 millones, están inflados, según técnicos del sector. Para muestra basta comparar el proyecto elaborado por la Administración Nacional de Electricidad (ANDE), el año pasado, en el que se estima un costo de US$ 334 millones.

De acuerdo al desglose el plan de obras incluye la ampliación de la subestación Itaipú, a un costo de US$ 10 millones; la estación Villa Hayes, por US$ 160 millones; obras conexas e indemnizaciones, por US$ 14 y 10 millones, respectivamente; y la línea con las torres, por US$ 140 millones.

Empresarios y gremios, unidos por línea de 500 kV

Anoche se realizó el primer foro gremial, sindical- empresarial paraguayo para impulsar la construcción de la línea de transmisión de 500 kilovoltios paraguaya, en el local de la Unión Industrial Paraguaya (UIP).

Participaron del evento alrededor de cien personas, entre miembros del Parlamento Nacional, empresarios, líderes sindicales y técnicos del sector energético.

Gustavo Volpe y Eduardo Felippo, presidente y vicepresidente de la UIP, respectivamente, dieron la bienvenida a los presentes destacando la unión de grupos antagónicos, como son los empresarios y los sindicalistas, para apoyar un proyecto tan importante para todo el país.

“Para esta institución es de vital importancia la solución del problema de la transmisión de la enorme cantidad de energía eléctrica que posee nuestro país y que no puede ser utilizada por la falta de infraestructura”, manifestó Volpe.

Agregó que una muestra de la capacidad que tienen las empresas paraguayas en construir un tendido de ese tipo es justamente la central hidroeléctrica Itaipú. “La línea de 500 kV para la UIP es muy importante para el bienestar de toda la población paraguaya porque permitirá que el país disponga de más energía que a su vez servirá de palanca para el desarrollo de nuestra economía”, subrayó.

Volpe destacó que la importancia de la construcción de la línea netamente paraguaya es que su conclusión no dependerá del humor de los brasileños.

Por su parte, el ingeniero Felippo, quien expuso sobre la “Política Energética del Paraguay”, señaló que los nombrados para negociar las reivindicaciones paraguayas en las hidroeléctricas deben ir con la condición de conseguir los objetivos trazados, o si no, al regreso, deben presentar su renuncia.

Puso énfasis en que el país no posee hasta ahora un plan energético nacional, y que se debe elaborar lo antes posible. Otro tema mencionado por Felippo es la búsqueda de la fuente de financiación de la línea de 500, para su concreción en el menor tiempo posible.


“La Nación”


Sección: Negócios


Aseguran que otra LT 500 kV cubrirá la demanda de energía hasta el 2023
Organizadores creen además que la obra podría ser una herramienta de renegociación del Tratado de Itaipú.

El Primer Foro Gremial, Sindical, Empresarial Paraguayo presentó ayer la opción de la construcción, por parte de la Ande, de una segunda línea de transmisión de 500 kV, hecha por paraguayos; una opción válida para reestructurar la política energética del país, en respuesta al crecimiento del consumo hasta el 2023, sin depender de los fondos ni de la política del Brasil para solucionar un “problema urgente”, pero también necesario a mediano y largo plazos, para cambiar la estructura del consumo energético y convertirlo en un agente de multiplicador del desarrollo económico.

El encuentro, del que participaron alrededor de 200 referentes de empresarios, gremios y sindicatos del sector, tuvo como lema “Línea de 500 kV Paraguaya por paraguayos, se puede!”.

Juan José Encina, presidente de la Unión de Ingenieros de la Ande, afirmó que la línea de 500 kV es necesaria para prever una política de provisión de energía a mediano plazo, ya que para el 2020 se prevé que la demanda de consumo sea de 5.000 MW (megavatios) si el crecimiento se mantiene alto, como en los últimos años.

Sostuvo además que esta línea sería una herramienta indispensable para que Paraguay, en el 2023, tenga condiciones de renegociación del Tratado de Itaipú, porque brindaría la posibilidad de utilizar el 50% de la energía que le corresponde o venderla si lo considera conveniente.

“Cuando se negoció el tratado, probablemente no se tuvo en cuenta el crecimiento de la demanda de consumo, lo que nos llevó a la larga a una situación de crisis, por eso debemos tener previsiones a largo plazo”, dijo y añadió que la segunda línea es necesaria para cambiar la estructura de consumo, potenciando la demanda interna, a través del desarrollo industrial y empresarial y posibilitando al país, en el 2023, tener las condiciones de infraestructura que le permitan contar con opciones para renegociación del Tratado de Itaipú, direccionando tanto hacia la demanda interna como externa”, aseguró.

FINANCIACIÓN

El foro presentó varias posibilidades de financiación, que brindarían independencia de la transferencia de fondos brasileños (Focemr) y de la coyuntura política bilateral. Las opciones van desde la emisión de títulos o bonos de la Ande en la bolsa, emisión de bonos del Tesoro, financiación a través de un conjunto de bancos nacionales o extranjeros, créditos internacionales, entre otros.

“Las posibilidades de financiación son ilimitadas, pueden ser tanto directas, como créditos o indirectas, como la emisión de títulos en el mercado. Actualmente existe gran liquidez en el mercado mundial y pocos países con las condiciones para inversión. Paraguay cuenta con esas condiciones, ya que tiene una buena estabilidad económica, bajo nivel de endeudamiento y alto nivel de reservas”, indicó el economista José Acosta.

Señaló además que el ejercicio de buscar financiación en el mercado es saludable para el país, ya que permite el desarrollo de nuevos emprendimientos y el cambio de la matriz energética nacional.

“No es solo un plan B”
- Gustavo Volpe, presidente de la UIP.

El presidente de la Unión Industrial Paraguaya (UIP), Gustavo Volpe, afirmó que la línea de 500 kV es urgente y que no se puede depender del buen ánimo de Brasil para su construcción, ya que de no terminarse en tiempo la obra, el país entraría en una crisis energética. Señaló que no es solo un plan B sino también una obra necesaria para el desarrollo de la economía.

Señaló además que segunda línea costaría 150 millones de dólares menos que la que está en licitación actualmente, aunque sostiene que desconoce si existe sobrefacturación, porque hasta ahora se desconocen los detalles del proyecto de la actual obra, dirigida por la Entidad Binacional Itaipú. “Según las estimaciones de precios del mercado, la segunda línea costaría alrededor de 350 millones de dólares, no sabemos si en la actual obra existe sobrefacturación o no porque realmente hasta ahora se desconoce el proyecto” asegura.

“Ande debería estar a cargo”
- Juan José Encina, presidente de la UIA.

El presidente de la Unión de Ingenieros de la Ande, Juan José Encina, señaló que la Ande es el organismo encargado de la distribución y provisión de la energía y que es anormal que la Entidad Binacional Itaipú esté a cargo de la obra. Aseguró además que la Ande cuenta con una serie de deficiencias estructurales que necesitan ser modificadas, como la falta de infraestructura y la falta de políticas de energía que pueden ser financiadas con los mismos recursos que genera la organización si estos no fueran redirigidos por el Estado a otras instituciones públicas.

“La Ande necesita autarquía para poder autofinanciar las obras de infraestructura que necesita, hace seis años estaba listo el proyecto de la línea de 500 kV, pero esta no se realizó por falta de fondos. Se necesita cambiar la matriz energética para que el país pueda impulsar su crecimiento en un recurso que es escaso y que al Paraguay le sobra: la energía”, aseguró.


Brasil suma competitividad con la producción de transgénicos
El vecino país con una política agresiva en el uso de la biotecnología agrícola apunta a habilitar variedades de consumo.

La potencia mundial en producción de alimentos sustenta su crecimiento en la adopción de la biotecnología agrícola, logrando hasta el momento la habilitación comercial de 22 materiales de Organismos Genéticamente Modificados (OGM), mientras que en Paraguay, con la falta de una política clara, se reduce las posibilidades de competir en el mercado internacional.

Hasta el momento, Paraguay solo tiene un evento (Material OGM) habilitado comercialmente, como la soja resistente al glifosato (Soja RR), sin embargo, el vecino país, con una agresiva política impulsada por el propio presidente de la República, Luiz Inácio “Lula” da Silva, busca sumar a los 22 eventos habilitados -en soja (5 eventos), maíz (11) y algodón (6)-, otros rubros con inversión del Estado en investigación, como el mamón, naranja, café, caña de azúcar, arroz, batata y feijão (habilla), cuyos materiales en algunos casos estarían concluyendo las regulaciones en el próximo año, siendo liberados comercialmente para el mercado interno, señaló la Dra. Alda Lerayer, directora Ejecutiva del Consejo de Información en Biotecnología (CIB). La institución brasileña, con el apoyo de Agrobio de Colombia, desarrolla una jornada de capacitación de periodistas latinoamericanos en biotecnología, con el fin de observar in situ el avance del trabajo experimentado por Brasil en materia del uso de materiales OGM.

Brasil es el segundo país en el mundo con mayor cantidad de eventos habilitados, detrás de Estados Unidos. En la primera jornada del recorrido, el grupo de periodistas se trasladó a la zona de Piracicaba, estado de São Paulo, en el Centro de Investigación Cañera.

La experta en biotecnología expresó que un Gobierno debe respaldar la investigación agrícola, para el desarrollo de la producción. Agregó que es la única forma de generar herramientas para seguir apuntando al crecimiento de la producción agrícola. Actualmente, Paraguay busca iniciar las pruebas de ensayos regulados de maíz en campos experimentales del Estado, pero algunas decisiones de las instituciones intervinientes en el proceso están negando la oportunidad al productor paraguayo de contar la herramienta que está llamada a ser uno de los aportantes para reducir la hambruna en el mundo.

“El apoyo del estado es muy importante en la investigación, nosotros perdimos 4 años, pero actualmente con el respaldo estamos trabajando y desarrollando nuevas variedades para los productores”, destacó.

Paraguay está aún en proceso de habilitar el maíz Bt, resistente a insectos, que ya es considerada como una tecnología obsoleta, atendiendo a que actualmente ya se experimenta la segunda generación de los transgénicos, con materiales apilados, que tienen adheridos más de un gen en la planta.

RESTRICCIÓN

La oportunidad de negocios de la región del Mercosur son inmejorables con vistas al futuro, teniendo en cuenta que varios países europeos suspendieron sus actividades en la siembra de cultivos de variedades transgénicas, pero su demanda de alimentos se incrementa, según expresó la doctora Alda Lerayer, especialista en Genética y Mejoramiento Genético de Plantas, en el marco del encuentro con periodistas en San Pablo, Brasil, con motivo de obtención de mayor conocimiento sobre la promoción de los transgénicos. Sostuvo que Europa sigue con su política de restar importancia a la producción de rubros transgénicos, situación que generará menor capacidad de producción de alimentos, abriendo el camino para la región del Mercosur, entre ellos como país exportador de granos. El Consejo de Brasil de Información en Biotecnología (CIB), es la encargada de la organización del encuentro latinoamericano entre periodistas y expertos brasileños en biotecnología.


Uruguay “La Republica”


Sección: Economía


Comercio sin dólar. Brasil - Uruguay

El canciller Luis Almagro sostuvo que está muy adelantado el proceso entre Uruguay y Brasil por el que se podrá realizar el intercambio comercial entre ambos países sin necesidad de recurrir al dólar como moneda, sistema que agilitará y, sobre todo, abaratará los trámites. "Eso es un tema que está en la órbita de Brasil, restándole, creo, la aprobación legislativa y luego la puesta en vigencia, pero la negociación ya está avanzada, ya está concretada", señaló Almagro.

Aclaró además, que Uruguay ya ha dado todos los pasos formales que debía dar por lo que una vez que se apruebe en Brasil, podrá comenzar a funcionar dicho mecanismo.

Si bien ya se había hablado de instrumentar este mecanismo durante el gobierno de Tabaré Vázquez, el presidente Mujica fue de los primeros asuntos de los que habló con el presidente Lula.

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15.09.2010 Jornal do Senado Caderno: Mercosul Parlasul acompanhará eleições no Brasil e na Venezuela Venezuela ainda não respondeu ao Parlasul autorizando a presença dos observadores O Parlamento do Mercosul (Parlasul) deverá enviar observadores para acompanhar as próximas eleições na Venezuela e no Brasil. Eles são integrantes do Observatório da Democracia estabelecido há dois anos pelo parlamento, com os objetivos de promover o intercâmbio de experiências e a cooperação em matéria eleitoral entre os países do bloco, além de contribuir para o cumprimento do Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no Mercosul. Em correspondência enviada ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), atual presidente do Parlasul, indicou como observadores das eleições brasileiras, marcadas para 3 de outubro, 11 parlamentares de Argentina, Paraguai e Uruguai. Um deles será o argentino Claudio Lozano,

O Mercosulino 30/07/2010 -www.camara.gov.br/representacaomercosul

30.07.2010 segunda-feira, 26 Jornais dos Países Membros do Mercosul Paraguay "ABC" Opinión Hegemonía de Brasil y Argentina sobre Paraguay Gracias a la gentileza del Banco Itaú tuve la oportunidad de asistir a la conferencia del profesor Fernando Cardoso en la que abordó el tema vinculado a la ubicación del Brasil en el contexto regional. El privilegio de escuchar a un maestro en el pensamiento económico, social y político, reconocido y admirado en su país y en el mundo por su orientación, que enfatiza el desarrollo social sobre las reglas de la economía clásica, fue para mí muy breve, por lo que no me resulta fácil reproducirlas en mi mente, pese al deseo insatisfecho de profundizar sus ideas, expresadas con la sencillez que supone el dominio de los temas y la notoria experiencia del conferencista para exponerlas. No obstante, mi atención se detuvo cuando hábilmente descartó la posibilidad de que la política del Brasil sea vista como hegemónica en la re