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O Mercosulino 16/11/2010 -www.camara.gov.br/representacaomercosul

Jornal ‘Valor Econômico”


Caderno: Brasil


Argentina deve receber US$ 5 bi de investimentos brasileiros
Daniel Rittner | De Buenos Aires

Além de gerar uma corrente de comércio recorde entre os dois países, a expansão da economia acelera os investimentos do Brasil na Argentina. Nos próximos dois anos, o país receberá cerca de US$ 5 bilhões em investimentos brasileiros - quase metade do estoque de US$ 11 bilhões aplicado desde 2002, segundo o embaixador do Brasil na Argentina, Ênio Cordeiro.

Os maiores destaques são a Vale, que pretende dedicar mais de US$ 4 bilhões ao projeto de exploração de cloreto de potássio na Província de Mendoza, e o Banco do Brasil, que já gastou US$ 480 milhões na aquisição do Patagônia, em abril, mas ainda fará oferta de compra de ações a acionistas minoritários.

Esses dados foram apresentados ontem na abertura do seminário Investimentos Industriais entre Brasil e Argentina. Cordeiro comemorou o fato de que, até o fim de setembro, o fluxo bilateral de comércio superou o registrado em todo o ano passado. Em 2010, a expectativa é de que fique entre US$ 33 bilhões e US$ 34 bilhões.

"O comércio bilateral está em um nível recorde e 80% do intercâmbio é intraindustrial", disse a ministra da Indústria, Débora Giorgi. "Os investimentos bilaterais mostram um crescimento sustentado", completou. No entanto, estudo do ex-secretário de Indústria e consultor Dante Sica que analisa 3.259 linhas tarifárias constatou que as empresas brasileiras estão com a participação de mercado "consolidada" ou "estável" em 80% delas.

Já o cenário para o aumento da presença industrial brasileira é promissor. De 1998 até hoje, segundo Sica, o número de empresas no país subiu de 63 para 280. Em 2010 36% do investimento direto estrangeiro na Argentina tem origem brasileira. Mas há participação crescente dos setores de mineração e de serviços onde antes predominava a indústria, disse.


Caderno: Internacional


Argentina vai reestruturar dívida com o Clube de Paris
Daniel Rittner | De Buenos Aires

Sem intermediação do Fundo Monetário Internacional (FMI), o governo argentino anunciou ontem à noite a abertura de negociações formais com o Clube de Paris para pagar uma dívida de US$ 7,7 bilhões, considerada o último passo para sair definitivamente da moratória em vigência desde 2002. A presidente Cristina Kirchner ocupou onze minutos de rede nacional de rádio e televisão para informar que o Clube de Paris, instituição informal integrada por 19 países desenvolvidos, aceitou a exigência de negociar sem o FMI.

Com uma mensagem gravada horas antes, no gabinete presidencial, Cristina usou um tom emotivo e fortemente político ao fazer o anúncio. Referiu-se duas vezes ao marido e ex-presidente Néstor Kirchner, morto há 20 dias. Na primeira delas, quase chorou quando contou ter recebido condolências do presidente da China, Hu Jintao, durante a cúpula do G-20, em Seul.

Cristina não explicou como será a negociação nem estimou um prazo para o pagamento. Em contatos informais com o Clube de Paris, a Argentina ofereceu quitar a dívida em três anos, em parcelas semestrais. Alemanha e Japão - os maiores credores da Argentina - resistiam em tentar um acordo sem a supervisão do FMI, mas acabaram seguindo a posição mais flexível dos EUA de deixar o G-20 como supervisor das tratativas. O único precedente de ausência do FMI havia sido o da Indonésia, após o tsunami de 2004, com dívida de US$ 2,7 bilhões.

A presidente disse que a dívida com os credores oficiais reunidos no Clube de Paris será feita com "prazos de pagamento que permitam sustentar o crescimento econômico com desenvolvimento social". Para ela, um acordo será "beneficioso para ambos". Cristina deu sinais de que tentará, nas negociações, abater parte da dívida com financiamentos concedidos pelo governo argentino à expansão de multinacionais com subsidiárias no país. Ela já havia defendido isso em reunião com a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, em outubro.

O anúncio deve ajudar a abrir as portas do mercado financeiro à Argentina. A Bolsa de Buenos Aires registrou 12 recordes consecutivos, na primeira quinzena de novembro, e o risco-país recuou a níveis anteriores aos de março de 2008 - quando produtores rurais entraram em conflito com o governo. Isso permitiu a quatro empresas argentinas (YPF, Arcor, Edenor e Santander Río) captar US$ 750 milhões nas últimas duas semanas, a taxas de juros de um dígito.


Jornal “O Estado de S. Paulo”


Notas & Informações


Integração com o México

Pouco mais de um ano depois de os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Felipe Calderón terem anunciado, em Brasília, a decisão de instruir suas equipes a "explorar todas as opções que permitam ampliar o comércio e o investimento, incluindo a possível negociação de um acordo de livre comércio", Brasil e México começam a negociar para valer um acordo amplo de integração econômica.

As notas distribuídas simultaneamente pelos dois governos, confirmando o início formal das negociações, não fixam cronogramas das reuniões nem prazos para a conclusão das discussões. Mas o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, que tem chefiado a equipe brasileira nos entendimentos com o governo mexicano, espera que o acordo possa ser assinado em 2012.

"Ou Brasil e México, que são as grandes economias da América Latina, conseguem fazer um processo de integração industrial que mantenha escala de produção na região, ou nossas indústrias migrarão para outros países, para outras regiões do mundo, para a Ásia fundamentalmente", advertiu Barral em entrevista.

O "acordo estratégico de integração econômica" - como é chamado pelos governos do Brasil e do México e que vem sendo discutido desde o encontro entre os dois presidentes em agosto do ano passado - deverá reduzir tarifas comerciais e estabelecer regras de proteção dos investimentos e da propriedade intelectual.

Depois de seis reuniões entre delegações dos dois governos, ficou acertado que o acordo será amplo e, além de redução de tarifas, incluirá também temas como serviços e preferência para as empresas dos dois países nas compras governamentais. A cobertura do acordo será integral, abrangendo "todos os produtos, serviços e demais temas comerciais", como informam os dois governos. O objetivo é assegurar acesso aos mercados, com a solução rápida de problemas que surgirem. Será criado um mecanismo que contribuirá para a segurança jurídica e para a previsibilidade dos negócios.

Um item do comunicado de especial interesse dos empresários mexicanos assegura que "serão reconhecidas as sensibilidades de ambos os países e será outorgado tratamento especial aos setores vulneráveis".

Reivindicado por empresários brasileiros - que, no ano passado, entregaram aos dois presidentes documentos defendendo maior abertura comercial e maior integração econômica entre Brasil e México -, um acordo comercial e econômico amplo não era bem visto pelos mexicanos. Calderón admitiu, na ocasião, que "resistências ideológicas, preconceituosas e de desconhecimento" em seu país dificultavam as negociações. Mas a crise internacional, que afetou muito mais a economia mexicana - estreitamente vinculada à dos Estados Unidos, da qual se tornou dependente demais - do que a brasileira, ao mostrar ao empresariado mexicano as oportunidades de negócios em outros países, pode ter reduzido suas resistências.

Desde agosto de 2002, o Brasil tem com o México um acordo de redução de tarifas para cerca de 800 itens, entre eles automóveis. Acordos bilaterais com o México são os únicos permitidos aos países do Mercosul, graças a um acordo-quadro assinado em 5 de julho de 2002, entre o bloco comercial do Cone Sul e o país norte-americano, que estabelece as bases para a futura criação de área de livre comércio entre as duas partes.

Muito pouco se avançou nessa direção, e é provável que nem o agora anunciado "acordo estratégico" resulte em área de livre comércio, sobretudo por causa da resistência do empresariado mexicano. O México já firmou acordos desse tipo com 44 países, mas as empresas locais não se consideram beneficiadas com isso. Ao contrário, reclamam da concorrência que passaram a enfrentar.

Mesmo que não chegue a esse ponto de integração, o acordo entre Brasil e México será benéfico para os dois lados. Atualmente, os negócios com o México representam 5% do comércio total do Brasil. Com o acordo, podem chegar a 10% em quatro anos.


Caderno: Economia


Brasil é o mercado que mais cresce para UE
Importações de produtos europeus cresceram 54% este ano, aumentando a possibilidade de o Brasil deixar de ter superávit comercial com a Europa
Jamil Chade

Em 2010, o Brasil foi a economia que registrou a maior expansão de importação de produtos europeus em todo o mundo. O crescimento das vendas europeias ao Brasil foi de 54% de janeiro a agosto deste ano, o que já coloca dúvidas sobre a capacidade de a economia brasileira manter seu tradicional superávit com a Europa nos próximos anos.

Dados divulgados ontem pela Comissão Europeia indicaram que, de janeiro a agosto de 2010, a balança comercial da UE com o Brasil havia sido zerada e que o superávit que o País mantinha com a Europa há anos desapareceu, algo que não ocorria há onze anos.

O real forte e a demanda interna brasileira em expansão são os principais motivos, ainda que a UE insista que o governo brasileiro tenha ampliado as barreiras comerciais nos últimos meses. Para a diplomacia brasileira, os número de ontem são a melhor resposta às acusações que o País mantém seu mercado fechado.

Os dados do governo brasileiro são um pouco diferentes e ainda mostram um superávit para o Brasil em relação à Europa. Os dados incluem setembro, o que não foi ainda publicado pelos europeus. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o Brasil exportou para a União Europeia US$ 30,7 bilhões e importou US$ 28,6 bilhões. O superávit é de US$ 2,1 bilhões. Em 2009, porém, o superávit brasileiro foi de US$ 4,3 bilhões.

A última vez que os dados comerciais apontaram uma vantagem para a Europa foi em 1999, quando o Brasil mantinha um moeda sobrevalorizada. Naquele ano, os europeus tiveram um superávit mínimo, de 324 milhões. Nos anos seguintes e principalmente diante da desvalorização do real, o Brasil voltou a apresentar superávit. Em 2007, o País havia registrado um saldo positivo de 11,5 bilhões.

Em 2009, o volume a favor do Brasil já havia caído para 4 bilhões. Até agosto deste ano, porém, os europeus insistem que saldo positivo brasileiro deixou de existir.

"Ainda não podemos prever como será o fim do ano. Mas tudo indica que, se o Brasil tiver um superávit, ele será pequeno", afirmou Gilberto Gambini, especialista em estatísticas da UE. Até o fim de agosto, o Brasil havia exportado para a Europa 20,6 bilhões. Até o mesmo período, o volume de importação era o mesmo.

Estados Unidos. O mercado americano continua sendo o maior destino de produtos europeus, com 155 bilhões em exportações até o fim de agosto.

Mas a expansão em comparação a 2009 foi de apenas 15%. Para China, a alta das vendas europeias foi de 39%, do total de 72 bilhões. Mas foram as vendas ao Brasil que registraram o maior aumento, passando de 13,3 bilhões nos oito primeiros meses de 2009 para 20,6 bilhões em 2010. A expansão colocou o Brasil à frente da Coreia do Sul entre os maiores parceiros europeus, exatamente o país com o qual Bruxelas assinou neste ano um acordo comercial.

A expansão das exportações europeias ao Brasil apresentou uma taxa duas vezes superior à média do aumento das vendas da UE ao mundo, de 22%.

Diante do crescimento das importações à economia brasileira, o País aparece como nono maior destino das vendas da UE no mundo. O Brasil ainda se aproxima das taxas registradas pela Índia, que importou da UE mais de 22 bilhões.

Já as exportações brasileiras para a Europa não conseguiram acompanhar o mesmo ritmo de crescimento das importações. O volume passou de 17 bilhões entre janeiro e agosto de 2009 para 20,6 bilhões neste ano, uma alta de 21%. O resultado, portanto, foi o fim do superávit, pelo menos até aquele mês. Em 2009, o saldo favorável ao Brasil havia sido de 3,7 bilhões.

Com os demais países emergentes, a UE ampliou seu déficit. No caso da China, o saldo favorável a Pequim passou de 85 bilhões em 2009 para mais de 103 bilhões em 2010. Com a Rússia, o buraco nas contas europeias passou de 29,3 bilhões no ano passado para 47 bilhões neste ano. No total, o déficit europeu chega a 11,7 bilhões com o mundo, acima dos 10,5 bilhões negativo em 2009. No setor de manufaturados, o superávit é ainda amplo, com 167 bilhões a favor dos europeus.


Brasileiros investem US$ 5 bi no país vizinho
Da quantia a ser investida nos próximos dois anos por empresas brasileiras na Argentina, mais de 80% serão da Vale
Ariel Palacios

Os investimentos das 160 empresas brasileiras instaladas na Argentina chegarão à faixa de US$ 5 bilhões nos próximos dois anos. Desses, US$ 4,1 bilhões correspondem a investimentos que a Vale do Rio Doce realizará no país. O anúncio foi feito ontem pelo embaixador brasileiro Enio Cordeiro e a ministra da Indústria da Argentina, Debora Giorgi, durante a Nona Jornada Jurídico Empresarial Brasil-Argentina, realizada na Embaixada do Brasil. Segundo Cordeiro, o total dos investimentos do Brasil na Argentina alcançam atualmente mais de US$ 11 bilhões.

"Não é um caminho de uma única via. Ao contrário, é de mão dupla", disse o diplomata, ao destacar que os investimentos de empresas argentinas no Brasil foram de US$ 4 bilhões ao longo dos últimos oito anos. "As empresas argentinas investiram no Brasil em setores tão diversos como a indústria eólica, agropecuária e siderúrgica, entre outros".

A ministra Debora Giorgi, autora de diversas medidas protecionistas que barraram a entrada de produtos "made in Brazil" nos últimos dois anos, exaltou a integração comercial. Giorgi deixou de lado temporariamente os alertas sobre a denominada "assimetria" entre ambas economias para declarar-se entusiasmada com a promessa de aumento do comércio bilateral, já que ambas economias "cresceriam ao redor de 7% no ano que vem".

O ex-secretário de Indústria Dante Sica, diretor da consultoria Abeceb, afirmou que, das 160 empresas brasileiras instaladas na Argentina, 107 anunciaram investimentos entre 2002 e 2010 pelo valor de US$ 11,765 bilhões.

Segundo Sica, a província de Buenos Aires, a maior do país, concentra 34% dos investimentos brasileiros. Outros 8% estão na província de Córdoba. Neuquén recebeu 8% dos investimentos provenientes do Brasil.

O secretário da Indústria da Argentina, Eduardo Bianchi, ressaltou que "o Brasil transformou-se no primeiro investidor estrangeiro na Argentina". Cordeiro afirmou que a integração comercial argentino-brasileira vai de vento em popa.

Sustentou que, antes do início do Mercosul, em 1994, o intercâmbio comercial entre os dois países era de US$ 3 bilhões. "Em 2008, chegou a US$ 32 bilhões. E neste ano estaria entre os US$ 30 bilhões e os US$ 33 bilhões."

Segundo o diplomata, só entre janeiro e setembro deste ano o total de intercâmbio bilateral equivale ao volume registrado em todo 2009.


Jornal “O Globo”


Caderno: Economia


Mercosul fecha acordo com sete países para reduzir tarifas em 20%
Tratado será assinado dia 15 de dezembro, na reunião de cúpula do bloco
Eliane Oliveira

BRASÍLIA. O Brasil encerrará a presidência pro tempore do Mercosul assinando um acordo de preferências tarifárias com sete países em desenvolvimento: Índia, Indonésia, Coreia do Sul, Malásia, Egito, Marrocos e Cuba. O tratado poderá ser ainda mais amplo, tendo em vista que estão pendentes, no momento, a adesão da Argélia e do Irã.

As negociações foram fechadas quinta-feira passada, em reunião na sede da Organização Mundial do Comércio (OMC). em Genebra. O documento será assinado em 15 de dezembro, na reunião de cúpula de presidentes do bloco, em Foz do Iguaçu. De forma geral, haverá uma redução de 20% nas tarifas de 70% dos itens comercializados.

Exportações do Brasil para a Coreia devem aumentar

A Índia importou, nos nove primeiros meses de 2010, US$2,775 bilhões do Brasil. Os indianos são aliados em blocos políticos e econômicos, como o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) e o G-4, composto por Brasil, Índia, Japão e Alemanha (que brigam por uma vaga permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas).

As exportações para a Coreia somaram US$3 bilhões e devem aumentar, se for atingida a meta de aproximação do Brasil com os asiáticos. Os coreanos vêm ganhando cada vez mais mercado no Brasil, vendendo seus automóveis.

No caso do Egito, o país é, junto com a Jordânia, um dos aliados dos EUA no Oriente Médio, região onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sempre quis que o Brasil tivesse uma influência maior.


Vendas recordes para a Argentina
Investimento brasileiro no país vizinho chega a US$5 bi
A MINISTRA Débora Giorgi comemora aumento no intercâmbio de produtos industriais
Janaína Figueiredo

BUENOS AIRES. Este ano o comércio bilateral entre Brasil e Argentina deverá bater um novo recorde, alcançando US$34 bilhões (superando em 10% o recorde anterior, de 2008), informou ontem a ministra da Indústria do governo argentino, Débora Giorgi. Em palestra na embaixada brasileira em Buenos Aires, Débora afirmou, ainda, que nos últimos dois anos os investimentos brasileiros na Argentina atingiram US$5 bilhões, graças ao "processo de integração produtiva que está sendo desenvolvido por ambos os países".

- Brasil e Argentina são observados no mundo como uma região digna de receber os melhores investimentos - disse a ministra.

Para o governo argentino, o crescimento do comércio bilateral é uma boa notícia, embora entre janeiro e outubro o país tenha acumulado um déficit com o Brasil estimado por analistas privados em US$2,9 bilhões, um aumento de 396% em relação ao mesmo período de 2009.

- O comércio bilateral está vivendo um novo recorde: cerca de 80% do intercâmbio são de produtos industriais - disse a ministra.

De acordo com a empresa de consultoria Abeceb.com, criada pelo ex-secretário da Indústria argentino Dante Sica, que também participou do evento organizado pelo embaixador brasileiro Enio Cordeiro, a Argentina fechará o ano com um déficit comercial com o Brasil em torno de US$3 bilhões.

Segundo dados da Abeceb.com, as exportações brasileiras para a Argentina alcançaram US$1,654 bilhão em outubro passado, crescendo 26% em relação ao mesmo mês de 2009. Já as vendas argentinas para o Brasil chegaram a US$1,175 bilhão, o que representa um aumento de apenas 6,7% na mesma comparação. Na visão de Débora, o aumento do comércio bilateral foi possível graças à "valorização dos investimentos, um tipo de câmbio competitivo, uma política que castiga a entrada de capitais especulativos, uma política de desendividamento, à acumulação de reservas e aos superávits de ambos os países".

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