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O Mercosulino 06/05/2010 -www.camara.gov.br/representacaomercosul

Jornal "Folha de S. Paulo" Caderno: Mundo Brasil diz que boicotará cúpula com UE se líder hondurenho for Até dez presidentes podem faltar a evento em Madri em represália a convite DA REDAÇÃO O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, afirmou ontem que o Brasil "e mais uns oito ou nove países" boicotarão a cúpula da União Europeia com América Latina e Caribe, em Madri, se Honduras confirmar sua participação. Em evento na Fiesp, em São Paulo, o político criticou a Espanha, anfitriã da cúpula dos próximos dias 17 e 18 e atual presidente da UE, e destacou que o país não tem influência nas relações entre as nações americanas "há 200 anos". Na sequência, ponderou que "até os EUA", que apoiam o novo governo hondurenho, dizem que o eventual retorno de Honduras à OEA (Organização dos Estados Americanos) deve ser fruto de um consenso. Por outro lado, o assessor atribuiu o convite a "uma derrapada" de um funcionário desatento e destacou que o caso "caminha numa boa direção". O boicote sul-americano à cúpula foi anunciado anteontem ao fim da reunião da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) na Argentina. "Não poderíamos ir à cúpula já que não o consideramos um governo legítimo [o hondurenho]", disse o equatoriano Rafael Correa, que hoje preside a organização. Na América do Sul, apenas a Colômbia e o Peru reconhecem Porfirio Lobo, eleito em novembro em eleições organizadas sob o regime golpista que derrubou Manuel Zelaya. "Não vamos [a Madri] porque, embora respeitemos aqueles que o fazem, não reconhecemos o governo de Honduras", disse ontem o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Em visita a Santo Domingo, o venezuelano se encontrou ontem com Zelaya, deposto por um golpe de Estado em 28 de junho de 2009. Zelaya vive na capital dominicana desde janeiro, quando deixou a Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, depois de vários meses de isolamento, graças a um salvo-conduto concedido por Lobo. Chávez citou o uruguaio José Mujica para dizer que exigir a restituição de Zelaya e o reconhecimento dos direitos políticos e civis dele "não é muito". Em La Paz, o presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que a Europa não deveria "reconhecer Lobo, que vem da ditadura" e chamou de "forte e digna" a recusa brasileira em fazê-lo. Lobo havia confirmado, por meio de sua Chancelaria, a intenção de ir a Madri. Mas na noite de ontem o presidente recuou e disse que deixará sua ida "sob consideração" da Espanha. "Não vamos ser um elemento que gere conflitos. (...) Se há problemas, não iremos." Nos bastidores, a Espanha negocia o retorno de Zelaya a Honduras -onde é ameaçado de prisão- na tentativa de evitar o boicote. Fontes do governo de José Luis Zapatero afirmam que a intenção é "não permitir" o fracasso do encontro, que seria o mais importante na presidência espanhola da UE. Por enquanto, nenhuma ausência foi oficializada. Ontem, Garcia afirmou que o regresso de Zelaya a Honduras poderia "incidir" sobre a postura do Brasil. No anúncio do boicote da Unasul à cúpula, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que "não houve nenhum gesto de Lobo de querer mudar algo em relação à anistia a Zelaya". (GABRIELA MANZINI) Com agências internacionais Caderno: Dinheiro Calçado chinês dribla taxa e entra no Brasil Tarifa antidumping de US$ 13,85 é aplicada em cada par chinês, mas produto é importado como "made in Malásia" Associações de calçadistas brasileiros acusam China de fraudar política comercial e usar países-laranjas; chineses ainda dominam importações GRAZIELLE SCHNEIDER COLABORAÇÃO PARA A FOLHA LEONARDO LÉLLIS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO Em 2010, as exportações de calçados da China para o Brasil caíram mais de 60% em relação a 2009. Já a Malásia, que não enviou nenhum par ao país no ano passado, vendeu mais de 1,5 milhão só nos três primeiros meses deste ano. Essa é uma das evidências, segundo empresários e entidades do setor calçadista, de que a China está cometendo uma fraude ao embarcar produtos para o Brasil como se fossem de outros países -prática conhecida por elisão. O objetivo é burlar a tarifa antidumping estabelecida pelo governo brasileiro em março, que sobretaxa o produto chinês em US$ 13,85 por par (cerca de R$ 25) e que valerá pelos próximos cinco anos. A fraude seria caracterizada pela alteração dos documentos que atestam a origem do produto. Um sapato fabricado na China, por exemplo, teria a sua documentação modificada na Malásia para esconder a sua origem e embarcaria para o Brasil como um produto malaio, livre da sobretaxa. Para a Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados) e o Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca), as evidências estatísticas são a principal prova da manobra fiscal. Desde que os calçados chineses foram sobretaxados em setembro de 2009, as exportações do país para o Brasil caíram drasticamente, enquanto as do Vietnã e da Malásia subiram de maneira anormal -os embarques do Vietnã subiram mais de 26%. Milton Cardoso, presidente da Abicalçados, afirmou que o processo que resultou na medida antidumping teve 40 mil páginas e levou um ano e três meses para ser concluído. "Nós entendemos que deveria haver um avanço na legislação que permitisse a aplicação mais rápida de uma medida, porque se levar mais um ano e meio de processo, só teríamos resultado após dois anos", disse. Outra prova da fraude, segundo ele, são as ofertas feitas por intermediárias no exterior a companhias brasileiras. "Elas mandaram e-mails explicando como evitar o antidumping e se oferecendo para "cuidar disso" [da fraude] para as empresas. Mais de dez empresas receberam esse e-mail", afirmou. O diretor-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, defende o rastreamento das vendas. "É preciso rastrear as importações e tentar investigar algum desvio de conduta", disse. Para o presidente do Sindifranca, José Carlos Brigagão do Couto, a prática "compromete a sobrevivência do setor calçadista brasileiro". Cúmplices locais Já Welber Barral, secretário de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, diz que o esquema não aconteceria se não houvesse empresas brasileiras participando. O vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro, concorda. "Assim como a China está vendendo, alguém aqui está comprando", disse Castro. Apesar de ainda liderar o mercado de importações -com 4 milhões de pares vendidos ao Brasil até março-, a China reduziu a sua participação no volume que chega ao país neste ano. O país foi responsável por 47% do total de sapatos que chegaram ao Brasil -no primeiro trimestre de 2009, a participação chinesa foi de 82%. O presidente da Câmara de Comércio Brasil-China, Charles Tang, afirmou que a entidade não tem conhecimento de que a elisão esteja ocorrendo no setor calçadista. "O empresário brasileiro, em vez de se preocupar tanto em ter medo dos chineses, poderia se concentrar mais em ganhar dinheiro com a China", disse ele, ao destacar o país como um mercado em potencial para os calçados brasileiros. As embaixadas da China e da Malásia foram procuradas para comentar o assunto. Ambas pediram o envio de questões por e-mail, mas não houve resposta até o fechamento da edição. Jornal da Câmara Caderno: Votação Energia de Itaipu - Representação brasileira autoriza aumento do repasse ao Paraguai Marcelo Oliveira A Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul) aprovou ontem a proposta de alteração no Tratado de Itaipu que triplica os valores a serem pagos ao Paraguai pelo excedente de energia cedido ao Brasil. Com a medida, prevista na Mensagem 951/09, os pagamentos anuais passarão de 120 milhões de dólares (aproximadamente R$ 210 milhões) para cerca de 360 milhões de dólares (em torno de R$ 630 milhões). Com a aprovação pela representação brasileira, a mensagem será convertida em projeto de decreto legislativo, que tramitará, em regime de prioridade, nas comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário da Câmara. Conforme o Tratado de Itaipu, assinado em 1973 entre os dois países, cada um dos signatários detém 50% da energia produzida na usina hidrelétrica de Itaipu. A energia não usada por um deles, no entanto, deve ser vendida ao outro a preço de custo até 2023. Como o Paraguai utiliza apenas cerca de 5% da energia a que tem direito - a maior parte da sua cota é vendida ao Brasil - a revisão do valor pago pelo excedente energético tornou-se, nos últimos anos, uma bandeira do presidente paraguaio Fernando Lugo. O reajuste no repasse ao Paraguai decorre da correção do fator de multiplicação aplicado aos valores estabelecidos para as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade (anexo ‘C’ do tratado). Com o novo texto, esse índice subirá de 5,1 para 15,3. Caso seja confirmada pelo Congresso Nacional, essa será a terceira revisão no preço pago ao Paraguai. Nas duas anteriores, o governo brasileiro não submeteu as propostas à analise do Legislativo, por entender que não traziam grande impacto. Solução justa - O relator, deputado Dr. Rosinha (PT-PR), defendeu a aprovação da matéria e considerou justa a mudança nos valores pagos pela energia excedente. Ele ressaltou a importância da medida para consolidar a liderança brasileira na América Latina. "Os 240 milhões de dólares adicionais que serão pagos ao Paraguai representam custo muito baixo se comparados aos ganhos políticos, diplomáticos, econômicos e comerciais que o Brasil obtém ao apostar na integração regional e na prosperidade dos seus vizinhos", declarou. Já para o Paraguai, destacou o relator, o reajuste será bastante significativo, pois "a remuneração gerada por Itaipu representa cerca de 20% do total das receitas obtidas por aquele país". Segundo o deputado, o aumento da remuneração não acarretará impacto nas contas públicas e na vida dos brasileiros, pois o Orçamento da União de 2010 prevê R$ 1,73 trilhão para arcar com despesas. Dr. Rosinha ressaltou que o custo será integralmente pago com recursos do Tesouro Nacional, "para evitar aumentos na tarifa de energia elétrica paga pelos consumidores brasileiros". Na avaliação do relator, além do fortalecimento do Mercosul e da imagem brasileira no cenário internacional o País obterá contrapartidas do Paraguai, como a regularização fundiária e a identificação dos chamados "brasiguaios" - aproximadamente 400 mil agricultores brasileiros que vivem naquele país. Jornal do Senado Caderno: Energia Brasil pode pagar três vezes mais por energia de Itaipu Representação brasileira no Parlamento do Mercosul aprovou, por sete votos contra três, mensagem presidencial sobre novo pagamento ao Paraguai por cessão de energia Paraguai pode ganhar mais pela energia gerada em Itaipu. A Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul aprovou ontem o relatório do deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) sobre a Mensagem Presidencial 951/09, que trata das novas bases financeiras do Tratado de Itaipu, de setembro de 2009. Essas novas bases aumentam de 5,3 para 15,3 o fator de multiplicação aplicado aos valores estabelecidos para os pagamentos por cessão de energia, o que eleva os pagamentos anuais feitos ao Paraguai de cerca de US$ 120 milhões para cerca de US$ 360 milhões. A proposta foi aprovada por sete votos contra três, sendo estes os dos deputados Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP), Professor Ruy Pauletti (PSDB-RS) e Geraldo Thadeu (PPS-MG). Para Ruy Pauletti, o acordo "faz com que o povo brasileiro pague a conta". Ele criticou o governo federal por não ajudar as 400 famílias brasileiras expulsas do Paraguai pelos sem terra locais e que estão hoje acampadas em Itaquiraí (MS). Geraldo Thadeu disse que o governo dá recursos ao Paraguai enquanto propõe um reajuste ínfimo aos aposentados e permite que o Sistema Único de Saúde (SUS) continue falido. Já Antonio Carlos Pannunzio afirmou que "o Paraguai está recebendo absolutamente de graça a metade da segunda maior usina hidrelétrica do mundo". Ao defender a aprovação do acordo, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) afirmou que o Brasil tem de "buscar parcerias para fortalecer as economias da região". Ele manifestou-se particularmente preocupado com a presença da China, cujos produtos estão em primeiro lugar entre as importações paraguaias (28%), tendo superado os brasileiros (22,8%). Comissões: CRE Azeredo celebra possível acordo com os europeus O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), considerou uma "grande notícia" a retomada das negociações para a formação de um acordo de livre comércio entre a Comunidade Europeia e o Mercosul, o que poderá aumentar para mais de R$ 15 bilhões o fluxo comercial para as duas regiões. - Sem dúvida, será fantástico. Hoje temos tratado comercial apenas com Israel, porque o Brasil fica limitado pelos interesses do Mercosul. Temos perdido muitas oportunidades comerciais. Com esse acordo de livre comércio, nossa siderurgia, nossa indústria têxtil, de calçados, de alimentos, ganhará competitividade e teremos boas condições de negociação com a China, por exemplo - disse o senador em entrevista à Agência Senado. Jornal "Valor Econômico" Opinião Brasil precisa escolher entre Argentina e Austrália . Por André Sacconato e Nathan Blanche As lições que vêm da Oceania Austrália mostra que pode ser saudável ter um déficit em transações correntes A defesa da tese de que déficits em transações correntes são um mal para o país tomou um caminho claramente ideológico, levando a acreditar que os déficits são insustentáveis e podem direcionar o Brasil a uma crise no setor externo. Não parece ter sido esse o destino da Austrália, um exemplo da convivência saudável com déficits em transações correntes, que nos últimos 50 anos teve apenas dois superávits em conta corrente: 1972, com 0,9% do PIB, e 1973, com 0,6% do PIB, e tem convivido com déficits médios de 5,5% do PIB nos últimos cinco anos e de 4% nos últimos quinze anos. A questão relevante é responder como a Austrália conseguiu conviver com esse déficit e tirar proveito do financiamento externo que compensou as saídas por transações correntes, crescendo a uma taxa média de 3,6% nos últimos quinze anos e que a levou para o segundo lugar do ranking do IDH em 2000. É importante lembrar que a Austrália proporciona essa qualidade de vida a seus habitantes mesmo sendo considerada "commodity-currency" e com estrutura produtiva menos diversificada que do Brasil. No início dos anos 80, a Austrália não mostrava um bom panorama. Inflação alta, déficits em transações correntes e câmbio fixo mostravam um quadro não promissor para o país, além de um inconstante resultado das contas públicas. O resultado foi o esperado: a necessidade de desvalorizar a moeda em 1983. Mas, o importante é notar que a desvalorização não foi implementada isoladamente e sim com uma série de reformas, dentre as quais uma profunda liberalização de comércio internacional, abertura dos mercados de capitais, desregulamentação e privatização do setor de infraestrutura e reforma nas leis que regem o mercado de trabalho. O um aumento no grau de confiança no país trouxe um maior volume de capital estrangeiro. Com isso, todo o processo de liberalização do câmbio e reformas intensificou o déficit em transações correntes, que já era alto com o câmbio fixo, mas com aproveitamento das entradas de capital estrangeiro, já que a produtividade total dos fatores triplicou em 20 anos. Os estudos sobre os déficits da Austrália enumeram as causas da sua sustentabilidade considerando um arcabouço bem sucedido de política econômica que levou o país do 15º lugar, no ranking mundial de renda per capita para 8º lugar entre 1980 e 2000, além de ter um prêmio de CDS (pagamento de seguro contra default) de 36 pontos, o mesmo dos Estados Unidos, e menos de um terço do brasileiro (128). As principais causas podem ser resumidas em: Sistema financeiro robusto, líquido e estável; câmbio flutuante; metas de Inflação; instituições financeiras fortes; políticas macroeconômicas estáveis e pequena exposição em dívida cambial A Austrália tem metas de inflação, desde 1993, entre 2% e 3%, livre conversibilidade cambial, os investidores estrangeiros nunca sofreram default e os bancos têm carteiras internacionais de empréstimos diversificados, boa parte em moeda nacional. Portanto, a Austrália mostra que é sustentável e pode ser saudável ter um déficit em transações correntes, desde que ele esteja inserido em um contexto de políticas e reformas macro e microeconômicas, utilizando a poupança externa como uma forma de alavancar produtividade e competitividade. Que lições podemos tirar para o Brasil aproveitar o momento correto de importar poupança externa e a transformar em crescimento sustentável? Em termos de estabilidade macroeconômica, já temos um ambiente saudável, embora tenhamos um histórico de moratórias. O sistema de metas de inflação e o câmbio flutuante foram implantados em 1999 e a lei de responsabilidade fiscal em 2000. Nossa dívida externa é baixa, embora a maturidade e a taxa de juros para rolagem ainda não sejam as ideais. Outro ponto que deve ser melhorado é a falta de um arcabouço mais moderno e liberalizante no mercado de câmbio brasileiro, já que a dificuldade de remessas e saídas ainda é muito grande e baseada numa estruturação arcaica (resolução nº 4131 de 1964), que gera insegurança. Sobre contas externas, a situação do Brasil é até mais confortável do que a da Austrália e outros países exportadores de commodities. Temos mais reservas internacionais e menos dívida externa. Além disso, conseguimos, nos últimos anos, financiar todo o déficit em transações correntes (quando ele existiu) com investimento externo direto, que é o menos volátil das entradas, do lado do movimento de capitais, algo que nem a própria Austrália vem conseguindo. O que falta então? As reformas que foram feitas lá, como a trabalhista, a privatização do setor de infraestrutura e a abertura comercial estão em estágio pouco avançado aqui. A liberalização cambial vem avançando, mas ainda está aquém do necessário. Este é o momento certo para aproveitar o excesso de liquidez externo e transformar em produtividade. Seguir o exemplo de sucesso da Austrália é o melhor caminho. As críticas de quem tem medo dos déficits em transações correntes são anacrônicas e levariam o Brasil ao atraso e à piora de posição relativa no mundo. Não há nenhuma justificativa plausível para rejeitar poupança externa, de tal forma que devemos apenas saber aproveitá-la bem. Quando se recomendam fechamento dos canais de entrada de capitais ou controle destes, além de medidas que façam apologia ao fechamento comercial (o indicador de corrente de comercio sobre o PIB do Brasil esta em torno de 23%, contra 30% dos países emergentes) e fixação da taxa de câmbio, é o mesmo que optar por um cenário de baixo crescimento, aumento do risco e do custo de financiamento e abrir mão do mecanismo de ajustes às crises: o câmbio flutuante. O Brasil precisa decidir se dá ouvidos aos partidários do câmbio fixo, do protecionismo, dos controles de capitais e caminha em direção ao que hoje é a Argentina ou se segue os passos da Austrália e abre-se ao déficit saudável em conta corrente. São as escolhas de hoje que vão determinar o Brasil de amanhã. André Sacconato é mestre e doutor em Teoria Econômica pelo IPE-USP e analista da Tendências Consultoria Nathan Blanche é sócio-diretor da Tendências Consultoria Caderno: Brasil UE e Mercosul aceleram negociações para concluir acordo de livre comércio Assis Moreira, de Genebra O Mercosul e a União Europeia (UE) vão começar rapidamente a trocar ofertas de liberalização para concluir o acordo de livre comércio birregional num prazo que não demore anos, como ocorreu até agora, sinalizam negociadores. Em Madri, no dia 17, os chefes de Estado e de governo dos dois blocos vão fazer o relançamento formal da negociação. Em seguida, uma reunião técnica vai definir o calendário das discussões, para iniciar as barganhas depois das férias de verão da burocracia europeia, em agosto. "A União Europeia estabeleceu como condição do relançamento da negociação a possibilidade elevada de desfecho do acordo, e que seja no curto prazo", afirmou Jean-Luc Meriaux, secretário-geral da União Europeia de Comércio de Gado e Carne (UECBV, em francês), que inclui importadores e varejo. Em 2004, a União Europeia ofereceu cota de 100 mil toneladas para a entrada de carne bovina do Mercosul com tarifa menor. O bloco quis três vezes mais, 300 mil toneladas. Dois anos depois, os europeus sinalizaram com uma espécie de compromisso: uma cota de 150 mil toneladas, dividida em duas parcelas, uma dada pelo acordo birregional e outra só depois da conclusão da Rodada Doha, de liberalização comercial, na Organização Mundial do Comércio (OMC). Nas últimas semanas, Bruxelas já avisou que sua margem para concessões é extremamente limitada na área de carnes. Ainda mais diante da enorme pressão dos franceses e irlandeses. O fato é que a questão do acesso de carnes do Mercosul será um ponto "nevrálgico" na barganha. Ilustrando essa situação, os serviços do comissário agrícola da União Europeia E divulgaram ontem precisamente uma tabela apenas com as importações de carnes procedentes do bloco sul-americano. O Mercosul era responsável por 90,5% de toda a carne bovina importada pela União Europeia E em 2007. O percentual caiu para 82,5% no ano passado, por por causa das barreiras sanitárias impostas por Bruxelas contra a carne brasileira. A medida derrubou a exportação do país em 58,2% para o mercado comunitário. O Brasil também tem grande participação na venda de carne de frango para a UE. Em contrapartida, o Mercosul não vende uma tonelada sequer de carne suína, também por causa das barreiras sanitárias estabelecidas por Bruxelas. A negociação será facilitada, porque os dois blocos já mapearam bastante os pontos centrais do acordo, nas últimas quatro reuniões desde junho do ano passado, ocorridas em Lisboa, Buenos Aires e Bruxelas. A reunião entre os líderes do Mercosul e da UE será no dia 17. No dia seguinte, haverá a cúpula UE-América Latina. A Espanha voltou a dar garantias de que o presidente de Honduras, Porfírio Lobo, não aparecerá na sala de reuniões, como exigido pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Caderno: Política "Venezuela no Mercosul seria uma insensatez", diz tucano De Porto Alegre Quase seis meses depois de o Congresso Nacional ter aprovado o ingresso da Venezuela no Mercosul, o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, manifestou-se contrário à entrada daquele país no bloco do Cone Sul. Para o tucano, o ingresso da Venezuela no grupo, por razões eminentemente "políticas", seria uma "insensatez". O ingresso da Venezuela no Mercosul só aguarda a aprovação pelo parlamento do Paraguai para ser concretizado. Em palestra na Federação das Associações Comerciais da Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul (Federasul), Serra Serra voltou a fazer críticas ao Mercosul, que, segundo ele; sequer conseguiu consolidar a etapa de estabelecimento de uma zona de livre comércio. O tucano afirmou que essa deve ser a prioridade do bloco - e não a meta "irrealista" de criação de uma união aduaneira - e defendeu a introdução de um mecanismo que garanta pesos diferentes para os países-membros, de acordo com as dimensões da economia de cada um. Na apresentação a mais de 300 convidados fez críticas ao governo do PT, lembrou de iniciativas que adotou quando foi ministro na gestão Fernando Henrique Cardoso e procurou demonstrar familiaridade com a economia gaúcha. A apresentação agradou os presentes ao almoço. A avaliação mais comum foi a de que Serra demonstra "competência administrativa" e - ao contrário da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff - uma boa experiência eleitoral. Mesmo assim, um executivo, que pediu anonimato, disse que o desempenho da petista no Estado pode "surpreender" devido aos problemas enfrentados pelo governo da tucana Yeda Crusius, alvo de denúncias de corrupção. O pré-candidato afirmou ainda que no governo Lula as agências reguladoras foram "loteadas" entre os aliados do PT e que num eventual governo dele "deputado não indica diretor de empresa, secretário nem subsecretário". Para ele, o Brasil precisa "recuperar a ideia de planejamento a médio e longo prazo" e a "batalha permanente" pela redução de custos no setor público "saiu de moda nacionalmente". Depois de atacar a carga tributária e as taxas de juros, Serra disse que as empresas gaúchas, fortemente exportadoras, sofrem com o câmbio valorizado. Ele também afirmou que o Brasil carece de política de desenvolvimento para "microrregiões problemáticas como o sul e o sudeste do Rio Grande do Sul". Segundo o tucano, quando foi ministro do Planejamento, ele promoveu a "descentralização" da indústria automotiva. (SB) Jornal "O Estado de S.Paulo" Caderno: Internacional Madri cede e manterá Honduras longe de cúpula Após ameaça dos países latino-americanos de boicotar reunião com UE, Espanha restringe visita de hondurenho à assinatura de acordo comercial Jamil Chade, correspondente, Genebra O Itamaraty disse ontem que foi informado pelo governo espanhol de que a participação do presidente de Honduras, Porfirio Lobo, na Cúpula União Europeia-América Latina e Caribe será limitada. A decisão abre espaço para a presença dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Cristina Kirchner e outros chefes de Estado da região que haviam ameaçado boicotar o evento caso o líder hondurenho estivesse presente. Ontem, fontes da UE afirmaram ao Estado que um acordo sobre a participação de Lula na cúpula já havia sido alcançado. O Palácio do Planalto confirmou, em conversas privadas com o bloco, a viagem do presidente a Madri, no dia 17. Em Brasília, assessores do Planalto afirmaram que a solução foi considerada satisfatória. Em troca da confirmação da viagem de Lula, o governo espanhol aceitou limitar a participação de Lobo apenas ao evento entre a UE e a América Central, também em Madri, para a assinatura de um acordo comercial. A participação de Lobo ocorreria um dia depois da cúpula, na qual participariam Lula, Hugo Chávez e outros líderes que se opõem ao governo do hondurenho. Para o encontro principal, Lobo teria sua participação suspensa. Assim, a UE não precisaria passar pelo embaraço de desconvidar Lobo. No entanto, ao mesmo tempo, não criaria um mal-estar completo com a maior parte da região. "Convidamos todos os presidentes e estamos trabalhando para que a cúpula tenha êxito", limitou-se a dizer o porta-voz do governo da Espanha, Juan Cierco. Ele admitiu, porém, que existem problemas em relação à participação de Honduras na reunião. Na chancelaria espanhola, a porta-voz Arancha Banon rejeitou confirmar se Lobo terá sua participação limitada. "Não falaremos mais nada sobre o assunto", disse. No Itamaraty, altos funcionários dão o tema como resolvido diante das garantias que receberam de que Lobo e Lula não se cruzariam em Madri. "Sofremos muita pressão", admitiu a assessoria do Ministério das Relações Exteriores de Honduras. Diplomatas europeus trabalham para tentar salvar o evento, que corre o risco de ser esvaziado politicamente. A reunião deveria ser um dos principais marcos da presidência espanhola da UE, mas está se transformando em um pesadelo. A decisão de Madri de convidar Lobo para o evento foi duramente atacada por Brasília, Buenos Aires e Caracas. Há vários dias, o Itamaraty vem mantendo reuniões em Bruxelas com os espanhóis para alertar sobre a situação constrangedora de ter na mesa a presença de Lobo, que tomou posse em janeiro após uma conturbada crise política em seu país. Relações. Desde o golpe que derrubou o presidente Manuel Zelaya, em 28 de junho, o Brasil ainda não normalizou as relações com Honduras. Quase três meses depois, em 21 de setembro, Zelaya abrigou-se na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa. Eleições foram realizadas em novembro, mas o Itamaraty fez uma série de exigências antes de voltar a ter uma relação normal com o governo hondurenho. De olho em um acordo comercial que poderia ser assinado entre a UE e a América Central durante a cúpula, o governo espanhol insistiu em convidar Lobo, tentando dar um tom de mediador regional. / COLABOROU TÂNIA MONTEIRO Jornais dos Países Membros do Mercosul Argentina "La Nacion" Sección: Política Kirchner no tiene apuro por renunciar a su banca Su cargo en la Unasur le impide ser diputado El relato oficial indica que "no hay apuro". Pero todos los funcionarios del gobierno de Cristina Kirchner aseguran que el ex presidente Néstor Kirchner dejará finalmente su banca de diputado debido a su reciente designación como secretario general de la Unasur, pero la decisión crucial pasa por si pedirá licencia a la banca o si renunciará lisa y llanamente. En la Casa Rosada admitían ayer a LA NACION que Kirchner "está obligado a alejarse de la banca" porque el reglamento de la Unasur indica a las claras que no puede ejercer el cargo internacional y como diputado al mismo tiempo. Además, resultó muy fuerte la presión de los presidentes de los países miembros del bloque para que ejerza la nueva función "con dedicación exclusiva". "Es posible que termine renunciando, porque la oposición quizá no le apruebe la licencia", dijo un hombre de la Presidencia. Sin embargo, en la oposición indicaron que "no se le puede negar la licencia si la pide". Al terminar la sesión en la que se aprobó el matrimonio gay, ayer a la madrugada, Kirchner le dijo a un cronista de LA NACION: "No hay apuro, hay tiempo; ustedes están muy ansiosos". Cerca del ex presidente aseguran que a más tardar la semana próxima Néstor Kirchner decidirá junto con Cristina Kirchner la conveniencia de una licencia o de una renuncia. Otros operadores indicaron que podría ser hoy mismo. Si pide licencia, conservará la banca y los fueros parlamentarios, pero su bloque perderá un voto para los temas reñidos. Si renuncia, en cambio, perderá los fueros, pero el Frente para la Victoria conservará la banca, ya que asumiría el ultrakirchnerista Dante Dovena. Paraguay "ABC" Editorial UNASUR: un circo al servicio del expansionismo chavista La última Cumbre presidencial de la Unión de Naciones Suramericanas (UNASUR) ha puesto de manifiesto hasta qué punto esta pretendida organización internacional de aún no confirmada existencia es un instrumento que Hugo Chávez y sus amigotes bolivarianos pretenden –a petrodólares limpios– utilizar para consolidar su presencia y expansión en toda esta parte del continente americano. Efectivamente, durante el encuentro mantenido por los presidentes en la localidad bonaerense de Campana, el martes último, la agenda abordada incluyó de manera exclusiva aquellos asuntos que son del estricto interés del deslenguado caudillo venezolano y su séquito de seguidores. Todo aquello que pudiera, aunque sea remotamente, afectar su proyecto hegemónico, fue olímpicamente desechado. En primer término, se impuso casi por la fuerza el nombramiento del ex presidente argentino Néstor Kirchner, otro meterete, como primer secretario general del organismo. Su candidatura ya había generado agrias críticas dentro y fuera de la Argentina. Más allá de la comprobada incapacidad diplomática exhibida por el político peronista –recuérdese, por ejemplo, la lamentable actuación que tuvo en el diferendo con Uruguay en torno a la instalación de las papeleras en Fray Bentos–, el ex mandatario tiene incompatibilidades manifiestas para ejercer el cargo para el cual fue electo. En efecto, el artículo 10 del Tratado Constitutivo de la UNASUR establece claramente que "durante el ejercicio de sus funciones, el Secretario General y los funcionarios de la Secretaría tendrán dedicación exclusiva". Pero sucede que el ex presidente argentino es actualmente diputado de su país, y como tal tiene un compromiso político con un sector de su sociedad, además de ocupar posiciones relevantes dentro del justicialismo. Por lo tanto, nadie puede garantizar un criterio de independencia, ecuanimidad y dedicación mientras ejerza su nuevo puesto diplomático. Pero nada de eso ha sido tenido en cuenta; lo único que importó es que Kirchner es "un buen amigo" de Chávez. La posible vinculación económica y comercial de ambos ha sido constantemente publicitada en toda América del Sur, así que no es necesario abundar demasiado en la cuestión. Pero la cumbre también sirvió a los "bolivarianos" para condenar al actual gobierno democrático de Honduras y para "respaldar" incondicionalmente al Presidente de Paraguay. La propia presidenta Cristina Fernández sostuvo que el encuentro sirvió para expresar lo que tal vez fue uno de los motivos principales de la reunión: un "apoyo total y absoluto al gobierno constitucional de Fernando Lugo". Estando absolutamente claro que en el Paraguay de hoy no hay espacio para aventuras totalitarias o golpes de Estado, es evidente que ese "apoyo total y absoluto" debe ser entendido como una directa amenaza al pueblo paraguayo y al Congreso Nacional, en caso de que este decida someter al actual mandatario al proceso constitucional del juicio político. Por otra parte, la Cumbre también resultó en un éxito para el presidente del Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, ya que le permitió sacudirse de encima el enojoso y cacareado tema del financiamiento que prometió al Paraguay para la construcción de la red de transmisión de 500 kV entre Itaipú y Villa Hayes. La actitud mendicante de Fernando Lugo y la multilateralización de un tema estrictamente bilateral le facilitaron el trabajo de recular al astuto brasileño. Salvo estas cuestiones funcionales a los intereses y proyectos de Hugo Chávez, la Cumbre no sirvió para nada más. Ni para abordar el importante tema del creciente armamentismo en la región y los miles de millones de dólares que el pendenciero y buscapleitos Presidente venezolano pretende dilapidar en la compra de armas; ni para siquiera llamar la atención sobre los atropellos a la libertad de expresión que se cometen en los países de signo bolivariano; ni para condenar las violaciones a los derechos humanos en Cuba; ni para rechazar las descaradas e inaceptables injerencias del controvertido aprendiz de dictador en todos los países del área. En síntesis, UNASUR solamente existe para justificar y materializar los planes de Chávez en la región. Es evidente que no es mucho lo que podrá esperarse de una organización internacional así concebida y tan mal parida. Lo irónico del caso es que, tal como lo sostuvieron el ex presidente del Uruguay Luis Alberto Lacalle y el senador liberal Miguel Abdón Saguier, la UNASUR aún no existe más que "de facto". El propio Tratado constitutivo determina que el mismo solo entrará en vigor "treinta días después de la fecha de recepción del noveno instrumento de ratificación". Algo que hasta hoy no ha sucedido. No se trata de un detalle menor. Esa actitud es sintomática del verdadero grado de respeto que sus principales ideólogos –entre quienes se destaca el injurioso Chávez– ostentan en materia de apego a los dictados de la ley, al derecho internacional y a la institucionalidad de los Estados. Evidentemente, de algo tan torcidamente ideado y pobremente inaugurado no podrán esperarse en el futuro frutos de entendimiento y concordia sudamericana. Los paraguayos hemos de estar advertidos de esa lamentable realidad. Fernando Lugo, por su parte, tiene derecho de integrar este y otros tantos circos, pero no debiera comprometer el prestigio de la República en un proyecto tan ajeno y distante de la verdadera promoción del alto interés de la Nación. Sección: Política Lugo habría dicho en Unasur que le preparan un golpe El presidente Fernando Lugo habría denunciado en la reunión reservada de algunos presidentes de Unasur que es inminente un golpe de Estado en Paraguay, al estilo de Honduras. La noticia se publica en medios extranjeros y aquí las fuentes oficiales se niegan a abordar el tema. Lugo prefirió no realizar ninguna denuncia pública en Paraguay de un supuesto intento de golpe de Estado contra su administración, que se encuentra en el poder desde el 15 de agosto de 2008 hasta la misma fecha de 2013. El Jefe de Estado decidió conversar secretamente con sus colegas de Unasur (Unión de Naciones Suramericanas) aunque no se sabe con exactitud qué pruebas les entregó Lugo a sus colegas o qué informaciones posee el Jefe de Estado paraguayo sobre el supuesto plan golpista. Lo cierto es que de la nada los presidentes sudamericanos manifestaron en distintos momentos una solidaridad con Lugo y su proceso interno, especialmente Lula y Correa, de Ecuador. El diario "Ambito Financiero" publicó en su edición de ayer que el ex presidente argentino Néstor Kirchner abordará específicamente como nuevo secretario de Unasur los intentos de golpe en la región. "Para eso tomará como propia la causa de Paraguay, donde Fernando Lugo vive un conflicto serio con su vicepresidente Federico Franco", afirma el diario. La publicación dice que, según Kirchner, la situación del ex obispo Lugo es muy similar a la del hondureño Manuel Zelaya (derrocado y expulsado a punta de pistola por militares el 28 de junio de 2009) y que nunca recuperó el cargo, pese a que fue electo en comicios libres y democráticos. Apuntan a Federico "Ambito Financiero" sostiene que Lugo está a punto de sufrir un golpe para quitarle la Presidencia. "Obviamente busca en la situación de Lugo, donde un vicepresidente se dedica a atormentar al Jefe de Estado con el que compartió fórmula, hacer una proyección del caso paraguayo al de las relaciones entre su esposa (Cristina Fernández de Kirchner) y Julio Cobos". La publicación no cita a los opositores del presidente Lugo en el Congreso ni en los partidos políticos de oposición, especialmente el Partido Colorado, nucleación al cual Lugo derrotó el 20 de abril de 2008 y lo llevó a la llanura tras 60 años de mantenerse en el poder. Seguridad energética del país, en manos del Brasil Ayer hubo una reunión en la ANDE con el director brasileño de Itaipú, Jorge Samek, quien volvió a prometer que la línea de 500 kV será construida con fondos del Tesoro de su país, a través del Mercosur. Aseguró que "ya está el dinero" y que no se necesita aprobación parlamentaria, pero luego reconoció que se refiere a los aportes correspondientes a este año, que darían para comenzar la obra en agosto. La continuidad del proyecto dependerá de que en cada ejercicio el Congreso vecino incluya los desembolsos en el presupuesto anual. Además, Uruguay tiene pendiente un pedido similar al Mercosur desde 2009. Un nuevo anticipo de US$ 10 millones de Itaipú y no dinero proveniente del Focem es lo que permitirá que las obras preliminares de la línea de 500 kV continúen en este margen. Jorge Samek, titular brasileño, aseguró que la red concluirá en diciembre de 2012, durante una conferencia en la ANDE. "Estamos para anunciar una serie de avances del inicio de la obra; ya tenemos la plata, ya tenemos el local donde se va a construir la estación. Estamos trabajando. Dentro de 30 a 40 días está previsto hacer la licitación. En fin, caminó todo muy bien. Vamos a iniciar las obras el 25 de julio para concluir en diciembre de 2012", expresó el director de la hidroeléctrica Itaipú del lado brasileño, Jorge Samek, durante una improvisada conferencia de prensa a últimas horas de la tarde, en el local de la ANDE. La obra, que tendrá un costo de 400 millones de dólares, será financiada por el Tesoro Nacional brasileño, según Samek, a través de los Fondos de Convergencias Estructurales del Mercosur (Focem). "Eso camina rápido. Ayer (por el martes) tuve la reunión con los presidentes del Mercosur y todos se quedaron de acuerdo con esta tratativa hecha por el presidente Lugo y el presidente Lula", confirmó. Insistido Samek sobre la aprobación del Congreso, dijo que los desembolsos al Focem no necesitan de la aprobación de ese organismo, no así la cesión de energía que debe contar con la anuencia. Al decir de Samek, los presidentes de los países miembros del Mercosur aprueban que el Focem financie la obra, sin mencionar que tanto Uruguay como Argentina tienen la solicitud presentada para que se les apruebe obras de infraestructura en materia de energía. Otro anuncio dado por Samek durante la miniconferencia es que una comisión del Congreso brasileño aprobó el aumento de la compensación. "Con eso, las otras tres comisiones parece que van a caminar todas juntas. En un plazo más corto puede ser que salga la noticia de aprobación de la triplicación del valor", subrayó. Samek recalcó que los 400 millones de dólares que costará la obra fueron confirmados por la República Federativa del Brasil y por el Presidente del Paraguay. "La obra será hecha con recursos del Tesoro nacional brasileño. La responsabilidad de la construcción será de Itaipú, y una vez concluida la obra, le pasaremos a la ANDE", señaló. Al tiempo de indicar que de acuerdo al desarrollo de la obra se harán los desembolsos, dijo que el compromiso asumido por Brasil "no cambia Uruguay pidió en octubre que Focem financie línea de transmisión de 500 MW En octubre de 2009, Uruguay pidió a Focem financiamiento para una línea de transmisión de 500 MW, con una inversión de US$ 106 millones. Quiere acceder a energía eléctrica de Brasil. Este es apenas uno de los 8 proyectos en análisis actualmente. Otros 25 están en ejecución. Paraguay no presentó ningún pedido en 2009. Al menos tres de los 4 países miembros del Mercosur pretenden solucionar sus problemas energéticos con dinero del Fondo de Convergencia Estructural (Focem). Inclusive Uruguay, cuyo presidente, Pepe Mujica, prometió, de palabra, apoyar el pedido de Paraguay de financiar una línea de transmisión de 500 kV entre Itaipú y Villa Hayes. Uruguay presentó en octubre del 2009 un pedido de financiamiento de una línea de transmisión de 500 MW que lo interconectará con la red eléctrica del Brasil. El planteamiento se realizó en el marco de un memorando de entendimiento firmado entre Uruguay y Brasil ya en el 2006. Argentina también presentó un proyecto de interconexión energética de 132 kV entre Iberá y Paso de los Libres, Corrientes. La obra tendrá un costo de US$ 10.062.741. Brasil, que en julio de 2009 había prometido construir una línea de transmisión de 500 kV entre Itaipú y Villa Hayes, sin costo para el Paraguay, anunció el pasado lunes que también quiere recurrir al Fondo de Convergencia. La obra tendrá un costo de 400 millones de dólares.Según el marco jurídico del Focem, Paraguay puede recibir solo el 48% de los fondos anuales. Son apenas US$ 48 millones, de un total de US$ 100 millones. Existen ocho proyectos anteriores presentados por el Paraguay, actualmente en análisis. Un total de 25 ya están siendo ejecutados con los Fondos Estructurales. La inversión alcanza los US$ 197.736.479. Uruguay, sí El Gobierno informó ayer que el presidente uruguayo, José Mujica, manifestó al jefe de Estado paraguayo, Fernando Lugo, su total respaldo para la utilización de fondos del Mercosur para construir la línea de transmisión de Itaipú a Villa Hayes. Una comisión de Parlasur aprueba Notas Reversales La comisión de representantes del Brasil ante Parlasur aprobó las Notas Reversales de Itaipú, sometidas a consideración del Parlamento brasileño conforme al dictamen del diputado Dr. Rosinha. Así informó en la víspera la Cancillería. Aclaró que tras esta aprobación, "el proceso de ratificación pasará a consideración de otras comisiones, para que dictaminen y sea tratado por el pleno de Diputados del Brasil". Las Notas Reversales se refieren al eventual aumento de la compensación por excedente de energía cedida al Brasil, de US$ 120 millones a US$ 360 millones. Senado "congelaría" el ingreso a Unasur La Cámara de Senadores estudiará en su sesión ordinaria de hoy el tratado constitutivo de la Unión de Naciones Sudamericanas (Unasur) y decide si nuestro país formará parte de ese organismo. Según trascendió, a pesar de que no hay una oposición a integrarse, la mayoría opositora optaría por postergar la decisión, con el argumento de que no tienen suficiente información y de que el Ejecutivo ya tomó decisiones sin que el Senado hubiese aprobado la incorporación de nuestro país. Otra posibilidad que se mencionó ayer de fuentes de la oposición es que la sesión se deje sin quórum antes de llegar a ese punto del orden del día. Senadores de la oposición y el mismo presidente del Senado, Miguel Carrizosa, remarcaron el hecho que Unasur no tiene aún legalidad por no haber sido aprobado por los Congresos de al menos nueve de los doce países que lo integran, a pesar de lo cual ya fue elegido su presidente, el ex presidente argentino, Néstor Kirchner. El senador colorado Juan Carlos Galaverna dijo por su parte que no sería conveniente que un país dependiente como el nuestro se niegue a integrar una organización regional. Sin embargo, la tendencia mayoritaria es "congelar" el tema, dado que consideran además que no existe apuro para tomar una decisión. El Parlamento decide admisión de Venezuela El presidente de la Cámara de Diputados, Ariel Oviedo (Unace), indicó ayer que la decisión de incluir o no a Venezuela en el Mercosur es una decisión exclusiva del Congreso, por lo que mal el presidente de la República, Fernando Lugo, podría negociarlo como moneda de cambio con Brasil para la construcción de la línea de transmisión de 500 Kv. "El ingreso de Venezuela al bloque del Mercado Común del Sur depende del Parlamento Nacional donde están representantes de todos los partidos y no del Presidente de la República", indicó. De acuerdo con las versiones que se manejan a nivel diplomático, Brasil derivó la financiación de la línea de transmisión de 500 Kv a los Fondos de Convergencia Estructural del Mercosur (Focem) para obligar a nuestro país a permitir el ingreso de Venezuela al bloque del Mercosur. Brasil, Uruguay y Argentina ya aprobaron la incorporación; mientras que en nuestro país el proyecto fue retirado del Congreso a causa de la fuerte oposición de los legisladores. "Ponen como condición al presidente Fernando Lugo que presione el ingreso del Gobierno bolivariano al Mercosur. En ese sentido, hay que ver la postura de los legisladores en general, porque muchos parlamentarios consideran que eso no corresponde y Lugo no tiene mucha participación en eso", insistió. En cuanto a la actual posición de Brasil con relación a la construcción de la línea de transmisión sin costo para el Paraguay, el presidente de la Cámara Baja indicó que solo se trata de una estrategia más para no cumplir el acuerdo como corresponde. "Desde un principio, lo que propuso Lula es nada más que una simple carta de intención del gobierno brasileño, que nada de resultados ha conseguido", insistió. Chávez insiste con Mercosur La embajadora saliente de Venezuela, Nora Uribe, da prácticamente como un hecho el ingreso de su país al Mercosur. Dice que todo "es cuestión de tiempo". Sostiene que el gobierno de Hugo Chávez quiere "una patria grande, la patria que Bolívar soñó, y en eso estamos". "El tiempo es el tiempo. A nosotros nos interesa estar en el Mercosur, somos un país importante en América, con economía emergente, y tenemos mucho que compartir", respondió al ser preguntada cómo observa la resistencia en el Congreso paraguayo ante la pretensión de Chávez de incorporarse al bloque. Después de tres años de permanencia en el Paraguay en carácter de embajadora, la diplomática se despidió ayer del ministro de Relaciones Exteriores, Héctor Lacognata."Estamos trabajando para conocernos mejor como país, como pueblo", agregó. Sostuvo, aunque sin puntualizar, que "hay cosas por hacer", refiriéndose a las relaciones bilaterales. "Estoy muy satisfecha por estos tres años que es el tiempo establecido para estar en un país". "Todo tiene su tiempo, todo tiene su tiempo y su lugar. El tiempo es el tiempo", repitió cuando se le requirió nuevamente en relación con el rechazo tenido en el Legislativo paraguayo de parte de la fuerza opositora. Uribe indicó que Chávez con "la revolución bolivariana" está "construyendo la patria grande". Sección: Internacionales Críticas a Mujica por apoyar a Néstor Kirchner en la Unasur Las principales figuras de los partidos de la oposición uruguaya criticaron ayer al presidente José Mujica por su apoyo al ex mandatario argentino Néstor Kirchner para que fuera elegido como titular de la Secretaría General de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur). MONTEVIDEO (EFE). "Aunque se lo vista de otra forma, Uruguay votó a Kirchner, por más que se lo llame consenso. Es claro que lo votamos y no era lo mejor", afirmó el secretario general y ex candidato presidencial del Partido Colorado, el senador Pedro Bordaberry. Según Bordaberry, en la votación realizada durante la Cumbre de Unasur, celebrada en Argentina, "abstenerse debió ser la postura" del Gobierno uruguayo. "¿Cómo hace ahora la presidenta argentina (Cristina Fernández) para desbloquear el puente y evitar que los piqueteros la acusen de cambiarlos por un puesto para su marido?", señaló. "Pero además, Kirchner no es merecedor de la confianza de los uruguayos, creo que así lo sentimos todos, porque nos ha hecho mucho daño", agregó Bordaberry en declaraciones a Radio Carve. El líder colorado calificó como "un error grave" la postura de Mujica y advirtió: "la próxima vez que los argentinos necesiten un voto internacional nos van a cortar un puente", en alusión a la protesta de ambientalistas argentinos contra una papelera finlandesa instalada en el lado uruguayo de la frontera común. El también senador y ex candidato a la vicepresidencia por el Partido Nacional o "Blanco" Jorge Larrañaga dijo que "como uruguayo y nacionalista" no le va a gustar ver como secretario de la Unasur a quien contribuyó a cortar los puentes". Pablo Mieres, líder del Partido Independiente, el tercero con representación parlamentaria, dijo que la postura de Mujica en la cumbre de la Unasur fue "confusa" y quedó una imagen de "nebulosa". La Asamblea Ambiental de la ciudad argentina de Gualeguaychú bloquea desde el 20 de noviembre de 2006 el puente sobre el río Uruguay, que une esa ciudad con la uruguaya de Fray Bentos, en protesta contra la planta de celulosa de la finlandesa Botnia (hoy UPM) a la que acusan de ser contaminante. El ex presidente uruguayo Tabaré Vázquez vetó el año pasado la candidatura de Kirchner molesto con la permisividad del Gobierno argentino con los asambleístas que cortan el puente internacional desde hace más de 3 años. El bloqueo, según cifras oficiales, le ha causado a Uruguay pérdidas superiores a los 600 millones de dólares en comercio y turismo. Cuatro países no irán a la cumbre UE-Latinoamérica si va Honduras Brasil, Venezuela, Bolivia y Ecuador son por ahora los países que amenazan con no participar en la Cumbre Unión Europea-Latinoamérica (ALC-UE) si asiste el presidente de Honduras, Porfirio Lobo, cuyo gobierno por su parte ratificó que acudirá a la cita de Madrid. BOGOTA (EFE). El Ministerio de Asuntos Exteriores de España, anfitrión de la cumbre, no ha recibido "ninguna confirmación oficial" sobre posibles ausencias de presidentes latinoamericanos a la reunión de Madrid, prevista para el 18 de mayo, dijeron a Efe fuentes del departamento. El Gobierno español sigue trabajando para que la cumbre más importante prevista durante su presidencia de turno de la UE (primer semestre de 2010) se desarrolle con "éxito" y cuente con la mayor participación posible, agregaron. Fue el presidente de Ecuador, Rafael Correa, quien expresó ayer, en una Cumbre de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur) en Argentina, "malestar" con la invitación a Lobo para asistir a la cita de Madrid y advirtió de un posible boicot si se mantiene. Correa dijo hablar en nombre de Unasur, entidad de la que es presidente pro témpore, pero no está claro todavía si es una decisión conjunta del bloque o solo de algunos de los 12 países miembros, pues la mayoría no se ha pronunciado después de su anuncio. Ayer, el presidente de Venezuela, Hugo Chávez, desde República Dominicana, donde se reunió con el depuesto presidente hondureño Manuel Zelaya, dejó claro que él es uno de los que están dispuestos a no ir a Madrid "si Europa insiste en invitar al señor Lobo". Por su parte, el asesor de Asuntos Internacionales de la Presidencia brasileña, Marco Aurelio García, cifró en "al menos diez presidentes latinoamericanos", incluido Luiz Inácio Lula da Silva, los que no estarán en Madrid con sus pares de la UE, si entre los participantes está Lobo. En declaraciones a Efe, García dijo incluso que está en condiciones de "asegurar que Honduras no va a ir", sin precisar en qué basaba su afirmación. Desde Honduras le desmentió la Cancillería de Honduras, la cual reiteró ayer que el presidente Lobo asistirá a la cumbre. "Al existir una invitación formal de parte del Gobierno español, el presidente Porfirio Lobo la ha aceptado y estará muy honrado de asistir". "La asistencia o no de otros gobernantes invitados es un tema que no concierne al Gobierno de la República de Honduras", añadió la Cancillería. "La Nación" Sección: Negócios Carrizosa pide a Lugo que informe al Congreso lo acordado sobre Itaipú El senador se preguntó si los fondos a ser usados para la construcción de la línea de transmisión serán una nueva partida a ser dada por el Focem. El titular del Congreso, el senador Miguel Carrizosa, admitió ayer que no tiene ninguna información oficial con relación al resultado de las últimas conversaciones que mantuvo el presidente Fernando Lugo con su colega del Brasil, Luiz Inácio "Lula" da Silva, sobre Itaipú, en el marco de la cumbre desarrollada el lunes en Ponta Porá, por lo que pidió al mandatario que remita al Poder Legislativo un pormenorizado informe sobre el punto. "Ahora nos manejamos por informaciones periodísticas. Creo que no es la forma de relacionarse; y si vamos a manejarnos de esa manera, deberíamos concluir que es un fracaso (el encuentro). No quisiera quedarme con esa sensación de fracaso total, pero será así si el presidente de la República no aclara los logros, se podría pensar eso", indicó el legislador, luego de reunirse con el vicepresidente Federico Franco, en la habitual visita que realiza el vicegobernante los miércoles al Congreso. Debido a que no hubo una comunicación oficial, los legisladores no saben a ciencia cierta qué pasó en la reunión que hubo entre "Lula" y Lugo. En ese sentido, el legislador opositor dijo que espera que el titular del Ejecutivo, remita un informe al legislativo. "Apreciaré mucho que el Presidente haga el informe oficial de los resultados que arrojó esta cumbre en relación a temas tan importantes como Itaipú, que abarca varias cosas, como la línea de transmisión, precios por la cesión de energía, estudio de factibilidad, el tema del (transformador) T5 margen derecha, el RTU (ley de sacoleiros), o régimen de libre comercio en zona fronteriza, el tema de la seguridad. Creo que debe haber un informe oficial para que nosotros podamos estar al tanto", manifestó el legislador. FOCEM Carrizosa también dijo que no le queda claro si los fondos del Focem que serán utilizados para la obra de transmisión de 500kv, corresponde a la partida ya aprobada o a otra nueva. En el caso que sea de la plata ya aprobada, el presidente "Lula" "está decidiendo sobre el presupuesto paraguayo", dijo, atendiendo a que esos fondos serán utilizados para otra cosa, como ser viviendas y otros proyectos, indicó. "Todo es información no oficial. Los fondos estructurales que le corresponden al Paraguay ya los tiene presupuestados para cuestiones habitacionales, caminos, pozos de agua, microempresas, es decir, ¿Paraguay deberá dejar de utilizar lo que tiene presupuestado para otras cosas para llevar al tema de la red transmisión, o es un fondo extra que vendrá para reforzar lo que ya tenemos previsto con los fondos estructurales?", se preguntó. Asimismo, Carrizosa comentó que el titular de Itaipú, Gustavo Codas, lo llamó para desmentir que Brasil haya condicionado el ingreso de Venezuela al Mercosur para financiar la línea de transmisión. Sección: Política Venezuela niega presiones a Paraguay Embajadora de ese país dijo que no van a incidir en las decisiones del Congreso paraguayo. La embajadora de Venezuela, Nora Margarita Uribe, negó categóricamente que el gobierno bolivariano de Hugo Chávez presione al Paraguay, para su ingreso al Mercosur. La diplomática sostuvo que el Congreso paraguayo es soberano en su decisión de aprobar o no la incorporación del país caribeño al bloque. El ingreso de Venezuela al bloque, solo depende del Legislativo paraguayo, pues en Brasil, Argentina y Uruguay, ya lo aprobaron. "Nosotros no vamos a incidir a decirles qué es lo que tienen que hacer, eso sería intervenir en los asuntos internos del Paraguay o de sus instituciones, y eso es lo que nosotros no lo vamos hacer", expresó ayer tajante Uribe, al término de una audiencia con el canciller Héctor Lacognata. La embajadora venezolana se despidió del ministro de Relaciones Exteriores, puesto que concluyó su misión en Paraguay. Javier Arrué fue designado por el gobierno de Chávez como nuevo embajador de Venezuela ante Paraguay. No obstante, se mostró optimista que el Congreso apruebe el ingreso de su país al Mercosur. Dijo que todo tiene "su tiempo y lugar". La diplomática además no cree que sea "sano ni es bueno" a contestar las críticas de legisladores, quienes se muestran reacios a dar su acuerdo a Venezuela. Sección: Mundo Chávez ratifica que Unasur no irá a la cumbre con EU, si invitan a Lobo El bloque exige que en su país le restituyan derechos a Manuel Zelaya. Santo Domingo. República Dominicana. AFP- El presidente de Venezuela, Hugo Chávez, ratificó ayer que la mayoría de los países de la Unión de Naciones Sudamericanas no asistirá a la cumbre de países latinoamericanos con la Unión Europea en Madrid si es invitado el mandatario hondureño Porfirio Lobo. "Si Europa insiste en invitar al señor Lobo, nosotros en Unasur no vamos, nosotros no reconocemos a ese gobierno", dijo Chávez a periodistas en Santo Domingo, donde realiza una visita de trabajo a su homólogo Leonel Fernández. "Lo reiteramos de manera categórica, nosotros no estamos pidiendo mucho, lo único que pedimos es que se le restituyan a (Manuel) Zelaya, con quien acabo de conversar, todos los derechos civiles y políticos", precisó el mandatario. Chávez llegó la madrugada de ayer a República Dominicana desde Buenos Aires, adonde asistió a una reunión de la Unión de Naciones Sudamericanas (Unasur) en la que se acordó no asistir a la cita en España de ser invitado Lobo. "No es que queramos boicotear" la reunión, reparó Chávez a su salida de la cumbre. "Solo queremos que Europa reflexione", indicó. NADA ES OFICIAL Desde Madrid la presidencia de la Unión Europea, que ejerce España, expresó que ningún presidente latinoamericano le ha comunicado oficialmente su eventual ausencia si es que acude el mandatario hondureño. "No nos damos por enterados" porque "no ha habido ninguna declaración oficial de Unasur a España" en ese sentido, indicaron a la AFP fuentes diplomáticas españolas. Lobo fue elegido en los comicios que convocó Roberto Micheletti, líder de facto tras el golpe de Estado que derrocó al mandatario Manuel Zelaya el 28 de junio pasado. Durante su visita a República Dominicana, Chávez se reunió con Zelaya, quien se encuentra asilado en Santo Domingo. PRESIDENTE HONDUREÑO SE IRÁ Tegucigalpa. Honduras. AFP.- La cancillería hondureña reiteró ayer que el presidente Porfirio Lobo asistirá en España a la Cumbre de la Unión Europea-Latinoamérica, pese a que la Unión de Naciones Sudamericanas (Unasur) rechazó su presencia en ese encuentro. "Al existir una invitación formal de parte del Gobierno Español, el Presidente Porfirio Lobo Sosa la ha aceptado y estará muy honrado de asistir con su comitiva a los diversos eventos que se celebrarán en Madrid", anotó la cancillería en un comunicado. Lobo ya había anticipado el pasado 28 de abril que asistirá a la cumbre aunque le "silben". El secretario de Estado español para Iberoamérica, Juan Pablo de Laiglesia, invitó a Lobo a asistir a la cumbre durante un viaje a Tegucigalpa en marzo. Uruguay "El Pais" Sección: Política Nacional Unasur y Brasil: Almagro informará al Parlamento. Entre Ríos. Reactivan el juicio argentino contra Botnia El canciller Almagro anunció ayer que concurrirá voluntariamente al Parlamento a informar sobre la reunión de Unasur y los acuerdos con Brasil. En tanto, se reactivó la causa judicial contra Botnia en Entre Ríos. El ministro de Relaciones Exteriores, Luis Almagro propuso asistir el próximo jueves a una reunión conjunta de las comisiones de Asuntos Internacional de ambas cámaras, según indicó a El País. La iniciativa generó beneplácito en filas opositoras. "Es muy importante que el ministro concurra a la Comisión, que dé una explicación y que intercambiemos ideas sobre el tema bilateral de la Argentina, (...) la visita brasileña y, sobre todo, la agenda con Brasil. (...) Es muy importante que el propio canciller tenga este gesto que para nosotros es significativo", señaló el senador Sergio Abreu en declaraciones a radio El Espectador. Según fuentes oficiales consultadas por El País, en el gobierno se valoró positivamente la reacción opositora a la decisión de Mujica, que se esperaba más virulenta. Asimismo, hay beneplácito en el gobierno por el vuelco que ha tenido la relación de Uruguay con Brasil. El presidente Lula da Silva ya se reunió dos veces con Mujica y lo hará otras dos antes del fin de su mandato en diciembre de este año. Se prevé un encuentro el 1° de agosto en Santana Do Livramento y una nueva reunión en Uruguay para noviembre. Causa activa. En tanto, el nuevo Juez Federal de Concepción del Uruguay, Entre Ríos, Gustavo Pimentel, reactivó la causa contra Botnia y ordenó a la Cancillería argentina remitir la información presentada ante el Tribunal de La Haya. El ex intendente de Gualeguaychú, Luis Leissa (1991 - 1995) y uno de los abogados de la asamblea, dijo a El País, que la asamblea de Arroyo Verde, que participa en la causa como querellante, "fue notificada de esta nueva orden judicial con destino a Cancillería". Agregó que, en base a declaraciones formuladas por Mujica sobre la necesidad de aplicar el principio de razonabilidad científica, le pedirán al magistrado que reitere los exhortos "frenados en su momento por Tabaré Vázquez" para que los directivos de la planta de celulosa -hoy en manos de UPM-, sean citados a comparecer en Entre Ríos, y presenten todos los estudios de impactos ambiental que se hayan realizado sobre Botnia. Leissa informó también que se pedirá "como dispuso La Haya", el reconocimiento judicial al artículo 44 del estatuto de 1975, de forma de iniciar a través de la Comisión Administradora del Río Uruguay (CARU), estudios e investigaciones de los efluentes en la chimenea de Botnia y en el río, frente a la planta. Ecos argentinos. El cambio de la posición de Mujica ante la designación de Kirchner tuvo amplio eco en los medios de prensa argentinos. Según el diario La Nación, Kirchner "se prepara para dejar su banca y concretar las primeras gestiones", aunque desde que fue ungido diputado por el Partido Justicialista solo asistió dos veces a sala. El matutino dijo que el ex presidente argentino "prevé tomarse licencia en el Congreso" para iniciar una ronda con los ministros de los países del bloque. La Nación informó también que Kirchner trabajará en la Unasur "con su actual asesor ad honorem y vicejefe de Gabinete, Juan Manuel Abal Medina" y con Rafael Follonier, director de la Unidad Presidente de la Casa Rosada "de buena llegada al chavismo" y "uno de los partícipes en el acuerdo con José Mujica para destrabar la negativa uruguaya a avalar la postulación de Kirchner en la Unasur". A sala. En tanto, la cuestión de la ratificación del tratado de Unasur está a consideración de la Comisión de Asuntos Internacionales de la Cámara baja y recibió el impulso del propio presidente José Mujica que instó, en su discurso ante la Unasur aceptando el "consenso" por la designación de Kirchner, que espera el pronunciamiento parlamentario. El proyecto de ratificación del tratado fue presentado por el gobierno de Tabaré Vázquez en noviembre de 2008 y recibió la aprobación del Senado en abril de 2009, pero no fue considerado en Diputados en el resto del período. El tema fue desarchivado el 6 de abril y desde el 14 del mismo mes está en los asuntos pendientes de la comisión. Ley: Tratado de Unasur en comisión de Diputados desde el pasado 16 de abril. "La Republica" Sección: Mundo Fraternidad Uruguay-Brasil. Mujica y Lula. El encuentro de los presidentes tras la Cumbre de Unasur En la reunión se avanzó en el tema vital de la interconexión eléctrica. Niko Schvarz | Los presidentes Lula y Mujica refrendaron, en su reunión del martes 4 en Montevideo, una serie de acuerdos de mutuo beneficio y refrendaron la fraternal amistad entre los pueblos y gobiernos de los dos países. Ambos llegaron a Montevideo procedentes de Buenos Aires, donde participaron en la Cumbre de Unasur, la unión de las 12 repúblicas de América del Sur surgida del tratado suscrito en Brasilia el 23 de mayo de 2008. En la reunión se avanzó en el tema vital de la interconexión eléctrica, también en la ferroviaria, en varios proyectos de integración física y productiva, el puerto de aguas profundas en Rocha, la participación de Petrobras en la prospección del mar territorial uruguayo, el comercio en nuestras propias monedas. Ya lo veremos en detalle. El mandatario brasileño llegó a Buenos Aires procedente de Paraguay, donde se entrevistó con el presidente Fernando Lugo en la ciudad fronteriza de Ponta Porâ, en Mato Grosso do Sul, al tiempo que se efectuaba un seminario empresarial de ambos países. Uno de los temas acordados es que Brasil construirá una línea de transmisión que unirá la gran represa de Itaipú con Asunción. Antes aún, Lula había realizado una verdadera maratón el sábado 1º de mayo en San Pablo, participando en los múltiples actos de celebración del Día de los Trabajadores. Entre ellos, el de la CUT (Central Unica de Trabajadores) que tuvo lugar en el Memorial de América Latina (otra obra del genial Oscar Niemeyer) y que se destacó precisamente por su contenido latinoamericanista. Allí, Lula realizó un balance de las realizaciones de su gobierno, destacando el fortalecimiento del Mercosur y de las relaciones con los países de América Latina y de Africa. Recordó que, al asumir la presidencia en 2003, participó en el Foro Social Mundial de Porto Alegre, y de allí salió hacia el Foro Económico Mundial de Davos, Suiza, para defender las aspiraciones de los países del Sur y afirmar que debía imponerse un cambio en la geografía mundial en materia de relaciones comerciales, porque no podía admitirse la subordinación del conjunto de las naciones a EEUU y Europa. Señaló asimismo que Brasil tiene una gran deuda con África, que debe pagar con solidaridad y amistad, reseñando los esfuerzos de su país en ese sentido. Criticó a los gobernantes que se avergüenzan del origen africano de parte de la población brasileña, y sostuvo que este pueblo es una mezcla de indio, de negro y de europeo, y que de esa ensalada de frutas de razas surgió "ese pueblo maravilloso que juega, danza y ríe como ninguno". Pero sin duda el acto más simbólico del 1º de Mayo fue el promovido por el sindicato de los metalúrgicos del ABC y realizado en el estadio de Sâo Bernardo do Campo, ciudad donde se fundaron tanto la CUT como el PT y donde él tiene su casa. Allí, dijo, con los trabajadores del ABC paulista, comenzó a cambiar la historia de Brasil, en la lucha contra la dictadura militar. Rememoró las grandes huelgas, las asambleas obreras que se efectuaban precisamente en ese estadio; y destacó que los trabajadores y la izquierda, que en aquellos años tenían apenas un vereador (edil), hoy conquistaron con el PT las prefeituras (alcaldías) de Diadema, de Osasco, de Guarulhos (donde está el gran aeropuerto) y la propia de Sâo Bernardo do Campo, dirigida por Marinho, líder de extracción sindical. Detalló en particular los avances de esa región en el campo de la educación, la fundación de universidades (la Federal del ABC, las de Santo André, San Bernardo, Diadema, Santos, Mauá, Guarulhos, Osasco). Subrayó este hecho paradojal: en un siglo los gobiernos brasileños construyeron apenas 140 escuelas técnicas en todo Brasil, mientras en ocho años de su gobierno ya se entregaron 214. Otro contraste notable, de orden internacional: en la crisis económica mundial que quebró a EEUU, a Japón y a Europa, Brasil se mantuvo, 31 millones de personas salieron de la miseria y la pobreza, el país rompió toda dependencia con el FMI. Brasil fue el último país en entrar en la crisis y el primero en salir. (En otro de los actos a que asistió, el de Força Sindical y Central Geral de Trabalhadores, dijo que Brasil llegará este año a la marca de 14,5 millones de nuevos puestos de trabajo durante su gestión). Y como estaba en un estadio de fútbol, no dejó de recordar que él se presentó en Copenhague y, contra todas las previsiones, derrotó a EEUU, a España y a Japón y trajo las Olimpiadas a Brasil. Al final dejó un mensaje, en términos sutiles: "Para que esto continúe, ustedes saben lo que tienen que hacer". A su lado en la tribuna, estaba Dilma Roussef. "El Observador" Sección: Actualidad Mujica confió a la oposición que no hay nada acordado con los K. FUE EN LA CENA DEL MARTES CON EL PRESIDENTE LULA Y LOS LÍDERES DEL PARTIDO NACIONAL, COLORADO E INDEPENDIENTE Blancos y colorados preguntaron qué había detrás del apoyo a Kirchner a la Unasur. "Nada, no hay nada", respondió el presidente, quien dijo estar a la "buena fe" de Argentina POR PABLO SOLARI DE LA REDACCIÓN DE EL OBSERVADOR Espero que la final del mundo sea entre Brasil y Uruguay", dijo entre risas el presidente Lula da Silva el martes de noche al despedirse de su par uruguayo José Mujica. Ambos acababan de compartir una entrañable cena en el quincho de la residencia presidencial de la avenida Suárez acompañados por los líderes de la oposición local. En el agasajo se habló del futuro común de ambos países y de lo mucho que Uruguay va a extrañar a Lula cuando en diciembre deje la presidencia, pero no faltaron las referencias a Argentina, los Kirchner y el bloqueo del puente de Fray Bentos. Con la mirada puesta en los dos hermanos mayores, Mujica combinó en una sola noche su devoción personal por Lula con el interés de llevarse bien con la presidenta Cristina Fernández y su esposo Néstor Kirchner, flamante secretario general de la Unasur. En la mesa principal, además de Lula, Mujica y su esposa, la senadora Lucía Topolansky, estaban los senadores del Partido Nacional, Luis Alberto Lacalle y Jorge Larrañaga, sus colegas del Partido Colorado, Pedro Bordaberry y José Amorín y el líder del Partido Independiente, Pablo Mieres. Completaban la mesa número uno el vicepresidente Danilo Astori, el canciller Luis Almagro y el vicecanciller de Brasil. Mujica centró su atención en Lula pero no descuidó a los dirigentes locales y en un aparte con ellos habló de Kirchner y de la posibilidad de levantar el piquete. Mientras degustaban una picada de chorizo y mollejas bien cocidas a las brasas, blancos y colorados encararon a Mujica y le preguntaron qué había "detrás" del apoyo a Kirchner para dirigir la Unasur. "Nada –contestó el presidente–, no hay nada". Los líderes de la oposición insistieron. Querían saber si existía al menos el compromiso de levantar el piquete ahora que Uruguay dejó sin efecto el veto a Kirchner que había interpuesto hace dos años el ex presidente Tabaré Vázquez. "No hay ningún compromiso específico; ahora apostamos a la buena fe de ellos", respondió Mujica, según confiaron a El Observador protagonistas del diálogo. Lacalle, Larrañaga y Bordaberry siguieron intercambiando opiniones sobre el asunto. "Entonces todo fue un gesto de buena voluntad para ver si con eso aflojan los argentinos", concluyeron, mientras levantaban los hombros y las cejas. Para el gobierno, las expresiones de Mujica en la Unasur son consistentes con la decisión de no vetar ni votar a Kirchner, subrayaron fuentes de gobierno aunque dominó la interpretación de que "apoyar el consenso" significó respaldar al ex mandatario. La picada se acababa y los comensales iban de apoco ocupando sus lugares. En la mesa los esperaba una generosa porción de lomo y picaña asada. A la mesa. De nuevo con Lula, Mujica y varios de sus ministros hablaban de los proyectos que Brasil financiará para desarrollar la infraestructura uruguaya. Medio en broma, medio en serio, Lula retó a sus ministros por ciertas demoras. Ya en la mesa, Lula habló de la "burocracia" estatal y de cómo esta se transformaba en "una máquina de impedir". El olor de la parrilla se confundía con el del vino tinto que se imponía en la mayoría de las copas de cristal. Mientras, Lula advertía de las "inequidades sociales" que puede provocar el desarrollo económico acelerado de un país. El ex presidente Lacalle levantó entonces su copa y pidió un brindis. "Por un Brasil fuerte y sabio", dijo en tono solemne. "Salud" respondieron a coro los comensales de la mesa uno. Pese a lo amena e interesante de la velada –a decir de los protagonistas–, Lula se fue antes de degustar el plato final con una muestra de cuatro postres criollos. Ya era tarde, estaba cansado y quería emprender el regreso. Se perdió el flan con dulce de leche, la natilla, el Martín Fierro y los pañuelitos dulces. Fue ahí cuando se hicieron las bromas sobre el Mundial de fútbol en Sudáfrica y la remota posibilidad de enfrentarse en la final. No faltó quien camiseteara con el triunfo de 1950. Al final quedó Mujica solo con los líderes de la oposición. Ya con el café de cierre, elogiaron la "inteligencia" de Lula para llevarse bien con todo el mundo. "Vamos a extrañarlo cuando ya no sea presidente", dijo Mujica. Uruguay en tierra de gigantes ROBERTO ZAQUIERE DE LA REDACCIÓN DE EL OBSERVADOR El presidente José Mujica volvió a dar esta semana, y en el mismo día, una nueva muestra de su pragmatismo político: mientras por un lado "acompañó el consenso" para que Néstor Kirchner fuera designado secretario general de la Unasur, por otro dio un paso enorme para consolidar la relación comercial y política con Brasil, tras la visita de Lula da Silva. El presidente realizó una riesgosa jugada a dos bandas: en el caso de Argentina apostó todos los boletos a un gesto del gobierno de Cristina Fernández para levantar el piquete en el puente que une a Fray Bentos con Gualeguaychú; en el caso de Brasil, optó por subirse sin demoras a la locomotora del desarrollo regional. En ambos casos, Mujica pareció ignorar los costos y apuntó exclusivamente a los eventuales beneficios. En Tierra de gigantes, la mítica serie de televisión que hizo furor en la década de los "70, seres de tamaño real debían pasar por mil y una peripecia para subsistir en un mundo plagado de gigantones nada amigables. Mujica es consciente del desafío que tiene por delante en la búsqueda de un vínculo cada vez más estrecho con dos vecinos tan poderosos como influyentes. Por eso, debe debatirse –muchas veces en condiciones de franca desigualdad– frente a los gigantes de la región, que siempre tienen mucho para ganar y poco para perder. En esos pasos anda ahora el presidente, emulando, quizá sin proponérselo, a los protagonistas de aquella serie y tratando de evitar los pisotones. Venezuela "El Universal" Sección: Nacional & Política En Paraguay ponen freno en Mercosur por persecuciones Asunción.- Parlamentarios paraguayos se manifestaron de nuevo en contra del pedido venezolano de integrarse como miembro pleno al Mercosur. "Mientras el Gobierno venezolano siga silenciando a la prensa independiente y persiguiendo a los opositores, no recibirá el apoyo del Parlamento paraguayo para entrar a Mercosur", dijo el senador Julio César Velázquez, del principal partido de oposición, el Colorado, en respuesta a una declaración del presidente Lula Da Silva. "El Poder Ejecutivo retiró el año pasado de la comisión la solicitud venezolana porque se dio cuenta que no existían los votos necesarios para su aprobación", explicó a la radio Primero de Marzo. Hasta el momento, el Gobierno no anunció cuándo volverá a remitir la documentación a la Comisión de Relaciones Exteriores.

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