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Clipping Mercosul 17/05/2010 www.camara.gov.br/mercosul

Edição e Seleção
Humberto Napoli Licursi
Maria Elisabete da Costa
Paulo Affonso



Jornal “Folha de S. Paulo”


Caderno: Mundo


Para Madri, Honduras não é tema de cúpula
Embaixador espanhol no Brasil diz que ficará "enormemente surpreso" se Lula tentar abordar tema em encontro UE-América Latina
Presidente brasileiro chegou a ameaçar boicotar reunião, que começa hoje, caso fosse mantida a participação do presidente Porfirio Lobo
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

O embaixador da Espanha no Brasil, Carlos Alonso Zalvidar, mandou um recado para o governo brasileiro: disse que ficará "enormemente surpreso" se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou "algum alto funcionário brasileiro" tentarem levantar a questão de Honduras na Cúpula da União Europeia com América Latina e Caribe, que começa hoje, em Madri.

"Seria curioso e contraditório, porque o Brasil foi o primeiro a dizer que a Europa não tem nada a ver com isso. Se não tem, a questão não pode ser discutida nesse foro. Eu estranharia muitíssimo, ficaria enormemente surpreso", disse o embaixador a jornalistas.

Tanto a Espanha quanto o Brasil lideraram a condenação ao golpe de Estado que derrubou o então presidente Manuel Zelaya, mas os dois países se dividiram depois quanto ao encaminhamento da crise

Enquanto o governo espanhol reconheceu o novo presidente eleito, Pepe Lobo, o Brasil até hoje não o fez.

Lula chegou a ameaçar não comparecer à Cúpula de Madri se Pepe Lobo também fosse. Para contornar o impasse, o governo espanhol negociou com o presidente hondurenho para dispensar a ida ao encontro e se dedicar a atividades paralelas.

Acordo UE-Mercosul

No encontro em Madri, está prevista a retomada de discussões sobre um acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, com redução de tarifas, menos burocracia e facilidades de exportação nos dois sentidos.

As negociações foram interrompidas em 2004 devido a dois fatores: as diferenças nos capítulos agrícola e industrial e a prioridade que os dois blocos deram à Rodada Doha no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio), que acabou não sendo finalizada.

Segundo o embaixador espanhol, a Europa sobretaxa muito as importações agrícolas, enquanto o Mercosul taxa excessivamente os produtos industrializados.

"O mercado brasileiro, por exemplo, é protegido demais, mas o Brasil precisa enormemente de suas exportações. O que se busca é um equilíbrio melhor, com os dois lados cedendo um pouco", resumiu.

Segundo ele, a crise econômica da zona do euro, que ameaça a própria Espanha, não vai atrapalhar a reunião dos 60 chefes de Estado e de governo das duas regiões. Ao contrário, acha que este é o melhor momento, até porque as empresas espanholas estão lucrando mais com suas filiais na América do Sul do que na Espanha.

Além da cúpula geral, estão previstas três outras paralelas: da União Europeia com o Mercosul, com a América Central e com o grupo andino. Neste último caso, porém, só irão participar os dois países considerados da órbita dos Estados Unidos: Colômbia e Peru. Venezuela, Equador e Bolívia não marcarão presença nessa parte.

Depois de Madri, Lula voltará a se encontrar com o presidente de governo espanhol, José Luis Zapatero, no dia 27, no Rio de Janeiro, durante o encontro da Aliança das Nações.


Jornal “Valor Econômico”


Opinião


Ao pregar o pragmatismo, o governo diversificou o comércio exterior.
Brasil não tem um sócio comercial natural
Otávio Hermont Cançado

País soube estabelecer, manter e avaliar suas necessidades e buscar no mundo o que atende às suas necessidades

Interpretações, análises e medidas equivocadas exercem - por vezes - pressões muito mais relevantes e negativas do que a realidade dos fatos nos impõe. O fato é que premissas falsas distorcem a realidade.

Recentemente, ao anunciar o aumento dos embarques da carne brasileira para mercados como a Rússia, o Irã e o Chile fui "advertido" de que estes seriam mercados de "altos e baixos", e que, "clientes tradicionais" como alguns países europeus e outros ditos desenvolvidos deveriam ser o foco principal das nossas atividades de exportação e das nossas ousadas ações de promoção comercial.

A credibilidade, a eficiência, a transparência, a independência, a previsibilidade, a proteção aos contratos não se dão de forma gratuita. Muito pelo contrário, são objetos de permanente construção das relações internacionais onde crises políticas e, mais recentemente econômicas, repousam no cerne do processo de aprendizado e aperfeiçoamento da história recente.

A estabilidade comercial entre as nações não deve ser vista exclusivamente pela ausência de crises e, em especial, de crises políticas, no relacionamento bilateral com outros países. A política comercial de um país deve operar de maneira a identificar recursos externos que possam ser utilizados para o desenvolvimento nacional, para o aumento do emprego e da renda interna.

Todo esforço no sentido de abandonar princípios ideológicos, como já foi no passado, e formular uma política externa que se defina como pragmática deve ser destacado no trato da agenda internacional brasileira e no relacionamento bilateral com novos atores que emergem desses interesses e que se consolidam na estratégia comercial realista e objetiva de empenho concreto para o Brasil.

Sem politizar a sua execução, a política comercial brasileira deve apresentar compromisso inequívoco com a liberalização do comércio internacional de forma a inserir cada vez mais nosso país no competitivo mundo globalizado, de forma serena, porém firme.
A política comercial do atual Governo e sua estratégia de negociação internacional sugeriram muitas críticas - inclusive minhas. No entanto, ao pregar o pragmatismo nas relações internacionais, a atual gestão diversificou o comércio exterior brasileiro e empenhou, de forma inegável, seus interesses no agronegócio brasileiro.

Nunca é demais lembrar que o Brasil não tem nenhum sócio comercial "natural". Todas as conquistas de mercado se deram pela superação e pelo aprendizado lógico, racional e nunca pelas fórmulas restritivas e protecionistas que até hoje impedem o crescimento dos países em desenvolvimento por aqueles que se auto-declaram desenvolvidos.

Uma política comercial atuante e eficiente, em um mundo cada vez mais complexo, pressupõe apropriar-se das rápidas transformações em curso no cenário internacional e impor um planejamento de médio - e às vezes - de curto prazo com clara definição de prioridades no longo prazo.

Mais ação e menos ideologia é o que o Brasil deve ter como princípio em sua política comercial. Nos últimos dez anos o país soube estabelecer, manter e avaliar suas necessidades e prioridades, bem como buscar no mundo o que atende às suas necessidades internas.

Exemplo disso é a política comercial da Camex, muitas vezes impedida de desempenhar suas obrigações, mas que ao exercer seu poder de articulação interministerial, neste Governo, explicitou - enfim - sua capacidade decisória no processo de retaliação entre o Brasil e os Estados Unidos no contencioso do algodão.

Outro claro e distinto exemplo da expressiva ampliação das relações comerciais e internacionais do Brasil - em um mundo cada vez mais pluralista - é o honesto direito de, mediante legítima negociação, preservar as suas relações comerciais com países do Oriente Médio como o Irã, que só no primeiro trimestre de 2010 aumentou em 300% suas importações de carne bovina do Brasil, em comparação com o mesmo período de 2009.

A possibilidade de se instituir esse espaço de diálogo em busca de soluções pacíficas e pragmáticas - sempre prevendo dissonâncias externas - é um ativo que o Brasil alçou na última década, de forma a dar acesso comercial aos nossos produtos agrícolas em condições de igualdade, e não competir com os cofres dos Estados Unidos ou da União Europeia, que além de subsidiar altamente as suas produções impedem o acesso da carne bovina brasileira em seus territórios.

A visita presidencial ao Irã é um momento oportuno para as empresas exportadoras brasileiras conhecerem pessoalmente seus parceiros comerciais e estreitar, ainda mais, um comércio que está em plena expansão.

Desde 2001 a Abiec, em parceria com a Apex-Brasil, tem realizado workshops e churrascos nos principais mercados consumidores da carne brasileira. Todos os eventos foram bem recebidos pelas autoridades locais, bem como importadores interessados em fazer negócio.

Com esse trabalho de marketing saímos de US$ 800 milhões, em 2000, para US$ 5,3 bilhões em 2008. Mesmo com a crise, o Brasil ainda se mantém como o maior exportador de carne do mundo. Agora, o Irã se aproxima e já é o segundo maior importador em um momento no qual a indústria se recupera da crise. Para o setor é uma ótima notícia.

Enfim, sejamos mais práticos, objetivos e diretos aos interesses nacionais.

Otávio Hermont Cançado é diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) e presidente do Serviço de Informação da Carne (SIC)


Caderno: Brasil


França mantém ameaça à retomada de negociação de acordo com Mercosul
Assis Moreira, de Madri

A França continuava ameaçando ontem à noite a retomada da negociação do acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, à véspera do anúncio oficial marcado para hoje em Madri, pelos líderes dos dois blocos. "A França não é um país sério", reclamou um delegado sul-americano, em meio ao "esperneio" francês. Até a reunião final dos negociadores, para concluir o comunicado conjunto, foi adiada para hoje, em meio a incertezas.

Na prática, a negociação já foi relançada, pois a Comissão Europeia tem o mandato para levar adiante a discussão e o presidente José Durão Barroso divulgou até comunicado. A França busca apoio de outros países sob a alegação de que um acordo com o Mercosul vai ser devastador para a agricultura europeia. Mas poucos entendiam porque Paris insiste tanto em se opor agora, quando não se tem sequer uma ideia do que poderá ser a abertura agrícola.

A posição francesa provocou uma dura reação do Brasil, na 2ª reunião do Comitê Técnico para Promoção Comercial e Investimentos Brasil-França, ocorrida na semana passada em Brasília.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Itamaraty manifestaram "insatisfação" com a posição da França na negociação birregional, lembrando que a parceria estratégica é completa e vai de temas culturais a militares e econômicos.

A irritação é tanta que o MDIC começou a articular com o Itamaraty uma vinculação entre a compra de jatos de combate a uma flexibilização da posição francesa na negociação com o Mercosul.

O Ministério da Defesa, porém, resiste. Alega que já há enormes questões técnicas para a aquisição dos jatos e misturá-las com pressão diplomática sobre outros temas comerciais é um complicador a mais. Insatisfeito, o MDIC procurou diretamente a Casa Civil da Presidência da República e pediu para o governo segurar o anúncio do ganhador da licitação dos jatos até que a negociação seja relançada e a França atenue sua posição.

Mas os franceses alertam mesmo para o ganho que o Mercosul teria, de € 4,5 bilhões por ano, que foi mencionado pela própria Comissão Europeia. Na prática, o presidente Nicolas Sarkozy, cada vez mais impopular, não quer afundar ainda mais junto à opinião pública, porque sua própria candidatura à reeleição está ameaçada.

Já para o Mercosul, a dificuldade francesa é um problema entre os europeus. "O Mercosul já alcançou consenso sobre todos os temas e está pronto a negociar", afirmou o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral.

Negociadores continuavam tentando superar divergências ontem sobre a declaração conjunta dos chefes de Estado e de governo a ser divulgada amanhã no fim cúpula UE-América Latina e Caribe.

Combalida pela crise do endividamento e pelo crescente desemprego, a UE mostrava racha também sobre outras questões mais gerais. Por exemplo, resistia à demanda da América Latina para os chefes de Estado condenarem a lei de imigração do Estado americano do Arizona, provavelmente porque teme ser criticada também pela dureza de suas regras.

O México tomou a iniciativa de mobilizar contra a nova lei do Arizona, que dá poder à polícia para verificar a situação migratória e prender estrangeiros irregulares. Fontes identificam a Grã-Bretanha, com o novo governo conservador de David Cameron, como um dos países que estão forçando a retirada da condenação do texto, enquanto os latino-americanos insistem em sua manutenção.

O tema da migração volta à tona ao mesmo tempo em que estudos mostram que a UE representa hoje apenas 7,5% da população do mundo, comparado a 14% em 1960, e tende a cair a 5% da população mundial em 2050, marcada pelo número de idosos . A população em idade de trabalhar se reduzirá em 68 milhões de pessoas. Significa que cada quatro pessoas em idade de trabalhar terá nas suas costas três aposentados. Para compensar o déficit populacional, a Europa atrairá 100 milhões de pessoas de fora nos próximos 40 anos.

Outro tema de controvérsia é Cuba. A delegação de Havana participará da cúpula sob tensão, com os 27 países do bloco europeu rachados sobre que política continuar adotando em relação à ilha de Fidel Castro. A morte em 23 de fevereiro do preso Orlando Zapata, depois de uma greve de fome de 85 dias, provocou forte protesto do Parlamento Europeu. Negociadores indagam como não reagir à situação em Cuba, ao mesmo tempo em que a cúpula excluiu o presidente eleito de Honduras.

A Espanha e a França são mais favoráveis ao diálogo, enquanto os ex-países comunistas do Leste Europeu endurecem contra Cuba. Só ontem a UE aceitou colocar na declaração dos chefes de Estado uma citação que rejeita o "caráter unilateral e coercitivo" da lei Helms-Burton, dos EUA, que impõe sanções a empresas e países que negociarem com Cuba. Mas a confusão diplomática continua, porque os europeus agora querem esconder esse parágrafo mais para o fim do documento e Cuba não aceita.


Jornal “O Estado de S.Paulo”


Caderno: Economia & Negócios


Argentina recua e abranda restrição a alimento de fora
Depois da forte reação da UE, do Mercosul e da oposição, governo argentino
Ariel Palacios, correspondente/Buenos Aires

Pressionado interna e externamente, o governo da presidente Cristina Kirchner começou gradualmente a flexibilizar a medida de restringir a entrada de alimentos não frescos que façam concorrência com similares argentinos.

A polêmica ordem para a aplicação da proibição - emitida há duas semanas pelo secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, famoso por seu estilo truculento, e que entraria em vigência dia 1 de junho - teve seu primeiro revés neste fim de semana com a liberação de seis caminhões provenientes do Brasil carregados com milho em lata, frango e produtos elaborados com carne suína na alfândega de Paso de los Libres, na fronteira com a brasileira Uruguaiana (RS).

Os caminhões ficaram três dias retidos na fronteira dos dois países.

Tensão crescente. Além de constituir em um sinal de apaziguamento para o Brasil - que havia indicado a possibilidade de retaliações contra a Argentina - o leve recuo também pretende acalmar a tensão crescente com a União Europeia (UE).

Na quinta-feira, a delegação da UE em Buenos Aires emitiu um protesto enfático contra a ordem verbal de Moreno. Embaixadores europeus indicaram que seus governos poderiam adotar retaliações contra produtos argentinos.

Para a União Europeia, "tais restrições, se forem concretizadas, seriam incompatíveis com as normas da OMC e com os compromissos assumidos pela Argentina no marco do G-20."

Os governos de outros sócios do Mercosul - Paraguai e Uruguai - também protestaram contra a medida controvertida.

US$ 300 milhões. Na semana passada Moreno disse em reunião com a Câmara de Importadores que a medida pretendia reduzir em pelo menos US$ 300 milhões o volume de produtos alimentícios não frescos importados que rivalizassem com os similares argentinos.

Mas, diante das pressões internacionais, afirmou que poderia avaliar "caso por caso" dos alimentos.

O secretário não forneceu a lista dos produtos que pretende impedir a importação. Moreno citou apenas alguns casos, como o do presunto cru espanhol.

Oposição. A oposição exigiu que o secretário Moreno compareça ao Parlamento para depor "urgentemente". O pedido foi feito pela deputada Patrícia Bullrich, da Coalizão Cívica, de centro-esquerda, que pede que Moreno explique a existência de ordens verbais para deter a importação de produtos alimentícios não frescos.

"Se Moreno tomou essa decisão sem base legal alguma, sua situação ficará complicada, pois estaria cometendo abuso de poder", afirmou Bullrich. Outro líder da oposição, o presidente da União Cívica Radical (UCR), Eduardo Sanz, criticou a medida de restrição às importações de alimentos, afirmando que se trata de produtos "que sequer fazem concorrência com a indústria local, motivo pelo qual está gerando uma imensa ruptura nas relações comerciais da Argentina".

União Europeia. Analistas em Buenos Aires temem que a medida - considerada "incompreensível" - de Moreno provoque alta tensão na reunião de cúpula que ocorre nesta semana em Madri entre chefes de estado e de governo dos países da União Europeia e América Latina.

Os analistas consideram que a medida argentina poderia servir de argumentos aos países europeus que têm dúvidas sobre a retomada das negociações comerciais com o Mercosul, principalmente a França.

Marcelo Elizondo, ex-presidente da Fundação Exportar, sustenta que a medida de Moreno não se justifica, já que as empresas argentinas exportaram, em 2009, US$ 20 bilhões em alimentos, enquanto o mercado interno somente importou US$ 1,2 bilhão.

Além disso, sustenta que, em caso de retaliação por parte do Brasil e da União Europeia, entre outros, ao redor de 14 mil exportadores argentinos - a maior parte deles de pequenas e médias empresas de alimentos - seriam duramente prejudicados.

Brasil. A consultoria econômica Abeceb sustenta que, se a medida tivesse sido aplicada no primeiro trimestre deste ano, um total de US$ 180 milhões em alimentos importados teriam sido barrados (equivalente a 1,6% do total).

Desse volume, US$ 80 milhões corresponderiam a alimentos Made in Brazil.

No entanto, a Abeceb destaca que a Argentina, no mesmo período, destinou US$ 300 milhões em produtos alimentícios não frescos ao território brasileiro.

"Essas operações (argentinas) poderiam ter inconvenientes se começarem represálias comerciais", alerta a consultoria.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, chegou a admitir publicamente, na semana passada, que o Brasil poderia retaliar a Argentina por impedir a importação de produtos alimentícios similares aos produzidos localmente.

O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, também disse que estava "preocupado". Ele orientou o embaixador em Buenos Aires, Ênio Cordeiro, a manifestar a preocupação do Brasil.

PARA LEMBRAR
Conflitos comerciais se intensificam

O governo argentino tem adotado nos últimos anos várias medidas protecionistas, intensificando os conflitos comerciais, principalmente com o Brasil. Em 2008 e 2009, a Argentina suspendeu as licenças de importação automáticas para mais de 400 produtos brasileiros. O argumento usado à época foi o da defesa dos produtores nacionais, diante da crise global. O Brasil demorou a reagir, mas resolveu retaliar, levando a Argentina a recuar.


Jornal “O Globo”


Opinião


Brasil deve torcer pela União Europeia

Os benefícios que a formação da União Europeia trouxe para a região superam por larga margem os aspectos negativos e as restrições impostas aos países membros. A avançada civilização europeia, que é sem dúvida o eixo da cultura ocidental, não impediu que seus povos estivessem frequentemente em guerra. No século XX, a Europa foi palco de duas guerras arrasadoras. E mesmo depois da grande tragédia do nazismo, vários conflitos regionais sangrentos ocorreram.

Assim, a contribuição da formação desse bloco para a paz mundial é incalculável. Não foi fácil a União Europeia chegar aonde chegou. As resistências nacionalistas puseram esse esforço muitas vezes em risco, e foi preciso paciência e perseverança para que o aparentemente simples acordo de seis países em torno do comércio do carvão e do aço, nos anos 50, viesse a se transformar, primeiro, em um grande mercado comum de produtos agrícolas, e, mais tarde, num sistema de livre comércio, sem quaisquer barreiras alfandegárias.

Mas a formação de um bloco com economias heterogêneas e níveis de renda contrastantes somente poderia ser viabilizada com mecanismos de transferência de recursos dos países mais ricos para os menos desenvolvidos. Caso contrário, os fluxos de capitais poderiam acentuar essas diferenças, provocando ondas migratórias insuportáveis.

Esse critério prevaleceu quando parte da União Europeia resolveu aderir a uma moeda única, o euro. Nesse caso, o desafio se ampliou, pois sob o mesmo guarda-chuva de uma política monetária unificada passaram a conviver economias sem a mesma proporção de endividamento público, e com patamares distintos de inflação.

A adesão voluntária ao euro exigia compromissos de ajustes graduais, para que todos viessem a alcançar os mesmos indicadores de referência a partir de uma determinada data. Isso não ocorreu, devido ao próprio sucesso do euro. De uma hora para outra, as portas do crédito se abriram para as pequenas economias, a taxas de juros comparáveis às das grandes economias. A facilidade levou a uma acomodação. Déficits públicos não foram cortados, e as dívidas assumiram proporções alarmantes. Com a crise financeira de 2008/2009, essa situação se tornou insustentável.

O ajuste postergado na primeira década do milênio ocorrerá forçosamente daqui para a frente. Serão grandes os sacrifícios e as dificuldades, mas a União Europeia já deu provas de que saberá superá-los.

Esse processo acontecerá exatamente em um período para o qual se projeta profunda transformação da economia brasileira. Não são poucos os especialistas que apontam o Brasil como o candidato mais provável a país desenvolvido na década de 2020. Em seu conjunto, a União Europeia é nosso maior parceiro comercial. Os brasileiros têm com a Europa laços que vão muito além da esfera comercial. Assim, a recuperação da União Europeia é importante para nós, e espera-se que os laços com o Brasil se estreitem ainda mais.


Jornais dos Países Membros do Mercosul


Argentina “Clarín”


Sección: El Mundo


En medio de la crisis, maratón de cumbres de la UE y Latinoamérica
Comenzó ayer en España, con la reunión entre líderes europeos y el presidente mexicano. Se realizarán hasta el miércoles siete citas entre los 27 estados de la Unión y 33 de América latina y el Caribe. Buscan más comercio en un clima sombrío.

En medio del peor clima de crisis desde que se fundó la comunidad europea en 1957, comenzaron ayer siete reuniones entre los 27 países de la Unión Europea y 33 de las naciones latinoamericanas y del Caribe. El encuentro es la sexta reunión cumbre entre los participantes y estará centrada en el fomento de la innovación y la tecnología para la inclusión social.

En la calle, en tanto, una multitudinaria manifestación tuvo lugar ayer contra el "capitalismo europeo" y los implacables planes de ajuste, como el español, que recortarán los beneficios del estado de bienestar.

"¡Huelga, Huelga!", reclamaron los asistentes convocados por la "Cumbre de los Pueblos" que tiene lugar en forma paralela a la reunión de Madrid. Estuvieron presentes varias organizaciones de la izquierda española, sindicatos, entidades europeas y también las Madres de Plaza de Mayo.

Una gran ovación saludó la presencia de organizaciones llegadas desde Atenas. "Estamos viviendo la crisis del capitalismo. Como se ve en Grecia, a los que se busca para pagarla es a las masas. Pero vamos a seguir luchando contra el modelo neoliberal", afirmó Sisy Vovou, de Europa Solidaria Sin Fronteras.

"Hay que obligar a convocar una huelga general que es la respuesta que se merece este gobierno, que se ha humillado y arrodillado a los dictámenes del capital y de Europa", señaló Jacinto Ceacero, de la Confederación General del Trabajo (CGT). Los oradores coincidieron en destacar que los responsables de la crisis han sido los grandes bancos mundiales, en especial los norteamericanos y los europeos, pero que ahora las peores penurias sociales caen sobre los sectores populares.

Ayer fue el primer encuentro entre España y México, en Comillas (Cantabria), entre Felipe Calderón y José Luis Rodríguez Zapatero. Hoy habrá reuniones cumbre entre la Unión con Chile, con países del Caribe y también una asamblea de todos los cancilleres de los países participantes.

La principal reunión de la cumbre de Madrid se producirá mañana, cuando los sesenta países se encuentren para formalizar una declaración final. La agenda quedará clausurada el miércoles cuando se firme un Acuerdo de Asociación con América Central.

El otro documento que España esperaba formalizar en esta cumbre es con el Mercosur pero la oposición de varios países, sobre todo Francia, impedirán que se llegue más allá de una decisión de continuar con las negociaciones. También tendrá lugar un encuentro con la Comunidad Andina.

Ya están confirmadas las ausencias de dos personalidades importantes, como el presidente venezolano, Hugo Chávez y el de Cuba, Raúl Castro. La amenaza de varios países, entre ellos Argentina, de boicotear la reunión si acudía el Jefe de Estado de Honduras, Porfirio Lobo, quedó conjurada cuando éste decidió participar solamente en las reuniones con los países de América Central.

España, que preside temporalmente la Unión, insiste en incrementar el comercio entre las dos grandes regiones. Pero el agravamiento de la peor crisis mundial desde la de 1929 ha impulsado rigurosos planes de reducción de gastos públicos en todos los países de la comunidad europea.

Y de esta manera, los países latinoamericanos y del Caribe tendrán que enfrentarse a unos severos recortes en los planes de ayuda al desarrollo que afectarán a todos los ámbitos. En las cinco cumbres anteriores y otras grandes reuniones entre Europa y la América Latina nunca se presentó un problema tan relevante sobre los fondos para impulsar la creación de riqueza, empleo y mejora del nivel de vida en los países de América Latina, Africa y Asia.

Además, el castigo social a los sectores populares por los planes de austeridad se extenderán a sectores de la producción. La UE afronta ahora una parálisis de su crecimiento y el comienzo de lo que puede ser otra etapa recesiva. Estos problemas, de una extraordinaria magnitud, tampoco facilitarán los acuerdos como los que España esperaba impulsar entre la Unión y el Mercosur.

En las cinco cumbres anteriores se lograron consensos de asociación con Chile, México y el Caribe y dos tratados estratégicos con México y Brasil, que coloca las relaciones de ambos gigantes latinoamericanos en el más alto nivel con la UE. En esta sexta cumbre, se firmarán tratados de libre comercio con Perú y Colombia. Una ardua negociación se está realizando con los países de América Central para que también se logre un acuerdo similar en la reunión especial que tendrá lugar el miércoles próximo.
Juan Carlos Algañaraz


“La Nación”


Sección: Política


Kirchner da señales de que retendrá su banca legislativa
No renunciará a Diputados ni al PJ para permanecer al frente de la Unasur

MADRID (De un enviado especial).- Néstor Kirchner ayer dejó en claro en España que seguirá al frente de su ambicioso plan de concentrar y ostentar tres cargos de peso en la política en forma simultánea: estará al frente de la Unasur, seguirá como jefe del PJ y no abandonará la banca de diputado nacional.

"No veo incompatibilidades entre mi cargo en la Unasur y mi banca de diputado; además, en el Congreso me necesitan", deslizó el ex presidente ante la mirada del jefe de bloque de diputados kirchneristas, Agustín Rossi, y del diputado José María Díaz Bancalari. Fue en el avión presidencial que lo trajo hasta Madrid para compartir con su esposa, Cristina Kirchner, la VI Cumbre de Presidentes de la Unión Europea, América Latina y el Caribe.

El viaje de más de 12 horas al parecer le sirvió a Néstor Kirchner para distenderse en la comitiva oficial y hablar de política y del futuro. El ex mandatario dejó en claro que los presidentes que integran la Unasur no se enojarán si mantiene el cargo de diputado y a la vez ejerce la jefatura del grupo de países sudamericanos. Las referencias explícitas que en su momento hicieron los presidentes Rafael Correa (Ecuador) y Fernando Lugo (Paraguay) sobre la necesidad de que Kirchner se dedicara full time a la Unasur y sobre la supuesta incompatibilidad de ese cargo con otros puestos parecen no frenar a Kirchner.

De hecho, tanto Díaz Bancalari como Rossi ayer defendieron la decisión personal de Kirchner de permanecer en su banca y acompañarlos en la Cámara baja. "Va a ir a todas las sesiones que pueda y seguirá defendiendo al Gobierno desde el Congreso", dijo Díaz Bancalari a LA NACION en el lobby del hotel Intercontinental, donde se aloja el matrimonio presidencial.

La estrategia en el peronismo también fue tema de análisis durante el viaje. Kirchner ya tiene programada una serie de visitas de claro corte electoral, como la que hizo a Santa Cruz el viernes pasado. En calidad de jefe del PJ, el 27 de este mes irá a Tucumán, y luego vendrán actos en Salta, Corrientes y San Juan.

Pero ayer el ex presidente buscó distenderse de toda la actividad política y se metió de lleno en el fútbol español. No quiso hablar con la prensa y se sentó en el restaurante del hotel para seguir por televisión la final del campeonato de fútbol español. Compartió la mesa con el vocero presidencial, Alfredo Scoccimarro; Juan Abal Medina; el ministro de Ciencia y Tecnología, Lino Barañao, y con el diputado Mariano West, para ver el partido entre Real Madrid y Málaga, donde el equipo madrileño fue desplazado del campeonato y el Barcelona de Messi se llevó la copa. También Kirchner quiso seguir el final del torneo de fútbol argentino y preguntaba a sus amigos por los resultados de Buenos Aires.

Nada de declaraciones a la prensa o chistes en público, como suele hacer. Al parecer, Kirchner buscará el bajo perfil en esta cumbre de presidentes para no opacar a su esposa. No obstante, según dijeron a LA NACION fuentes de la Casa Rosada, tiene previstos encuentros informales con presidentes de América latina y de Europa, en su calidad de jefe de la Unasur. Es decir, un lujo de concentración de cargos que no muchos dirigentes se pueden dar.


Paraguay “ABC”


Sección: Política


Presionan en Brasil para evitar justo precio por energía de Itaipú
Sectores energéticos brasileños presionan a legisladores para que no acepten el acuerdo firmado por Lugo y Lula en julio de 2009, que obliga a Brasil a pagar US$ 360 millones anuales –ahora abona US$ 120 millones– a Paraguay por la energía de Itaipú cedida a ese país, según O Globo. La "presión" de los privados seguirá en los próximos días para impedir que la iniciativa, que ya aprobó una comisión, logre el voto favorable del plenario de Diputados. El presidente Lula pidió celeridad a los parlamentarios, tras reunirse, hace dos semanas, en Punta Porã, con su colega Lugo. Nuestro país exige un justo precio a su socio en la usina hidroeléctrica.

Empresarios brasileños se reunieron con legisladores para disuadirlos de votar una "revisión" del Tratado de Itaipú, propuesta por el Ejecutivo y que incrementa el dinero pagado al Paraguay por la energía cedida, según un reporte de ANSA.

Inversores privados del sector energético están visitando a parlamentarios para convencerlos de no alterar el Tratado de Itaipú, publicó ayer el diario O Globo, del que se hizo eco la agencia noticias ANSA.

La "presión" de los privados posiblemente continuará en los próximos días para impedir que la iniciativa, que ya fue aprobada en una comisión, logre el voto favorable del plenario de la Cámara de Diputados, señala el diario.

La "revisión", firmada el 25 de julio de 2009 por Lula Da Silva y Fernando Lugo, estipula que Brasil, que actualmente paga 120 millones de dólares, pase a pagar 360 millones anuales al Paraguay por la energía generada en la represa ubicada en la frontera binacional y que no es utilizada por el citado país. En ese sentido, el presidente Lula da Silva pidió celeridad a los parlamentarios, tras reunirse, hace dos semanas, con su colega Fernando Lugo, según el informe.

O Globo agrega que los empresarios sostienen que si se aprueba la iniciativa, Brasil desembolsará 3.300 millones de dólares hasta 2023, lo cual "encarecerá el costo de la energía, afectando a los consumidores".

Cabe advertir que si este fuerte lobby del sector privado brasileño prospera, el mentado acuerdo quedará en aguas de borraja y se materializará una nueva burla al país que –en realidad– tiene derecho a mucho más que a estas nuevas "migajas" prometidas por el Poder Ejecutivo brasileño.

En uno de sus 31 puntos, el acuerdo también establece la posibilidad de que Paraguay comercialice directamente en el sistema brasileño su excedente o que lo venda a terceros países. El Tratado de Itaipú estipula que cada país tiene derecho al 50 por ciento de la energía producida y que la electricidad no utilizada debe ser vendida preferentemente al otro socio.

El acuerdo suscrito el año pasado también incluye la supuesta construcción de una línea de transmisión de 500 kV, que comenzará en la subestación de la margen derecha de Itaipú (lado paraguayo) hasta la ciudad de Villa Hayes, para cuya financiación Lula había comprometido al Tesoro brasileño.

Sin embargo, casi 12 meses después, Da Silva se echó atrás y hoy presiona para que la obra, cuyo costo orilla los 400 millones de dólares, sea solventada por los demás países del Mercosur, o sea, a través del Fondo de Convergencia Estructural del Mercosur (Focem).

Nuevo "entreguismo"


Pese a que el Gobierno de Lugo ha "cantado victoria" con estos supuestos logros, sin embargo, tanto técnicos como políticos advirtieron que se trata de una nueva especie de "entreguismo" de los altos intereses del Paraguay como copropietario de la hidroeléctrica.

Señalan que el país debería –en realidad– recibir cerca de US$ 2.000 millones en compensación por la energía cedida al Brasil, puesto que la tarifa que las intermediarias brasileñas cobran al venderla en el mercado brasileño sería 20 veces mayor, y ni qué decir si se compara con precios del mercado externo, tornándose el tratado en un acuerdo perjudicial para el Paraguay.


“La Nación”


Sección: Política


Aplauden oposición a ingreso de Venezuela al Mercosur
Diógenes Martínez sostuvo que es una manera de impedir el avance del proyecto del Socialismo del Siglo XXI.

El ex canciller nacional Diógenes Martínez aplaudió la férrea postura de los senadores de la oposición de impedir “todo avance del proyecto del Socialismo del Siglo XXI”, con la inclusión de Venezuela al Mercosur. Aseveró que el presidente venezolano Hugo Chávez pretende instalar una política tendiente a la descomposición de la sociedad paraguaya.

“Ese es un proyecto que reivindica y hace rebrotar un marxismo – leninismo, que utiliza la violencia y la confrontación como método político para imponer su ideología, y por tanto aplaudo plenamente la actitud de los parlamentarios, porque significa poner una valla a los objetivos de (Fernando) Lugo y sus séquitos zurdos”, enfatizó ayer el político colorado.

El ingreso de Venezuela al bloque solo depende del Legislativo paraguayo, pues en Brasil, Argentina y Uruguay ya lo aprobaron.

El ministro de Relaciones Exteriores, Héctor Lacognata, había asegurado que actualmente “no están dadas las condiciones” para que el Poder Ejecutivo envíe al Congreso el proyecto de adhesión de Venezuela al Mercosur. “En tiempo inmediato no” remitirá el Gobierno el pedido de acuerdo, porque no sería conveniente plantear este tipo de proyectos, indicó el canciller.

Martínez sostuvo que “sin ninguna duda” la postura del Parlamento representa la línea política del país y el pueblo paraguayo “que siempre ha tenido igualdad de clases y armonía en su seno”.

El ex ministro comentó que el rechazó a Chávez se sustenta en su vocación antidemocrática y por la violación de acuerdos internacionales como el Protocolo de Ushuaia de compromiso democrático del Mercosur. Martínez lamentó que en la actualidad Venezuela es Hugo Chávez, pues dijo que el país caribeño es un mercado con mucho potencial comercial para el Paraguay. “Incluso un (Hugo) Chávez que dirige la política internacional de Venezuela está en el interior de su país resistido harta y casi, casi se puede afirmar mayoritariamente. Pero lo más importante para nosotros es que los parlamentarios respeten la tradición, un país que siempre ha tenido armonía que pretende ser descompuesta por una acción violenta de los zurdos que quieren imponer su criterio político”, subrayó.



Sección: Negócios


Argentina acepta diálogo sobre traba fronteriza
Aprovechando encuentro en Europa, autoridades de la Cancillería Nacional manifestaron su preocupación ante eventual medida.

Argentina abrió un diálogo con Paraguay para el debate de la posible medida que aplicará el vecino país, desde mediados de junio, que generaría una traba para las exportaciones de productos alimenticios paraguayos, según informó el viceministro de Relaciones Económicas e Integración, Manuel María Cáceres, desde Madrid, España.

Cáceres mantuvo ayer una reunión de trabajo con su par argentino, el embajador Alfredo Chiaradia, al margen del encuentro entre el Mercosur y la Unión Europea, en Madrid (España), sobre las eventuales restricciones al comercio de productos alimenticios.

El diplomático nacional manifestó al viceministro para Asuntos Económicos de la Argentina la preocupación del Gobierno paraguayo respecto al perjuicio que las medidas a ser implementadas podrían ocasionar a las exportaciones paraguayas a la Argentina.

Chiaradia expresó, tras el encuentro, que no existe una decisión sobre la implementación de las mismas y que la iniciativa está siendo debatida internamente, atendiendo a las diferentes posiciones sobre el tema.

El diplomático argentino acordó seguir manteniendo contactos periódicos sobre la evolución de la presente situación, a fin de evitar cualquier perjuicio a los productores paraguayos.

DEMORAS ACTUALES

Cáceres aprovechó el encuentro y transmitió la inquietud del Gobierno Nacional sobre las excesivas demoras en los cruces fronterizos, especialmente en Puerto Falcón, que afectan al paso de las unidades de transporte de mercaderías. En este sentido, destacó la importancia de un trabajo coordinado que permita agilizar los trámites aduaneros, teniendo en cuenta las obras de infraestructura que se están llevando a cabo en la Aduana argentina. El viceministro argentino se comprometió a buscar una solución para dar mayor fluidez al tráfico fronterizo para lo cual se designarán funcionarios que darán un seguimiento al tema, para establecer medidas de corto y mediano plazo que permitan solucionar estos inconvenientes.

Finalmente, se acordó continuar manteniendo un diálogo permanente para realizar el seguimiento correspondiente de ambas cuestiones, independientemente a las reuniones agendadas, tanto a nivel bilateral en el ámbito de la Comisión de Monitoreo y en el marco del Mercosur.

Medida regiría desde el 1 de junio

Semanas atrás, la Secretaría de Comercio Interior de Argentina anunció que desde el 1 de junio entrará a regir una medida que restringirá la comercialización interna de productos importados que compitan con la producción propia de ese país, adelantando que realizarán un estricto control en los puntos de venta.

En un principio, la medida iba a abarcar solamente a artículos envasados procedentes de Europa, pero luego se vio que la gama era más amplia e incluía por ejemplo granos de choclo y tomates en lata. En cuanto a Paraguay, de acuerdo a los propios productores, el único sector afectado hasta el momento es el de la exportación de bananas, teniendo en cuenta que prácticamente todos los demás alimentos, como tomates, pollos, entre otros, son más bien importados de dicho país.


Anunciarán reinicio de negociación
Ambos bloques establecerían calendario a finales de junio o inicios de julio.

MADRID, AFP.- La Unión Europea (UE) y el Mercosur anunciarán el lunes en una cumbre birregional en Madrid la reanudación de su negociación comercial y un encuentro “a finales de junio o inicios de julio”, donde se establecería un calendario de tratativas, a pesar del rechazo de Francia.

El anuncio se hará, según fuentes del Mercosur, a pesar de la oposición francesa y de otros nueve países de la Unión, que la semana pasada manifestaron que resucitar esas negociaciones sería “una muy mala señal para la agricultura europea”.

Francia y un grupo de países formado por Irlanda, Grecia, Hungría, Austria, Luxemburgo, Polonia, Finlandia, Rumania y Chipre, estimaron “inaceptable” que Bruselas haga concesiones en materia agrícola para llegar a un acuerdo con el Mercosur.

Francia es el primer país beneficiario de las subvenciones europeas a la agricultura contenidas en la Política Agraria Común (PAC), que desea mantener. Pero la encargada de negociar es la Comisión Europea, en virtud de un mandato que le dieron los miembros de la Unión en 1999.

El 4 de mayo, el ejecutivo europeo anunció su intención de rescatar las tratativas, alegando que una mayor apertura comercial entre ambos bloques supondría “un aumento de las exportaciones anuales equivalentes a 4.500 millones de euros” (5.900 millones de dólares) para cada región.


Uruguay “La Republica”


Editorial


En el estribo de Brasil
Por Julio A. Louis - Profesor

Este mes ­en que en las tierras del ex Virreinato del Río de la Plata se conmemora el bicentenario de la Semana de Mayo, punto de partida del proceso que culminara con la independencia­ el presidente Mujica ha reubicado estratégicamente la política exterior de Uruguay. En 24 horas ha formulado dos trascendentes apreciaciones: la primera en Buenos Aires, en la reunión de presidentes de la Unasur, cuando al levantar el veto para la asunción de Néstor Kirchner como su secretario general explica que lo hace por "la unidad de América Latina"; la segunda, en Montevideo, al recibir a Lula, expone que Uruguay adopta "la decisión política de viajar en el estribo de Brasil todo lo que se pueda", acompañando su crecimiento económico.

Propiciar la unidad de América Latina es un giro favorable, pues modifica la lógica de "patria chica" ­heredada de los gobiernos blancos, colorados, militares y el de Tabaré Vázquez­ en la que Uruguay apareció acompañando de mala gana esa integración. Recuérdese que hace pocos años una revista brasileña comparaba la política de Uruguay con la del ganado descontento, que camina pegado al alambrado en la búsqueda de un agujero por donde huir. Sin embargo el Pepe, convencido de la necesidad de una Patria Grande, ha obrado en consonancia con la tradición de la izquierda, quitando las anteojeras que condenaban a Uruguay a proceder como Estado tapón. Los voceros de los partidos tradicionales, satisfechos con mantener al Estado tapón, dispuestos a tener "aliados" lejanos y no vecinos aliados, listos para aprobar tratados de libre comercio atentatorios de la soberanía, presurosos por modificar al Mercosur, retrotrayéndolo a la condición de simple acuerdo de zona de libre comercio, apurados por deshacerse del abrazo de la Unasur, recibieron el gesto de Mujica de mala gana, aun reconociendo que servía para mejorar las relaciones con Argentina. Es una decisión valiente del gobierno que deberá profundizar, porque Uruguay todavía no ha aprobado el ingreso a Unasur, para sumar su voto al de Bolivia, Ecuador, Guyana y Venezuela. Unasur existe, pese a los alineados con el imperialismo, y deberá consolidarse para afianzar la integración.

Más compleja de analizar, pero orientada en la misma dirección, es la afirmación de acompañar "en el estribo de Brasil" su crecimiento económico. El sistema capitalista, en grave crisis, presenta una situación inédita: una incuestionable hegemonía militar de una sola potencia, EEUU, y una multipolaridad económica, que cuestiona y se opone a la unipolaridad norteamericana. El BRIC (Brasil, Rusia, India y China) más la influencia regional de Irán o Sudáfrica, explica la original situación en que todas estas potencias se oponen a la hegemonía militar (y si prosperase, también económica) de EEUU.

Cuando se analiza a esas potencias intermedias, sabemos que son capitalistas. Siendo así indiscutiblemente, ¿por qué motivos las clases populares y los militantes del socialismo debemos apoyar la multipolaridad? Por razones tácticas (ganar las batallas de la guerra), para detener y derrotar al enemigo principal de los pueblos, el imperialismo norteamericano. Por las razones de nuestros antepasados para apoyar la alianza con potencias imperialistas contra la Alemania nazi, en su momento el principal exponente de la reacción y el belicismo. Por el motivo por el que Mao Tse Tung promovió con el Kuomintang el Frente Unido Anti Japonés, contra el Japón imperialista y fascista. Por eso mismo, hoy Venezuela, Ecuador, Bolivia y Cuba patrocinan la multipolaridad.

Ir en el estribo de Brasil supone acompañar a la principal potencia latinoamericana no sólo en términos económicos, sino también en los políticos y militares, con algunas precauciones. La principal es comprender que en la potencia líder regional se vive una intensa lucha de clases, en la que los trabajadores y campesinos son aliados de los trabajadores y pueblos sudamericanos, mientras que, por ejemplo, la burguesía paulista no lo es. Es comprender que así como los países más débiles necesitan de Brasil, Brasil ­inundado de importaciones indias o chinas­ necesita de los otros países sudamericanos como mercados, y más allá de ello, como piezas insoslayables para la defensa de la soberanía continental. Ir en el estribo de Brasil es saber que será distinto con Dilma que con sus rivales. Ir en el estribo de Brasil, tácticamente es válido, teniendo en consideración que la estrategia de los trabajadores y las clases populares es la construcción del socialismo, para lo cual contaremos con la mayoría de los brasileños, pero no con los más poderosos.


Sección: Mundo


UE y Mercosur anunciarán hoy el reinicio de negociación.
Señales. A pesar de la oposición francesa y de otros nueve países
La Unión Europea (UE) y el Mercosur anunciarán hoy en una cumbre birregional en Madrid la reanudación de su negociación comercial y un encuentro "a finales de junio o inicios de julio" en el cual se establecería un calendario de tratativas, a pesar del rechazo de Francia.
Madrid | AFP

El anuncio se hará, según fuentes del Mercosur, a pesar de la oposición de Francia y otros nueve países de la Unión, que la semana pasada manifestaron que resucitar esas negociaciones sería "una muy mala señal para la agricultura europea".

Francia y un grupo de países formado por Irlanda, Grecia, Hungría, Austria, Luxemburgo, Polonia, Finlandia, Rumania y Chipre, estimaron "inaceptable" que Bruselas haga concesiones en materia agrícola para llegar a un acuerdo con el Mercosur.

Francia es el primer país beneficiario de las subvenciones europeas a la agricultura contenidas en la Política Agraria Común (PAC), que desea mantener. Pero la encargada de negociar es la Comisión Europea, en virtud de un mandato que le dieron los miembros de la Unión en 1999.

El 4 de mayo, el ejecutivo europeo anunció su intención de rescatar las tratativas, alegando que una mayor apertura comercial entre ambos bloques supondría "un aumento de las exportaciones anuales equivalentes a 4.500 millones de euros" (5.900 millones de dólares) para cada región.

En ese momento, el presidente de la Comisión, José Manuel Durao Barroso, prometió que se "estudiará cualquier impacto negativo en determinados sectores" con "medidas específicas, en particular en la agricultura".

Pero a pesar de esto, el bloque de 10 países en contra anunció que expresaría su rechazo el mismo lunes en un consejo de ministros de Agricultura previsto en Bruselas.

En Madrid, el encuentro será entre el presidente de la UE, Herman Van Rompuy, el jefe del gobierno español José Luis Rodríguez Zapatero, los presidentes de los países del Mercosur (excepto el uruguayo José Mujica, que no pudo viajar) y el propio Barroso.

Tras la reunión, un comunicado de prensa anunciará el relanzamiento de las tratativas y probablemente un plazo para convocar una cita "entre finales de junio e inicios de julio" en la que se establecería un calendario con "un plazo no muy largo", explicó a la AFP este domingo una fuente del Mercosur.

La UE y el Mercosur mantuvieron "un proceso de reflexión" en el último año que "no fue fácil porque había mucha desconfianza", según la fuente, que consideró que "en realidad las negociaciones ya se han reanudado".

Las partes mantuvieron cuatro encuentros desde junio de 2009 para preparar este relanzamiento, en los que el Mercosur ha "dado indicaciones, nuevas señales de que podemos hacer bastante" y de que está dispuesto a negociar la apertura de "cerca del 90%" del comercio con Europa, precisó.

"Mercosur ha hecho sus deberes, ha dado señales concretas", estimó la fuente, para la que ahora "la única forma de avanzar es tener una visión política del tema".

"Barroso tiene visión política", continuó, aunque advirtió que "sin agricultura no hay acuerdo".

"Un acuerdo en tiempos de crisis económica es beneficioso", a lo que se une que el "Mercosur no tiene acuerdo comercial con Estados Unidos", según la fuente.

Las negociaciones se congelaron en 2004 y desde entonces han quedado supeditadas a la conclusión de la ronda de Doha de la Organización Mundial del Comercio (OMC) para la liberalización de los intercambios mundiales.

Pero tras el congelamiento de la OMC, UE y Mercosur consideraron que deben buscar pactos comerciales birregionales.

Francia estima que la Comisión no puede negociar con el Mercosur porque su mandato lo supedita a Doha, pero fuentes del Mercosur estimaron que ese mandato "debe reinterpretarse a la luz de la actualidad".

Los europeos buscan un mayor acceso al mercado del Mercosur de sus productos industriales y los servicios.


“El Observador”


Sección: Actualidad


Vuelven a negociar TLC con Europa.
CUMBRE UE-MERCOSUR EN ESPAÑA

El vicepresidente Danilo Astori y el canciller Luis Almagro participan hoy en Madrid de un nuevo intento por relanzar las negociaciones entre el Mercosur y la Unión Europea en busca de un Tratado de Libre Comercio.

La reunión -a la que debía ir el presidente José Mujica pero que suspendió por problemas de salud- se realizará a las 17, hora española.

Las conversaciones entre ambos bloques regionales se mantienen paralizadas desde hace seis años. En ese tiempo, Europa firmó acuerdos de libre comercio con Chile y Perú por serparado. Ahora los negocia con Colombia y América Central. Pero con el Mercosur (Uruguay, Argentina, Brasil y Paraguay), las negociaciones se estancaron por diferencias al interior de cada bloque.

La reunión se da en el marco de la VI Cumbre de Presidentes de la Unión Europea y América Latina y el Caribe, que tendrá lugar mañana martes durante todo el día.

La delegación uruguaya, que completan el ministro de Turismo, Héctor Lescano, y el subsecretario de Vivienda, Jorge Patrone, mantendrá también en Madrid también encuentros con empresarios de Europa y América Latina. Uruguay va en busca de concretar nuevas inversiones para el país.


Sección: Economía


Uruguay protesta ante Argentina por trabar negocios portuarios.
SE NIEGAN PERMISOS DE EXPORTACIÓN DE ARGENTINA A BRASIL SI PASAN POR EL PUERTO DE MONTEVIDEO
El planteo lo hará el presidente Mujica a Cristina Fernández en la reunión de Anchorena. Centro de Navegación informó al canciller Luis Almagro del nuevo conflicto planteado
POR LEONARDO LUZZI DE LA REDACCIÓN DE EL OBSERVADOR

El presidente José Mujica hará un planteo formal a su colega Cristina Fernández por la prohibición de atracar en Montevideo a buques que transportan mercadería de Argentina a Brasil, dijeron a El Observador fuentes del Poder Ejecutivo.

El tema será presentado "por escrito" en la reunión que Mujica y Fernández sostendrán el 4 de junio en la estancia de Anchorena (Colonia) y para el cual ya trabajan las cancillerías elaborando las agendas.

La nueva traba – que se suma a un escenario de diferencias por el caso Botnia, el dragado de canales fluviales y restricciones comerciales– implica una directa afectación a la principal terminal marítima del país. Por ello, Uruguay ya hizo contactos "a nivel de mandos medios en comisiones binacionales", dijeron a El Observador voceros oficiales.

El Centro de Navegación denunció la semana pasada que las autoridades argentinas pretenden impedir que las exportaciones de ese país rumbo a Brasil hagan escala en Uruguay aunque estén en calidad de tránsito, informó El Observador en su edición del martes 11.

El presidente del Centro de Navegación, Mario Baubeta, dijo ayer a El Observador que la situación continúa incambiada y es altamente perjudicial para Montevideo y otras terminales del país. Señaló que al canciller, además de ponerlo al tanto, se le pidió que incluyera el punto en las negociaciones que el país tiene con Argentina.

A nivel de operadores portuarios se entiende que se está ante un "clima de hostilidad" de parte de Argentina, que ataca el libre tránsito en el Mercosur para defender al puerto de Buenos Aires y a los barcos mercantes de bandera nacional. La subsecretaría de Puertos y Vías Navegables de Argentina pidió información a las navieras para verificar que la carga rumbo a Brasil no pase por el puerto de Montevideo, acción que los privados califican de "persecutoria". Operadores consultados dijeron a El Observador que en los hechos, Argentina está negando a las empresas permisos de exportación si los contenedores "tocan" Montevideo.

En la misma línea, Ricardo Luján, subdirector de Puertos y Vías Navegables de Argentina, dijo al diario La Nación que es necesario "modificar resoluciones aduaneras que hacen que los contenedores argentinos salgan por puertos vecinos".

Esa disposición tomó como fundamento un acuerdo de transporte entre Argentina y Brasil, que, según empresarios de Uruguay, no impide que los contenedores puedan estar en tránsito en terceros países. A nivel privado se interpreta que la decisión del gobierno argentino atenta contra Montevideo, en una nueva edición de la eterna guerra portuaria (ver página 14).

El reclamo del gobierno uruguayo, que confirmó la denuncia del Centro de Navegación, se presentará formalmente en la reunión de Mujica con Cristina Fernández.

La situación planteada sorprendió al Poder Ejecutivo cuyas autoridades están esperanzadas en mejorar el vínculo político y comercial con Argentina y dejar atrás el episodio Botnia por el cual aún piqueteros de Gualeguaychú mantienen cortado el puente general San Martín.

Como señal de acercamiento, Uruguay habilitó recientemente la candidatura de Néstor Kirchner para la Unión de Naciones Suramericanas. Argentina, por su parte, habilitó a Uruguay un préstamo no reembolsable del Focem por US$ 80 millones para financiar parcialmente la interconexión eléctrica entre Uruguay y Brasil.

Con la buena relación personal que tienen los presidentes Mujica y Fernández se espera que los problemas bilaterales se solucionen y casos como el de Botnia (hoy UPM) pronto sean solo "una anécdota".

Para la política exterior de Uruguay, el vínculo con Argentina y Brasil "es clave" según lo dijo el canciller Almagro.


Sección: Agro


Nuevas exigencias para exportar a Brasil.
URUGUAY ESTÁ ATENTO A CÓMO ESTO PUEDA AFECTAR LA COLOCACIÓN DE PRODUCTOS
El país vecino adecuará su normativa a los requerimientos de organismos europeos
POR HUGO OCAMPO DE LA REDACCIÓN DE EL OBSERVADOR

Uruguay procura adecuarse a las nuevas disposiciones que aplicará Brasil en el manejo de la producción de alimentos, con vista a las exportaciones a ese mercado, que ajustará su nueva normativa a las exigencias de organismos europeos, destacó a El Observador el director de Asuntos Internacionales del Ministerio de Ganadería, Agricultura y Pesca (MGAP), Mario Piacenza.

El funcionario, que concurrió esta semana a Brasilia para participar de una reunión de la comisión bilateral de monitoreo que se reune dos o tres veces por año, dijo que Uruguay planteó en ese ámbito la nueva normativa que estudia Brasil y que puede afectar las exportaciones uruguayas de origen vegetal a ese mercado. En ese orden, el grueso de los negocios son trigo, malta y arroz, que representan casi el 45% en valor de lo que se le exporta a Brasil.

Piacenza indicó que Brasil está elaborando una normativa nueva que se está adaptando a las disposiciones de la Unión Europea (UE) que son muy exigentes. Explicó que las autoridaes del vecino país están trabajando en un borrador, "pero tenemos que estar atentos, Uruguay tendrá que adaptarse a esa nueva normativa y necesitará de un tiempo prudencial".

Brasil está preparando una avanzada técnica a lo que representa la normativa europea y procura demostrar que el país norteño está en condiciones de exportar cualquier producto a la UE, porque tendría su normativa ajustada a los requerimientos de las autoridades europeas.

Eso implica también aumentar las exigencias para la producción dentro Brasil y también para sus importaciones, que es donde "nos podría afectar. Pedimos información y se nos habrá de facilitar, de modo de saber en qué etapa están esos trabajos. Los técnicos brasileños están dedicados a este proyecto desde el año pasado, se están recibiendo algunas observaciones y por lo tanto pueden haber algunas modificaciones, que es los que nos interesa averiguar".

Piacenza informó además que en la citada comisión bilateral se consideró una normativa del Estado de Río Grande del Sur en referencia al arroz. Se trata de una ley estadual que va contra leyes que son federales y por eso se le considera anticonstitucional. Esa ley estadual que ponía trabas al ingreso del arroz uruguayo no se está aplicando, pero sigue vigente y en la agenda bilateral.

Piacenza dijo además que hay un impuesto que Brasil cobra (no es una tasa) de 0,33 reales por bolsa de 50 kilos, diciendo que es una tasa que se destina a la investigación, pero en realidad es para emparejar la competitividad de sus precios del arroz. Lo cobran solo en el arroz y solo para el cereal que ingresa al país a través de Río Grande del Sur.

En el ámbito de esta comisión bilateral representantes de los ministerios de Relaciones Exteriores y de Industria empezaron a trabajar para instalar junto a sus colegas brasileños una comisión mixta para proyectos de integración productiva, mandato dado por los presidentes Mujica y Lula.


Sección: Marítimas


Reunión del Mercosur llega en un momento de tensión.
LAS DIFERENCIAS ENTRE URUGUAY Y ARGENTINA CRECEN EN ASUNTOS DE TRANSPORTE
Acuerdo multilateral de cargas será factor de desencuentros en el río de la Plata

Una nueva reunión del Sub Grupo de Trabajo (SGT) Nº5 del Mercosur –que tendrá lugar en la ciudad argentina de Salta entre el miércoles y el viernes próximos– pondrá sobre la mesa diferencias entre Uruguay y los demás países del Mercosur.
El SGT Nº5 nuclea los temas de transporte del bloque y otra vez estará en carpeta el proyecto de Acuerdo Multilateral de Transporte Marítimo del Mercosur, que ha sido rechazado sistemáticamente por Uruguay.

Además, tanto el sector privado uruguayo como argentino han coincidido en las críticas a la idea desde su propia presentación.

Algunos empresarios argentinos han recordado que el objetivo del Mercosur es alentar el comercio, pero indican que el convenio multilateral va en contra de dicho objetivo.

Por otra parte, alguno de los grandes argumentos en contra del acuerdo es que el mismo violaría el protocolo de Montevideo sobre comercio de servicios y liberalización de estos.

Cabe recordar que el protocolo de Montevideo fue suscrito por los cuatro cancilleres del momento, Carlos Pérez del Castillo (interino de Uruguay), Guido Di Tella (Argentina), Luiz Felipe Lampreia (Brasil) y Ruben Melgarejo (Paraguay).


Ambiente. El momento para la discusión de temas de transporte en el Mercosur no es el mejor, pues en los últimos días, la situación se ha enrarecido, producto de medidas argentinas que atentan contra las escalas de los buques y la mercadería en el puerto de Montevideo (ver página 9).

Con respecto a dichas medidas, fuentes vinculadas a la Secretaría de Transporte de Argentina, confirmaron a El Observador que la negación de los permisos se encuentra relacionada a su escala en el puerto de Montevideo.

Asimismo, aseguraron que las razones que se argumentan es que dicha situación violaría el acuerdo bilateral de transporte entre Argentina y Brasil.

Sin embargo, desde el sector privado argentino se aseguró que los argumentos de las autoridades del vecino país carecen de sustento real, ya que en ningún punto del acuerdo se menciona la prohibición de escalas intermedias en puertos de países miembros o no pertenecientes al acuerdo.

"Si este tema se lleva a una discusión de fondo, legal, con argumentos de reglamentación, no existiría la restricción", manifestó una fuente del sector.

En otro orden, otra fuente que solicitó reservar su identidad por temer a represalias de parte de la autoridad argentina, manifestó que el pensamiento más común entre los empresarios es que si salen a declarar, al otro día tienen inspecciones de la Administración Federal de Ingresos Públicos (AFIP) y trancados todos los trámites relativos a sus operaciones de transporte.

De todas formas, algunos expresaron que las autoridades argentinas están usando este mecanismo para confundir y trabar, porque lo que no quiere es que crezca el trasbordo en Uruguay

Al respecto, los empresarios aseguran que esta es una política oficial argentina que no es compartida.

En otro orden, las líneas marítimas se ven perjudicadas por esta medida y las cámaras relacionadas han presentado sus consultas y su preocupación a las autoridades, pero no han obtenido respuesta alguna.


Venezuela “El Universal”


Sección: Internacional


Ausentes empañan Cumbre de Madrid
Chávez, Castro, Lobo, Mujica y Berlusconi no acudirán a la cita
Seis cumbres en una

Madrid.- América Latina y Europa ultiman los documentos que se aprobarán en la Cumbre de Madrid del próximo martes, que incluyen la búsqueda de nuevas áreas de cooperación y consenso ante los grandes desafíos mundiales, con negociaciones de última hora también en el ámbito comercial.

La Cumbre, que reunirá a líderes de 60 países de la Unión Europea y de América Latina y el Caribe, lanzará un Plan de Acción en áreas prioritarias como migración, paz y seguridad, cambio climático, lucha contra las drogas ilegales, educación y empleo, explicó Efe.

También aprobará la creación de una fundación eurolatinoamericana (Eulat) y de un nuevo mecanismo financiero para apoyar proyectos de infraestructura (LAIF).

La "declaración política" incidirá en la necesidad de afrontar conjuntamente "desafíos globales", como la reforma de los organismos de regulación financiera, aumentar la representación de los países emergentes en los organismos internacionales e intentar concluir la Ronda de Doha para la liberalización del comercio mundial en 2010, según representantes en la reunión negociadora.

Los ministros de Exteriores de las regiones se reunirán mañana en Madrid para dar luz verde a los documentos de la Cumbre y allanar el trabajo a los jefes de Estado y de Gobierno, para que se concentren en un debate más político sobre los grandes temas de actualidad, como la crisis financiera internacional que sufre con especial virulencia Europa.

Este gran encuentro de la diplomacia internacional servirá también para que el presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, informe de la gestión mediadora que realizó ayer en Teherán con el presidente iraní, Mahmoud Ahmadinejad.

Ausencias importantes

La Cumbre tendrá llamativas ausencias como la del presidente de Venezuela, Hugo Chávez, el cubano Raúl Castro, el uruguayo José Mujica, o el hondureño Porfirio Lobo, quien sólo asistirá a la bilateral con Centroamérica.

Además, a la lista de ausencias se agrega el primer ministro italiano, Silvio Berlusconi, quien ha aducido "problemas de agenda" para no acudir a la cita de Madrid. En el caso del presidente de Uruguay, José Mujica, se trata de problemas de salud por un alto nivel de estrés, según fuentes diplomáticas uruguayas, indicó DPA.

La decisión de líderes como Castro y Chávez de no acudir a la capital española vuelve a cuestionar la verdadera relevancia y eficacia de este tipo de encuentros entre ambas orillas del océano Atlántico.

Numerosos expertos se preguntan si no existirá una suerte de "inflación" de instituciones que afirman ocuparse de los temas bilaterales entre la UE y América Latina. En esa "galaxia" euro-latinoamericana son abundantes las reuniones de "alto" nivel. Sin embargo, América Latina continúa siendo el continente más desigual del planeta.

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