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O Mercosulino 09/07/2010 -http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-mistas/cpcms

Jornal "Correio Braziliense"



Caderno: Economia



FMI vê salto de 7,1% no Brasil

Entidade revê para cima crescimento mundial, mas alerta para perigos provocados pelas turbulências financeiras e redução do comércio

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou de 4% para 4,6% sua perspectiva de crescimento mundial para 2010 e descartou a possibilidade de uma nova recessão mundial, mas advertiu que a pressão criada pela dívida pública nos países europeus pode gerar desequilíbrios financeiros. O Fundo também revisou para cima o crescimento do Brasil, que ficou em 7,1%. "Quando prevemos que a recuperação vai continuar, fica claro, por outro lado, que os riscos também aumentaram acentuadamente", disse Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI.

Embora em 2010 o mundo esteja crescendo mais do que o previsto inicialmente, a instituição manteve em 4,3% a projeção para 2011. Para a entidade, o crescimento mundial continuará sendo sustentado em médio prazo pelos países emergentes, principalmente na Ásia e na América Latina, que crescerá 4,8% (4% pelo prognóstico anterior) em 2010 e 4%, sem variações, em 2011. O Brasil terá um crescimento de 7,1% em 2010 (5,9%) e o México de 4,5% (4,2%).

Reviravolta

O estudo Perspectivas da Economia Mundial mostra que o primeiro semestre de 2010 foi melhor que o previsto. No entanto, "os riscos, que estavam em baixa, aumentaram drasticamente em meio ao ressurgimento das turbulências financeiras", disse o documento. "Nesse contexto, os novos prognósticos dependem da implementação de políticas orientadas a restabelecer a confiança e a estabilidade, particularmente na Zona do Euro", acrescentou.

"As medidas de política econômica aplicadas pelas economias avançadas deveriam centrar-se numa consolidação fiscal que inspire confiança", recomendou o estudo. Os temores de um não pagamento da dívida por parte de algum dos países europeus com piores taxas de crescimento, principalmente a Grécia, Espanha ou Portugal, não se dissipam, apesar do apoio dos sócios mais importantes da Zona do Euro e do fundo de ajuda organizado pelo FMI.

"A oferta de crédito bancário poderá se reduzir devido à maior incerteza sobre a exposição do setor financeiro ao risco soberano, assim como ao aumento dos custos do financiamento, especialmente na Europa", previu os economistas. Apesar de ser partidário da austeridade, o Fundo reconhece também que "a consolidação fiscal poderá reduzir a demanda interna".

Deficit menor

De acordo com o documento, a redução dos deficits públicos empreendida pelos países europeus reduzirá em 0,25 ponto percentual o crescimento nessa região em 2011. A Zona do Euro crescerá 1% em 2010 (sem mudanças) e 1,3% em 2011 (0,25 ponto percentual a menos).

Esse desempenho ruim arrastará para baixo o crescimento nos Estados Unidos, previsto para 3,3% em 2010 (3,1%) e 2,9% em 2011 (2,6%), explicou o Fundo. "Os efeitos de contágio de um crescimento negativo em relação a outros países e regiões poderão ser importantes devido aos vínculos comerciais e financeiros", ressaltou o estudo.

"Os riscos em baixa se acentuaram drasticamente. No curto prazo, o principal risco é uma escalada das tensões e o contágio financeiro", trouxe o documento. "Também existem riscos derivados da incerteza em relação às reformas regulatórias e seu impacto potencial no crédito bancário e na atividade econômica em geral."

EUA precisam ajustar contas

O FMI pediu aos Estados Unidos que conduzam seu deficit orçamentário por um caminho sustentável, que não prejudique sua recuperação econômica. "O desafio principal é desenvolver uma estratégia fiscal confiável para assegurar que a dívida pública seja levada — e vista como levada — por um caminho sustentável sem colocar em risco a recuperação", afirmou o FMI em seu relatório. A instituição prevê um crescimento para os EUA de 3,3% em 2010 e 2,9% em 2011, e depois um crescimento entre 2,6% e 2,8% a cada ano entre 2012 e 2015.

Defesa do Mercosul

Bruxelas — O chefe de comércio da União Europeia, Karel De Gucht, destacou os benefícios do possível acordo com os países do Mercosul, que enfrenta forte oposição de ambientalistas, agricultores e legisladores. Falando ao Parlamento Europeu em Estrasburgo, De Gucht disse que um acordo de livre comércio com o Mercosul — Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai — impulsionará as exportações de bens e serviços da UE e abrirá novos empregos no setor público.

A UE e o Mercosul negociaram por quase cinco anos entre 1999 e 2004 para estabelecer uma zona de livre comércio, mas não conseguiram um acordo em parte devido a divergências sobre os produtos agrícolas. Depois de anos de estagnação, espera-se que as conversações sejam retomadas em julho.

Se um acordo for atingido, seria criada a maior zona de livre comércio do mundo, com 750 milhões de pessoas e bens avaliados em 65 bilhões de euros (US$ 82 bilhões) por ano. "A Comissão está ciente da sensibilidade da agricultura nessas negociações e levará esse elemento em conta durante as negociações", disse De Gucht aos parlamentares.

De Gucht afirmou que o acordo impulsionaria as exportações dos produtores de vinho, queijo, frutas e vegetais da UE.

Governo acusa Clarín

Buenos Aires — O governo da Argentina encaminhou uma queixa criminal contra o JP Morgan e o Grupo Clarín, maior conglomerado de mídia do país. Buenos Aires acusa os grupos de cometerem fraude pela "manipulação" do preço da ação do Clarín, conta a imprensa. A reclamação feita pela unidade de informação financeira do governo, UIF, afirma que o JP Morgan e o Grupo Clarín sonegaram informações para inflarem o preço das ações do Clarín quando o grupo de mídia abriu seu capital em 2007.

O governo também acusa o Clarín de vender ações sobrevalorizadas para fundos de pensão do país. A imprensa local afirma que as ações foram vendidas primeiro a 35 pesos antes de despencarem para 9 pesos mais tarde. O Clarín "não deu ao mercado informação correta e precisa, o que é fundamental para a definição dos preços das ações", afirmou o diretor da UIF, José Sbatella, na queixa citada pelo jornal La Nación. O JP Morgan organizou a oferta de ações, segundo o governo. Representantes do Clarín e do JPMorgan não estavam disponíveis para comentar o assunto.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e seu marido e antecessor Nestor Kirchner, têm mantido discussões com o Clarín desde que o grupo de mídia criticou o confronto do governo com fazendeiros sobre exportações de grãos em 2008. A reclamação é baseada no testemunho de Hernan Arbizu, ex-executivo do JP Morgan preso em 2008 na Argentina por acusação criminal. Ele é acusado de roubar US$ 2,8 milhões de uma conta de cliente.



Jornal da Câmara



Caderno: Geral



REPRESENTAÇÃO PARLAMENTAR - Reunião de presidentes deve definir composição do Parlasul

A reunião da cúpula de presidentes do Mercosul, marcada para 3 de agosto em San Juan (Argentina), deverá se concentrar na nova composição do Parlamento do bloco (Parlasul). Na reunião, também está prevista a discussão de tópicos como a aprovação do Código Aduaneiro e a eliminação da dupla cobrança da tarifa externa comum (TEC).

A reunião mensal do Parlasul vai anteceder a cúpula; será no dia 2 de agosto, na mesma cidade argentina.

A composição atual é de parlamentares indicados pelos Congressos Nacionais, sendo 18 de cada país-membro. A discussão sobre a composição do Parlamento deve cumprir o Protocolo Constitutivo do Parlasul, que estipula a eleição direta e a dedicação exclusiva dos parlamentares.

Proporcionalidade - Os países-membros aguardam definição sobre a proporcionalidade da representação para determinar o número de parlamentares que devem eleger, o que resultará em mudanças na legislação eleitoral de cada país. Por enquanto, só o Paraguai elegeu seus 18 parlamentares em 2008.

O Parlamento do Mercosul chegou a um consenso sobre a representação cidadã, que acolhe a implementação gradual da representatividade. Conforme o critério dessa representação, o Parlasul será composto, na primeira fase de transição, da seguinte forma: Argentina - 26 representantes, Brasil - 37, Paraguai - 18, e Uruguai - 18 representantes.

Os números foram definidos a partir da projeção de crescimento populacional dos países, considerando o período de 1950 até 2050. Os estados-partes deverão realizar eleições diretas durante a segunda fase de transição, que se inicia em 2015, de acordo com o protocolo.

O entendimento geral é de que se alcance um acordo de "proporcionalidade atenuada", pelo qual o Brasil elege até 75 deputados, a Argentina até 43 e o Uruguai e o Paraguai 18 deputados cada, a partir de 2015. A delegação paraguaia exige, no mesmo acordo, a criação de um tribunal de justiça supranacional no bloco, de competência superior às cortes nacionais para dirimir conflitos e aplicar o direito do Mercosul.



Jornal "Valor Econômico"



Caderno: Internacional



Sob pressão, Argentina corrige IR acima da inflação oficial

Daniel Rittner, de Buenos Aires

Após ter alcançado um recorde na arrecadação de tributos, o governo argentino corrigirá em 20% a tabela do imposto de renda às pessoas físicas. O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Economia, Amado Boudou, para quem a medida "fortalecerá o mercado interno e o consumo".

A correção ficou acima da inflação oficial, de pouco mais de 15% desde o último reajuste, em 2008, mas abaixo das estimativas independentes que sugerem inflação acima de 30% no período.

O alívio fiscal será retroativo ao dia 1º de julho. A isenção ao imposto sobe, para os trabalhadores solteiros, de 4.015 pesos (cerca de R$ 2 mil) para 4.818 pesos. No caso de casais com dois filhos, a faixa de isenção aumenta de 5.554 pesos para 6.662 pesos. A alíquota máxima de imposto na Argentina é de 35%.

A correção da tabela é consequência da forte pressão feita pelos sindicatos. Tanto que foi anunciada logo após uma reunião da presidente, Cristina Kirchner, com um de seus principais aliados políticos, o secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), Hugo Moyano, que tem cumprido papel fundamental ao governo, tentando conter a recente disparada de reajustes salariais.

Por causa do aumento da inflação neste ano, que deve chegar perto de 25%, os grandes sindicatos estão elevando seus pedidos de reajuste. No início do ano, vinham negociando altas em torno de 20%. Mas foram colocando números cada vez mais altos às suas demandas, que ultrapassaram 30%. Com isso, a queixa de Moyano era de que muitos trabalhadores isentos entraram na faixa de cobrança do imposto de renda. Além disso, ele usou a correção da tabela como uma contrapartida para pedidos menos ambiciosos.

Segundo o ministro Boudou, o governo abrirá mão, com a medida, de arrecadar 3,1 bilhões de pesos (cerca de R$ 1,5 bilhão).

A perda fiscal, porém, será relativamente tímida. Em maio, a arrecadação tributária foi recorde e chegou a 39 bilhões de pesos, com aumento de 44% em relação a igual mês de 2009, graças à recuperação da economia.

O resultado permitiu ao governo ampliar o superávit primário e atingir, pela primeira vez no ano, superávit nominal (incluindo o pagamento de juros da dívida). Uma das críticas mais frequentes dos analistas econômicas é sobre o ritmo de crescimento dos gastos correntes, que tem apresentado variação sempre acima de 30% neste ano, na comparação com 2009.

Caderno: Agronegócios



Rossi vai à UE negociar carne e transgênicos

Comércio: Ministro quer que bloco flexibilize regra sobre fornecimento de gado e maior tolerância com OGMs

Claudio Belli/ValorWagner Rossi, que discutirá exportação de carnes e transgênicos com UEO governo vai tentar convencer as autoridades da União Europeia a reduzir as exigências para a importação de carne bovina e produtos transgênicos origem nacional. Desde 2008, quando a UE impôs uma lista prévia de fazendas autorizadas a vender gado aos frigoríficos habilitados, os embarques caíram de 20 mil para menos de 4 mil toneladas mensais. E os exportadores têm sofrido com o rigor na detecção de grãos transgênicos em seus embarques ao bloco.

Na segunda-feira, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, inicia um périplo de três dias por gabinetes da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu para "dialogar" com as autoridades locais. No caso da carne, Rossi atuará em duas frentes. Na primeira, tentará um acordo, com prazos definidos, para "flexibilizar" a regra que obriga a habilitação individual das fazendas e submete a lista à administração da UE.

"Vamos solicitar que possamos indicar um número maior de fazendas. O credenciamento muito limitado foi responsável pela redução muito forte das vendas para a Europa", diz Rossi. O governo estima que as empresas deixaram de vender US$ 1 bilhão com a restrição. "Eram critérios temporários. Não há motivos para preocupações exageradas". Hoje, o ministério audita as fazendas, envia a lista e a UE credencia o embarque. "Vamos propor a administração da lista e que eles continuem a fazer as inspeções", afirma.

Nas reuniões, Rossi também solicitará mudanças nos critérios da chamada "Cota Hilton", cujas vendas pagam taxa de 20% para entrar na UE - no extra-cota, o imposto chega a 12,8%, mais € 3.041 por tonelada. O objetivo é permitir a alimentação do gado com ração vegetal para terminação em confinamentos. "Isso nos levaria a usar toda a nossa cota de 10 mil toneladas, que deixamos de cumprir nos últimos três anos", explica. Pelo pedido, o boi ficaria só 100 dias de seus 30 meses antes do abate sendo alimentado com ração.

No caso de transgênicos não liberados na UE, o ministro tentará elevar ao mínimo de 0,1% o nível de contaminação permitido para ingressar na UE. "Eles têm tolerância zero para transgênico não aprovado lá", diz Rossi. "Mas tem alguns, que nunca vão chegar lá porque são adaptados a microclimas específicos, poderia haver tolerância de 0,1% para não eliminar a entrada. Hoje, a simples contaminação impede a venda", observa.

Ao declarar "apoio enfático" à retomada das negociações UE-Mercosul, o ministro Rossi aproveitará para convidar membros do Parlamento Europeu ligados a agricultura e comércio internacional para "conhecer" a pecuária brasileira. "Até são simpáticos ao Brasil, mas não têm informações suficientes sobre a pecuária", diz. "Vamos trazer mais gente para superar preconceitos, implantados pelos irlandeses. Ainda persiste certa confusão da pecuária com desmatamento da Amazônia".



Jornais dos Países Membros do Mercosul



Paraguay "ABC"



Sección: Política



Escándalo en Brasil con un consejero de Itaipú vinculado a Gustavo Codas

JoãoVaccari Neto, consejero de Itaipú por el Brasil, desató un escándalo tras denuncias en su contra por supuestos desvíos de recursos de una cooperativa de ahorros para financiar campañas electorales del PT.Medios brasileros señalan que Vaccari fue puesto por Lula en la binacional, al igual que el propio Gustavo Codas, a quien lo presentan como su brazo político en Paraguay. Esto influyó en la dilación para aprobar las notas reversales en el Congreso.

Consultado sobre este escándalo, Codas reconoció que fue asesor de relaciones internacionales, de relaciones laborales y organización sindical de la Central Unica de Trabajadores (CUT) del Brasil, mientras João Vaccari Neto era secretario de organizaciones internacionales del mismo gremio entre el 2003 y el 2006.

Vaccari, quien además es tesorero del Partido de los Trabajadores (PT), la nucleación partidaria liderada por el presidente Luiz Inácio Lula da Silva, había dejado el cargo en la CUT para asumir como presidente del Banco de la Vivienda Cooperativa (Bancoop), una asociación sindical que administra ahorros de los empleados de los bancos del estado de São Paulo.

Cuando Vaccari estaba a punto de convertirse en tesorero de la campaña de Dilma Rousseff, favorita de Lula para sucederle en la presidencia del Brasil, saltaron las graves denuncias y que están siendo investigadas por la justicia, por supuestos desvíos de fondos del Bancoop, para financiar campañas electorales de la formación socialista.

La acusación del Ministerio Público contra Vaccari es por delitos como gestión fraudulenta, asociación para delinquir, enriquecimiento ilícito, apropiación indebida de valores, lavado de dinero y financiación clandestina de campañas, supuestamente con fondos del Bancoop.

Los medios brasileros presentaron el caso como un gran escándalo, incluso ha afectado, según las encuestas, la imagen de la candidata oficialista. La prensa brasileña, ante este hecho, plantea el interrogante del porqué Lula mantiene a Vaccari en la Itaipú, teniendo en cuenta la contundencia de las denuncias en su contra.

Incluso se menciona que el propio Gustavo Codas, compañero de trabajo en la CUT y amigo de Vaccari, sería el brazo político del Presidente brasileño en la binacional, a través de quien pretende tener el control de las "negociaciones" con Paraguay.

El escándalo de Bancoop, y los vínculos de Vaccari en Itaipú y las cercanías con Codas, habrían influenciado también en la postura asumida por el Congreso del vecino país para dilatar la aprobación de las notas reversales acerca del acuerdo firmado entre Lugo y Lula sobre Itaipú.



Las promesas hechas por Lula no pasan de ser tales a casi un año de distancia

A casi un año del compromiso asumido por el presidente Lula para financiar la línea de 500 kV , además del aumento de la compensación por la cesión de energía en Itaipú, no hay más que intenciones. El embajador brasileño dijo que cumplirán con Paraguay, pero no precisa cómo.

El embajador Eduardo dos Santos eludió referirse al revés tenido por la Notas Reversales en el Congreso de su país, el miércoles último, cuando fue aplazado su tratamiento. Requerido a propósito, el diplomático respondió que no podía hablar del tema "porque el Parlamento es soberano e independiente". "Yo tengo cierta dificultad para comentar este tema porque esta es una prerrogativa del Parlamento brasileño", alegó ante el requerimiento periodístico tras un acto ayer en la Cancillería.

Excusas

Agregó que "el reglamento de Diputados en Brasil prevé que cuando se crean más de tres comisiones para estudiar un mismo tema, la presidencia de la Cámara tiene la prerrogativa de concentrar el estudio de los acuerdos en una sola comisión". Señaló que "esto permitirá que se concentre el estudio y que la tramitación avance de la manera que esperamos que sea. Otra cosa no puedo decir porque es un tema de la competencia del Congreso".

Preguntado si comparte la afirmación del periódico brasileño O Estado de São Paulo, que el fin de semana pasado sostuvo en su editorial que Paraguay nada puso en Itaipú, Dos Santos contestó: "En ese tipo de comentarios nosotros no tenemos ninguna responsabilidad, no corresponde a nuestra visión. Son comentarios", reiteró. Consultado si Lula vendrá el 25 de este mes para la iniciación de las obras relativas a la línea de 500 kV, el embajador aseguró que sí. "Esto saludamos y vemos como un hecho muy positivo", añadió refiriéndose a la obra proyectada. Al señalársele que, sin embargo, Paraguay sigue con las manos vacías respecto a las dos promesas del Brasil, se limitó a decir: "Son dos cosas distintas". Admitió finalmente que para la línea de 500 kV aún no hay recursos.

No hubo resultados significativos

Durante la Cumbre de Asunción del 25 de julio de 2009, el presidente del Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, prometió la construcción de la línea de 500 kV, desde Hernandarias hasta Villa Hayes, sin costo para el Paraguay. Fue en el marco de la Declaración Presidencial rubricada en el Palacio de Gobierno con Fernando Lugo. Con posterioridad, otro documento formalizado entre las partes se refirió a la Nota Reversal del 1 de setiembre del año pasado entre el ministro de Relaciones Exteriores, Héctor Lacognata, y el embajador brasileño Eduardo dos Santos. Guarda relación con el aumento de la compensación por cesión de energía de Itaipú, de 120 millones a 360 millones de dólares.



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Sección: Economía



Acuerdo Lugo/Lula sufre serio revés en comisión de Diputados de Brasil

La Nota Reversal del 1 de setiembre de 2009, que debería triplicar la compensación que paga Eletrobrás a nuestro país por el aprovechamiento de su excedente energético en Itaipú, sufrió el miércoles último el primer revés en la Cámara de Diputados del Poder Legislativo brasileño, según informa Fabio Couto, de la agencia especializada de ese país canalenergia.com.

Por su parte, O Estado de São Paulo, en un reporte de Leonardo Goy, no es tan categórico al titular su material informativo que una "Manobra impede revisão do Tratado de Itaipu com o Paraguai".

¿Para el segundo semestre o para las calendas griegas?

Una tercera fuente sobre el hecho, que recoge el resumen de prensa de la Embajada Paraguaya en Brasilia, es la agencia Associated Press (AP), que en un despacho fechado en la capital del vecino país ayer destaca que "El Congreso brasileño dejó para el segundo semestre de este año la votación de un acuerdo con Paraguay que triplicará el valor de la energía que adquiere de la gigantesca hidroeléctrica binacional de Itaipú."

CanalEnergia añade que el diputado Bruno Araújo (PSDB-PE), relator del tema en la Comisión de Relaciones Exteriores y de Defensa Nacional, presentó el último miércoles su parecer de rechazar la propuesta, porque para él "el aumento del derecho de cesión de US$ 120 millones a US$ 360 millones es una transferencia directa que será concedida al Paraguay sin contrapartida".

¿Creatividad o ignorancia?

La "figura jurídica" mencionada por el legislador Araújo debe imputarse a su creatividad, por cierto limitada porque el Art. XIII del Tratado habla del derecho de adquisición, derecho que reconoce a los dos países pero que, en la práctica, se transformó en una pesada obligación para el Paraguay.

Esa capacidad de previsión no debería atribuirse a la clarividencia de los negociadores del Tratado, sino a la observación de la economía paraguaya, así como a una simple estimación de su potencialidad. En efecto, todos sabían –brasileños y paraguayos de entonces– que el único que tendría un cuantioso remanente "no utilizado", durante muchos años, era Paraguay.

El excedente no sirve o no es paraguayo

La escasa creatividad del legislador mencionado, su ignorancia del Tratado o sus intenciones colonialistas se evidencian hasta en su intimidad cuando señala, siempre de acuerdo con CanalEnergia, que el aumento de la compensación paraguaya sería "una concesión directa" de su país al nuestro, "sin contrapartida" paraguaya.

Por lo leído, el excedente energético paraguayo en Itaipú, que ronda los 38 millones de MWh, para Araújo no es nada o, lo que es peor, no es paraguayo.

Recordemos que en el 2007, según informes de la Dirección Financiera de Itaipú, nuestro país, en ese concepto, recibió de Eletrobrás US$ 100.302.700. Dividamos esa cantidad por el excedente y concluiremos, de acuerdo con los precios vigentes, incluso mayoristas del mercado de su país, que el "precio" de nuestra energía fue hasta inferior a US$ 3/MWh, si lo triplica subiría a US$ 9/MWh, muy lejos aún de los valores de mercado.

Goy de O Estado, a su turno, explica que "había posibilidades de que el proyecto fuese votado ayer (por el miércoles) en la Comisión de Relaciones Exteriores de la Cámara (de Diputados", pero que la oposición (al gobierno de Lula) "solicitó a la dirección de la casa que el tema fuera evaluado en la Comisión de Desarrollo Económico, Industria y Comercio. El pedido fue aceptado y forzó la creación de una comisión especial para analizar el proyecto, pues el reglamento prevé esa exigencia para temas que exijan discusión en más de tres comisiones".

Lula vendrá con las manos vacías

Pone en boca de Araújo la versión que el Ejecutivo tenía prisa para aprobar el documento, porque "Lula quería llevar eso al Paraguay este fin de mes, pero va a llegar con las manos vacías".

En rigor, Lula prometió venir el 25 de julio, fecha en que evocarán el primer aniversario de la hasta ahora retórica Declaración Presidencial del 2009, y ocasión en la que desean comenzar la construcción del terraplenado de la futura subestación de Villa Hayes, parte de la línea de transmisión de 500 kV, de cuya concreción, al menos con la financiación brasileña, por el canal que fuese, sigue dudándose en la opinión pública nacional.

Desde hoy, con mayor razón.

"... La votación fue suspendida –agrega a su turno la AP– por una iniciativa del diputado opositor Guilherme Campos, quien propuso crear una comisión especial para ocuparse del proyecto.

"Sine die"

Añade la agencia norteamericana que "un portavoz de la comisión, que no se identificó por política de la institución, explicó que los integrantes de la comisión especial deben ser nombrados por los jefes de las distintas bancadas del Congreso, lo cual no se ha realizado".

Así, indicó que "la comisión no podrá comenzar a funcionar antes del receso parlamentario que comienza el 19 de julio, y que será seguido por una interrupción en las tareas legislativas por las elecciones de octubre".



"La Nación



Sección: Política



Argentina aplaza la Cumbre del Mercosur

El evento debía realizarse en el vecino país en los días 15 y 16 de julio.

Por decisión de la presidenta de Argentina, Cristina Fernández de Kirchner quedó aplazada la Cumbre de Mandatarios del Mercosur, que debía realizarse la próxima semana en ese país. Inicialmente el encuentro de jefes presidentes estaba previsto para los días 15 y 16 de julio, pero repentinamente se comunicó que fue suspendida para nueva fecha a ser confirmada, según un comunicado emitido por la SICOM.

"La 39ª Reunión Ordinaria del Consejo y Cumbre de Presidentes del Mercado Común del Sur y Estados Asociados, previstas para los días 15 y 16 de julio, del año en curso, quedaron pospuestas para otra oportunidad", expresa el comunicado. El encuentro de dignatarios de este bloque regional de cooperación e integración tendría que haberse realizado en San Juan, República Argentina.

"La presidencia pro-témpore del Mercosur, a cargo de la mandataria argentina, Cristina Kirchner, informará, en su momento, acerca de las nuevas fechas", concluye.



Sección: Negócios



Vendrá delegación de industriales del Brasil

Se espera la participación de 26 a 28 empresas de ese país en la rueda de negocios.

Empresarios industriales brasileños también se preparan para participar de la Expo 2010, interesados en concretar negocios en el país, específicamente en la producción de comestibles, servicios y bebidas alcohólicas, según lo anunciado por Raúl H. López Salinas de la Unión Industrial Paraguaya, tras un viaje a Pernambuco, Brasil.

El mismo se reunió con empresarios para exponer las posibilidades de hacer maquila en Paraguay, y estar presente en la rueda de negocio de la Expo en los días 20 y 21 de julio, logrando el interés de un grupo de 22 empresarios de dicha región para participar del evento.

Entre ellos vendrían también 4 a 6 de San Pablo y 4 de Minas Gerais, comentó. También recordó que el año pasado ya habían venido un grupo de representantes de12 empresas para la rueda de negocios y las perspectivas para esta edición es aumentar 26 ó 28 empresas de Recife – Pernambuco, San Pablo y Minas Gerais.

López Salinas resaltó el logro de promocionar las posibilidades de inversión y negocios en el país, "si realmente nos ponemos a trabajar todos los sectores productivos y los sectores gubernamentales que deberían estar trabajando en todo el mundo para atraer más empresas, inversiones, maquila de todo tipo en nuestro país, es factible hacerlo", expresó comentando por otro lado, que en sucesivos gobiernos no se han realizado este tipo de promociones, ya sea a través de las embajadas, los consulados, los secretarios de los comercios, los de las relaciones internacionales, entre otros.



Uruguay "El Observador"



Sección: Economía



UE defendió desbloqueo de negociaciones con Mercosur

La Comisión Europea defendió en la víspera el desbloqueo de las negociaciones para un acuerdo de asociación con el Mercosur y quiso tranquilizar a los agricultores y ganaderos europeos garantizando "medidas de acompañamiento" para los productos más afectados en caso de cerrarse el pacto.

"La Comisión Europea es plenamente consciente de que el asunto de la agricultura es muy delicado en estas negociaciones y lo tendrá en cuenta", explicó el comisario europeo de Comercio, Karel De Gucht, en una comparecencia ante el pleno del Parlamento Europeo.

Un buen número de eurodiputados dejó ayer claro al comisario sus temores por la situación en la que el acuerdo, que incluye un importante apartado comercial, podría colocar a los agricultores europeos ante la competencia de los productores sudamericanos.

De Gucht reconoció que una apertura comercial al Mercosur puede tener impacto sobre ciertos productos europeos y aseguró que "harán falta medidas de acompañamiento en los sectores más delicados" de la economía comunitaria. (EFE)

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