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O Mercosulino 08/09/2010 -www.camara.gov.br/representacaomercosul

Jornal “Valor Econômico”


Caderno: Brasil


Mercosul discute integração produtiva
Agência Brasil, de Brasília

A estratégia de integração econômica do Brasil, da Argentina, do Paraguai e Uruguai é assunto de uma reunião conjunta dos ministros da Indústria, Comércio e Turismo dos quatro países. Amanhã, em Brasília, eles debaterão o tema e finalizarão as propostas para por em prática uma série de ações. As informações são da agência oficial de notícias da Argentina, a Telam.

No seminário estarão presentes os ministros do Brasil, Miguel Jorge, da Argentina, Débora Adriana Giorgi, do Paraguai, Francisco Rivas Almada, e do Uruguai, Roberto Kreimerman. "Como nunca antes estamos trabalhando em uma agenda de integração produtiva no Mercosul genuína, que nos permitirá ficar juntos para competir em terceiros mercados", afirmou a ministra da Argentina.

Segundo ela, houve orientações de todos os presidentes do Mercosul para aprofundar os estudos e levar adiante a integração dos setores específicos. "No Brasil temos programado uma agenda específica em setores estratégicos para os países. Temos casos concretos de parceria entre empresas brasileiras e argentinas", disse ela.

Para Débora Giorgi, a integração é, sobretudo, um ato de complementaridade. "O progresso em um processo de integração vai além do comércio, para incluir infraestrutura, energia, social, complementaridade produtiva e ambiente de cuidado", disse. Desde o ano passado, Brasil e Argentina atuam na integração de setores industriais, como laticínios, madeira e móveis, vinho, óleo e gás, entre outros. Segundo Débora Giorgi, os países estão desenvolvendo ferramentas para cofinanciamento dos processos de integração e de associação por intermédio do Banco Nacional e do Banco de Investimento e Comércio Exterior da Argentina e do BNDES.

Para Argentina e Brasil, há áreas sensíveis que merecem atenção especial, como óleo, petróleo, autopeças, máquinas agrícolas, além de madeira e móveis, eletrodomésticos (geladeiras, fogões e máquinas de lavar), vinho e laticínios.


Caderno: Agronegócios


O país da carne encara a escassez de boi
Redução da oferta de matéria-prima eleva preços domésticos e derruba o consumo e os embarques
Daniel Rittner | De Buenos Aires

A CompartilharImprimirEnviar por e-mail O país do bife de chorizo, que já chegou a ter duas vacas por habitante e a ostentar o título de nação mais carnívora do mundo, assiste perplexo à crise em torno de sua pérola gastronômica. A Argentina perdeu 8,6 milhões de cabeças de gado em dois anos. Com a redução da oferta, os preços da carne bovina subiram 164% desde setembro, o maior aumento para um único produto no período, segundo a inflação medida pela Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Buenos Aires (UBA).

Mesmo em um cenário otimista, conforme as projeções do Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina (IPCVA), serão necessários pelo menos três ciclos completos de três anos cada - do nascimento ao abate - para recuperar o estoque de gado perdido. "Se tudo correr bem, é um processo que levará nove anos", disse ao Valor o diretor-geral do IPCVA, Carlos Vuegen.

Sem oferta suficiente, o ajuste tem se dado por duas vias. A primeira é a queda do consumo pelos argentinos. De 70,5 quilos por pessoa/ano de janeiro a maio de 2009, a média diminuiu para 55,6 quilos no mesmo período de 2010. É o nível mais baixo em uma década - ainda assim, são quase dez quilos a mais do que consomem os habitantes do Rio Grande do Sul, os maiores carnívoros do Brasil.

O segundo sintoma é a perda de importância da Argentina no mercado internacional. O país era o dono incontestável do título de principal exportador do mundo até 1970, quando a Política Agrícola Comum (PAC) europeia mexeu no ranking e cedeu o posto ao Velho Continente. Depois, Austrália e Brasil passaram a liderar a lista. Hoje, a Argentina disputa com países menores, como o Uruguai, o sétimo lugar entre os maiores fornecedores. De cerca de 700 mil toneladas exportadas em 2009, as vendas ao exterior devem ficar entre 310 mil e 330 mil toneladas neste ano, segundo projeções do IPCVA.

O marco zero da crise está na primeira metade da década de 1990, quando um número cada vez maior de pecuaristas trocou o gado pelo cultivo de soja, considerado mais rentável. A migração, que durou até 2005, provocou alterações no mapa da pecuária argentina e levou boa parte da produção para o norte do país, distanciando-se dos pampas.

Perderam-se 13 milhões de hectares para a agricultura. A produção não caiu, mas ficou mais cara. "O que ocorreu nesse período foi um processo gradual e lógico", diz o consultor Victor Tonelli. "O problema veio depois, com uma brutal intervenção do governo, que terminou por destruir o sistema produtivo e a possibilidade de exportação dos frigoríficos."

A partir de 2006, começou a cobrança de impostos sobre as exportações e os embarques chegaram até a ser proibidas, em uma tentativa desesperada do governo de aumentar a oferta no mercado interno. Houve acordos "informais" de preços e o governo ameaçou fechar os frigoríficos que pagassem um valor acima do teto definido para o gado vivo. A seca iniciada em 2008, a pior em 70 anos, completou o estrago.

Em um recente boletim de conjuntura, a Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados da Argentina (Ciccra) avalia que "a política setorial pareceu ser efetiva inicialmente, porque a febre do paciente baixou e chegou inclusive a desaparecer por algum período, mas nunca se fez nada nada para tratar a doença que a causava".

Enquanto os pecuaristas abatiam seu gado, no processo de desinvestimento mais intenso das últimas décadas, os argentinos se fartavam de carne barata e as exportações não davam sinal de queda. Em 2009, foram produzidos 3,5 milhões de toneladas de carne com osso e as exportações chegaram a US$ 1,6 bilhão. O consumo doméstico atingiu seu recorde histórico.

Mas era uma questão de tempo até a febre voltar. Do total de abates, nada menos que 49,7% eram de fêmeas. Quando esse índice é superior a 40%, o estoque não se recompõe, em um processo conhecido no setor como "liquidação de ventres". De 2008 a 2010, a população bovina caiu de 57,5 milhões para 48,9 milhões de cabeças, segundo números oficiais estimados com base na quantidade de vacinas aplicadas contra a febre aftosa.

Os preços, que conseguiram ser controlados pelo governo e não haviam acompanhado a alta mundial da carne, finalmente subiram e se alinharam aos internacionais. Por isso, garantem os especialistas, é improvável que a Argentina passe a importar carne, como se especula, e o ajuste se dá com a queda de exportações e do consumo doméstico. Mas é certo que a crise, antes concentrada no campo, chegou aos frigoríficos, que andam sem bois para abater. Nos cinco primeiros meses do ano, a produção caiu 23% em volume.

A boa notícia é que há sinais de que uma recuperação - ainda lenta - está em curso, graças aos melhores preços obtidos pelos pecuaristas. As evidências já foram constatadas na proporção de fêmeas abatidas, que caiu para 43% do total em maio, e existem perspectivas de um maior índice de nascimentos. Para um rebanho de 20 milhões de vacas, houve 11,7 milhões de novos bezerros no ano passado. Em 2010, a tendência é que esse número possa atingir 12 milhões.

No próximo ciclo reprodutivo, espera-se aumentar mais. "O processo de desinvestimento ainda não terminou. É preciso alcançar uma taxa de nascimento de 80% do estoque de vacas", afirma Miguel Jairala, analista econômico do IPCVA. Para o consultor Tonelli, a produção voltará a cair em 2011, antes de recuperar-se a partir de 2012.

Tonelli também fala que a recuperação do estoque perdido virá apenas no fim da década. E insiste: "Se não houver problemas climáticos nem políticas que continuem prejudicando os negócios."


Jornal “O Globo”


Opinião


Outra Opinião - Diplomacia democrática
FÁTIMA MELLO

A política externa brasileira sempre foi vista pelo grande empresariado industrial e do agronegócio como propriedade desses setores.

Sob a alegação de ser uma política de Estado, confundia-se interesse nacional com seus próprios interesses.

Ao longo dos últimos anos novas agendas e novos atores passaram a disputar os rumos da política externa, visando a democratizá-la e torná-la uma política pública que reflita os interesses múltiplos e conflitantes que existem na sociedade brasileira. Trabalhadores urbanos e rurais, consumidores, ambientalistas, organizações que defendem direitos sociais e serviços públicos universais passaram a questionar as prioridades das grandes corporações que sempre orientaram a atuação externa do Brasil.

Passaram também a pressionar para que a agenda de direitos, da sustentabilidade ambiental e de garantia das políticas de saúde, educação, serviços públicos, segurança e soberania alimentar passe a orientar a formulação da política externa.

Tais organizações e movimentos sociais defendem uma agenda diferenciada de integração do Brasil com os países da América Latina e com outros países do Sul. Propõem o controle social da atuação de empresas dentro e fora do Brasil, demandando garantias e contrapartidas sociais e ambientais das empresas multinacionais, inclusive das empresas brasileiras que estão se internacionalizando, e exigindo o cumprimento das regulações existentes para elas no plano internacional e na legislação nacional. Defendem que a política externa incorpore como diretriz central a defesa da dimensão ambiental, priorizando a articulação da posição externa com políticas internas de transição para uma economia de baixo carbono, que inclua a diversificação da matriz energética, a defesa dos sistemas agroecológicos da agricultura familiar e camponesa, o respeito aos territórios das populações tradicionais. Defendem que os direitos sociais prevaleçam sobre os interesses meramente comerciais.

Para que os interesses múltiplos e conflitantes existentes na sociedade brasileira possam ser processados, mediados e por fim traduzidos em posição externa é necessária a criação de um espaço institucional que inclua esta diversidade de atores e agendas. Os espaços e dinâmicas existentes até agora sejam a Camex, as consultas ad hoc, as reuniões realizadas em gabinetes de ministérios com os grupos empresariais de pressão já não são mais aceitáveis porque deixam importantes setores sociais e agendas do lado de fora, sem interlocução. A proposta de criação de um Conselho de Política Externa reforçaria o papel do Ministério das Relações Exteriores como o lócus de mediação, formulação e condução da política externa, conferindo legitimidade às definições dessa política. O conflito e a democratização do processo decisório na política externa são sinais positivos, pois contribuem para a democratização do Estado. E isso deve ser visto como prioridade pelo próximo governo.

FÁTIMA MELLO é secretária executiva da ONG Rede Brasileira Pela Integração dos Povos.


Caderno: Mundo


Argentina: mais críticas, menos anúncios
Governo pune mídia independente com gasto muito menor em publicidade oficial do que na imprensa alinhada
Janaína Figueiredo Correspondente

BUENOS AIRES. Além de atacar publicamente e apresentar denúncias na Justiça contra meios de comunicação considerados inimigos pelo governo Kirchner, entre eles os jornais Clarín e La Nación, nos últimos meses a Casa Rosada reforçou o respaldo financeiro a diários, rádios e canais de TV alinhados com o Executivo. De acordo com informações divulgadas ontem no país, nos primeiros meses de 2010 empresas de grupos que mantêm uma boa relação com o governo da presidente Cristina Kirchner chegaram a receber 780 vezes mais recursos destinados à publicidade oficial do que meios de comunicação criticados pelo governo.

O cálculo tem por base uma avaliação relativa, calculandose quanto cada meio de comunicação recebe pelo número de pessoas que atinge.

Já entre 2008 e 2010, a publicidade oficial despencou 60% na receita do Clarín e 50% no La Nación.

Oposição elabora projeto de lei para conter abusos

Com este pano de fundo, os partidos opositores estão acelerando a elaboração de um projeto de lei para evitar que o governo utilize os recursos da publicidade oficial no favorecimento de meios de comunicação que evitam questionar políticas estatais e, sobretudo, mencionar denúncias e escândalos envolvendo funcionários kirchneristas.

Este projeto é muito importante porque o uso arbitrário da publicidade oficial acaba sendo uma forma de censura indireta opinou a deputada Silvana Giudici, presidente da Comissão de Liberdade de Expressão da Câmara.

Segundo ela, se o governo negar-se a modificar a lei será porque quer continuar aproveitando uma situação injusta.

Este ano, de acordo com dados oficiais divulgados ontem pela Chefia de Gabinete da Presidência por pressão da ONG Poder Cidadão, que controla contas públicas os jornais e revistas do grupo Spolsky, alinhado com o governo, receberam cerca de US$ 35,6 milhões de pesos do Estado (em torno de US$ 9 milhões).

Já o grupo Clarín cujos jornal, emissoras de rádio e TV são as mais importantes do país obteve apenas 20,1 milhões de pesos (US$ 5 milhões).

O Clarín vende em média cerca de 300 mil exemplares por dia durante a semana.

Já o diário Página 12, outro da linha kirchnerista e que, segundo informações extraoficiais, vende pouco mais de 10 mil exemplares diários, foi beneficiado com 18,4 milhões de pesos (cerca de US$ 4,7 milhões).

Gasto em publicidade teria subido 23 vezes em 6 anos

No ano passado, o debate sobre a utilização arbitrária da publicidade oficial por parte do governo Kirchner chegou à Assembleia Anual da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), realizada na capital argentina.

Durante o evento, a jornalista Maria ODonnel, que escreveu um livro sobre o assunto, informou que entre 2003 (ano em que o Casal K chegou ao poder) e 2009, o orçamento da Secretaria de Meios de Comunicação destinado à publicidade oficial passou de 43 milhões de pesos (US$ 11,3 milhões) para mais de 1 bilhão de pesos (US$ 265 milhões).

A secretaria encarregada de distribuir os recursos da publicidade oficial já foi alvo de gravíssimas denúncias. No ano passado, o publicitário Enrique Albistur, ex-secretário de Meios de Comunicação, foi acusado pelo então promotor de Investigações Administrativas do governo, Manuel Garrido, de ter repassado cerca de US$ 3,2 milhões a empresas próprias, de familiares e colaboradores próximos. Pouco depois, Garrido renunciou ao cargo alegando limitações para exercer sua função.


Jornais dos Países Membros do Mercosul


Paraguay “ABC”


Sección: Economía

MOPC empezó a pagar por obras del Focem

El Ministerio de Obras comenzó a pagar por los certificados atrasados de las obras viales que se están ejecutando con financiamiento del Fondo para la Convergencia Estructural del Mercosur (Focem). La cancelación de parte de las cuentas trajo respiro a las contratistas que, últimamente, ya habían amenazado con la paralización de tareas por problemas de la falta de recursos.

Según los datos proporcionados ayer por el MOPC y el Ministerio de Hacienda, al cierre del mes de agosto pasado, Obras Públicas y Comunicaciones comprometió recursos por un monto aproximado de G. 80.411 millones, en el marco de los proyectos financiados con recursos provenientes del Focem.

Este monto de inversión representa un incremento de 4 veces más de lo ejecutado en el mismo periodo del 2009, que fue de aproximadamente G. 18.000 millones, dijo el viceministro de Administración y Finanzas, Juan Félix Bogado Tatter.

“El incremento se explica por la ejecución de nuevos proyectos incorporados en el presente ejercicio fiscal, por el avance físico de las obras y la constante adecuación administrativo-financiera de la entidad ejecutora a los requerimientos de la unidad técnica Focem situada en Montevideo, Uruguay”, agregó.

Dijo que estarán recibiendo el desembolso por monto de US$ 4.000.000 durante la próxima semana, con el cual se hará frente a los compromisos asumidos con las empresas contratistas de las diferentes obras. Explicó que en las obras del Focem, la financiación de los proyectos es de 85/15, es decir, 85% del Focem y 15% del Tesoro.


“La Nación”


Sección: Negócios


Firmas paraguayas tendrán que competir con otras del Mercosur
La participación de las empresas paraguayas dependerá de su capacidad de responder a las exigencias de la obra.

Las empresas paraguayas, que reclaman participación preferencial en la construcción de la línea de transmisión de 500 kilovoltios (kV), tendrán que competir en igualdad de condiciones con firmas argentinas, brasileñas y uruguayas, según informó Gustavo González Lafuente, coordinador paraguayo de dicha obra.

El mismo informó que, por un lado, el pliego de bases y condiciones para la línea que unirá Itaipú con la ciudad de Villa Hayes deberá tener una “no objeción” del Fondo de Convergencia Estructural del Mercosur (Focem), y por otro lado, que lo que las autoridades paraguayas consiguieron es que la licitación no sea mundial, sino internacional entre los países miembros del Mercosur.

En la fecha, el equipo técnico se reunirá con el directorio del lado paraguayo de Itaipú “para hacer un seguimiento que viene del Focem”, donde discutirán el pliego de bases y condiciones, cuyo borrador ya está listo “en un 98%”. La inversión total de esta obra es de 555 millones de dólares. De dicho monto, el gobierno de Brasil otorga un total de 400 millones de dólares.

CAPACIDAD DE RESPONDER

Para González, la participación de las empresas paraguayas “dependerá de la capacidad de responder” a las exigencias que la envergadura de la obra requiere. “Lo que se pueda hacer acá, se va a hacer, van a tener que entrar a competir, porque el Focem no permite mercados dirigidos”, señaló. Lo que se permite es solo una preferencia de hasta 100 mil dólares, un monto mínimo en relación a la inversión que requerirá la obra.

Sin embargo, señaló que las autoridades están haciendo un esfuerzo por que la participación de las empresas paraguayas sea la mayor posible “dentro de una determinada racionalidad”.

“IRRACIONAL”

En su opinión, hay planteamientos que no son muy “racionales” y ejemplificó diciendo que “sería muy fácil presentarme yo y decir: soy ingeniero, no tengo la fábrica y me consorcio, me dan el dinero a mí y yo voy subcontratando a otra gente”, refiriéndose al pedido de la Cámara Paraguaya de Construcción (Capaco) de garantizar un 60% de las acciones para las empresas locales al consorciarse con firmas extranjeras, aún para la provisión de equipos que no se hace a nivel nacional.

Sin embargo, aseguró que los consorcios están permitidos sin limitaciones. El problema para las firmas locales es que no tendrán un marco legal que les garantice tener la mayoría de las acciones, algo que una firma del exterior con mayor capacidad difícilmente pueda acceder.

Pedido de Capaco

La Cámara Paraguaya de la Construcción (Capaco) viene reuniéndose con autoridades de Itaipú donde plantean que se garantice en el pliego de bases y condiciones participación plena en la construcción de la línea de 500 kV. “Nuestra premisa es defender la fuente de trabajo de empresas constructoras paraguayas, porque más que nunca nos sentimos avasallados”, señaló Ana Luci Porro, presidenta del gremio. “Hablamos de la defensa de la oportunidad y de la tecnología con que contamos. Este es un país que tiene que construir todas sus líneas, su infraestructura tanto vial como eléctrica”, remarcó Juan José Barrail, vicepresidente del gremio empresarial.

Luego de la palada inicial en el terraplenado de la subestación del Villa Hayes el pasado 30 de julio, el propio Gustavo Lafuente aseguró que las empresas paraguayas tendrán plena participación en la construcción de la línea de 500 kV (kilovoltios) pero solo en lo que respecta a las obras civiles, ya que “ninguna empresa paraguaya está en condiciones de proveer los equipos”, adelantando que Brasil y Argentina son los que podrían hacerlo. “Ellos tienen grandes empresas multinacionales”, dijo al respecto. En la ocasión también señaló que “la intención es que se le dé prioridad a las empresas paraguayas”.

REACCIONES

“Precedente para las empresas”
- Ing. Eduardo Filippo. Unión Industrial del Paraguay.

“Más que ventajas, la construcción de la línea de 500 kV permitirá sentar un precedente para las empresas nacionales. La participación nacional permitirá aumentar la competitividad del nivel nacional, logrando más adelante una competencia a nivel internacional en estas áreas”, manifestó el industrial Eduardo Felippo. “En términos de industria buscamos que se priorice a empresas nacionales para la construcción de las torres, el Centro de Industriales Metalúrgicos ya realizó una demostración de construcción de torres en la Expo, las industrias nacionales pueden, todo depende del tiempo y la forma”, añadió, señalando que la participación de empresas paraguayas es indispensable para adquirir know how.

Obra civil a cargo de firmas locales
- Ing. Francisco Griñó. Cámara de la Construcción.

“Si la construcción se realiza por empresas nacionales, tendríamos la gran ventaja de que todas las empresas del ramo de la construcción trabajarían en toda la obra. Nosotros pedimos que trabajen exclusivamente empresas paraguayas en la construcción de la obra civil. Estamos planteando incluso que la obra se pueda terminar en menor plazo del estipulado por Itaipú. En las obras civiles y en el montaje las empresas nacionales tienen experiencia, están arraigados, conocen al personal especializado, honesto y tienen la capacidad”, manifestó Francisco Griñó, de la Cámara Paraguaya de la Industria de la Construcción. “Lo más importante de esto sería que la inversión de las empresas que se hace aquí, se queda en nuestro país”, añadió.

“Tienen que liderar empresas nacionales”
- Ing. Hernán Basili, titular del CIME

“Nosotros reivindicamos que tienen que ser empresas nacionales las que lideren el proceso de construcción. Las empresas tienen que administrar el trabajo en sus diferentes etapas y las probables necesidades de contratación o cooperación de empresas extranjeras”, dijo el presidente del Centro de Industriales Metalúrgicos, Hernán Basili. “Si la obra se realiza con nuestras empresas quedarían alrededor de 30millones de dólares en el mercado nacional. Itaipú menciona que tiene un proyecto ya terminado pero no tenemos mayor información al respecto. Si las empresas nacionales no tienen la infraestructura y equipos necesarios tenemos la capacidad de incorporar de forma inmediata la tecnología requerida” añadió.


Uruguay “El Pais”


Sección: Internacional


Brasil crece como actor regional e internacional. Estudio. EE.UU. ha perdido influencia en América Latina
LONDRES | AFP

Los países latinoamericanos, y en especial Brasil, están cobrando un mayor peso a nivel global y redefinen sus alianzas. Según un nuevo estudio internacional, EE.UU. está perdiendo influencia en la región y necesita hacer algo para evitarlo.

En su balance estratégico anual, el Instituto Internacional de Estudios Estratégicos (IISS) destacó ayer que "en 2010 varios países latinoamericanos se percibían a sí mismos como potencias crecientes en el escenario mundial y esperaban ser tratadas como tales".

Entre estos países, apunta el centro de estudios londinense, se destaca la especial influencia de Brasil, México y Bolivia en un ámbito crucial como la lucha contra el cambio climático, además de que despuntan los bloques de poder que proliferan en la región, como la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur) y la Alianza Bolivariana para las Américas (ALBA).

En este marco el gigante sudamericano presidido por el omnipresente Luiz Inácio Lula Da Silva -que ha recibido varios reconocimientos internacionales en su último año en ejercicio- es el que mejor ilustra la "enérgica agenda política con intereses y aspiraciones mundiales" que defienden los países latinoamericanos, señala el estudio del IISS.

Por el momento no ha logrado grandes avances, pero hace apenas unos años nadie podía siquiera imaginar que un presidente brasileño desempeñaría un papel en los intentos por resolver el conflicto de Medio Oriente o en la disputa que mantiene Irán con los países occidentales debido a su programa nuclear.

La región tiene nuevas ambiciones y se ha perdido la influencia de Estados Unidos, lo que permitió a los países latinoamericanos buscar nuevas alianzas con potencias extrarregionales con intereses tan diversos como China, Rusia e incluso Irán.

En el caso particular de Irán, estimó el IISS, el fortalecimiento de las relaciones con Venezuela y, sobre todo, con Brasil, "causó nuevas tensiones en las relaciones" entre América y Washington.

Luego de la crisis de Honduras y el acuerdo que permitía a EE.UU. operar siete bases militares en Colombia terminaron de complicar la relación con la administración del presidente Barack Obama, en la que la región había depositado inicialmente grandes expectativas.

Más tarde, a principios de este año, las diferencias en este vínculo quedaron en evidencia cuando los países latinoamericanos y caribeños acordaron crear una nueva organización regional sin Estados Unidos, hasta hace muy poco la potencia hegemónica en la región.

En este contexto es que el IISS considera que "el reto" para Washington será "entablar esfuerzos diplomáticos intensivos con los gobiernos más amigos y con los socios dispuestos en la región para progresar en una agenda común".

Esta agenda incluye temas de comercio y de energía y no menciona algunos que pueden resultar más problemáticos como lo serían Cuba o la lucha contra el narcotráfico.

Brasil celebrará el 3 de octubre elecciones para designar al sucesor de Lula y el país entero seguirá bajo los focos en los próximos años porque será sede del Mundial de fútbol en 2014 y de los Juegos Olímpicos en 2016. El IISS le recomienda evitar repetir los errores pasados de Estados Unidos para mantener su papel actual.

"En un mundo complicado y multipolar, un ascendente Brasil deberá tener cuidado para evitar los impulsos imperiales que, como puede atestiguar Estados Unidos, han tendido a crear problemas para un poder hemisférico", recomienda el centro de estudios.


“La Republica”


Sección: Mundo


América Latina aumenta su influencia internacional.
IISS. Brasil cobra peso y redefine sus alianzas, sostiene el informe anual de la institución inglesa
América Latina, encabezada por Brasil, está cobrando un mayor peso internacional y redefine sus alianzas, en algunos casos causando la inquietud de Estados Unidos, la hasta hace poco potencia hegemónica que ha perdido influencia en la región, estimó ayer martes el IISS.
LONDRES | AFP

"En 2010, varios países latinoamericanos se percibían a sí mismos como potencias crecientes en el escenario mundial y esperaban ser tratadas como tales", señaló el Instituto Internacional de Estudios Estratégicos (IISS, por sus siglas en inglés) en su balance estratégico anual.

El centro de estudios londinense destaca a la influencia creciente de Brasil, de México e incluso de la modesta Bolivia en un ámbito crucial como la lucha contra el cambio climático, así como de los bloques de poder que proliferan en la región como la Unión de Naciones Sudamericanas (Unasur) o la Alianza Bolivariana para las Américas (ALBA).

Pero es el gigante sudamericano presidido por el omnipresente Luiz Inácio Lula Da Silva ­que ha recibido varios reconocimientos internacionales en su último año en el poder­ el que mejor ilustra la "enérgica agenda política con intereses y aspiraciones mundiales" que defienden los países latinoamericanos, señala el IISS.

Aunque por el momento no ha logrado grandes avances, nadie podía imaginar hace apenas unos años que un presidente brasileño pudiera desempeñar un papel en los intentos por resolver el conflicto de Oriente Medio o la disputa que mantiene Irán con los países occidentales con respecto a su programa nuclear.

Las nuevas ambiciones de la región, que han ido a la par con una "pérdida de influencia" de Estados Unidos, han permitido a los diferentes países buscar nuevas alianzas con potencias extrarregionales con intereses tan diversos como China, Rusia e incluso Irán.

En el caso particular de Irán, el fortalecimiento de las relaciones con Venezuela, pero en especialmente con Brasil, "causaron nuevas tensiones en las relaciones" con Estados Unidos, estimó el IISS.

La crisis de Honduras y el acuerdo que permitía a Estados Unidos operar siete bases militares en Colombia terminaron de complicar la relación con la administración del presidente Barack Obama, en la que la región había depositado inicialmente grandes expectativas.

La voluntad de distanciarse de la que fuera durante mucho tiempo la potencia hegemónica de la región quedó patente también con la exclusión de Estados Unidos de una nueva organización regional que los países latinoamericanos y del Caribe acordaron crear a principios de este mismo año.

En el contexto actual, la IISS considera que "el reto" para Washington será "entablar esfuerzos diplomáticos intensivos con los gobiernos más amigos y los socios dispuestos en la región para progresar en una agenda común", que incluye dependiendo de los países temas de comercio, de energía, evitando otros temas más problemáticos como Cuba o la lucha contra el narcotráfico.

Brasil, donde en octubre se celebrarán elecciones para designar al sucesor de Lula y que seguirá bajo los focos en los próximos años con el Mundial de fútbol y los Juegos Olímpicos de Río, deberá evitar por su parte repetir los errores pasados de Estados Unidos si quiere mantener su papel actual.

"En un mundo complicado y multipolar, un ascendente Brasil deberá tener cuidado para evitar los impulsos imperiales que, como puede atestiguar Estados Unidos, han tendido a crear problemas para un poder hemisférico", señala el IISS.


Venezuela “El Universal”


Sección: Economía


Se dispara importación de quesos y pollo de Argentina
También aumenta de forma considerable la compra de leche de origen argentino

El suministro de alimentos importados desde los países aliados del Gobierno bolivariano se fortalece e incrementa.

Las estadísticas del Gobierno argentino muestran que desde enero hasta julio de 2010 se ha incrementado en 128% el volumen de las exportaciones a Venezuela de rubros como leche, quesos, y pollo, pasando de una factura de 98 millones de dólares en los primeros siete meses de 2009 a 192,7 millones de dólares en igual período de 2010.

Las ventas de queso argentino a Venezuela durante los primeros siete meses de 2010 sumaron1.924 toneladas por un valor de 8,4 millones de dólares. Ese volumen es 235% superior a lo importado en el mismo plazo del año 2009, cuando se compraron a Argentina unas 575 toneladas de quesos por 1,7 millones de dólares.

Además, cabe destacar que el promedio del precio de la tonelada durante 2009 fue de 2.900 dólares, mientras que ahora en 2010 el precio promedio se ubica en 4.370 dólares. Esto significa que este año se ha importado más queso y más costoso.

La importación de quesos ha sido descrita por la Asociación Nacional de Industriales de Quesos (Aniquesos) como un factor que está afectando la colocación de los quesos nacionales en el mercado venezolano.

Gerardo Santeliz, presidente ejecutivo de Aniquesos, manifestó hace unas semanas que de mayo a julio, cuando aumenta la producción de leche en el país por el inicio de la temporada de lluvias, "se importaron 3.300 toneladas de queso, cuando deberían haber ingresado 1.200 toneladas".

El exceso de oferta de queso importado en el mercado nacional se traduce en problemas de colocación y distribución para los industriales nacionales, que aseguran que "los distribuidores y detallistas prefieren comprar el queso importado porque resulta más barato que el que se produce en el país".

En cuanto al suministro de pollo, resalta el astronómico salto en las compras de aves congeladas a Argentina.

Las estadísticas del socio del Mercosur señalan que de enero a julio de 2009 Venezuela compró a Argentina 1.817 toneladas de pollo por 2,6 millones de dólares; mientras que para el mismo período de 2010 se compraron 48.100 toneladas de pollo fresco por 81,9 millones de dólares, un espectacular salto de 2.500%. Este rubro constituye cerca de 60% de las importaciones de alimentos desde Argentina.

Las autoridades del país austral manifestaron la semana pasada que Venezuela, que se ha convertido en el principal destino de exportación del pollo argentino, cerraría el año 2010 con compras cercanas a 75.000 toneladas de pollo por 115 millones de dólares.

En cuanto a las compras de leche, hasta julio de este año Venezuela pagó 63,4 millones de dólares a Argentina por 18.700 toneladas, cuando el año pasado se cancelaron 34 millones de dólares por 15.200 toneladas.

Aunque el aumento en volumen fue de 24%, la factura de importación de leche argentina se encareció en 85%, ya que el precio promedio de la tonelada pasó de 2.280 dólares en 2009 a unos 3.400 dólares en 2010.

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O Mercosulino 15/09/2010 -www.camara.gov.br/representacaomercosul

15.09.2010 Jornal do Senado Caderno: Mercosul Parlasul acompanhará eleições no Brasil e na Venezuela Venezuela ainda não respondeu ao Parlasul autorizando a presença dos observadores O Parlamento do Mercosul (Parlasul) deverá enviar observadores para acompanhar as próximas eleições na Venezuela e no Brasil. Eles são integrantes do Observatório da Democracia estabelecido há dois anos pelo parlamento, com os objetivos de promover o intercâmbio de experiências e a cooperação em matéria eleitoral entre os países do bloco, além de contribuir para o cumprimento do Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no Mercosul. Em correspondência enviada ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), atual presidente do Parlasul, indicou como observadores das eleições brasileiras, marcadas para 3 de outubro, 11 parlamentares de Argentina, Paraguai e Uruguai. Um deles será o argentino Claudio Lozano,

O Mercosulino 30/07/2010 -www.camara.gov.br/representacaomercosul

30.07.2010 segunda-feira, 26 Jornais dos Países Membros do Mercosul Paraguay "ABC" Opinión Hegemonía de Brasil y Argentina sobre Paraguay Gracias a la gentileza del Banco Itaú tuve la oportunidad de asistir a la conferencia del profesor Fernando Cardoso en la que abordó el tema vinculado a la ubicación del Brasil en el contexto regional. El privilegio de escuchar a un maestro en el pensamiento económico, social y político, reconocido y admirado en su país y en el mundo por su orientación, que enfatiza el desarrollo social sobre las reglas de la economía clásica, fue para mí muy breve, por lo que no me resulta fácil reproducirlas en mi mente, pese al deseo insatisfecho de profundizar sus ideas, expresadas con la sencillez que supone el dominio de los temas y la notoria experiencia del conferencista para exponerlas. No obstante, mi atención se detuvo cuando hábilmente descartó la posibilidad de que la política del Brasil sea vista como hegemónica en la re