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O Mercosulino 05/11/2010 -www.camara.gov.br/representacaomercosul

Jornal da Câmara


Caderno: Geral


ELEIÇÕES - Países desenvolvidos e vizinhos do sul continuam desafios da política externa
Um dos itens do programa de 13 pontos apresentado por Dilma Rousseff trata de política externa e diz apenas o seguinte: defender a soberania nacional e inserir uma presença ativa e altiva do Brasil no mundo
Sílvia Mugnatto

A política externa do governo Lula buscou diversificar o relacionamento internacional do Brasil, ampliando o diálogo dentro do hemisfério sul. Mas a aproximação com países que não respeitam a liberdade de expressão, como a Venezuela; ou os direitos humanos, como o Irã, foi alvo de críticas dos partidos de oposição durante todo o governo. Também houve, durante a gestão do atual governo, menção ao enfoque dado às relações do Brasil com países do hemisfério sul em detrimento do relacionamento com países desenvolvidos como os Estados Unidos, com enfoque mais ideológico que financeiro às relações comerciais.

Para o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), integrante da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o Brasil deveria condenar esses governos: “Em razão de um certo pragmatismo incompreensível, o governo Lula tem dado respaldo, nos fóruns multilaterais como a ONU, a essas mesmas ditaduras que violam os direitos humanos”.

Já o deputado Dr. Rosinha (PT-PR) afirma que o Brasil tem feito gestões em relação aos direitos humanos no mundo, respeitando a soberania dos países em matéria de política interna. Segundo ele, foi o bom diálogo do governo com os mais diversos países que permitiu ao Brasil sair da crise financeira mais rapidamente: “Como o Lula diversificou os importadores de produtos brasileiros, conseguimos com que o Brasil entrasse na crise de 2008/2009 e saísse dela sem nenhum problema de balança comercial”.

Para o professor de sociologia da Universidade de São Paulo Glauco Arbix, o Brasil tem sido pragmático em termos de política externa e teria dificuldades se não seguisse essa filosofia: “Nós teríamos uma dificuldade muito grande de desenvolver relações comerciais com uma parte significativa do globo, a começar pela China. Restrições muito fortes em relação à Rússia - não falo somente da Venezuela ou da Bolívia ou do Equador -, há países que são muito delicados. Trabalhar com a ideia de que nós não teríamos que nos aproximar da China hoje é colocar o Brasil fora do cenário econômico internacional”.

A presidente Dilma Rousseff também deve continuar a defender a inclusão do Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.


ENERGIA ELÉTRICA - Paraguaios pressionam por aprovação de acordo sobre Itaipu

Uma vez concluídas as eleições no Brasil, o governo paraguaio deverá iniciar nos próximos dias novo esforço de persuasão junto a parlamentares brasileiros pela aprovação do acordo entre os dois países que aumenta de 120 milhões de dólares para 360 milhões de dólares ao ano o pagamento brasileiro pela cessão de energia da hidrelétrica binacional de Itaipu.

Segundo o jornal paraguaio La Nación, representantes do governo de Assunção estarão em Brasília neste mês para defender a rápida aprovação do acordo pelo Congresso Nacional. As chamadas “Notas Transversais” firmadas pelos dois governos já receberam parecer favorável da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul), primeiro passo de sua tramitação.

Mas, para que entrem em vigor, precisam ainda ser aprovadas pela Câmara e pelo Senado. O objetivo da missão, de acordo com a imprensa paraguaia, é o de buscar a aprovação do acordo ainda neste ano pela Câmara, para que o texto seja analisado por um Senado renovado a partir de fevereiro.

Comissão especial - Atualmente, o acordo ­– que consta do PDC 2600/10 – encontra-se na Mesa da Câmara, à espera da criação de uma comissão especial que vai analisá-lo. Somente após a constituição da comissão e da aprovação de um parecer é que o tema deverá chegar ao Plenário. Caso seja aprovado pela Câmara ainda neste ano, como desejam os paraguaios, será imediatamente enviado ao Senado.

No início de sua tramitação no Congresso Nacional, o acordo bilateral foi enviado à Representação Brasileira no Parlasul, onde teve como relator o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), que já presidiu o parlamento regional.

Impacto nas contas - Em seu voto favorável, o relator observa que a elevação do pagamento ao país vizinho pelo uso da energia a que este tem direito, mas não utiliza, “não terá efetivamente nenhum impacto nas contas públicas e na vida de nossos cidadãos”.
Por outro lado, ressalta o deputado, o aumento significaria bastante para o Paraguai. A remuneração gerada por Itaipu, recorda, representa cerca de 20% das receitas obtidas pelo estado paraguaio. Por isso, ele acredita que os 240 milhões de dólares adicionais a serem pagos pelo uso da energia de Itaipu “podem fazer grande diferença em um país ainda muito pobre como é o Paraguai”.


ENERGIA ELÉTRICA - Parlasul e Mercosul podem ter reunião conjunta em dezembro

A Mesa Diretora do Parlasul poderá decidir na próxima semana (12), durante reunião em Buenos Aires, sobre a data e o local da sessão que marcará o encerramento do período da presidência temporária brasileira do parlamento e do Mercosul. A previsão é que o Parlasul faça a sua última sessão do ano em Foz do Iguaçu (PR), para coincidir com a reunião de cúpula dos presidentes dos países do bloco, marcada para 17 de dezembro.

Antes da sessão de 17 de dezembro, o Parlamento do Mercosul promoverá sessão nos dias 22 e 23 de novembro em Montevidéu. A reunião da Mesa será presidida pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP), cujo mandato à frente do Parlasul se estende até o final deste ano. Caso a decisão seja pela realização da sessão de dezembro em Foz do Iguaçu, Mercadante poderá participar - juntamente com os demais integrantes da Mesa - da reunião de cúpula que marcará a despedida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dos encontros com os presidentes de Argentina, Paraguai e Uruguai.


Jornal “Valor Econômico”


Caderno: Brasil


Brasil está mais protecionista, apontam estudos
Assis Moreira | De Genebra

O Brasil está no rumo de mais restrições ao comércio e a investimentos, apontam relatórios de três organizações internacionais destinados aos chefes de Estado que vão se reunir no G-20, na semana que vem em Seul, quando o tema central será guerra cambial.

Monitoramento da Organização Mundial do Comércio (OMC) diz que o Brasil foi o segundo país que mais abriu investigações antidumping este ano entre os membros do G-20, para proteger a indústria doméstica de importações com preços supostamente desleais. Foram 23 aberturas de casos entre janeiro e setembro, numa alta de 500%. No mesmo período de 2009 foram quatro casos. O número ilustra como o país passou a usar instrumentos de defesa comercial em meio a avalanche de importações facilitadas pelo real valorizado.

O Brasil aumentou o ritmo, enquanto o G-20 como grupo baixou ligeiramente de 91 para 89 casos. O país só foi superado pela Índia, com 32 casos. A União Europeia (UE) vem em terceiro com 13. Globalmente, aumentos de tarifas atingiram produtos lácteos, plásticos e equipamentos agrícolas, e várias medidas restringiram a exportação de matérias-primas, produtos alimentares e alguns minerais.

Por sua vez, a Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) diz que o Brasil foi um dos quatro países do grupo, junto com Austrália, Indonésia e Coreia do Sul, a levantar restrições a investimentos diretos estrangeiros. A agência menciona a restrição para estrangeiros comprarem terras no país. E diz que o Brasil foi um dos três a adotar controle de capital externo, com Indonésia e Coreia do Sul.

A Unctad mostra que o Brasil é, dentro do G-20, o país que tem menos tratados bilaterais ou internacionais de investimentos. São 34, diante de 74 da Argentina, 101 da África do Sul e 140 da China. Enquanto isso, o fluxo de investimentos diretos estrangeiros (IDE) para o G-20 declinou 36% no segundo trimestre, comparado ao primeiro. O fluxo global estagna, apesar de as empresas lucrarem mais e os juros estarem muito baixos.

Restam enormes incertezas sobre a recuperação global. E os governos enfrentam mais pressões protecionistas, no rastro de taxas recordes de desemprego, desequilíbrios macroeconômicos e tensões sobre taxas de câmbio. Globalmente, porém, as medidas que o Brasil estaria utilizando não têm comparação com o que países desenvolvidos mantêm para proteger e recuperar suas combalidas economias.

Desde outubro de 2008 novas restrições impostas pelos membros do G-20 atingiram 1,8% de suas importações e 1,4% das importações globais. Apenas 15% foram removidas até agora. O comércio mundial pode crescer 13,5% este ano, mas esse motor da expansão econômica desacelerou-se nos últimos meses diante das incertezas e protecionismo e a tendência é de queda nas trocas em 2011.

A OMC, a Unctad e a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) insistem que a economia mundial está ameaçada pela intensificação de pressões protecionistas, ainda mais com a chamada guerra cambial.


Caderno: Internacional


Peru quer negociar maior acesso ao Mercosul
De São Paulo

O governo do Peru quer ampliar as condições de um acordo com o Mercosul para tentar fortalecer serviços e investimentos. O ministro do Comércio Exterior peruano, Eduardo Ferreyros, se reúne hoje em Brasília com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do Brasil, Miguel Jorge. Na pauta, além do Mercosul, estará também uma velha queixa peruana: barreiras sanitárias e a lentidão da burocracia que afetam a venda para o Brasil de alguns itens agrícolas e também de pescados do Peru.

A economia peruana é uma das que mais crescerão este ano na América do Sul. O governo prevê cerca de 8,5%. Alguns analistas apostam em 9%.

O país tem uma das economias mais abertas da região e, sob o governo do presidente Alan García, tem buscado ampliar o número de tratados comerciais.

Em março, entrou em vigor um tratado de livre comércio com a China e, há um ano e meio, com os EUA. Com o Mercosul, o acordo de complementação econômica permite que 99% dos produtos do país entrem no mercado brasileiro sem tarifas.

"Desde que entrou em vigor, a balança comercial favorável ao Brasil tem aumentado muito mais do que em favor do Peru", diz Ferreyros. Neste ano, as exportações brasileiras devem atingir US$ 1,9 bilhão; já as exportações peruanas para o Brasil, US$ 900 milhões.

Um das reivindicações do governo e de produtores peruanos a Brasília é uma maior facilidade sanitária para venda de alguns pescados, além de cebola, quinoa e outros agrícolas para o Brasil.

Entre janeiro e agosto, as exportações agrícolas peruanas cresceram 72% em comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando US$ 456,8 milhões. Açúcar e café lideram a pauta.

Ferreyros esteve ontem em São Paulo para a abertura da Expo Peru - evento que vai até domingo e que trouxe 90 empresas do país, entre exportadores e do setor de serviços. "Nosso objetivo é fortalecer essa relação bilateral", diz o ministro. Mas para além do comércio de bens - coberto pelo acordo com o Mercosul - Lima quer que os investimentos e o setor de serviços também tenham condições especiais na relação com o bloco.

O ministro acredita que entrega da rodovia Transoceânica, prevista para dezembro ou janeiro, abrirá um novo mercado para o turismo regional rodoviário, que poderia ser beneficiado com uma ampliação do acordo com o Mercosul.

Os principais parceiros comerciais do Peru são EUA, China e União Europeia. O país negocia atualmente um acordo com oito países dos dois lados do Pacífico, que inclui, entre outros, Austrália, EUA, Chile e Cingapura.


Jornal “O Estado de S.Paulo”


Caderno: Economia & Negócios


Brasil lidera abertura de processos comerciais
Segundo relatório da OMC, ONU e OCDE, País abriu 1 de cada 4 processos antidumping
Jamil Chade CORRESPONDENTE / GENEBRA

O Brasil lidera o número de investigações de defesa comercial adotados em 2010 e iniciou um de cada quatro processos antidumping no mundo neste ano. Os números foram apresentados ontem pela Organização Mundial do Comércio, ONU e OCDE, em um relatório enviado ao G-20 sobre o protecionismo no mundo.

Apesar de se queixar das barreiras que seus produtos enfrentam no mundo, o governo brasileiro começou a investigar a prática de dumping em 24 produtos entre janeiro e setembro de 2010. Entre os países do G-20, apenas a Índia superou o Brasil.

Há duas semanas, a União Europeia preparou seu próprio relatório indicando as medidas protecionistas adotadas por diversos países. Bruxelas indicou o Brasil como sendo um dos mais ativos. O governo brasileiro, porém, minimizou o relatório, chamando a UE de "cínica" diante da quantidade de medidas distorcivas criadas por Bruxelas.

O relatório da OMC foi produzido para mapear o protecionismo no mundo e servir de base para as discussões do G-20 na semana que vem em Seul, na Coreia do Sul.

Para a OMC, os países têm resistido ao protecionismo. As entidades alertam agora, no entanto, que a "guerra cambial" pode mudar esse cenário, já que a desvalorização de algumas moedas cria pressão por retaliações.

A constatação das organizações é que, desde outubro de 2008 quando a crise eclodiu, 381 medidas restritivas comércio foram adotadas por países do G-20. O volume do comércio afetado foi de 1,8%.

O ritmo de adoção de novas medidas tem diminuído. Entre abril e agosto de 2009, 80 medidas foram aplicadas. Entre setembro de 2009 e fevereiro de 2010, chegou a 95. Nos últimos cinco meses, caiu para 54.

O problema é que apenas 15% das medidas protecionistas são retiradas dois anos depois. Na prática, como as medidas são mantidas em vigor, há uma acumulação de barreiras.

Outra constatação é de que existe um "protecionismo encoberto", na forma de atrasos burocráticos, barreiras sanitárias - que chegam a mais de 220 - e barreiras técnicas, mais de 500 em 2010 e outras 700 em 2009.

"Apesar da constatação de que o mundo resistiu à tentação protecionista, estamos vendo que no fundo nem sempre é assim a situação real nos portos", afirmou James Zhan, um dos autores do relatório e economista da Unctad.

Setores que já eram protegidos antes da crise ganharam mais uma camada de proteção. Os mais atingidos pelas barreiras no mundo são máquinas, óleos, equipamentos agrícolas, aparelho para linhas telefônicas, biodiesel, leite e plásticos.

Brasil. No que se refere ao uso de medidas antidumping, a OMC constata uma redução de 20% no número de barreiras impostas pelos países em 2010, comparado a 2009.

Mas o Brasil seguiu um caminho contrário. O governo iniciou 24 investigações antidumping entre janeiro e setembro deste ano. Em todo o mundo, foram abertos 96 processos, o que significa que um de cada quatro ocorreu no Brasil.

O País só perde para a Índia, que iniciou 32 investigações contra produtos estrangeiros. Juntos, Brasil e Índia começaram mais da metade de todas os processos no mundo este ano.

O início de uma investigação não significa necessariamente que as barreiras serão aplicadas. Mas para os técnicos da OMC é um sinal negativo e mostra o tamanho da pressão do setor privado por medidas protecionistas.

A aplicação de medidas antidumping é permitida e o governo insiste que apenas aplica as tarifas extra quando confirma que a importação estava sendo desleal. Mas o abuso no número de medidas levanta suspeitas de que o mecanismo esteja sendo usado para proteger áreas mais sensíveis da indústria.

O grande alvo das iniciativas brasileiras é a China. Desde o início da crise econômica em 2008, o país asiático sofreu pelo menos nove barreiras, desde canetas a sapatos, passando por produtos químicos, têxteis e aço.

Panorama

381 - medidas restritivas ao comércio foram adotadas pelos países do G-20 desde outubro de 2008

1,8 % - do comércio mundial foi afetado pelas medidas

24 - investigações antidumping foram iniciadas pelo Brasil entre janeiro e setembro deste ano


Jornais dos Países Membros do Mercosul


Argentina “La Nación”


Sección: Negócios


Buenos precios de los commodities respaldarán inversión en Mercosur
Otros países, competencia del bloque económico, experimentan una reducción de la producción de materia prima.

Mercosur cuenta con un escenario favorable para la exportación de los commodities (producto destinado a uso comercial), atendiendo a que la situación en otros países productores del mundo, –competencia de los miembros del bloque sudamericano– están experimentando una reducción en la producción de sus materias primas, según señaló Eduardo Blasina, consultor internacional en Agronegocios, quien agregó a su vez que se tendrá mayores inversiones en la región, ya que se tendrán dos años de bonanza para el Mercosur.

PRECIOS

Indicó que los precios de los granos se mantendrán e incluso tienden a aumentar, de acuerdo al informe que maneja sobre el comportamiento de la producción de los países de Estados Unidos, China, India, Tailandia y Filipinas. Este escenario favorecerá a parte de los grandes Brasil y Argentina, a Paraguay y Uruguay en la colocación de sus granos a precios tentadores.

“Al contar con un marco positivo, con una sucesión de años, con buenos precios, buena demanda, se avisora nuevas inversiones en la región, porque el productor, al tener dos buenos años de corrido, va invertir mucho más para aumentar su producción”, destacó. Precisó que habrá oferta en trigo y maíz en el 2011. En el cereal por la situación de Rusia –el cuarto mayor productor y exportador de este rubro– que aún no supera los embates de la sequía sufrida recientemente. En el caso del maíz, señaló que Estados Unidos no tuvo una buena producción, sumado a que el gigante norteamericano está destinando este rubro para la producción de etanol, compitiendo directamente con la seguridad alimentaria.

PRODUCCIÓN DE ARROZ

Asimismo suma argumentos, expresando que Filipinas y Tailandia, mayores productores de arroz en el mundo, registraron una caída importante en su producción y no contarán con el volumen suficiente para satisfacer la demanda mundial.

Indicó que hasta el momento Europa y Estados Unidos, no están dando síntomas claros de que se han recuperado totalmente de la crisis, aún cuando no están al borde un colapso. El director de la Consultora Blasina y Asociados Agronegocios, expresó que lo claro en la tendencia para el 2011, es la enorme demanda de China, que mantendrá igualmente los volúmenes de importación para consumo de la población y para el engorde de su ganado, atendiendo a que los chinos prefieren comprar granos y engordar sus animales, antes de importar carne directamente.

SUBE PRECIO DEL AZÚCAR

NUEVA YORK, AFP.- El azúcar tocó esta semana un máximo en 30 años en Nueva York, en un mercado nervioso debido a temores de estrechez de la oferta mundial e incertidumbre en cuanto a las exportaciones indias.

En el mercado NYBoT-ICE estadounidense, la libra de azúcar bruto para entrega en marzo subió hasta los 30,64 centavos el martes, una cotización sin precedentes desde enero de 1981. En seis meses aumentó más de 130%.

Esta subida de precios se explica por la preocupación creciente del mercado sobre un posible deterioro de las perspectivas de producción de los principales países productores, liderados por Brasil, cuando crece la demanda mundial y las reservas de los países consumidores rondan sus mínimos en 20 años.

Entre precipitaciones excesivas y sequías, las perturbaciones causadas por el fenómeno climático conocido como La Niña "forzaron al mercado a concienciarse de que las tensiones heredadas de la temporada anterior se van prolongar", señaló Emmanuel Jayet, analista del banco Société Générale.


Uruguay “El Pais”


Sección: Política Nacional


Blancos quieren diferir decisión sobre la Unasur. El canciller Luis Almagro pidió una rápida aprobación

La ratificación del tratado constitutivo de la Unión de Naciones del Sur (Unasur) se confirmó como la piedra en el zapato que incomoda a los legisladores del Partido Nacional, que se aprestan a comparecer en el Parlamento sin una unidad de acción, al menos por el momento.

Las posturas a favor y en contra de apoyar la ratificación del tratado quedaron en evidencia ayer durante la reunión de la Agrupación Parlamentaria nacionalista que, presidida por el senador Jorge Larrañaga, finalmente difirió en el tiempo un pronunciamiento esperando hallar una posición de consenso.

A lo largo de la reunión y al advertir las posiciones encontradas, el propio senador Larrañaga sostuvo que la discusión debe ser "amplia y profunda" y que el tema "recién está planteado".

En el encuentro adelantaron su posición algunos dirigentes nacionalistas, como Jaime Trobo (Unidad Nacional), que es contrario a ratificar el tratado constitutivo de Unasur, y Daniel Peña, que se pronunció a favor de hacerlo.

Lateralmente a la consideración de Unasur, se aprovechó la ocasión para cuestionar al gobierno por mostrarse relegado frente a su par argentino, particularmente en el caso de las diferencias por el monitoreo de UPM, y también por el código aduanero.

Por la tarde, el canciller Luis Almagro oficializó ante los miembros de la comisión de Asuntos Internacionales de la Cámara de Diputados el interés del gobierno de que el Poder Legislativo ratificara rápidamente el tratado de Unasur.

Almagro informó que Brasil aún no había aprobado el tratado y que no lo haría en los próximos tiempos, lo cual motivó una reacción del representante nacionalista Trobo que le recordó al canciller que ese país había sido un impulsor del proceso.

También le objetó que en el tratado hubiera una cláusula que dispone la creación del Parlamento de Unasur.

Almagro le restó trascendencia diciendo que ese tema era por ahora "algo lejano" en el tiempo.

Dando su punto de vista personal, el canciller consideró que era "inconveniente" crear un nuevo parlamento regional.

Acerca de la provisión del cargo vacante en la secretaría general a raíz de la muerte del ex presidente argentino Néstor Kirchner, Almagro dijo que podría llegar a ofrecerse nuevamente a Argentina el puesto para completar el mandato de dos años.


“La Republica”


Editorial

Adiós a un estadista: Néstor Kirchner
Por Mauricio Zieleniec Director del mensuario "Identidad" de la colectividad Hebrea

La desaparición del dirigente argentino llenó de dolor y asombro al mundo por la innumerable multitud que rodeó su despedida final; en especial, jóvenes.

La pregunta una vez pasada la angustia de su desaparición, es: ¿por qué tanto dolor y acercamiento popular e internacional rodeó la desaparición de Kirchner?

Sin duda en su gobierno, y en la continuidad actual de Cristina, surgen elementos estratégicos a recordar:

-de un país endeudado y sin estabilidad institucional (2001), logró resolver la deuda externa, cuestionando parte auténtica de la misma y no permitiendo que sea el pueblo que arrastre el pesado carro de una deuda externa dudosa. Por otra parte, desde la ruina económica del país, logra sacarlo de la misma, para lograr finalmente el desarrollo de un PBI superior a 7% y sostenerlo en años. Se desarrolla el sector agrícola ganadero en forma muy productiva, adaptándose a las nuevas tecnologías agroindustriales compitiendo a nivel mundial. Enfrenta sin temor al campo para cobrar impuestos (retenciones) en momentos que el mismo se despega multiplicando los precios por la influencia especulativa extranjera, donde la soja fue uno de los productos centrales más importante, una forma de intentar una mayor equidad, (en parte no entendida por muchos).

La industria nacional se desarrolla, protegida y en una economía abierta, pero no como lo indica el FMI, al que desafía, y logra superar el permanente castigo que recibe Argentina del mismo.

Con el sector primario y secundario (industria) desarrollados, permiten fortalecer los servicios y el comercio que acompañan a dicho triángulo. Lo cual trae socialmente una baja del índice de pobreza, mejores niveles de educación y ocupación.

Argentina reúne reservas de más de 50 mil millones de dólares, lo cual le da fortaleza contracíclica, seguridad y estabilidad.

Las críticas sobre que Néstor patotea como lo hacen los peronistas... es cierta, pero decía un politólogo que sin ello Argentina es ingobernable. A pesar de ello no reprimió a ningún exabrupto, como muchos que surgieron con dureza (ejemplo: los cuatro meses de hostilidad del campo).

Este hombre que rompió leyes del neo-liberalismo y se enfrentó con Bush en tres oportunidades, no perdió la cordura y continuó con el ritmo geométrico de su economía; es hoy una nación que comenzó a creer nuevamente en los políticos.

Se enfrentó con los medios monopólicos de difusión que básicamente son cuatro centros de poder, entendiendo que la libertad de prensa está más que nada en la libertad de diversificar los mismos. Juzgó a los principales responsable de los desaparecidos, por encima de las presiones recibidas.

Defendió la causa de la AMIA y de la Embajada de Israel, enfrentando nada menos que al propio Irán. Desde lo judicial , lo internacional con el discurso ante las NU y con su llamado internacional de justicia y reclamo a Irán por la Amia.

Presidente del Unasur, que es un intento de unir al continente latinoamericano para su mejor desempeño.

Fue ejemplo positivo que mostró que se puede cuestionar al neo-liberalismo y continuar desarrollando el país. Es este caso uno de los pocos ejemplos que experimenta nuestro continente.

Fue un gran estadista por trazar rumbos propios, alejándose en lo interno de exabruptos como Chávez, como Bush y marcando el honor nacional por encima de todo, como en el caso AMIA y la Embajada.

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