Jornal “Correio Braziliense”
Opinião
A via-crúcis argentina
Newton Carlos
Buenos Aires A morte prematura de Néstor Kirchner (não foi totalmente testado nas urnas o projeto continuista) resulta em oportunidade para um olhar mais profundo na vida da Argentina, país onde o voto é secreto desde 1910, caso único na América Latina. Isso abriu caminho para que eleitores urbanos, do Partido Radical, conseguissem derrubar, por meio do voto, em 1912, a oligarquia até então reinante. Instalou-se no país um quadro de hegemonia burguesa, outra novidade no continente. Era a Argentina dos anos 10 e 20, da rebelião universitária de Córdoba, origem de uma nova religião, a da autonomia universitária.
O estadista francês Clemenceau visitou a Argentina nessa época e se encantou, entre outras coisas, com o metrô abaixo da linha do Equador. Daí o sonho de sustentar-se como uma Austrália sul-americana, um país de Primeiro Mundo em meio a um mar de pobreza. Mas o crack financeiro de 1929 bateu forte na que foi a quarta economia do mundo, e o presidente Yrigoyen, o herói da classe média, caiu golpeado. Os anos 1930 foram a década infame, de quarteladas e bochinchos, até o advento do populismo peronista. Os descamisados, os párias da industrialização, sobrepassaram politicamente a classe média. Mas o peronismo acabou ficando de caixa baixa e sem condições de manter a teatralidade da maior mobilização de massas da América Latina. Acabaram as reservas conseguidas com vendas de excedentes agrícolas no pós-Segunda Guerra.
A partir do golpe de 1955, contra Perón, as turbulências foram brutais, com militares golpeando e o peronismo se recompondo. O chamado golpe-mor, o de 1976, contra Isabelita Perón, não tratou só de segurança nacional. Tempos de chumbo, 30 mil desaparecidos. Militares golpistas também patrocinaram equipes econômicas com manuais de combate ao nacional populismo, contra os estertores do velho peronismo. Pela primeira vez foi montado na Argentina um projeto antiperonista consistente. O ministro da Economia, Martínez de Hoz, era de família oligarca, com profundas raízes no campo conservador. Achatou salários, escancarou a economia e contraiu dívidas de US$ 43 bilhões. Nesse afã, terminou produzindo o que o Centro de Pesquisas Sociais, de Buenos Aires, chamou de fratura na evolução da sociedade argentina.
Modo acadêmico de falar de ampliação da pobreza. O primeiro governo da redemocratização, o de Raúl Alfonsín, já nasceu colocado contra a parede, com a dívida e a pobreza em acelerada ascensão. É a tragédia das democracias pobres, disse Alfonsín, já a caminho do FMI. Ou do patíbulo. Sequer teve fôlego para completar o mandato. Afogou-se na hiperinflação e num caos social. A dor, a violência, o analfabetismo e a marginalidade golpeiam 9 milhões de argentinos, declarou o sucessor de Alfonsín, o peronista neoliberal Menem. Com um terço da população do país em situação de miséria, Menem convocou para o nascimento de novos tempos, novas oportunidades, talvez as últimas, mas em seu primeiro quinquênio a pobreza duplicou na Argentina. No fim de dois mandatos, num total de 10 anos na Casa Rosada, de cada 1.760 pessoas que baixavam a graus dramáticos de empobrecimento, mil saíam da classe média.
Estimativas dizem que já são mais de 15 milhões de pobres numa população de menos de 40 milhões. A antes dominante classe média continuou em queda livre. Quanto ao peronismo sem Perón, perdeu a identidade, deslizando entre o populismo, o neoliberalismo ou, com a dinastia Kirchner, o retorno ao autoritarismo. Nas eleições de outubro de 1999, os argentinos apostaram entusiasticamente em mudanças e perderam a aposta. As coisas só pioraram e o governo do presidente Fernando de La Rúa, do velho Partido Radical, naufragou em desgraças e sangue, o povo nas ruas saqueando e sendo violentamente reprimido. A morte de Perón já provocara comoção nacional e sua mulher e sucessora afogou-se num peronismo definido como de bandidagem. Instalou-se, pior ainda, uma ditadura cruel que colocou em primeiro plano a questão dos direitos humanos.
Com os fracassos dos governos liberais de Alffonsín e de de la Rúa foi aberto o caminho por onde transitaram os Kirchner a caminho do poder. Do golpe de 1976, contra Isabelita, até 1982, ano da Guerra das Malvinas, tiro de misericórdia na ditadura, a produção industrial caiu 27%. Mais de 1,5 milhão de argentinos com aptidão profissional se expatriaram. Alfonsín teve de pagar em 1984 US$ 9,6 bilhões da dívida externa, equivalentes ao total das exportações em 1982. Mas os bolsões de pobreza continuaram se alargando, o que explica a fixação de Néstor na economia. Há um certo desafogo, mas as chagas são muitas, e todas doloridas anos de recessão, desemprego alto, pobreza por todos os lados, desmonte de uma classe média que esteve entre as mais pujantes do mundo e até fome no que foi considerado celeiro também do mundo. Herança de Cristina.
Caderno: Política
Disputa pelo Mercosul
As 19 novas vagas da representação brasileira no parlamento do Mercosul já mobilizam deputados e senadores. Para fazer a distribuição das cadeiras criadas com a mudança de critério para a participação dos países que integram o bloco , o Congresso aprovará, até dezembro, nova resolução indicando como Câmara e Senado dividirão as vagas extras. Atualmente, o Brasil é representado no parlamento do Mercosul por 18 deputados e senadores. Mas representantes dos governos que integram o bloco entenderam que a participação deveria seguir critério de proporcionalidade do número de habitantes de cada país. Assim, o Brasil terá maioria, com direito a 37 cadeiras no Parlasul, superando o número de parlamentares da Argentina (26), do Uruguai (18) e do Paraguai (18). A Venezuela participa informalmente do parlamento, mas não tem direito a voto. Para a inclusão do país é necessário o aval do Paraguai.
Depois da eleição da Mesa Diretora e da composição das comissões da Câmara e do Senado, o Congresso indicará os 37 novos representantes do Brasil para o Parlasul. O preenchimento das cadeiras é feito levando em conta o critério de proporcionalidade partidária. Na Câmara, o bloco com maior número de deputados em tese o grupo formado pelo PT e PMDB terá direito de indicar até quatro representantes. No Senado, o PMDB será o partido detentor de mais cadeiras no parlamento do Mercosul. A bancada de 37 vale para 2011. Mas para ter essa divisão de vagas, o Congresso tem que aprovar uma resolução, afirma o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), membro do Parlasul.
Concurso
Integrantes do bloco planejam para 2012 a realização de eleição direta para escolher os parlamentares da câmara internacional. A ideia é que os eleitores votem, durante o pleito que selecionará prefeitos e vereadores, nos parlamentares que os representação no Mercosul. A eleição direta para o parlamento do bloco poderá dar direito aos representantes de manter gabinete internacional. Atualmente, os oito deputados e oito senadores que dividem o tempo entre o parlamento brasileiro e o internacional não têm estrutura de representação. As passagens e as hospedagens usadas para que os parlamentares participem dos encontros internacionais são pagas pelo Congresso. Dr. Rosinha afirma que o objetivo do parlamento do Mercosul é monitorar as políticas de direitos humanos dos países do bloco. Nós temos competência para acompanhar as negociações do Mercosul e dar informes de direitos humanos. Como deputado brasileiro, não posso entrar em qualquer país do bloco e meter o dedo na política de direitos humanos, mas, como representante do Mercosul, eu posso. Recentemente, também foi criado um tribunal de justiça para o Mercosul.
Atualmente, o parlamento do Mercosul tem orçamento de US$ 1 milhão anual, utilizado para manter a sede em Montevidéu, Uruguai. O montante é dividido entre os quatro países. Cada um paga US$ 250 mil para manter a casa internacional. Dr. Rosinha apresentou projeto de lei para realizar concurso público para contratar cerca de 100 servidores para assessorar os parlamentares brasileiros no Mercosul. A proposta ainda está em análise na Câmara. (JJ)
Jornal “Valor Econômico”
Caderno: Agronegócios
Importação de trigo deve crescer
Qualidade da produção nacional está aquém das exigências das indústrias Fabiana Batista | De São Paulo
O Brasil deverá importar nesta safra, que vai até setembro do ano que vem, o maior volume de trigo desde o ciclo 2006/07. Ainda que o governo até agora trabalhe com uma estimativa de 5,3 milhões de toneladas, o mercado já considera que o volume ficará entre 6 milhões e 6,5 milhões de toneladas.
Segundo especialistas, a tendência reflete as características relativamente desfavoráveis de parte da produção brasileira deste ano para uso em panificação, que representa cerca de 60% da demanda nacional por farinha de trigo. Esta desvantagem acontece em uma temporada de elevado volume exportável do cereal de boa qualidade em vizinhos do Mercosul - cerca de 6,7 milhões de toneladas, ante 3,75 milhões na safra passada.
O Brasil deverá produzir 5,4 milhões de toneladas em 2010/11, terceira melhor marca desde a safra 2004/05, segundo estatísticas da Conab. Em 2006/07, quando as importações somaram 7,1 milhões de toneladas, a produção interna quebrou e foram colhidas ínfimas 2,2 milhões de toneladas. O problema, explica Lawrence Pih, presidente do Moinho Pacífico, é que a safra atual está com baixa "força do glúten" (medida de energia), características essencial para fabricação da farinha de panificação.
Daí as atenções voltadas aos vizinhos de Mercosul. A produção paraguaia está sendo colhida ao mesmo tempo que a brasileira, e as colheitas argentina e uruguaia deverão começar a entrar no mercado no fim deste mês de novembro. A expectativa de uma larga produção no Mercosul está travando negócios com o cereal brasileiro, na medida que os vizinhos historicamente têm níveis de força do glúten superiores aos do Brasil.
"No Paraná, esse indicador está, na média, acima de 200 joules. Em condição de escassez, a indústria nacional compra e corrige com produtos químicos. Mas a concorrência com o Mercosul está pesando", afirma Flávio Turra, diretor da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).
Pih acredita que o Brasil deverá importar um volume recorde de trigo do Paraguai. "Serão mais de 700 mil toneladas", diz. Assim como a paraguaia, a safra do Uruguai também oferecerá bom excedente exportável ao Brasil. A previsão da Safras & Mercado é de colheita de 1,2 milhão de toneladas no país, com saldo exportável de 800 mil.
Na Argentina, a safra está estimada em 12 milhões de toneladas, 60% maior que a anterior. "O Mercosul contribuirá para pressionar as cotações no mercado brasileiro de trigo. A intensidade dessa pressão dependerá das duas outras variáveis: preços internacionais e câmbio", diz Élcio Bento, analista da Safras & Mercado.
Com o mercado interno travado, o governo provavelmente terá que interferir novamente ara escoar a produção brasileira, assim como ocorreu na temporada passada - chuvas na colheita reduziram drasticamente a qualidade do cereal, que teve de ser exportado, com subsídios, para uso em ração.
Volumes e valores ainda não foram definidos para esta temporada, afirma Silvio Farnese, assessor de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. "Mas já trabalhamos com esse cenário. Os primeiros leilões de trigo são esperados para a segunda semana de novembro", diz ele.
Em algumas regiões do Estado do Paraná, informa, os preços de mercado já estão abaixo do mínimo definido pelo governo. O encaminhamento do ministério reflete pedidos apresentados por representantes dos produtores de Paraná e Rio Grande do Sul. Os paranaenses solicitaram apoio à comercialização de 2 milhões de toneladas, o equivalente a 62% da colheita do Estado, que está 90% concluída e deverá somar cerca de 3,2 milhões de toneladas. Os produtores do Rio Grande do Sul pediram subsídio para 1 milhão de toneladas, 50% da produção esperada.
No ano passado, o governo ofertou subsídio para 4,8 milhões de toneladas e a demanda foi para 3,3 milhões de toneladas. "Mas não teremos nesta safra o mesmo volume da passada. Acreditamos que o mercado vá reagir", diz Farnese.
Paraguai ganha mercado no Brasil
De São Paulo
O Paraguai emergiu como importante produtor de trigo do Mercosul em 2006, a partir da migração de agricultores argentinos afugentados pela política de restrição às exportações do governo de Cristina Kirchner.
O cereal paraguaio ganhou espaço no Brasil com a queda da própria produção argentina, na safra 2008/09, e se fortaleceu com a vantagem de ser colhido praticamente ao mesmo tempo que produção brasileira, ampliando a concorrência com os produtores locais.
Com a safra estimada em 1,15 milhão de toneladas, o Paraguai deve ter um excedente exportável entre 800 mil e 900 mil toneladas, do qual pelo menos 700 mil toneladas devem ser direcionadas ao Brasil, de acordo com a consultoria Safras & Mercado.
As exportações paraguaias ao Brasil começaram a se avolumar em 2004/05, quando somaram 463 mil toneladas. Daí em diante, os volumes só não aumentaram mais por causa de problemas climáticos no Paraguai. Na temporada passada, as vendas foram recordes e atingiram 695 mil toneladas.
Com boa qualidade, o trigo paraguaio tem vantagens em relação até ao de algumas regiões da Argentina, por conta dos preços até US$ 10 menores por tonelada, diz Lawrence Pih, do Moinho Pacífico. No Brasil, o cereal paraguaio chega mais caro, mas não a ponto de ficar inviável, dada a qualidade. "O câmbio favorece esse cenário". Conforme a Safras & Mercados, a tonelada do trigo do Paraguai chega a um moinho em São Paulo por US$ 328, enquanto o cereal colhido no Paraná chega por US$ 317. (FB)
Caderno: Brasil
No Brasil, produtor perde e consumidor ganha com Doha, aponta estudo
Assis Moreira | De Genebra
Os produtores brasileiros terão mais a perder do que a ganhar, enquanto os consumidores podem ter uma boa economia com mais importações baratas se a Rodada Doha de liberalização global for concluída com as propostas que estão atualmente na mesa. As conclusões são de estudos apresentados ontem na Organização Mundial do Comércio (OMC), em seminário destinado a medir ganhos que uma abertura agrícola, industrial e serviços poderiam gerar para a economia mundial.
Pelas estimativas do Peterson Institute, de Washington, o Brasil importaria US$ 6,2 bilhões a mais do que exportaria adicionalmente, levando em conta os compromissos de cortes tarifários e reformas (como na área de serviços) que reduziriam barreiras. O país só aumentaria em US$ 2,7 bilhões as exportações de produtos agrícolas e industriais, e poderia exportar outros US$ 6 bilhões com iniciativas de mais abertura em certos setores, venda de serviços etc. O pouco volume de exportações agrícolas reflete o tamanho das barreiras tarifárias que persistirão, além da concorrência desleal em função dos subsídios bilionários que os Estados Unidos e a União Europeia querem manter.
Em contrapartida, as propostas atuais permitiriam importações adicionais de US$ 14,9 bilhões, basicamente pela melhora nas alfândegas, iniciativas de abertura mais rápida e, certos setores e também com peso nas compras de serviços.
Economistas do Banco Mundial apresentaram resultados em termos de "bem estar econômico". Concluem que, mesmo se o Brasil mantiver altas tarifas para proteger setores industriais mais sensíveis a concorrência externa, os ganhos pelo acordo para o consumidores brasileiros seriam de US$ 4,7 bilhões, com importações mais baratas. Se o país aplicar apenas os cortes definidos por uma formula, portanto abrindo mais o mercado, o ganho para o consumidor dobraria para US$ 9,8 bilhões.
Globalmente, o pacote de liberalização poderia render até US$ 280 bilhões em produção adicional. Mais da metade do ganho em aumento do PIB ficaria com UE, China e Estados Unidos. Doha poderia reduzir também os custos em 9% nas transações comerciais internacionais.
Apresentados os números, embaixadores dos principais países debateram duas horas, mostrando que as diferenças de interesse para alcançar um acordo ainda são enormes. O embaixador brasileiro Roberto Azevedo reclamou que o Brasil não tem certeza ainda de quanto ganhará com mais exportação agrícola, mas sabe que não ganhará nada em exportações adicionais nas áreas industriais e de serviços.
Os EUA cobraram mais abertura por parte dos emergentes, o que o Brasil rejeitou duramente. Alem dos cortes normais, Washington quer a abertura adicional no setor químico brasileiro, onde pede forte redução sobre 1.700 linhas tarifárias para que Doha possa ser retomada. Os EUA reivindicam também amplos cortes de tarifas de importação de máquinas industriais, equipamentos elétricos e eletrônicos. Azevedo exemplificou que atender "uma fração" do que os americanos pedem em certos setores industriais implicaria quase dobrar o tamanho do corte tarifário.
Na cúpula do G-20, em Seul, no mês que vem, sairá um novo comunicado dos chefes de Estado dando "impulso político" para a negociação ser concluída, mensagem que já perdeu credibilidade de tanto ser repetida.
Jornais dos Países Membros do Mercosul
Paraguay “La Nación”
Sección: Política
Lugo y Rousseff se reunirían en la Cumbre del Mercosur
El citado cónclave, del que ya participará la presidenta electa del Brasil, se hará en Foz de Yguazú el 16 y 17 de diciembre.
El presidente Fernando Lugo mantendría su primer encuentro con la presidenta electa de Brasil, Dilma Rouseff, en el marco de la Cumbre de Mandatarios del Mercosur que se celebrará los días 16 y 17 de diciembre en Foz de Yguazú. El mandatario envió una nota de felicitación a la sucesora de “Lula” da Silva, abogando por la consolidación de las relaciones entre ambos gobiernos. Asimismo se mostró optimista de que los acuerdos firmados durante el mandato del presidente saliente puedan tener continuidad con el nuevo gobierno.
“Formulo votos porque, bajo vuestra conducción, la población brasileña siga por la senda del desarrollo y del bienestar para el beneficio de su pueblo. Al mismo tiempo, aprovecho esta oportunidad para reafirmar mi constante apoyo y colaboración para fortalecer lazos de amistad entre nuestros dos países en los años venideros”, indica el mensaje enviado por Lugo a Rousseff.
En entrevista mantenida con la radio Monumental AM, el Presidente comentó ayer que intentó hablar con la presidenta electa pero que su llamado coincidió con un acto donde también se encontraba el mandatario brasileño “Lula” da Silva, por lo que no pudo conversar con ambos.
“Yo sé que el mensaje mío le ha llegado a ellos, el mensaje de congratulaciones y yo creo que realmente este paso que ha dado Brasil en continuar un proceso de lo que ha hecho la política del presidente “Lula” en donde hay cierta garantía de continuar y sobre todo lo que nos interesa a nosotros de continuar nuestras relaciones y los proyectos, programas y acuerdos que tenemos firmado con el Brasil”, expresó.
Consultado si la victoria de Dilma garantiza la concreción de los acuerdos sobre Itaipú, Lugo respondió: “Yo creo que sí, ellos nos han dicho que después de las elecciones retomarían también, especialmente ahora que tienen una mayoría más holgada en el Congreso, yo creo que esto irá de manera más rápida de lo que se ha dilatado por diferentes motivos en este tiempo desde la firma de aquél acuerdo aquí con el presidente “Lula” y yo creo que ahora sí hay la cancha más libre y las posibilidades reales con mucho más posibilidades”.
Según fuentes gubernamentales, el propio secretario general de la Presidencia de la República, Miguel López Perito, viajó la semana a San Pablo, Brasil para reunirse con el asesor del presidente brasileño, Marco Aurelio García y organizar el encuentro entre Lugo y Rousseff.
Iniciarán lobby para Notas Reversales
El gobierno insistirá ante el Congreso brasilero para que se cumplan el acuerdo sobre Itaipú.
Consumada la elección de nueva presidenta del Brasil, Dilma Rousseff, La Cancillería iniciará un nuevo lobby con el Congreso brasileño para la aprobación de las Notas Reversales de Itaipú, anunció ayer el canciller Héctor Lacognata. El secretario de Estado informó que una comitiva de la Cancillería paraguaya presidida por el vicecanciller Jorge Lara Castro viajará las próximas semanas semana a Brasilia para una nueva arremetida en las negociaciones para que el Legislativo brasileño dé trámite a las Notas Reversales antes de fin de año. Lacognata señaló que las expectativas son favorables por la nueva composición del Congreso brasileño con mayoría oficialista.
“Conversaremos con los diputados brasileños aprueben ates de fin de año y esperar el año que viene para el tratamiento en la Cámara de Senadores ya con la nueva composición que inclusive será más favorable a los intereses paraguayos. Retomamos el lobby que fue interrumpido por el proceso electoral”, señaló el canciller Lacognata tras ser distinguido con el Premio “Ragusanos en el Mundo – Edición 2010”, otorgado por la Asociación homónima que tiene su sede en la ciudad de Ragusa, República Italiana. El acto se realizó en la Cancillería Nacional.
El ministro de Relaciones Exteriores señaló además que la victoria de Rousseff continuará la agenda con el Brasil ya que el principal socio comercial en la región, con un agenda muy intensa que abarca desde temas migratorios, energéticos, comerciales, de Defensa.
Sección: Negócios
Firman que el Este tiene más chance con Dilma que con Serra
Ali Abou Saleh dice que Rousseff está en el mismo equipo de “Lula”, ya conocido.
Ciudad del Este.- “Nosotros estamos más esperanzados con ella que con José Serra, porque la presidenta electa ya había manifestado en su momento, que su política será de continuidad a la gestión de Luis Inácio “Lula” da Silva”, aseguró el presidente de la Cámara de Comercio de esta ciudad, Alí Abou Saleh.
El empresario sostuvo que por las informaciones que manejan, incluso por la misma prensa brasileña, José Serra tiene un total rechazo al sistema comercial de Ciudad del Este. Indicó que la capital departamental tiene un peso muy importante en el presupuesto de la nación y cualquier medida que lo afecte, también repercute a nivel nacional.
“Para que finalmente se aplique el Régimen de Tributo Unificado (RTU) y otras medidas que aún se deben negociar en la relación fronteriza, la elección de Dilma Rousseff, creo que será más conveniente”, agregó el empresario, quien resaltó que “es una puerta abierta y no una nueva que deba abrirse”.
Además dijo que se trata de “un equipo político que ya conocemos, ya se ha venido trabajando con ellos y ya conocemos, o por lo menos sabemos hacia dónde apuntar”.
ITAIPÚ
Según el presidente de la Cámara de Comercio de Ciudad del Este, a Paraguay le viene bien esta elección, por el acuerdo firmado sobre Itaipú con “Lula” Da Silva y por la posibilidad de que dicho acuerdo sea finalmente aprobado en el Congreso del Brasil.
Abou Saleh remarcó que “si había algo que a nosotros nos estimulaba era que gane Dilma Rouseff y así sucedió, teníamos esa esperanza y la mantenemos”, aunque aclaró que hay que esperar qué pasa realmente.
No obstante, el empresario sostiene que el Gobierno paraguayo debe hacer aún muchas acciones a nivel interno y en materia de política exterior. “Debemos ganar un poco más de tiempo, vamos muy despacio, no es que no se vienen haciendo las cosas, se están haciendo pero debemos darle mayor ímpetu y voluntad, ya sea en el sector privado como público”, dijo Abou Saleh.
NEGOCIACIONES
Recordó que restan muchas negociaciones por hacer con el exterior y dentro mismo del Mercosur, en el sentido de “sentar posturas y pelear por ellas”.
El titular del gremio empresarial indicó que el Brasil focaliza mucho su control hacia el Puente de la Amistad, olvidándose de su amplia frontera, siendo éste uno de los temas que debe ser encarado en forma más seria por el Paraguay. Añadió que en la relación con los países del exterior “hay sí una cuestión que mejorar de nuestro lado, pasan muchas armas, muchas drogas, se mezclan con mercaderías y con la actividad comercial de Ciudad del Este; eso no nos favorece y depende de nosotros cambiar”.
Uruguay “El Pais”
Sección: Política Nacional
Apoyo a Unasur divide a blancos. Dudas sobre el valor de formar parte del tratado
El canciller Luis Almagro explicará en Diputados el alcance de la participación de Uruguay en la Unión de Naciones del Sur (Unasur), tema que ingresa en su fase definitiva en el Parlamento.
En lo político, este tema muestra otra división en la bancada blanca entre Unidad Nacional (UNA), que se opone al proyecto, y Alianza Nacional (AN), donde hay voces a favor de la Unasur.
Tras varios meses de estar encajonado por el Frente Amplio, el proyecto por el que se ratifica la adhesión al tratado fue reactivado luego de que el presidente José Mujica diera el aval para su sanción.
La iniciativa fue aprobada en el Senado con los votos del Frente Amplio, y ahora ha ingresado a la discusión en Diputados. La comisión de Asuntos Internacionales recibirá mañana jueves al canciller Almagro a pedido del diputado Jaime Trobo (UNA).
El tratado ya fue ratificado por Argentina, Chile, Perú, Venezuela, Ecuador, Guyana y Bolivia, pero falta, al menos, otras dos ratificaciones para que formalmente entre en vigencia.
Esto ha motivado la fuerte objeción del Partido Nacional expresada a través de su presidente, Luis Alberto Lacalle.
El tratado constitutivo se firmó el 23 de mayo de 2008 en Brasilia. El 4 de mayo de 2010 se designó por unanimidad a Néstor Kirchner como secretario general. Tras su muerte, se manejan algunos candidatos para sucederlo: entre ellos el ex presidente Tabaré Vázquez y el saliente mandatario Luiz Inácio Lula de Silva, que el 1° de enero próximo dejará la presidencia de Brasil.
Por ahora, el gobierno no tiene posición respecto a la secretaría general, pero se estima que si Lula aceptara Uruguay lo apoyaría dado que sería un impulso notable para la Unasur, dijeron a El País fuentes de Presidencia.
DIVISIÓN. Luego de haber estado en bloque contra la iniciativa, ahora en el Partido Nacional hay dos posiciones sobre la Unasur. La UNA mantiene su postura contraria a la iniciativa, pero en Alianza Nacional, últimamente más afín a acompañar iniciativas del Poder Ejecutivo, hay muestras de apoyo.
La ratificación del tratado constitutivo de Unasur estará mañana a consideración de la Agrupación Parlamentaria nacionalista. "No estamos de acuerdo con la Unasur. Seguimos pensando que hay muchos organismos políticos en la región, y que no cumplen con sus roles", precisó Trobo.
En Alianza la interna está dividida. El diputado Daniel Peña, de la comisión de Asuntos Internacionales, dijo a El País que apoya el organismo porque es "un proyecto latinoamericanista y de patria grande" en la línea ideológica nacionalista. En la posición contraria aparecen dirigentes como el senador Sergio Abreu y el diputado Javier García.
“El Observador”
Sección: Economía
Fondo común
Argentina y Brasil acordaron crear un fondo por US$ 200 millones que será destinado a financiar proyectos de integración productiva bilateral. El Ministerio de Industria argentino informó que es parte de estrategia común de ambos países para impulsar la asociación y complementación entre las pymes . En el pasado, Uruguay se quejó del bilateralismo de los dos países grandes del Mercosur que dejan de lado a los socios pequeños.
Las herederas del poder.
ARGENTINA Y BRASIL INICIAN NUEVAS ETAPAS CON GOBIERNOS DE PERFIL DE IZQUIERDA
Dos mujeres conducirán las economías más grandes de América Latina
Cristina Fernández y Dilma Rousseff enfrentarán un paisaje político distinto, aunque tienen en común que la economía de sus países, Argentina y Brasil, está creciendo a ritmo vertiginoso a pesar de la persistencia de presiones y vulnerabilidades.
Cristina Fernández comienza una nueva etapa como dicen los peronistas ahora sin su marido Néstor Kirchner, que era el estratega político del matrimonio. La presidenta no se habla con su vice, la oposición golpea duro, está enfrentada al poder de los ruralistas y tiene por delante las elecciones, donde los ánimos se exacerban.
En Brasil, Dilma Rousseff, con amplio apoyo popular, enfrentará una oposición más dura a la que tuvo Lula y navegará con una coalición de 10 partidos que deberá mantener a raya.
Los objetivos que tienen las dos son parecidos: mantener la economía creciendo y mejorar la distribución de la riqueza.
Los principales desafíos
La presidenta electa de Brasil, Dilma Rousseff, que asumirá en enero, alcanzó el poder con el apoyo del carismático Lula da Silva. Los primeros desafíos del nuevo gobierno serán mantener la estabilidad económica y combatir la pobreza. La economía de Brasil prevé crecer este año 7,6%, según estimaciones de los bancos privados. Rousseff se mostró partidaria de implementar mecanismos globales que regulen mejor los mercados financieros. Apoya el Mercosur y el ingreso de Venezuela al bloque.
Primera nota positiva
Las directrices de la política económica que Dilma Rousseff trazó en su primer pronunciamiento como presidenta electa de Brasil, en el que prometió continuidad y prudencia fiscal, recibieron el lunes el primer aval de una calificadora de riesgo.
La agencia de calificaciones Standard & Poor´s dijo que la adopción de políticas de prudencia fiscal en un ambiente de crecimiento económico e inflación bajo control permite prever una elevación de la calificación de riesgo de Brasil.
Tipo de cambio fluctuante
La presidenta electa afirmó que mantendrá en su gestión la actual política económica del gobierno de Lula da Silva y descartó aplicar medidas radicales sobre el tipo de cambio. "Voy a mirar con mucho cuidado la moneda, porque no creo que manipularla resuelva algo. Tendremos un cambio fluctuante y tenemos reservas para protegernos de manipulaciones internacionales", aseguró Dilma Rousseff .También dijo que mantendrá el gasto social y las inversiones.
Superávit primario
La economía brasileña cerró setiembre con un superávit primario (antes del pago de intereses de la deuda) acumulado equivalente a 2,96% del Producto Bruto Interno (PBI) para los últimos 12 meses, informó el Banco Central.
De acuerdo con los datos divulgados por la autoridad monetaria, el país registró en setiembre un superávit primario de unos US$ 16.438 millones, el nivel más elevado desde el inicio de la serie histórica, en diciembre de 2001.
Cambió el mapa político
El escenario político de Argentina cambió radicalmente tras la muerte de Néstor Kirchner. El líder del peronismo dejó un vacío que el partido busca cubrir sin mellar la autoridad de la presidenta Cristina Fernández. Los voceros del gobierno ratifican que no habrá cambios en la conducción política, pero analistas y empresarios no están tan convencidos de eso. La economía de Argentina crecerá este año 9%, según datos del Banco Central, que ajustó su proyección al alza.
Cae riesgo de impago
El riesgo de los bonos argentinos cae al ritmo más rápido desde marzo por conjeturas de que la presidenta Cristina Fernández compondrá las relaciones con el FMI y aumentará la credibilidad de los datos de inflación. El costo de proteger la deuda contra una suspensión de pagos con permutas de riesgo crediticio se derrumbó 1,13 puntos porcentuales la semana pasada, la mayor declinación entre 97 países y gobiernos locales rastreados por CMA y Bloomberg.
Mejoró la recaudación
La recaudación impositiva en Argentina ascendió en octubre a US$ 9.064,7 millones, 36,6% más con relación a igual mes de 2009. La Administración Federal de Ingresos Públicos (AFIP) indicó que la recaudación de octubre estuvo 1,2 % por encima de la registrada en setiembre. Esos datos fueron dados a conocer luego de que la presidenta Fernández analizara las cifras tras llegar a la casa de gobierno en su regreso a la actividad pública.
Inversiones y estadísticas
Uno de los problemas que enfrenta Argentina en el terreno económico es la falta de crédito e inversión directa externa en el volumen que se espera. El ingreso de divisas al país tiene como principal fuente a las exportaciones. Además, la intervención del gobierno en el Instituto Nacional de Estadística y Censos (Indec) restó credibilidad a los datos oficiales, impactando en los títulos de deuda pública que se ajustan por variables como la inflación o el crecimiento de la economía.
Opinião
A via-crúcis argentina
Newton Carlos
Buenos Aires A morte prematura de Néstor Kirchner (não foi totalmente testado nas urnas o projeto continuista) resulta em oportunidade para um olhar mais profundo na vida da Argentina, país onde o voto é secreto desde 1910, caso único na América Latina. Isso abriu caminho para que eleitores urbanos, do Partido Radical, conseguissem derrubar, por meio do voto, em 1912, a oligarquia até então reinante. Instalou-se no país um quadro de hegemonia burguesa, outra novidade no continente. Era a Argentina dos anos 10 e 20, da rebelião universitária de Córdoba, origem de uma nova religião, a da autonomia universitária.
O estadista francês Clemenceau visitou a Argentina nessa época e se encantou, entre outras coisas, com o metrô abaixo da linha do Equador. Daí o sonho de sustentar-se como uma Austrália sul-americana, um país de Primeiro Mundo em meio a um mar de pobreza. Mas o crack financeiro de 1929 bateu forte na que foi a quarta economia do mundo, e o presidente Yrigoyen, o herói da classe média, caiu golpeado. Os anos 1930 foram a década infame, de quarteladas e bochinchos, até o advento do populismo peronista. Os descamisados, os párias da industrialização, sobrepassaram politicamente a classe média. Mas o peronismo acabou ficando de caixa baixa e sem condições de manter a teatralidade da maior mobilização de massas da América Latina. Acabaram as reservas conseguidas com vendas de excedentes agrícolas no pós-Segunda Guerra.
A partir do golpe de 1955, contra Perón, as turbulências foram brutais, com militares golpeando e o peronismo se recompondo. O chamado golpe-mor, o de 1976, contra Isabelita Perón, não tratou só de segurança nacional. Tempos de chumbo, 30 mil desaparecidos. Militares golpistas também patrocinaram equipes econômicas com manuais de combate ao nacional populismo, contra os estertores do velho peronismo. Pela primeira vez foi montado na Argentina um projeto antiperonista consistente. O ministro da Economia, Martínez de Hoz, era de família oligarca, com profundas raízes no campo conservador. Achatou salários, escancarou a economia e contraiu dívidas de US$ 43 bilhões. Nesse afã, terminou produzindo o que o Centro de Pesquisas Sociais, de Buenos Aires, chamou de fratura na evolução da sociedade argentina.
Modo acadêmico de falar de ampliação da pobreza. O primeiro governo da redemocratização, o de Raúl Alfonsín, já nasceu colocado contra a parede, com a dívida e a pobreza em acelerada ascensão. É a tragédia das democracias pobres, disse Alfonsín, já a caminho do FMI. Ou do patíbulo. Sequer teve fôlego para completar o mandato. Afogou-se na hiperinflação e num caos social. A dor, a violência, o analfabetismo e a marginalidade golpeiam 9 milhões de argentinos, declarou o sucessor de Alfonsín, o peronista neoliberal Menem. Com um terço da população do país em situação de miséria, Menem convocou para o nascimento de novos tempos, novas oportunidades, talvez as últimas, mas em seu primeiro quinquênio a pobreza duplicou na Argentina. No fim de dois mandatos, num total de 10 anos na Casa Rosada, de cada 1.760 pessoas que baixavam a graus dramáticos de empobrecimento, mil saíam da classe média.
Estimativas dizem que já são mais de 15 milhões de pobres numa população de menos de 40 milhões. A antes dominante classe média continuou em queda livre. Quanto ao peronismo sem Perón, perdeu a identidade, deslizando entre o populismo, o neoliberalismo ou, com a dinastia Kirchner, o retorno ao autoritarismo. Nas eleições de outubro de 1999, os argentinos apostaram entusiasticamente em mudanças e perderam a aposta. As coisas só pioraram e o governo do presidente Fernando de La Rúa, do velho Partido Radical, naufragou em desgraças e sangue, o povo nas ruas saqueando e sendo violentamente reprimido. A morte de Perón já provocara comoção nacional e sua mulher e sucessora afogou-se num peronismo definido como de bandidagem. Instalou-se, pior ainda, uma ditadura cruel que colocou em primeiro plano a questão dos direitos humanos.
Com os fracassos dos governos liberais de Alffonsín e de de la Rúa foi aberto o caminho por onde transitaram os Kirchner a caminho do poder. Do golpe de 1976, contra Isabelita, até 1982, ano da Guerra das Malvinas, tiro de misericórdia na ditadura, a produção industrial caiu 27%. Mais de 1,5 milhão de argentinos com aptidão profissional se expatriaram. Alfonsín teve de pagar em 1984 US$ 9,6 bilhões da dívida externa, equivalentes ao total das exportações em 1982. Mas os bolsões de pobreza continuaram se alargando, o que explica a fixação de Néstor na economia. Há um certo desafogo, mas as chagas são muitas, e todas doloridas anos de recessão, desemprego alto, pobreza por todos os lados, desmonte de uma classe média que esteve entre as mais pujantes do mundo e até fome no que foi considerado celeiro também do mundo. Herança de Cristina.
Caderno: Política
Disputa pelo Mercosul
As 19 novas vagas da representação brasileira no parlamento do Mercosul já mobilizam deputados e senadores. Para fazer a distribuição das cadeiras criadas com a mudança de critério para a participação dos países que integram o bloco , o Congresso aprovará, até dezembro, nova resolução indicando como Câmara e Senado dividirão as vagas extras. Atualmente, o Brasil é representado no parlamento do Mercosul por 18 deputados e senadores. Mas representantes dos governos que integram o bloco entenderam que a participação deveria seguir critério de proporcionalidade do número de habitantes de cada país. Assim, o Brasil terá maioria, com direito a 37 cadeiras no Parlasul, superando o número de parlamentares da Argentina (26), do Uruguai (18) e do Paraguai (18). A Venezuela participa informalmente do parlamento, mas não tem direito a voto. Para a inclusão do país é necessário o aval do Paraguai.
Depois da eleição da Mesa Diretora e da composição das comissões da Câmara e do Senado, o Congresso indicará os 37 novos representantes do Brasil para o Parlasul. O preenchimento das cadeiras é feito levando em conta o critério de proporcionalidade partidária. Na Câmara, o bloco com maior número de deputados em tese o grupo formado pelo PT e PMDB terá direito de indicar até quatro representantes. No Senado, o PMDB será o partido detentor de mais cadeiras no parlamento do Mercosul. A bancada de 37 vale para 2011. Mas para ter essa divisão de vagas, o Congresso tem que aprovar uma resolução, afirma o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), membro do Parlasul.
Concurso
Integrantes do bloco planejam para 2012 a realização de eleição direta para escolher os parlamentares da câmara internacional. A ideia é que os eleitores votem, durante o pleito que selecionará prefeitos e vereadores, nos parlamentares que os representação no Mercosul. A eleição direta para o parlamento do bloco poderá dar direito aos representantes de manter gabinete internacional. Atualmente, os oito deputados e oito senadores que dividem o tempo entre o parlamento brasileiro e o internacional não têm estrutura de representação. As passagens e as hospedagens usadas para que os parlamentares participem dos encontros internacionais são pagas pelo Congresso. Dr. Rosinha afirma que o objetivo do parlamento do Mercosul é monitorar as políticas de direitos humanos dos países do bloco. Nós temos competência para acompanhar as negociações do Mercosul e dar informes de direitos humanos. Como deputado brasileiro, não posso entrar em qualquer país do bloco e meter o dedo na política de direitos humanos, mas, como representante do Mercosul, eu posso. Recentemente, também foi criado um tribunal de justiça para o Mercosul.
Atualmente, o parlamento do Mercosul tem orçamento de US$ 1 milhão anual, utilizado para manter a sede em Montevidéu, Uruguai. O montante é dividido entre os quatro países. Cada um paga US$ 250 mil para manter a casa internacional. Dr. Rosinha apresentou projeto de lei para realizar concurso público para contratar cerca de 100 servidores para assessorar os parlamentares brasileiros no Mercosul. A proposta ainda está em análise na Câmara. (JJ)
Jornal “Valor Econômico”
Caderno: Agronegócios
Importação de trigo deve crescer
Qualidade da produção nacional está aquém das exigências das indústrias Fabiana Batista | De São Paulo
O Brasil deverá importar nesta safra, que vai até setembro do ano que vem, o maior volume de trigo desde o ciclo 2006/07. Ainda que o governo até agora trabalhe com uma estimativa de 5,3 milhões de toneladas, o mercado já considera que o volume ficará entre 6 milhões e 6,5 milhões de toneladas.
Segundo especialistas, a tendência reflete as características relativamente desfavoráveis de parte da produção brasileira deste ano para uso em panificação, que representa cerca de 60% da demanda nacional por farinha de trigo. Esta desvantagem acontece em uma temporada de elevado volume exportável do cereal de boa qualidade em vizinhos do Mercosul - cerca de 6,7 milhões de toneladas, ante 3,75 milhões na safra passada.
O Brasil deverá produzir 5,4 milhões de toneladas em 2010/11, terceira melhor marca desde a safra 2004/05, segundo estatísticas da Conab. Em 2006/07, quando as importações somaram 7,1 milhões de toneladas, a produção interna quebrou e foram colhidas ínfimas 2,2 milhões de toneladas. O problema, explica Lawrence Pih, presidente do Moinho Pacífico, é que a safra atual está com baixa "força do glúten" (medida de energia), características essencial para fabricação da farinha de panificação.
Daí as atenções voltadas aos vizinhos de Mercosul. A produção paraguaia está sendo colhida ao mesmo tempo que a brasileira, e as colheitas argentina e uruguaia deverão começar a entrar no mercado no fim deste mês de novembro. A expectativa de uma larga produção no Mercosul está travando negócios com o cereal brasileiro, na medida que os vizinhos historicamente têm níveis de força do glúten superiores aos do Brasil.
"No Paraná, esse indicador está, na média, acima de 200 joules. Em condição de escassez, a indústria nacional compra e corrige com produtos químicos. Mas a concorrência com o Mercosul está pesando", afirma Flávio Turra, diretor da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).
Pih acredita que o Brasil deverá importar um volume recorde de trigo do Paraguai. "Serão mais de 700 mil toneladas", diz. Assim como a paraguaia, a safra do Uruguai também oferecerá bom excedente exportável ao Brasil. A previsão da Safras & Mercado é de colheita de 1,2 milhão de toneladas no país, com saldo exportável de 800 mil.
Na Argentina, a safra está estimada em 12 milhões de toneladas, 60% maior que a anterior. "O Mercosul contribuirá para pressionar as cotações no mercado brasileiro de trigo. A intensidade dessa pressão dependerá das duas outras variáveis: preços internacionais e câmbio", diz Élcio Bento, analista da Safras & Mercado.
Com o mercado interno travado, o governo provavelmente terá que interferir novamente ara escoar a produção brasileira, assim como ocorreu na temporada passada - chuvas na colheita reduziram drasticamente a qualidade do cereal, que teve de ser exportado, com subsídios, para uso em ração.
Volumes e valores ainda não foram definidos para esta temporada, afirma Silvio Farnese, assessor de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. "Mas já trabalhamos com esse cenário. Os primeiros leilões de trigo são esperados para a segunda semana de novembro", diz ele.
Em algumas regiões do Estado do Paraná, informa, os preços de mercado já estão abaixo do mínimo definido pelo governo. O encaminhamento do ministério reflete pedidos apresentados por representantes dos produtores de Paraná e Rio Grande do Sul. Os paranaenses solicitaram apoio à comercialização de 2 milhões de toneladas, o equivalente a 62% da colheita do Estado, que está 90% concluída e deverá somar cerca de 3,2 milhões de toneladas. Os produtores do Rio Grande do Sul pediram subsídio para 1 milhão de toneladas, 50% da produção esperada.
No ano passado, o governo ofertou subsídio para 4,8 milhões de toneladas e a demanda foi para 3,3 milhões de toneladas. "Mas não teremos nesta safra o mesmo volume da passada. Acreditamos que o mercado vá reagir", diz Farnese.
Paraguai ganha mercado no Brasil
De São Paulo
O Paraguai emergiu como importante produtor de trigo do Mercosul em 2006, a partir da migração de agricultores argentinos afugentados pela política de restrição às exportações do governo de Cristina Kirchner.
O cereal paraguaio ganhou espaço no Brasil com a queda da própria produção argentina, na safra 2008/09, e se fortaleceu com a vantagem de ser colhido praticamente ao mesmo tempo que produção brasileira, ampliando a concorrência com os produtores locais.
Com a safra estimada em 1,15 milhão de toneladas, o Paraguai deve ter um excedente exportável entre 800 mil e 900 mil toneladas, do qual pelo menos 700 mil toneladas devem ser direcionadas ao Brasil, de acordo com a consultoria Safras & Mercado.
As exportações paraguaias ao Brasil começaram a se avolumar em 2004/05, quando somaram 463 mil toneladas. Daí em diante, os volumes só não aumentaram mais por causa de problemas climáticos no Paraguai. Na temporada passada, as vendas foram recordes e atingiram 695 mil toneladas.
Com boa qualidade, o trigo paraguaio tem vantagens em relação até ao de algumas regiões da Argentina, por conta dos preços até US$ 10 menores por tonelada, diz Lawrence Pih, do Moinho Pacífico. No Brasil, o cereal paraguaio chega mais caro, mas não a ponto de ficar inviável, dada a qualidade. "O câmbio favorece esse cenário". Conforme a Safras & Mercados, a tonelada do trigo do Paraguai chega a um moinho em São Paulo por US$ 328, enquanto o cereal colhido no Paraná chega por US$ 317. (FB)
Caderno: Brasil
No Brasil, produtor perde e consumidor ganha com Doha, aponta estudo
Assis Moreira | De Genebra
Os produtores brasileiros terão mais a perder do que a ganhar, enquanto os consumidores podem ter uma boa economia com mais importações baratas se a Rodada Doha de liberalização global for concluída com as propostas que estão atualmente na mesa. As conclusões são de estudos apresentados ontem na Organização Mundial do Comércio (OMC), em seminário destinado a medir ganhos que uma abertura agrícola, industrial e serviços poderiam gerar para a economia mundial.
Pelas estimativas do Peterson Institute, de Washington, o Brasil importaria US$ 6,2 bilhões a mais do que exportaria adicionalmente, levando em conta os compromissos de cortes tarifários e reformas (como na área de serviços) que reduziriam barreiras. O país só aumentaria em US$ 2,7 bilhões as exportações de produtos agrícolas e industriais, e poderia exportar outros US$ 6 bilhões com iniciativas de mais abertura em certos setores, venda de serviços etc. O pouco volume de exportações agrícolas reflete o tamanho das barreiras tarifárias que persistirão, além da concorrência desleal em função dos subsídios bilionários que os Estados Unidos e a União Europeia querem manter.
Em contrapartida, as propostas atuais permitiriam importações adicionais de US$ 14,9 bilhões, basicamente pela melhora nas alfândegas, iniciativas de abertura mais rápida e, certos setores e também com peso nas compras de serviços.
Economistas do Banco Mundial apresentaram resultados em termos de "bem estar econômico". Concluem que, mesmo se o Brasil mantiver altas tarifas para proteger setores industriais mais sensíveis a concorrência externa, os ganhos pelo acordo para o consumidores brasileiros seriam de US$ 4,7 bilhões, com importações mais baratas. Se o país aplicar apenas os cortes definidos por uma formula, portanto abrindo mais o mercado, o ganho para o consumidor dobraria para US$ 9,8 bilhões.
Globalmente, o pacote de liberalização poderia render até US$ 280 bilhões em produção adicional. Mais da metade do ganho em aumento do PIB ficaria com UE, China e Estados Unidos. Doha poderia reduzir também os custos em 9% nas transações comerciais internacionais.
Apresentados os números, embaixadores dos principais países debateram duas horas, mostrando que as diferenças de interesse para alcançar um acordo ainda são enormes. O embaixador brasileiro Roberto Azevedo reclamou que o Brasil não tem certeza ainda de quanto ganhará com mais exportação agrícola, mas sabe que não ganhará nada em exportações adicionais nas áreas industriais e de serviços.
Os EUA cobraram mais abertura por parte dos emergentes, o que o Brasil rejeitou duramente. Alem dos cortes normais, Washington quer a abertura adicional no setor químico brasileiro, onde pede forte redução sobre 1.700 linhas tarifárias para que Doha possa ser retomada. Os EUA reivindicam também amplos cortes de tarifas de importação de máquinas industriais, equipamentos elétricos e eletrônicos. Azevedo exemplificou que atender "uma fração" do que os americanos pedem em certos setores industriais implicaria quase dobrar o tamanho do corte tarifário.
Na cúpula do G-20, em Seul, no mês que vem, sairá um novo comunicado dos chefes de Estado dando "impulso político" para a negociação ser concluída, mensagem que já perdeu credibilidade de tanto ser repetida.
Jornais dos Países Membros do Mercosul
Paraguay “La Nación”
Sección: Política
Lugo y Rousseff se reunirían en la Cumbre del Mercosur
El citado cónclave, del que ya participará la presidenta electa del Brasil, se hará en Foz de Yguazú el 16 y 17 de diciembre.
El presidente Fernando Lugo mantendría su primer encuentro con la presidenta electa de Brasil, Dilma Rouseff, en el marco de la Cumbre de Mandatarios del Mercosur que se celebrará los días 16 y 17 de diciembre en Foz de Yguazú. El mandatario envió una nota de felicitación a la sucesora de “Lula” da Silva, abogando por la consolidación de las relaciones entre ambos gobiernos. Asimismo se mostró optimista de que los acuerdos firmados durante el mandato del presidente saliente puedan tener continuidad con el nuevo gobierno.
“Formulo votos porque, bajo vuestra conducción, la población brasileña siga por la senda del desarrollo y del bienestar para el beneficio de su pueblo. Al mismo tiempo, aprovecho esta oportunidad para reafirmar mi constante apoyo y colaboración para fortalecer lazos de amistad entre nuestros dos países en los años venideros”, indica el mensaje enviado por Lugo a Rousseff.
En entrevista mantenida con la radio Monumental AM, el Presidente comentó ayer que intentó hablar con la presidenta electa pero que su llamado coincidió con un acto donde también se encontraba el mandatario brasileño “Lula” da Silva, por lo que no pudo conversar con ambos.
“Yo sé que el mensaje mío le ha llegado a ellos, el mensaje de congratulaciones y yo creo que realmente este paso que ha dado Brasil en continuar un proceso de lo que ha hecho la política del presidente “Lula” en donde hay cierta garantía de continuar y sobre todo lo que nos interesa a nosotros de continuar nuestras relaciones y los proyectos, programas y acuerdos que tenemos firmado con el Brasil”, expresó.
Consultado si la victoria de Dilma garantiza la concreción de los acuerdos sobre Itaipú, Lugo respondió: “Yo creo que sí, ellos nos han dicho que después de las elecciones retomarían también, especialmente ahora que tienen una mayoría más holgada en el Congreso, yo creo que esto irá de manera más rápida de lo que se ha dilatado por diferentes motivos en este tiempo desde la firma de aquél acuerdo aquí con el presidente “Lula” y yo creo que ahora sí hay la cancha más libre y las posibilidades reales con mucho más posibilidades”.
Según fuentes gubernamentales, el propio secretario general de la Presidencia de la República, Miguel López Perito, viajó la semana a San Pablo, Brasil para reunirse con el asesor del presidente brasileño, Marco Aurelio García y organizar el encuentro entre Lugo y Rousseff.
Iniciarán lobby para Notas Reversales
El gobierno insistirá ante el Congreso brasilero para que se cumplan el acuerdo sobre Itaipú.
Consumada la elección de nueva presidenta del Brasil, Dilma Rousseff, La Cancillería iniciará un nuevo lobby con el Congreso brasileño para la aprobación de las Notas Reversales de Itaipú, anunció ayer el canciller Héctor Lacognata. El secretario de Estado informó que una comitiva de la Cancillería paraguaya presidida por el vicecanciller Jorge Lara Castro viajará las próximas semanas semana a Brasilia para una nueva arremetida en las negociaciones para que el Legislativo brasileño dé trámite a las Notas Reversales antes de fin de año. Lacognata señaló que las expectativas son favorables por la nueva composición del Congreso brasileño con mayoría oficialista.
“Conversaremos con los diputados brasileños aprueben ates de fin de año y esperar el año que viene para el tratamiento en la Cámara de Senadores ya con la nueva composición que inclusive será más favorable a los intereses paraguayos. Retomamos el lobby que fue interrumpido por el proceso electoral”, señaló el canciller Lacognata tras ser distinguido con el Premio “Ragusanos en el Mundo – Edición 2010”, otorgado por la Asociación homónima que tiene su sede en la ciudad de Ragusa, República Italiana. El acto se realizó en la Cancillería Nacional.
El ministro de Relaciones Exteriores señaló además que la victoria de Rousseff continuará la agenda con el Brasil ya que el principal socio comercial en la región, con un agenda muy intensa que abarca desde temas migratorios, energéticos, comerciales, de Defensa.
Sección: Negócios
Firman que el Este tiene más chance con Dilma que con Serra
Ali Abou Saleh dice que Rousseff está en el mismo equipo de “Lula”, ya conocido.
Ciudad del Este.- “Nosotros estamos más esperanzados con ella que con José Serra, porque la presidenta electa ya había manifestado en su momento, que su política será de continuidad a la gestión de Luis Inácio “Lula” da Silva”, aseguró el presidente de la Cámara de Comercio de esta ciudad, Alí Abou Saleh.
El empresario sostuvo que por las informaciones que manejan, incluso por la misma prensa brasileña, José Serra tiene un total rechazo al sistema comercial de Ciudad del Este. Indicó que la capital departamental tiene un peso muy importante en el presupuesto de la nación y cualquier medida que lo afecte, también repercute a nivel nacional.
“Para que finalmente se aplique el Régimen de Tributo Unificado (RTU) y otras medidas que aún se deben negociar en la relación fronteriza, la elección de Dilma Rousseff, creo que será más conveniente”, agregó el empresario, quien resaltó que “es una puerta abierta y no una nueva que deba abrirse”.
Además dijo que se trata de “un equipo político que ya conocemos, ya se ha venido trabajando con ellos y ya conocemos, o por lo menos sabemos hacia dónde apuntar”.
ITAIPÚ
Según el presidente de la Cámara de Comercio de Ciudad del Este, a Paraguay le viene bien esta elección, por el acuerdo firmado sobre Itaipú con “Lula” Da Silva y por la posibilidad de que dicho acuerdo sea finalmente aprobado en el Congreso del Brasil.
Abou Saleh remarcó que “si había algo que a nosotros nos estimulaba era que gane Dilma Rouseff y así sucedió, teníamos esa esperanza y la mantenemos”, aunque aclaró que hay que esperar qué pasa realmente.
No obstante, el empresario sostiene que el Gobierno paraguayo debe hacer aún muchas acciones a nivel interno y en materia de política exterior. “Debemos ganar un poco más de tiempo, vamos muy despacio, no es que no se vienen haciendo las cosas, se están haciendo pero debemos darle mayor ímpetu y voluntad, ya sea en el sector privado como público”, dijo Abou Saleh.
NEGOCIACIONES
Recordó que restan muchas negociaciones por hacer con el exterior y dentro mismo del Mercosur, en el sentido de “sentar posturas y pelear por ellas”.
El titular del gremio empresarial indicó que el Brasil focaliza mucho su control hacia el Puente de la Amistad, olvidándose de su amplia frontera, siendo éste uno de los temas que debe ser encarado en forma más seria por el Paraguay. Añadió que en la relación con los países del exterior “hay sí una cuestión que mejorar de nuestro lado, pasan muchas armas, muchas drogas, se mezclan con mercaderías y con la actividad comercial de Ciudad del Este; eso no nos favorece y depende de nosotros cambiar”.
Uruguay “El Pais”
Sección: Política Nacional
Apoyo a Unasur divide a blancos. Dudas sobre el valor de formar parte del tratado
El canciller Luis Almagro explicará en Diputados el alcance de la participación de Uruguay en la Unión de Naciones del Sur (Unasur), tema que ingresa en su fase definitiva en el Parlamento.
En lo político, este tema muestra otra división en la bancada blanca entre Unidad Nacional (UNA), que se opone al proyecto, y Alianza Nacional (AN), donde hay voces a favor de la Unasur.
Tras varios meses de estar encajonado por el Frente Amplio, el proyecto por el que se ratifica la adhesión al tratado fue reactivado luego de que el presidente José Mujica diera el aval para su sanción.
La iniciativa fue aprobada en el Senado con los votos del Frente Amplio, y ahora ha ingresado a la discusión en Diputados. La comisión de Asuntos Internacionales recibirá mañana jueves al canciller Almagro a pedido del diputado Jaime Trobo (UNA).
El tratado ya fue ratificado por Argentina, Chile, Perú, Venezuela, Ecuador, Guyana y Bolivia, pero falta, al menos, otras dos ratificaciones para que formalmente entre en vigencia.
Esto ha motivado la fuerte objeción del Partido Nacional expresada a través de su presidente, Luis Alberto Lacalle.
El tratado constitutivo se firmó el 23 de mayo de 2008 en Brasilia. El 4 de mayo de 2010 se designó por unanimidad a Néstor Kirchner como secretario general. Tras su muerte, se manejan algunos candidatos para sucederlo: entre ellos el ex presidente Tabaré Vázquez y el saliente mandatario Luiz Inácio Lula de Silva, que el 1° de enero próximo dejará la presidencia de Brasil.
Por ahora, el gobierno no tiene posición respecto a la secretaría general, pero se estima que si Lula aceptara Uruguay lo apoyaría dado que sería un impulso notable para la Unasur, dijeron a El País fuentes de Presidencia.
DIVISIÓN. Luego de haber estado en bloque contra la iniciativa, ahora en el Partido Nacional hay dos posiciones sobre la Unasur. La UNA mantiene su postura contraria a la iniciativa, pero en Alianza Nacional, últimamente más afín a acompañar iniciativas del Poder Ejecutivo, hay muestras de apoyo.
La ratificación del tratado constitutivo de Unasur estará mañana a consideración de la Agrupación Parlamentaria nacionalista. "No estamos de acuerdo con la Unasur. Seguimos pensando que hay muchos organismos políticos en la región, y que no cumplen con sus roles", precisó Trobo.
En Alianza la interna está dividida. El diputado Daniel Peña, de la comisión de Asuntos Internacionales, dijo a El País que apoya el organismo porque es "un proyecto latinoamericanista y de patria grande" en la línea ideológica nacionalista. En la posición contraria aparecen dirigentes como el senador Sergio Abreu y el diputado Javier García.
“El Observador”
Sección: Economía
Fondo común
Argentina y Brasil acordaron crear un fondo por US$ 200 millones que será destinado a financiar proyectos de integración productiva bilateral. El Ministerio de Industria argentino informó que es parte de estrategia común de ambos países para impulsar la asociación y complementación entre las pymes . En el pasado, Uruguay se quejó del bilateralismo de los dos países grandes del Mercosur que dejan de lado a los socios pequeños.
Las herederas del poder.
ARGENTINA Y BRASIL INICIAN NUEVAS ETAPAS CON GOBIERNOS DE PERFIL DE IZQUIERDA
Dos mujeres conducirán las economías más grandes de América Latina
Cristina Fernández y Dilma Rousseff enfrentarán un paisaje político distinto, aunque tienen en común que la economía de sus países, Argentina y Brasil, está creciendo a ritmo vertiginoso a pesar de la persistencia de presiones y vulnerabilidades.
Cristina Fernández comienza una nueva etapa como dicen los peronistas ahora sin su marido Néstor Kirchner, que era el estratega político del matrimonio. La presidenta no se habla con su vice, la oposición golpea duro, está enfrentada al poder de los ruralistas y tiene por delante las elecciones, donde los ánimos se exacerban.
En Brasil, Dilma Rousseff, con amplio apoyo popular, enfrentará una oposición más dura a la que tuvo Lula y navegará con una coalición de 10 partidos que deberá mantener a raya.
Los objetivos que tienen las dos son parecidos: mantener la economía creciendo y mejorar la distribución de la riqueza.
Los principales desafíos
La presidenta electa de Brasil, Dilma Rousseff, que asumirá en enero, alcanzó el poder con el apoyo del carismático Lula da Silva. Los primeros desafíos del nuevo gobierno serán mantener la estabilidad económica y combatir la pobreza. La economía de Brasil prevé crecer este año 7,6%, según estimaciones de los bancos privados. Rousseff se mostró partidaria de implementar mecanismos globales que regulen mejor los mercados financieros. Apoya el Mercosur y el ingreso de Venezuela al bloque.
Primera nota positiva
Las directrices de la política económica que Dilma Rousseff trazó en su primer pronunciamiento como presidenta electa de Brasil, en el que prometió continuidad y prudencia fiscal, recibieron el lunes el primer aval de una calificadora de riesgo.
La agencia de calificaciones Standard & Poor´s dijo que la adopción de políticas de prudencia fiscal en un ambiente de crecimiento económico e inflación bajo control permite prever una elevación de la calificación de riesgo de Brasil.
Tipo de cambio fluctuante
La presidenta electa afirmó que mantendrá en su gestión la actual política económica del gobierno de Lula da Silva y descartó aplicar medidas radicales sobre el tipo de cambio. "Voy a mirar con mucho cuidado la moneda, porque no creo que manipularla resuelva algo. Tendremos un cambio fluctuante y tenemos reservas para protegernos de manipulaciones internacionales", aseguró Dilma Rousseff .También dijo que mantendrá el gasto social y las inversiones.
Superávit primario
La economía brasileña cerró setiembre con un superávit primario (antes del pago de intereses de la deuda) acumulado equivalente a 2,96% del Producto Bruto Interno (PBI) para los últimos 12 meses, informó el Banco Central.
De acuerdo con los datos divulgados por la autoridad monetaria, el país registró en setiembre un superávit primario de unos US$ 16.438 millones, el nivel más elevado desde el inicio de la serie histórica, en diciembre de 2001.
Cambió el mapa político
El escenario político de Argentina cambió radicalmente tras la muerte de Néstor Kirchner. El líder del peronismo dejó un vacío que el partido busca cubrir sin mellar la autoridad de la presidenta Cristina Fernández. Los voceros del gobierno ratifican que no habrá cambios en la conducción política, pero analistas y empresarios no están tan convencidos de eso. La economía de Argentina crecerá este año 9%, según datos del Banco Central, que ajustó su proyección al alza.
Cae riesgo de impago
El riesgo de los bonos argentinos cae al ritmo más rápido desde marzo por conjeturas de que la presidenta Cristina Fernández compondrá las relaciones con el FMI y aumentará la credibilidad de los datos de inflación. El costo de proteger la deuda contra una suspensión de pagos con permutas de riesgo crediticio se derrumbó 1,13 puntos porcentuales la semana pasada, la mayor declinación entre 97 países y gobiernos locales rastreados por CMA y Bloomberg.
Mejoró la recaudación
La recaudación impositiva en Argentina ascendió en octubre a US$ 9.064,7 millones, 36,6% más con relación a igual mes de 2009. La Administración Federal de Ingresos Públicos (AFIP) indicó que la recaudación de octubre estuvo 1,2 % por encima de la registrada en setiembre. Esos datos fueron dados a conocer luego de que la presidenta Fernández analizara las cifras tras llegar a la casa de gobierno en su regreso a la actividad pública.
Inversiones y estadísticas
Uno de los problemas que enfrenta Argentina en el terreno económico es la falta de crédito e inversión directa externa en el volumen que se espera. El ingreso de divisas al país tiene como principal fuente a las exportaciones. Además, la intervención del gobierno en el Instituto Nacional de Estadística y Censos (Indec) restó credibilidad a los datos oficiales, impactando en los títulos de deuda pública que se ajustan por variables como la inflación o el crecimiento de la economía.
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